Por João Guilherme Vargas Netto
Para os trabalhadores empregados, formais, informais e autônomos, a situação continua difícil, ainda que menos do que para os que não têm trabalho e passam fome.
Os números são desalentadores, mesmo aqueles que são manipulados para mistificar a realidade.
Sejam os empregos exagerados em 2020, sejam os resultados deprimidos das negociações de 2021, sejam as subnotificações das doenças ou mortes – todos fazem soar o alarme.
Para o movimento sindical e, sobretudo para suas direções persiste a necessidade de enfrentamento constante do desastre e a busca de soluções capazes de conter os danos.
Inúmeras campanhas salariais já terminadas ou em curso dão provas disto; as vitórias são poucas, mas significativas e testemunham a possibilidade de resistência.
A luta de todo o povo contra o vírus e a pandemia é prejudicada de maneira irresponsável pelo ministério do Trabalho que emitiu uma portaria ilegal dificultando o avanço da vacinação e impedindo o controle sobre ela nos locais de trabalho. As centrais sindicais unitariamente tomaram posição criticando a portaria e enfatizando sua firmeza em defesa do emprego, mas contrárias ao relaxamento dos controles sanitários e das medidas de prevenção.
E podem até fazer mais: exigir da Justiça uma condenação efetiva deste desmando ministerial anulando, por criminosa, a intenção malévola de dividir os trabalhadores ao confundi-los a respeito de sua segurança e a de todos.
É preciso persistência, atitude e unidade para vencer a etapa atual de dificuldades e inteligência para organizar em abril de 2022 uma nova CONCLAT que expresse a posição efetiva dos trabalhadores para uma transição necessária rumo a dias melhores.
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