sexta-feira, 22 de julho de 2022

Bolsonaro soma 145 pedidos de impeachment

Charge: Carol Cospe Fogo
Por Altamiro Borges


Na quarta-feira (20), o senador Jean Paul Prates (PT-RN) entrou com mais um pedido de impeachment do “capetão” Jair Bolsonaro. O motivo agora foi o vexaminoso circo armado pelo fascista com embaixadores estrangeiros, em pleno Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eleitoral brasileiro e desmoralizar ainda mais o país no exterior.

Para o líder da minoria no Senado, o ato foi criminoso. “Bolsonaro sabe muito bem que foi derrotado pelo parlamento na tramitação da proposta de emenda à Constituição do voto auditável (PEC 135/2019). A matéria foi rejeitada pela Câmara e arquivada em agosto passado. Agora, ele tenta empurrar as forças armadas contra o TSE a título de sugestões técnicas”.

Um pedido a cada nove dias

Se as instituições estivessem funcionando de fato no país, Jair Bolsonaro já teria sido defecado do cargo e preso por seus inúmeros crimes. Segundo levantamento feito pelo site UOL, existem outros 144 pedidos de impeachment pendentes na Câmara Federal, mas até hoje nenhum deles foi analisado. O “capetão” alugou o Centrão para blindá-lo.

“Já em fevereiro do ano passado, Jair Bolsonaro tinha batido recorde de pedidos de impeachment, que antes pertenciam à Dilma Rousseff. Naquela época, o presidente tinha 69 pedidos contra si, ou seja, de lá para cá acumulou mais 76. Agora, em média, acontece um pedido de impeachment de Bolsonaro a cada pouco menos de 9 dias”, descreve o site.

“Entre outras razões, a pandemia do coronavírus motivou uma série de pedidos, vindas de outros políticos e partidos, mas também de entes da sociedade civil. As constantes manifestações antidemocráticas, como os ataques ao sistema eleitoral brasileiro ou aos outros poderes, são alvos também de diversas tentativas de afastá-lo do poder. O presidente também coleciona pedidos de impeachment por quebra de decoro, ataques à imprensa, improbidade administrativa, abuso de poder, desmonte aos órgãos de combate à corrupção, entre outras medidas”.

Outra notícia-crime no STF

Além dos 145 pedidos de impeachment estacionados no Congresso Nacional, o neofascista também é alvo de ações em outros instâncias. Nessa semana, por exemplo, a ministra Rosa Weber, vice-presidenta do Supremo Tribunal Federal, foi sorteada relatora da notícia-crime apresentada por dez deputados da oposição contra o golpista no poder.

Os parlamentares pedem que o “capetão” seja investigado por crime contra o Estado democrático de Direito devido aos ataques ao sistema eleitoral na reunião com os embaixadores. A ministra avaliará agora se há elementos que justifiquem a abertura de uma investigação formal. Na semana passada, Rosa Weber já havia acatado uma representação contra Jair Bolsonaro por incitação à violência.

A notícia-crime foi movida pelo deputado Alencar Santana (PT-SP), líder da minoria na Câmara, e por líderes dos partidos de esquerda: Reginaldo Lopes (PT-MG), Sâmia Bonfim (Psol-SP), Renildo Calheiros (PCdoB-PE), André Figueiredo (PDT-CE), Joenia Wapichana (Rede-RR), Bira do Pindaré (PSB-MA) e Bacelar (PV-BA).

“Os congressistas querem que Bolsonaro seja investigado pelo crime de ‘tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais’. O crime, que prevê pena de 4 a 8 anos de prisão, foi incluído no Código Penal pela Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito, que entrou em vigor no lugar da antiga Lei de Segurança Nacional, revogada no ano passado”, descreve a Folha.

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