quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Outra novela do mensalão vem aí

Por Gilson Caroni Filho, no blog Viomundo:

A manchete do jornal O Globo, em sua edição de 15 de fevereiro de 2012 (” Marcos Valério é o primeiro condenado do Mensalão”), não deixa dúvidas quanto ao espetáculo que dominará páginas e telas depois do carnaval: à medida em que se aproxima o julgamento do processo que a imprensa chama de “escândalo da mensalão”, velhos expedientes são reeditados sem qualquer cerimônia que busque manter a aparência de jornalismo sério. A condenação do publicitário por crimes de sonegação fiscal e falsificação de documentos públicos seria, mesmo que não surjam provas de conduta delituosa por parte dos réus, a senha para o STF homologar a narrativa midiática e não ficar maculado pela imagem de “pizza” que uma absolvição inevitavelmente traria à mais alta corte do país.

Mídia imprime visão deformada

Por Vivian Fernandes, no jornal Brasil de Fato:

A crítica à manipulação da sociedade feita pelos grandes meios de comunicação e o papel democrático que cumpre o jornalismo alternativo. Com o debate sobre essa dupla face da mídia, o jornalista Leonardo Severo lançou seu novo livro. Sob o título Latifúndio midiota: crise$, crime$ e trapaça$, a obra traz artigos e matérias nacionais e internacionais sobre temas da luta dos trabalhadores e movimentos sociais.

Ganância sem fim contra o povo grego

Editorial do sítio Vermelho:

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, disse hoje (15) que seu país está disposto a ajudar a Grécia a pagar suas contas com uma condição: desde que o país não seja um "poço sem fundo".

O ministro alemão põe de fora as garras do grande capital, principalmente de seu país, mas também do grande capital europeu que, desde a criação do euro, há dez anos, encontra-se entrelaçado num único novelo de exploração sobre os trabalhadores e o povo de seus países, acentuando-se a gravidade da opressão exercida no momento sobre os gregos.

Aeroportos: Sem medo do martelo

Por Antonio Lassance, no sítio Carta Maior:

No debate sobre o leilão dos aeroportos, o PT precisa assumir a defesa do que fez, se é que está seguro do que fez. Ao balbuciarem argumentos frágeis e se constrangerem diante da opinião pública, em uma postura defensiva, muitas de suas lideranças demonstram não ter clareza de para onde sua metamorfose ambulante os está levando.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Mantega será a próxima vítima?

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o Palácio do Planalto se apressou em desmentir a onda de boatos sobre o pedido de demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega. “As pessoas que espalham esses rumores prestam um desserviço ao país. Não se sabe a quais interesses inconfessáveis elas servem”, declarou a presidenta Dilma Rousseff na sexta-feira (10).


EBC se retrata; e o “resto” da mídia

Por Altamiro Borges

Na semana passada, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) divulgou comunicado oficial em que admitiu o seu erro ao noticiar a ocorrência de mortes durante a violenta ação da PM de São Paulo na desocupação dos moradores do bairro do Pinheirinho, em 22 de janeiro. “Não houve a devida checagem da veracidade da informação sobre supostos mortos na operação”, afirma a nota.

Serra tumultua quadro eleitoral em SP

Por Altamiro Borges

Nos últimos dias, José Serra deu sinais de que desistiu da sua obsessão de disputar pela terceira vez as eleições presidenciais. Ele já teria comunicado aos seus seguidores que topa concorrer à prefeitura paulistana neste ano. A abrupta mudança de postura não decorreu apenas da pressão da cúpula tucana, mas sim do temor de que seu ex-vice, Gilberto Kassab, feche um acordo com o PT.

Onde está a inconstitucionalidade?

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

"A pergunta diz respeito à democratização dos instrumentos de comunicação. Evidentemente, nesse setor, prevalece, com maior intensidade ainda, o espírito autoritário. Sabemos que as concessões de rádio e de televisão são distribuídas por critérios exclusivamente políticos, partidários e até personalistas. A primeira ideia que me ocorre, sem entrar no exame detalhado da matéria, através da consulta feita às entidades de classe nela interessadas, parece ser a criação de um Conselho Nacional de Comunicações que tenha participação direta não apenas na decisão da concessão de rádio e de televisão, mas, sobretudo, na fiscalização do seu funcionamento". (Tancredo Neves em sua primeira entrevista coletiva à imprensa como presidente da República eleito pelo Colégio Eleitoral, 17 de janeiro de 1985)

Encontro amplia luta pela democracia

Por Paulo Victor Melo, no Observatório do Direito à Comunicação:

Um cortejo pelas ruas do Centro Histórico de Olinda encerrou no último sábado (11) o I Encontro Nacional sobre o Direito à Comunicação (ENDC). “Mais produção local na TV”, “mídia para todos“, “banda larga é um direito seu”, entre outros lemas pintados nas faixas e cartazes sintetizam os debates realizados durante o I ENDC.

Como avançar na TV por assinatura

Por Renata Mielli, no blog Janela sobre as palavras:

A nova lei da TV por assinatura (12.485) é produto da mediação entre interesses de vários setores econômicos e sociais. Foram quatro anos de debates acirrados e muita negociação – envolvendo agentes de muita força econômica e política – até sua aprovação pelo Congresso Nacional.

Agora, em fase de consulta pública sobre a regulamentação da camada audiovisual, as principais polêmicas que envolvem a lei estão de volta, mas desta vez sendo travadas sem a presença explícita dos agentes econômicos. A tática de se movimentar nos bastidores está dificultando a identificação de aliados e adversários nesta discussão. Isso ficou claro nas audiências públicas promovidas pela Ancine para discutir as propostas de regulamentação.

O novo fetiche do capitalismo

Por Frei Betto, no sítio da Adital:

A modernidade, período que se estendeu pelos últimos cinco séculos, está em crise. Vivemos, hoje, não uma época de mudanças, mas uma mudança de época. No milênio que começa emerge algo imprecisamente chamado de pós-modernidade, que se insinua bem diferente de tudo o que nos antecedeu, imprimindo novo paradigma.

Os desafios da CPI do trabalho escravo

Por Virginia Toledo, na Rede Brasil Atual:

Recém-criada, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Trabalho Escravo da Câmara tem tudo para que represente um marco no combate ao trabalho degradante. O autor da proposta, Cláudio Puty (PT-PA), disse, porém, que o êxito vai depender da composição do colegiado e da postura de seus colegas. "Nós temos de ver como os partidos mais conservadores vão encarar essa CPI. Se vão obstruir ou vão ter uma postura de colaboração, que é indicar as pessoas para que seja feito um debate franco. Eu não acredito que interesse a alguém a produção baseada em degradação do trabalho humano", afirmou Puty.

Ato de juristas em apoio ao Pinheirinho

Do sítio Vermelho:

Acontece nesta quinta-feira (16), em São Paulo (SP), o Ato dos Juristas em Defesa das Famílias do Pinheirinho, a partir das 19h, na Sala dos Estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), Largo São Francisco, Centro de São Paulo (SP). Diversos profissionais do Direito, especialistas e políticos são esperados. No final de semana, o PCdoB-SP, em sua primeira reunião plena, divulgou nota sobre o caso.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ortiz, mensaleiro da mídia, é condenado

Por Altamiro Borges

Em votação unânime, a 7ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o tucano José Bernardo Ortiz ao pagamento de R$ 1,54 milhão a título de indenização aos cofres públicos do município de Taubaté. Prefeito desta cidade do interior por três vezes, ele adquiriu, sem licitação, tubos para a canalização dos córregos. O TJ considerou que houve desvio de recursos públicos.

Ombudsman da Folha desmascara a Folha

Por Altamiro Borges

“Quem (se) vende mais?”. Com este título provocativo, que serve a várias interpretações, a ombudsman da Folha, Susana Singer, publicou no domingo (12) uma dura critica as distorções dos dois principais jornais paulistas na difusão de dados sobre circulação dos veículos. Assalariada da família Frias, ela desmascara o diário rival, da família Mesquita, mas não deixa de criticar a própria Folha.

Equador rechaça editorial de O Globo

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira passada (9), O Globo publicou um editorial hidrófobo contra o presidente Rafael Correa, do Equador. Com o título “Correa massacra liberdade de expressão”, o jornal da famiglia Marinho ataca a decisão da Justiça de multar por calúnias o editor e três diretores do diário El Universo e critica a nova lei sobre meios de comunicação aprovada pelo parlamento equatoriano.

Somos racistas e nem percebemos

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O brasileiro não é racista.

Nem machista.

Muito menos homofóbico.

Ricos e pobres têm acesso iguais a direitos.

O shopping Higienópolis, em um dos bairros mais ricos de São Paulo, tornou-se palco de manifestação antirracismo neste sábado. Uma arquiteta ouvida pela Folha de S. Paulo discordou do protesto: “Achei ridículo. Afinal de contas, esse negócio de racismo onde é que está?” Questionada a respeito da reclamação dos manifestantes sobre a pequena quantidade de negros no shopping, ela respondeu: “Você viu a quantidade de seguranças negros, de empregados?”

Lei da mídia vai à consulta pública

Por Najla Passos, no sítio Carta Maior:

A proposta de um novo marco regulatório para emissoras de rádio e TV, engavetado no ministério das Comunicações desde o início do governo Dilma, vai entrar em consulta pública nos próximos dias, informou nesta-terça (14) o ministro Paulo Bernardo. E já promete pelo menos duas grandes polêmicas. Criar ou não mecanismos de controle público do conteúdo das emissoras. E limitar ou não da presença de capital estrangeiro em portais de internet de conteúdo jornalístico.

Neoliberalismo e fascismo na Grécia

Por Renato Rabelo, em seu blog:

O parlamento grego - sob massiva pressão popular e dos sindicatos - não foi capaz de reprovar um pacote de medidas restritivas que afeta de forma violenta a vida de milhões de pessoas. Aprovou-se um pacote completo de reformas em todos os campos dos direitos sociais: demissão de 15 mil servidores públicos, corte de 22% do salário mínimo e cortes de salários em todas as categorias de servidores públicos e privados. Plena flexibilização de leis trabalhistas.

Whitney Houston e Nelson Mandela