domingo, 22 de abril de 2012

Uma CPI para a revista Veja


Por Luis Nassif, em seu blog:

O delegado Paulo Lacerda tinha tudo para ser um ícone do funcionalismo público. Funcionário exemplar, foi responsável pela transformação da Polícia Federal em uma organização eficiente e peça chave na luta contra a corrupção e o crime organizado.

Datafolha e o desespero demotucano

Por Altamiro Borges

A pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (22) representou uma ducha de água fria nas pretensões da oposição demotucana, que vive o seu inferno astral e teme pela extinção. Apesar da artilharia midiática da operação “derruba-ministro”, a presidenta Dilma Rousseff bate recordes de popularidade e, pior para a direita, o ex-presidente Lula confirma sua posição de liderança inconteste.

Editor da Veja no comando de Serra


Por Altamiro Borges

Sem maior estardalhaço – talvez para não apimentar ainda mais a CPI do Cachoeira, que poderá desnudar as promíscuas relações da mídia no país –, a Folha noticiou nesta semana que o editor de Brasil da Veja, Fábio Portela, deixou o seu régio cargo para integrar o comando de campanha de José Serra à prefeitura paulistana. Ele assumirá a coordenação de imprensa do candidato tucano.

sábado, 21 de abril de 2012

Qual a capa da Veja desta semana?


* Do blog Conversa Afiada

Novo protesto do "Fora Marconi"

Um novo ciclo político na França?

Por Altamiro Borges

O chamado “deus-mercado” está preocupado com o resultado das eleições presidenciais na França neste domingo (22). Das cinco pesquisas divulgadas nesta semana, quatro apontam uma vitória apertada do social-democrata François Hollande (PS). Ele deverá disputar o segundo turno, marcado para 6 de maio, com o direitista Nicolas Sarkozy. Já o candidato das forças de esquerda, Jean Luc Mélenchon, surpreendeu na reta final da campanha e desponta em terceiro lugar – tornando-se o fiel da balança no pleito.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Intensificar as lutas do sindicalismo

Por Altamiro Borges

14- Apesar dos enormes estragos causados pelo neoliberalismo, com a explosão do desemprego, da informalidade e do trabalho precarizado, o movimento sindical brasileiro demonstrou invejável capacidade de recuperação nos últimos anos. Ele se tornou um importante ator político, contribuindo para derrotar as forças de direita e para eleger o primeiro presidente oriundo de suas lutas. Mantendo a sua autonomia, o sindicalismo pressionou o governo Lula para arrancar expressivas conquistas. Pela primeira vez na história deste país, conforme o bordão do ex-presidente, as centrais sindicais foram legalizadas, firmou-se um acordo inédito de valorização do salário mínimo, o processo de privatização das estatais foi freado, entre outras vitórias. Aproveitando-se da maré de crescimento da economia, que gerou emprego e elevou o poder de barganha dos trabalhadores, os sindicatos na base também arrancaram reajustes salariais acima da inflação e outras conquistas sociais. Neste rico e contraditório processo de retomada, os índices de sindicalização voltaram a crescer – pularam de 16% no triste reinado de FHC para 26% nos dias atuais. Estes avanços, entretanto, não negam as debilidades ainda existentes nem ofuscam os enormes desafios futuros do sindicalismo brasileiro.

A falta de ousadia do governo Dilma

Por Altamiro Borges

8- O Brasil se enquadra numa moldura internacional marcada pela grave crise do sistema capitalista, pela emergência dos Brics e pela guinada à esquerda na América Latina. A vitória de Lula, em 2002, deu início a um ciclo político progressista no país, que foi confirmado pela eleição da primeira mulher para presidenta da República. No terreno político, o cenário atual é mais favorável às lutas dos trabalhadores. As forças de direita, comprometidas com a regressão neoliberal, foram derrotadas nas urnas em 2010 e perderam o rumo. O DEM, que reúne os velhos oligarcas, elegeu 43 deputados no último pleito, menos da metade dos eleitos no reinado de FHC, e ainda foi golpeado pelo racha do PSD, que garfou 17 deputados, um governador e uma senadora. Para piorar, suas três principais lideranças nacionais sucumbiram. Arruda, o ex-governador do Distrito Federal cotado para ser o “vice-careca” de Serra, foi preso por corrupção; Demóstenes Torres, escolhido na recente convenção da sigla para disputar a presidência da República em 2014, está prestes a ser cassado por seu envolvimento com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira; e Gilberto Kassab abandonou o barco à deriva, liderando a criação do PSD. Na prática, os demos caminham para a extinção, rumam para o inferno. Já o PSDB, que agrega os neoliberais, segue dividido e sem propostas. O paulista José Serra, que passou aperto nas prévias para ser candidato em São Paulo, não desistiu da sua ambição presidencial e pode atropelar o mineiro Aécio Neves. As bicadas entre os tucanos são cada vez mais sangrentas. Seu falso discurso moralista, que já havia naufragado com a ex-governadora Yeda Crusius, agora é abalado pelas denúncias de corrupção que atingem o governador Marconi Perillo (GO). O enfraquecimento da direita favorece a luta dos trabalhadores. Daí a importância das eleições municipais deste ano, que podem acelerar este processo.

Um mundo de incertezas e oportunidades

Por Altamiro Borges

1- O Brasil não é uma ilha apartada do mundo. Ele reflete e interfere – cada vez com mais força – no cenário internacional. A crise capitalista, as mudanças políticas em curso e as guerras imperialistas, entre outros fatores, têm impacto em nosso país e ajudam a determina sua política interna. Neste sentido, analisar o cenário mundial tem grande significado para a definição das estratégias de luta dos trabalhadores brasileiros. De imediato, o que chama atenção é que o planeta atravessa um período de incertezas e de enormes perigos. Ao mesmo tempo, novas oportunidades se abrem para o avanço das conquistas dos que vivem do trabalho.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Movimentos sociais na América Latina

Por Edmilson Costa, no sítio português O Diário:

Os anos 90 do século passado e os primeiros dez anos deste século foram marcados por intenso debate entre as forças de esquerda sobre o papel dos movimentos sociais, das minorias, das lutas de gênero e das vanguardas políticas nos processos de transformação econômica, social e política da sociedade. Colocou-se na ordem do dia a discussão sobre novas palavras de ordem, novos agentes políticos e sociais, novas formas de luta, novas concepções sobre a ação prática política.

A face desumana da crise na Europa

Por Antonio Barbosa Filho, no sítio Outras Palavras:

De um lado, temos os números da crise que afeta Europa e Portugal – e a discussão técnica sobre causas, efeitos e caminhos para contorná-la; de outro, temos as reações das pessoas comuns, compondo um cenário que se pode traduzir numa palavra: perplexidade.

A direita e as lições de Demóstenes

Por Marcos Coimbra, na CartaCapital:

A primeira reação dos setores conservadores às denúncias contra Demóstenes Torres foi de silêncio estupefato. Demoraram a perceber o que estava acontecendo: um de seus heróis tinha sido apanhado com a boca na botija.

As multas abusivas no trânsito de SP

Por Igor Carvalho, no sítio SpressoSP:

No orçamento da prefeitura de São Paulo para 2012 está previsto um aumento de 30% na arrecadação com multas, em relação a 2011, quando já se arrecadou R$ 638 milhões. Ou seja, a previsão é de R$ 832 milhões. No ano de 2006, primeiro da gestão de Gilberto Kassab (PSD), São Paulo aplicou R$ 391 milhões em multa, em relação a 2012 isso representa um aumento de 113%.

A batalha estratégica dos juros

Por Pedro Pomar, no blog Escrevinhador:

Finalmente, um enfrentamento! Aquilo que o escritor Luis Fernando Veríssimo, apoiador de Lula, pediu em vão durante o primeiro mandato do presidente operário, evocando a rebeldia de Ghandi ao apanhar um bocado de sal (objeto de monopólio da Grã-Bretanha) perante os colonizadores ingleses: “um pequeno gesto”…

Cristina enfrenta o neoliberalismo

Editorial do sítio Vermelho:

A Argentina foi pioneira, em 1922, na criação de uma empresa estatal do petróleo. Foi naquele ano que nasceu a Yacimientos Petrolíferos Fiscales; depois vieram, informa o ex-diretor geral da ANP, Haroldo Lima, em artigo publicado neste portal, a Pemex, no México (1938), a Petrobrás, no Brasil (1953) e, mais tarde, estatais do petróleo na Inglaterra, Itália, França, Canadá, Japão, Noruega, etc.

O quebra-cabeças Civita-Cachoeira

Por Luis Nassif, em seu blog:

A Folha tem dois bravos repórteres – Cátia Seabra e Rubens Valente – lutando com um braço amarrado. É isso que explica o fato do lide da matéria sobre Cachoeira (a informação mais importante, que deveria estar na abertura) ter ficado no pé:

"Em conversas no primeiro semestre de 2011, Cachoeira disse a Claudio Abreu, diretor da Delta no Centro-Oeste, que estava fornecendo informações sobre irregularidades no Dnit para a revista "Veja" durante a apuração de uma reportagem".

A primeira investigação sobre a mídia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

CPI do Cachoeira, CPI da empreiteira Delta, CPI do Agnelo… A mídia passou dias e dias construindo versões sobre o foco que terá a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que ela mesma disse que não sairia porque, pasme-se, “o governo” teria “medo” da investigação.

As ameaças dos meios de comunicação de inverterem o foco da CPMI e de jogá-lo contra os partidos da base aliada e contra o governo Dilma de fato surtiram algum efeito. Parlamentares de todos os partidos se preocuparam. Mas a preocupação decorreu da campanha midiática. Ponto.

Mesmismo da Fundação Padre Anchieta

Por Enio Squeff, no sítio Carta Maior:

Eugène Delacroix ( 1798-1863), um dos maiores pintores europeus de todos os tempos, durante boa parte da sua vida produtiva escreveu um diário que ainda hoje interessa não só a artistas e historiadores da arte. Ao escrever sobre os soldados, por exemplo, ele manifesta algumas reservas que talvez refletissem os tempos napoleônicas: não os via senão como bucha de canhão, meras vítimas de glórias duvidosas. Generalizava, para cantar um mundo de paz que se sabe quase impossível. Mas que talvez se explique. Parece comum que os artistas - quem sabe por dever de ofício - sempre projetem o inalcançável.

As relações entre Veja e o mafioso

Por Aline Scarso, no jornal Brasil de Fato:

A operação Monte Carlo, recentemente realizada pela Polícia Federal, foi responsável por trazer à tona evidências consistentes sobre como a revista Veja conseguiu organizar nos últimos anos um modus operandi eficiente, mas nada ético, que lhe rendeu uma série de furos jornalísticos.

A Veja logo será O Cruzeiro

http://www.flickr.com/photos/cacadordeveja/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Houve um tempo em que O Cruzeiro era a flor do império de Assis Chateaubriand.

Terminou, como se sabe, reduzida a uma circulação pífia, vendido o título a um ex-colaborador do regime militar, Alexandre Von Baumgarten, e usada para obter vantagens do Governo.