quarta-feira, 24 de abril de 2013

Kroton, Anhanguera e a soberania

Por Marco Piva

Guardada a sete chaves como todo negócio que envolve ações na Bolsa de Valores, a aquisição da Anhanguera pela Kroton foi tratada pela grande imprensa como “fato relevante”, o que é, e como “fusão”, o que não é. Numa só canetada, ditada pelo interesse econômico, a educação brasileira foi elevada à mesma categoria de distribuidora de combustíveis e produtos alimentícios. A Kroton é o braço educacional da Adviser, um dos maiores fundos globais de investimento, especializado no ditado popular “quem pode, manda, quem tem juízo, obedece”.

RJ lança núcleo do Barão de Itararé


Repórter: pior profissão (para tucanos)

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Leio no Portal Terra que, num levantamento realizado por consultoria dos Estados Unidos, a categoria “repórter (jornal)” aparece no topo da lista das “piores profissões”. Ser repórter é “pior” do que ser “soldado” ou “lenhador”. Não entrei nos detalhes: pior, por que? pelos riscos? pelo estresse? pela cobrança desmedida e o salário em baixa? ou pelo fato de ser obrigado a brigar com os fatos e expor as notícias da maneira que o patrão decide?

Brasil é um crime contra o mercado

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

O jornal ‘Financial Times’ acumula 125 anos de inoxidável convicção nas virtudes dos livres mercados.

Foi uma das trincheiras ideológicas na construção da hegemonia neoliberal que condicionou a sorte da economia e os destinos da humanidade nas últimas décadas, com os resultados conhecidos que dispensam reiterações.

A juventude e a produção de sentido

Foto do sítio: http://culturadigital.br
Por Frei Betto, no sítio da Adital:

Muitos pais se queixam do desinteresse dos filhos por causas altruístas, solidárias, sustentáveis. Guardam a impressão de que parcela considerável da juventude busca apenas riqueza, beleza e poder. Já não se espelha em líderes voltados às causas sociais, ao ideal de um mundo melhor, como Gandhi, Luther King, Che Guevara e Mandela.

Regulação da mídia: o cabrito e a horta

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

A partir de agora a mídia impressa britânica (jornais, revistas e internet) será regulada por um órgão independente do governo e das empresas de comunicação. O rádio e a TV já se submetem a outra agência reguladora, a Ofcom. Em 2013 a autorregulação exercida atualmente pela PCC (sigla em inglês da Comissão de Reclamações sobre a Imprensa) completaria 60 anos. Mas não resistiu aos escândalos mais recentes, com jornalistas grampeando telefones de artistas e de pessoas envolvidas em casos policiais, inclusive o de familiares do brasileiro Jean Charles, morto pela polícia inglesa.

Venezuela, Brasil e ditadura da mídia

Por Caio Teixeira, no blog Crítica da espécie:

O último artigo publicado neste blog no qual tratei da democracia na Venezuela provocou a intervenção de um qualificado leitor. Questionou-me ele em relação às notícias de que Chávez havia mantido uma guerra contra a mídia privada venezuelana citando como exemplo “o enfrentamento constante com os canais de televisão Venevisión, Globovisión e RCTV (que inclusive teve o pedido de renovação de concessão negado)”. Afinal, indaga ele, Chávez foi mocinho ou bandido? Ou foi apenas mais um político que viveu acreditando em suas verdades, como todos nós “normais”?

Altercom: governo enriquece a Globo

Nota da Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom):

Estudo da Secom comprova concentração das verbas nos grandes veículos

A Secretaria da Comunicação (Secom) da presidência da República, responsável pelo investimento publicitário das verbas do governo federal, autarquias e empresas estatais, publicou texto assinado pelo seu secretário questionando críticas realizadas por pequenas empresas de comunicação e empreendedores individuais, entre eles blogueiros, acerca dos seus critérios.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Professores em greve detonam Alckmin

PSDB se rebela contra Alckmin

Por Altamiro Borges

Na semana passada, na eleição para o diretório municipal do PSDB na capital paulista, os serristas foram humilhados com a derrota do seu candidato, o vereador Andrea Matarazzo, o homem das abotoaduras de ouro. Agora, quem corre o risco de perder o controle sobre o diretório estadual da legenda é o governador Geraldo Alckmin. Segundo a colunista Julia Duailibi, do Estadão, uma manobra regimental patrocinada por setores dissidentes ampliou o colégio eleitoral de 105 delegados para mais de 4 mil filiados. "A nova regra dilui o poder de persuasão, digamos assim, do Palácio dos Bandeirantes e é mal vista por assessores do governador Geraldo Alckmin", ironiza a jornalista.

Lucro do Bradesco e pressão rentista

Marcio Baraldi
Por Altamiro Borges

O Bradesco, segundo maior banco privado do país, divulgou ontem o seu lucro no primeiro trimestre deste ano. O balanço confirma que o Brasil é o paraíso dos banqueiros. O lucro líquido foi de R$ 2,919 bilhões - 4,5% maior do que o registrado no mesmo período de 2012. Apesar da crise capitalista internacional, que impacta a economia nacional, e das medidas do governo Dilma de redução das taxas de juros, o Bradesco manteve a sua lucratividade em alta. Mesmo assim, os agiotas financeiros mantêm a violenta pressão pela retomada da alta das taxas de juros - utilizando a mídia venal para amplificar o seu discurso terrorista.

Envergonhe-se da Justiça do Brasil

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Se contra o STF só pesassem dúvidas sobre o julgamento da Ação Penal 470 – vulgo julgamento do mensalão –, não seria nada. Por embasadas que sejam, pertencem à política. Mas neste texto, leitor, ser-lhe-ão apresentadas razões muito mais concretas para desconfiar do Judiciário como um todo.

Por que o governo financia a Globo?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Primeiro, a boa notícia: a transparência nos gastos com publicidade no governo.

Transparência é detergente: elimina muita sujeira.

Então seguem as palmas à Secretaria de Comunicação, a Secom, por detalhar onde o governo coloca seu dinheiro.

Novos partidos e hipocrisia da oposição

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Por José Dirceu, em seu blog:

Continua a hipocrisia da oposição, dos novos e antigos oposicionistas, em relação ao projeto que proíbe levar tempo de rádio e TV e dinheiro do fundo partidário para novos partidos. O projeto em avaliação há meses, de autoria do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), foi aprovado em primeiro turno na Câmara na semana passada e continua sua tramitação.

Quem ameaça a paz mundial

Editorial do sítio Vermelho:

O último fim de semana foi repleto de movimentações políticas na arena internacional – nem sempre com o devido destaque na mídia, preocupada que se encontra com a descoberta do elo geopolítico que explique o ataque a bomba durante a Maratona de Boston e achar um novo alvo para a “guerra ao terrorismo”... a Chechênia.

"Austeridade" europeia afunda mais

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

Decididamente a “austeridade” europeia não vai bem. Na prática, ela não funciona. Inúmeros comentaristas não ortodoxos vêm insistindo na ideia de que a austeridade prejudica, ao invés de ajudar, as economias afetadas por crises de seus sistemas financeiros e/ou do gigantismo de suas dívidas públicas. Quer dizer, para estes comentaristas, como o prêmio Nobel Paul Krugman, ou mesmo o arqui-bilionário George Soros, a austeridade impede que as economias encalacradas voltem a crescer. Ela mesma, austeridade, é indutora da crise permanente em que estas economias – Grécia, Portugal, Irlanda, Chipre, Espanha – além de Itália, Bélgica, Reino Unido e outros países – estão afundando.

O STF e o avanço do arbítrio

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Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

Os adeptos da judicialização da política sustentam o estandarte de que cabe ao Supremo Tribunal Federal “errar por último”. O lema foi resgatado, agora por oportunismo, dos tempos em que a República brasileira engatinhava e se equilibrava nas influentes formulações de Rui Barbosa.

Rui falou “causa finita”. Era o bastante. Mas, com o tempo, a tese tornou-se biombo de perigos agora palpáveis.

Projeto sobre mídia chega às ruas

Do sítio do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC):

O Projeto de Lei de Iniciativa Popular para a democratização das comunicações no Brasil deve chegar às ruas no dia 1º de maio, o Dia do Trabalhador. A decisão foi tomada pela plenária da campanha “Para Expressar a Liberdade”, que reuniu representantes de mais de 30 entidades da sociedade civil em São Paulo, na última sexta-feira, 19, para debater e aprovar o documento - considerado pelos presentes como o principal instrumento de luta da sociedade para a democratização das comunicações no país.

Mídia: Morrendo pela boca


Por Bepe Damasco, em seu blog:

Primeiro martele, dia sim, outro também, na cabeça das pessoas, que o Brasil vai mal das pernas, que a inflação puxada pelo tomate disparou, que a política de redução de juros está com os dias contados, que as obras de infraestrutura não andam, que o intervencionismo do governo emperra o lucro dos capitalistas, que a redução das tarifas de energia elétrica logo será tragada pelo aumento cobrado pelas distribuidoras de energia. Depois, adicione uma dose cavalar de moralismo udenista seletivo. Misture tudo com a judicialização da política, de preferência contando com a ajuda do mais autoritário, grosseiro e antidemocrático presidente da história do Supremo Tribunal Federal.

Religião e política: mistura perigosa

Por Cadu Amaral, em seu blog:

Querem transformar o Brasil em um estado teocrático. A mistura entre religião e política há um bom tempo que rende debates acalorados. Após a ascensão de Marco Feliciano (PSC/SP) à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara dos Deputados, aumentou-se o fervor dessa discussão. A edição 745 de CartaCapital, em reportagem de Willian Vieira e Rodrigo Martins, mostra bem a tática de igrejas evangélicas para dominar a política brasileira.