Passada a crônica fúria midiática contra qualquer manifestação popular, começam a surgir dados gritantes sobre a brutalidade da PM tucana nos protestos dos últimos dias. A jornalista Fabiana Maranhão, do UOL, revela hoje que as bombas de gás lacrimogêneo usadas pela polícia nesta quinta-feira (13) estavam com a validade vencida. "A fotografia de um dos artefatos divulgada nas redes sociais mostra que o prazo para uso do material terminou em dezembro de 2010. Na embalagem do produto, uma mensagem alerta: 'Atenção: oferece perigo se utilizado após o prazo de validade'".
sexta-feira, 14 de junho de 2013
O modo tucano de governar. Porrada!
Por Altamiro Borges
De Paris, onde se encontrava em missão institucional, o governador tucano Geraldo Alckmin deu a ordem: protesto "é caso de polícia". No final da tarde de ontem (13), a PM seguiu à risca a determinação e baixou a porrada nos manifestantes que ocuparam as ruas centrais de São Paulo para exigir a redução da tarifa do transporte público. Antes mesmo do início do protesto, cerca de 40 pessoas foram detidas arbitrariamente e levadas ao 78º Distrito Policial. Quatro horas depois, enquanto os ativistas gritavam "sem violência", a tropa de choque disparava balas de borracha, lançava centenas de bombas de gás e prendia outras 180 pessoas.
Chegou a hora do basta
Foto do sítio CartaCapital |
No quarto dia de protesto contra o aumento da tarifa dos transportes coletivos, o Estado policialesco que o reprime ultrapassou, ontem, todos os limites e, daqui para a frente, ou as autoridades determinam que a polícia não aja feito um animal que baba, ao contrário do que vem fazendo, ou a capital paulista ficará entregue à desordem, o que é inaceitável. Durante sete horas, numa movimentação que começou na Praça Ramos de Azevedo, passou pelo Centro – em especial pela Praça da República e a Rua da Consolação – chegando à avenida Paulista, os policiais provocaram conflitos com os manifestantes, agrediram jornalistas e aterrorizaram a população.
Protesto: uma virada na cobertura
De repente, não mais que de repente, o noticiário sobre as manifestações que paralisam grandes cidades brasileiras há uma semana sofre uma reviravolta: agora os jornais começam a enxergar os excessos da polícia e mostrar que no meio da tropa há agentes provocadores e grupos predispostos à violência.
Jornalistas criticam ação da PM
Do sítio do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo:
Novas cenas de agressões aos jornalistas foram presenciadas no início da noite desta quinta-feira (13) durante manifestação ocorrida no centro de São Paulo. O jornalista Piero Locateli da revista Carta Capital e o repórter cinematográfico do portal Terra, Fernando Borges, foram vítimas de violência policial. O número de vítimas aumentou com os repórteres da TV Folha, Giuliana Vallone - que levou um tiro de bala de borracha no olho e Fábio Braga, da Folha Online.
Novas cenas de agressões aos jornalistas foram presenciadas no início da noite desta quinta-feira (13) durante manifestação ocorrida no centro de São Paulo. O jornalista Piero Locateli da revista Carta Capital e o repórter cinematográfico do portal Terra, Fernando Borges, foram vítimas de violência policial. O número de vítimas aumentou com os repórteres da TV Folha, Giuliana Vallone - que levou um tiro de bala de borracha no olho e Fábio Braga, da Folha Online.
Os protestos e a hipocrisia da Globo
Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:
“Imagina na Copa!” – foi a reação estupefata de uma âncora (?) do Mau Dia Brasil, ao fim de uma reportagem sobre as manifestações na cidade de São Paulo, na noite de quinta-feira.
Imagina na Copa!
Violência da PM é inaceitável
Por José Dirceu, em seu blog:
Não há como não condenar e denunciar a repressão às manifestações do Movimento Passe Livre. Isso não significa em hipótese alguma concordar ou apoiar a violência de determinados manifestantes ou grupos políticos que participam dos atos, ou mesmo com a proposta de tarifa zero, o chamado passe livre.
Mas o que aconteceu ontem em São Paulo não pode ser aceito. Não podemos nos silenciar ou, pior, apoiar. Temos que denunciar.
Mas o que aconteceu ontem em São Paulo não pode ser aceito. Não podemos nos silenciar ou, pior, apoiar. Temos que denunciar.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
UNE repudia violência da PM
Do sítio da UNE:
A União Nacional dos Estudantes e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas condenam a agressão policial injustificável contra jovens ocorrida na noite desta quinta-feira, 13 de junho, em mais um protesto pelas ruas da capital paulista contra o aumento das passagens do transporte público.
A União Nacional dos Estudantes e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas condenam a agressão policial injustificável contra jovens ocorrida na noite desta quinta-feira, 13 de junho, em mais um protesto pelas ruas da capital paulista contra o aumento das passagens do transporte público.
O AI-5 contra a luta social
Por Renato Rovai, em seu blog:
Os momentos históricos são diferentes, mas o que está acontecendo em São Paulo precisa ser discutido do tamanho que merece. Manifestantes não podem ser presos sob acusação de formação de quadrilha, crime inafiançável. Se isso vier a prevalecer, estaremos entrando num cenário de ditadura contra a luta social. Será um novo AI-5, o instrumento que faltava para a tão sonhada criminalização dos movimentos sociais que vem sendo arquitetada há tanto tempo pelas forças conservadoras do país. E que ganhou hoje o apoio, em editorial, da Folha e do Estado de S. Paulo.
A baderna é da polícia!
Imagem TV Record |
Qual o nome para o que a Polícia Militar fez em São Paulo durante mais uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus e metrô? Proibiu carros de som e megafones nas ruas, agrediu jornalistas e fotógrafos, encurralou manifestantes, atirou bombas a esmo, pisoteou a Democracia.
Desacostumado com manifestações públicas, o brasileiro aceitou a versão da velha mídia, após os atos da semana passada, que classificou os manifestantes como simples “baderneiros”?
A solidão do governo Dilma
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Pelo que posso notar daqui de longe e conversando com amigos que trabalham no Palácio do Planalto, o maior problema do governo Dilma, fora todos os outros, é a solidão. Desde que tomou posse, faz dois anos e meio, a presidente segue rigorosamente o ritual do cargo, cumpre a agenda sem se sujeitar a imprevistos ou a arriscadas iniciativas, cercada por pouca gente, subordinados que a tratam como a chefe poderosa, com uma reverência que vai além das normas hierárquicas.
Governo precisa jogar mais duro
Por Wanderley Guilherme dos Santos, no blog O Cafezinho:
A Medida Provisória 617, editada em 31/5/13, reduziu a zero os tributos PIS/PASEP e COFINS sobre as receitas das empresas de transporte coletivo de passageiros. Com este novo item, o Ministério da Fazenda estima que as desonerações aceleradas desde 2012 alcancem o total de R$ 72 bilhões no corrente ano. Reduções ou extinções tributárias podem contribuir para a queda da inflação, com repercussões na estabilidade da renda das famílias e do emprego, e servir de incentivo ao investimento privado. Ao fim e ao cabo, se tudo o mais permanece constante, produzem mesmo tais resultados. As interrogações imediatas dizem respeito ao final de quanto tempo e ao cabo de quantos outros eventos os favores tributários trarão as prendas esperadas. Nunca é tarde para boas notícias, mas a propagação de seus benefícios será tanto mais lenta quanto mais longa for a duração da expectativa antecedente.
A Medida Provisória 617, editada em 31/5/13, reduziu a zero os tributos PIS/PASEP e COFINS sobre as receitas das empresas de transporte coletivo de passageiros. Com este novo item, o Ministério da Fazenda estima que as desonerações aceleradas desde 2012 alcancem o total de R$ 72 bilhões no corrente ano. Reduções ou extinções tributárias podem contribuir para a queda da inflação, com repercussões na estabilidade da renda das famílias e do emprego, e servir de incentivo ao investimento privado. Ao fim e ao cabo, se tudo o mais permanece constante, produzem mesmo tais resultados. As interrogações imediatas dizem respeito ao final de quanto tempo e ao cabo de quantos outros eventos os favores tributários trarão as prendas esperadas. Nunca é tarde para boas notícias, mas a propagação de seus benefícios será tanto mais lenta quanto mais longa for a duração da expectativa antecedente.
Metamorfose de um protesto de jovens
Imagem TV Record |
O ato contra o aumento da passagem reuniu em torno de 10 mil jovens na terça-feira (11/6), sob uma chuva forte na marcha que partiu do ponto de encontro na Praça dos Ciclistas, na Avenida Paulista (próximo à esquina com a Consolação), para terminar no Parque Dom Pedro, na entrada da Zona Leste da cidade.
Havia jovens desorganizados e organizados em agremiações políticas. O clima era tenso na concentração. Os pingos fortes davam ensaios de que viria um temporal. A Polícia Militar acompanhava de forma truculenta e parte dos manifestantes estava arredia.
'Bolsa Estupro': vítima vira criminosa
Por Marsílea Gombata, na revista CartaCapital:
Apoiada pelas bancadas religiosas do Congresso Nacional, a chamada ‘Bolsa Estupro’ cria o risco de transformar a vítima em criminosa. Segundo especialistas ouvidas por CartaCapital, o texto do Estatuto do Nascituro (aprovado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados na quarta-feira 5) viola direitos das mulheres e as incentiva a considerar crime o aborto em casos de estupro.
Espionagem e cinismo de Obama
Josetxo Ezcurra/Rebelión |
O mundo não conseguiu ainda sair do espanto causado pelas revelações do soldado Bradley Manning - cujo julgamento por traição começou há dias - e uma denúncia ainda mais grave foi encaminhada ao Guardian pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden. O denunciante era, até o dia 20 de maio, um dos maiores especialistas em segurança de informações da Booz Allen, contratada pelo governo norte-americano para assessorar a NSA (Agência Nacional de Segurança).
Protesto é “caso de polícia”?
Por Altamiro Borges
O transporte público em São Paulo é um horror. Os ônibus andam superlotados e em péssimas condições. Há poucas linhas ferroviárias e os trens vivem dando pane. O Metrô foi sabotado pelos tucanos, que não ampliaram suas linhas e degradaram sua manutenção. Diante deste cenário tenebroso, qualquer fagulha – como o reajuste de 0,20 centavos nas passagens – pode ter efeitos explosivos. Os três protestos realizados na capital paulista nestes dias confirmam esta dura realidade. Um administrador com sensibilidade entenderia o problema e abriria o diálogo. Não é o caso do Geraldo Alckmin, que tratou os protestos como “atos de vandalismo” e “caso de polícia”. Já o prefeito Fernando Haddad, que num primeiro momento disse que “São Paulo é a cidade das manifestações”, teve uma recaída, talvez influenciado pela fúria midiática.
O transporte público em São Paulo é um horror. Os ônibus andam superlotados e em péssimas condições. Há poucas linhas ferroviárias e os trens vivem dando pane. O Metrô foi sabotado pelos tucanos, que não ampliaram suas linhas e degradaram sua manutenção. Diante deste cenário tenebroso, qualquer fagulha – como o reajuste de 0,20 centavos nas passagens – pode ter efeitos explosivos. Os três protestos realizados na capital paulista nestes dias confirmam esta dura realidade. Um administrador com sensibilidade entenderia o problema e abriria o diálogo. Não é o caso do Geraldo Alckmin, que tratou os protestos como “atos de vandalismo” e “caso de polícia”. Já o prefeito Fernando Haddad, que num primeiro momento disse que “São Paulo é a cidade das manifestações”, teve uma recaída, talvez influenciado pela fúria midiática.
A luta dos povos indígenas
Editorial do jornal Brasil de Fato:
O confronto entre os índios terenas, os latifundiários que ocupam suas terras e as forças policiais, no Mato Grosso do Sul, era previsto e foi alertado ao governo estadual e federal. Mesmo assim, nada foi feito para impedir esse conflito e a perda de vidas humanas. Morto por forças policiais, o índio Oziel Gabriel foi vítima do descaso e da ineficiência das autoridades.
O confronto entre os índios terenas, os latifundiários que ocupam suas terras e as forças policiais, no Mato Grosso do Sul, era previsto e foi alertado ao governo estadual e federal. Mesmo assim, nada foi feito para impedir esse conflito e a perda de vidas humanas. Morto por forças policiais, o índio Oziel Gabriel foi vítima do descaso e da ineficiência das autoridades.
Assinar:
Postagens (Atom)