sexta-feira, 14 de junho de 2013

Liberdade de expressão de Alckmin dói!

Por Altamiro Borges

Para quem acredita nas bravatas dos tucanos em defesa da liberdade de expressão, os últimos dias foram bem instrutivos – e doídos. Na sua fúria para reprimir os protestos de jovens contra o aumento das tarifas do transporte, o governador Geraldo Alckmin não vacilou em atacar os próprios profissionais da imprensa. Segundo balanço da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), somente na manifestação desta quinta-feira (13) pelo menos 15 jornalistas foram feridos pela PM. A repressão não poupou nem os funcionários da mídia aliada, que sentiram no lombo o “modo tucano de governar”. Haja democracia!

Datena engole a enquete

Por Altamiro Borges

O apresentador José Luiz Datena, atualmente na Band, ganha fortunas com seu "jornalismo" sensacionalista, que explora a violência e a barbárie. Ele é um entusiasta das ações truculentas da polícia. Ontem, porém, ele se deu mal. No programa "Brasil Urgente", após mostrar cenas dramáticas de confrontos em São Paulo, ele exibiu uma enquete: "Você é a favor deste tipo de protesto?". O "sim" disparou na frente. De imediato, ele pediu a sua equipe para alterar a pergunta: "Você é a favor de protesto com baderna?". Para seu desespero, o "sim" continuou na frente (2.179 votos a favor, 915 contra) em apoio à manifestação dos jovens.

Manifesto contra a violência da PM

Para assinar a petição: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2013N41381
Por Altamiro Borges

Crescem as críticas na sociedade à brutal violência da PM de São Paulo, sob comando tucano, contra jovens em luta pela redução das tarifas do transporte público. Pesquisas já indicam que a população paulista apóia os legítimos protestos da juventude - mas rejeita atos tresloucados. Uma ampla unidade vai se forjando em defesa da plena liberdade de manifestação e contra a postura fascista do governador Geraldo Alckmin. O manifesto abaixo é mais uma iniciativa importante neste rumo. Assine! Ajude a divulgar!

Equador aprova Ley de Medios

Rafael Correa com a imprensa de Guayaquil/Foto: Mauricio Muñoz
Por Felipe Bianchi, no sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A Assembleia Nacional do Equador aprovou, nesta sexta-feira (14), o projeto de lei que regulamenta e democratiza a comunicação no país. Com 108 votos a favor, 26 contra e apenas uma abstenção, a Ley Orgánica de Comunicación promoverá a redistribuição do espaço radioelétrico e a universalização do acesso aos meios e às tecnologias da informação, além de financiar os sistemas públicos e comunitários do setor.

Bombas com validade vencida

Por Altamiro Borges

Passada a crônica fúria midiática contra qualquer manifestação popular, começam a surgir dados gritantes sobre a brutalidade da PM tucana nos protestos dos últimos dias. A jornalista Fabiana Maranhão, do UOL, revela hoje que as bombas de gás lacrimogêneo usadas pela polícia nesta quinta-feira (13) estavam com a validade vencida. "A fotografia de um dos artefatos divulgada nas redes sociais mostra que o prazo para uso do material terminou em dezembro de 2010. Na embalagem do produto, uma mensagem alerta: 'Atenção: oferece perigo se utilizado após o prazo de validade'".

O modo tucano de governar. Porrada!

Por Altamiro Borges

De Paris, onde se encontrava em missão institucional, o governador tucano Geraldo Alckmin deu a ordem: protesto "é caso de polícia". No final da tarde de ontem (13), a PM seguiu à risca a determinação e baixou a porrada nos manifestantes que ocuparam as ruas centrais de São Paulo para exigir a redução da tarifa do transporte público. Antes mesmo do início do protesto, cerca de 40 pessoas foram detidas arbitrariamente e levadas ao 78º Distrito Policial. Quatro horas depois, enquanto os ativistas gritavam "sem violência", a tropa de choque disparava balas de borracha, lançava centenas de bombas de gás e prendia outras 180 pessoas.

Chegou a hora do basta

Foto do sítio CartaCapital
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

No quarto dia de protesto contra o aumento da tarifa dos transportes coletivos, o Estado policialesco que o reprime ultrapassou, ontem, todos os limites e, daqui para a frente, ou as autoridades determinam que a polícia não aja feito um animal que baba, ao contrário do que vem fazendo, ou a capital paulista ficará entregue à desordem, o que é inaceitável. Durante sete horas, numa movimentação que começou na Praça Ramos de Azevedo, passou pelo Centro – em especial pela Praça da República e a Rua da Consolação – chegando à avenida Paulista, os policiais provocaram conflitos com os manifestantes, agrediram jornalistas e aterrorizaram a população.

Protesto: uma virada na cobertura

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

De repente, não mais que de repente, o noticiário sobre as manifestações que paralisam grandes cidades brasileiras há uma semana sofre uma reviravolta: agora os jornais começam a enxergar os excessos da polícia e mostrar que no meio da tropa há agentes provocadores e grupos predispostos à violência.

Jornalistas criticam ação da PM

Do sítio do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo:

Novas cenas de agressões aos jornalistas foram presenciadas no início da noite desta quinta-feira (13) durante manifestação ocorrida no centro de São Paulo. O jornalista Piero Locateli da revista Carta Capital e o repórter cinematográfico do portal Terra, Fernando Borges, foram vítimas de violência policial. O número de vítimas aumentou com os repórteres da TV Folha, Giuliana Vallone - que levou um tiro de bala de borracha no olho e Fábio Braga, da Folha Online.

Os protestos e a hipocrisia da Globo

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Foi um dos momentos sublimes do Jornalismo Contemporâneo Brasileiro:

“Imagina na Copa!” – foi a reação estupefata de uma âncora (?) do Mau Dia Brasil, ao fim de uma reportagem sobre as manifestações na cidade de São Paulo, na noite de quinta-feira.

Imagina na Copa!

Repórter é detido por portar vinagre

Violência da PM é inaceitável

Por José Dirceu, em seu blog:

Não há como não condenar e denunciar a repressão às manifestações do Movimento Passe Livre. Isso não significa em hipótese alguma concordar ou apoiar a violência de determinados manifestantes ou grupos políticos que participam dos atos, ou mesmo com a proposta de tarifa zero, o chamado passe livre.

Mas o que aconteceu ontem em São Paulo não pode ser aceito. Não podemos nos silenciar ou, pior, apoiar. Temos que denunciar.

PM quebra vidro da própria viatura

quinta-feira, 13 de junho de 2013

UNE repudia violência da PM

Do sítio da UNE:

A União Nacional dos Estudantes e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas condenam a agressão policial injustificável contra jovens ocorrida na noite desta quinta-feira, 13 de junho, em mais um protesto pelas ruas da capital paulista contra o aumento das passagens do transporte público.

O AI-5 contra a luta social

Por Renato Rovai, em seu blog:

Os momentos históricos são diferentes, mas o que está acontecendo em São Paulo precisa ser discutido do tamanho que merece. Manifestantes não podem ser presos sob acusação de formação de quadrilha, crime inafiançável. Se isso vier a prevalecer, estaremos entrando num cenário de ditadura contra a luta social. Será um novo AI-5, o instrumento que faltava para a tão sonhada criminalização dos movimentos sociais que vem sendo arquitetada há tanto tempo pelas forças conservadoras do país. E que ganhou hoje o apoio, em editorial, da Folha e do Estado de S. Paulo.

PM ataca manifestantes

A baderna é da polícia!

Imagem TV Record
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Qual o nome para o que a Polícia Militar fez em São Paulo durante mais uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus e metrô? Proibiu carros de som e megafones nas ruas, agrediu jornalistas e fotógrafos, encurralou manifestantes, atirou bombas a esmo, pisoteou a Democracia.

Desacostumado com manifestações públicas, o brasileiro aceitou a versão da velha mídia, após os atos da semana passada, que classificou os manifestantes como simples “baderneiros”?

A solidão do governo Dilma

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Pelo que posso notar daqui de longe e conversando com amigos que trabalham no Palácio do Planalto, o maior problema do governo Dilma, fora todos os outros, é a solidão. Desde que tomou posse, faz dois anos e meio, a presidente segue rigorosamente o ritual do cargo, cumpre a agenda sem se sujeitar a imprevistos ou a arriscadas iniciativas, cercada por pouca gente, subordinados que a tratam como a chefe poderosa, com uma reverência que vai além das normas hierárquicas.

Governo precisa jogar mais duro

Por Wanderley Guilherme dos Santos, no blog O Cafezinho:

A Medida Provisória 617, editada em 31/5/13, reduziu a zero os tributos PIS/PASEP e COFINS sobre as receitas das empresas de transporte coletivo de passageiros. Com este novo item, o Ministério da Fazenda estima que as desonerações aceleradas desde 2012 alcancem o total de R$ 72 bilhões no corrente ano. Reduções ou extinções tributárias podem contribuir para a queda da inflação, com repercussões na estabilidade da renda das famílias e do emprego, e servir de incentivo ao investimento privado. Ao fim e ao cabo, se tudo o mais permanece constante, produzem mesmo tais resultados. As interrogações imediatas dizem respeito ao final de quanto tempo e ao cabo de quantos outros eventos os favores tributários trarão as prendas esperadas. Nunca é tarde para boas notícias, mas a propagação de seus benefícios será tanto mais lenta quanto mais longa for a duração da expectativa antecedente.

Metamorfose de um protesto de jovens

Imagem TV Record
Por Igor Felippe, no blog Viomundo:

O ato contra o aumento da passagem reuniu em torno de 10 mil jovens na terça-feira (11/6), sob uma chuva forte na marcha que partiu do ponto de encontro na Praça dos Ciclistas, na Avenida Paulista (próximo à esquina com a Consolação), para terminar no Parque Dom Pedro, na entrada da Zona Leste da cidade.

Havia jovens desorganizados e organizados em agremiações políticas. O clima era tenso na concentração. Os pingos fortes davam ensaios de que viria um temporal. A Polícia Militar acompanhava de forma truculenta e parte dos manifestantes estava arredia.