terça-feira, 18 de junho de 2013

Haddad perdeu uma ótima chance

Marcelo Camargo/ABr
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Fernando Haddad perdeu uma excelente oportunidade para revogar o aumento nas passagens dos ônibus na capital paulista na manhã desta terça (18). Praticamente todos os membros do Conselho da Cidade que se manifestaram na reunião extraordinária, convocada pelo prefeito para discutir o transporte público, defenderam a revogação imediata. E o estabelecimento de uma ampla discussão pública sobre o financiamento e a qualidade do sistema.

Protestos. "E agora, Ulysses?"

Foto: Tomaz Silva/ABr
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Ao ver pela televisão as imagens da multidão vindo como uma onda gigante pela avenida Rio Branco, na noite desta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, foi impossível não me lembrar da mesma cena vivida quase 30 anos atrás, no dia 10 de abril de 1984, na reta final da Campanha das Diretas Já, o grande marco na redemocratização do país.

UNE na luta pela redução das tarifas

Juventude do PSDB foge das ruas

Por Altamiro Borges

O blogueiro paranaense Tarso Cabral Violin alertou para um fato curioso. Vasculhando as mensagens do Facebook, ele descobriu uma nota da Juventude do PSDB de São Paulo orientando os seus simpatizantes a não participarem do protesto ocorrido ontem (17) na capital paulista. A oposição tucana, amparada pela mídia direitista, até tenta partidarizar as manifestações contra o aumento da tarifa do transporte, procurando transformá-las num ato de rejeição aos governos Dilma e Haddad. Mas os tucaninhos sabem que não têm a simpatia dos manifestantes e temem às ruas. Reproduzo abaixo a mensagem:

O povo não é bobo. Fora Globo

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Em São Paulo, a concentração se deu no Largo da Batata. Para quem não conhece a cidade, o largo fica no início da Rua Teodoro Sampaio, uma importante ligação entre a Cidade Universitária e a Faculdade de Medicina da USP, na Avenida Dr. Arnaldo, bem "na cara" da Avenida Paulista.

Já no ponto de partida, o repórter Caco Barcellos, um dos mais respeitados jornalistas da TV Globo em atividade e, talvez por isso, escalado por Ali Kamel para cobrir o evento, foi expulso com sua equipe do local, não pelo que ele representasse, mas pelo amargo significado que tem o logotipo que ele ostentava no cubo que vai acoplado ao seu microfone.

Retomada das ruas deve ser festejada

Por José Dirceu, em seu blog:

O dia de ontem pode ser considerado um marco na história recente do Brasil. Em todo o país, jovens e cidadãos de classe média, mas também populares, saíram às ruas em sua maioria pacificamente para protestar.

Protestar contra a repressão - não vamos apagar essa demanda, como fez a mesma mídia que pediu repressão histericamente dois dias antes em editoriais, incluindo todos os três jornalões dos barões da mídia –, por melhores condições de vida, transporte melhor e mais barato.

O Brasil não acabou de acordar

Por Cadu Amaral, em seu blog:

Em diversas capitais estão acontecendo atos contra o aumento dos preços das tarifas de transporte coletivo. Com dimensões bastante significativas, outras pautas parecem surgir no seio desses movimentos e até a “grande imprensa” demonstra ter “mudado de lado”. Como nada é por acaso, a nova postura da mídia tem sua razão de ser.

Sem PM, multidões protestam em paz

Por Gisele Brito e Tadeu Breda, na Rede Brasil Atual:

Com reduzidíssima presença de apenas seis policiais militares, segundo os coordenadores do Movimento Passe Livre (MPL), mais de 100 mil pessoas fizeram ontem (17) em São Paulo uma das maiores manifestações populares das últimas décadas. E tudo pacificamente. A quinta marcha consecutiva contra o reajuste da tarifa do transporte público na capital começou no Largo da Batata, na zona oeste, e tomou várias avenidas da cidade, incluindo a Marginal do Rio Pinheiros e a Ponte Estaiada.

O povo nas ruas e a democracia

Editorial do sítio Vermelho:

Na última segunda-feira (17), em diversas capitais do Brasil ocorreram manifestações juvenis e populares para protestar contra os aumentos das tarifas de ônibus, metrô e trens urbanos.

Marcadas pelo espontaneísmo e combatividade, os protestos soaram também como grito de alerta para diversos problemas sociais que afetam a vida urbana nos dias atuais. O movimento, cujo início parecia ser mais um protesto contra o alto preço e a péssima qualidade dos transportes públicos em São Paulo, fruto de desastrosas administrações municipais e estaduais, começa a extravasar o objetivo inicial e ganha um sentido político que não tinha.

Luta contra tarifa incendeia o Brasil

Por Eduardo Sales, Marcelo Netto Rodrigues e Renato Godoy de Toledo, no jornal Brasil de Fato:

O Brasil parou. Cerca de um milhão de pessoas foram às ruas simultaneamente em 12 capitais e diversas cidades do país na última segunda-feira, 17 de junho. A frase do Movimento Passe Livre “Se a tarifa não baixar, a cidade vai parar” se provou não ser apenas um slogan.

Ruas requisitam nova agenda política

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

A rapidez e a abrangência dos acontecimentos em marcha turvam a compreensão mais geral do que se passa no país.

Sentenças frívolas e ligeirezas interessadas tentaram instrumentalizar o aluvião desregrado, comprimindo-o entre as margens de uma canaleta estreita.

Foram atropeladas.

O que as manifestações nos dizem?

Por Leonardo Avritzer, na revista CartaCapital:

O Brasil foi despertado de um certo torpor antipolítico por meio de um conjunto de manifestações públicas que tomaram as ruas das principais cidades brasileiras na última semana.

Duramente reprimidas, especialmente na cidade de São Paulo, estas manifestações foram classificadas como desordem ou baderna por um conjunto de políticos e meios de comunicação que nos lembraram a Inglaterra no século XIX ou do Brasil antes da nossa democratização recente.

O povo pede passagem

Por Glauco Faria, na revista Fórum:

Por volta das 16h30 a concentração em torno do Largo da Batata, na zona Oeste de São Paulo, já era grande. Mas uma hora mais tarde a quantidade de pessoas já era muito maior, lotando vias de acesso próximas pouco antes de finalmente a marcha se pôr em movimento.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

TV Globo leva um baita susto!



Por Altamiro Borges

As manifestações desta segunda-feira em São Paulo deram um baita susto na prepotente Rede Globo. Isto ficou explícito no próprio Jornal Nacional. Após reportagem informando que os manifestantes se dirigiam à sede da emissora no zona sul da capital paulista, gritando palavras de ordem contra o império midiático, a apresentadora Patrícia Poeta leu um editorial justificando a cobertura dos protestos sociais exibida pela emissora. Ela tentou vender a ideia de que a TV Globo não manipula as informações e cobre os fatos com total isenção. Mas os jovens não acreditam nesta balela.

Repressão em BH e bravatas de Aécio

Por Altamiro Borges

O governador Antônio Anastasia (PSDB-MG) deixou seu tutor, Aécio Neves, pendurado na brocha. Pelo Facebook, o cambaleante presidenciável tucano tentou se aproveitar dos protestos contra o aumento das tarifas para fazer demagogia. Famoso por sua truculência, ele elogiou os manifestantes. "São brasileiros que enviam um recado à sociedade, em especial, aos governantes, e que precisam ser escutados", escreveu. Na sequência, a PM tucana de Minas Gerais reprimiu com violência o protesto no centro de Belo Horizonte.

Protestos agitam 11 capitais no país

Tomaz Silva/ABr
Por Altamiro Borges

A violenta repressão da PM em São Paulo parece que conseguiu atiçar os protestos populares em todo o país. Balanço parcial indica que pelo menos 11 capitais participam das mobilizações desta segunda-feira - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Vitória, Maceió e Belém. Vários outros centros urbanos, como Juiz de Fora (MG) e Foz do Iguaçu (PR), também aderiram aos protestos. O movimento nacional mescla várias reivindicações: contra o reajuste das tarifas do transporte, repúdio à brutalidade da polícia paulista, mais verbas para a educação e saúde, entre outras.

Dilma, os jovens e a comunicação

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O blogueiro Altamiro Borges costuma falar sobre a capilaridade dos grandes conglomerados de mídia do Brasil apontando para as agências de distribuição de fotos e notícias, que espalham o conteúdo gerado no Rio de Janeiro ou em São Paulo mesmo para os pequenos jornais ou emissoras de rádio do interior de Goiás ou da Amazônia.

O futuro se escreve nas ruas

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Às 19h já era possivel afirmar que a onda de manifestações pelo Brasil era a maior desde o movimento pelo impeachment de Collor. 40 mil pessoas em São Paulo (e crescendo). Outras 40 mil no Rio de Janeiro. Belo Horizonte teve milhares nas ruas, com bombas jogadas dos helicópteros pela PM mineira. Em Brasília, a marcha avançava em direção ao Congresso Nacional.

Derrotar o Estado Policial

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O objetivo central nesta segunda-feira, quando será realizado um novo ato contra aumento de tarifas no transporte público, é impedir que a violência policial se transforme num método aceitável de governo em São Paulo.

Não vamos nos iludir.
Não há baderna - real ou provocada por atos da própria PM - que possa servir de motivo legítimo para prisões arbitrárias e espancamentos absurdos.

A cobertura homicida da Veja

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Por um curto período, respondi a Giancarlo Civita na Abril.

Eu era diretor superintendente das revistas masculinas da Abril, na época, começo dos anos 2000.

Gianca, hoje com 50 anos, era um chefe de cabeça muito mais arejada que a média dos comandantes da Abril.