quarta-feira, 19 de junho de 2013

Mídia golpista prepara o bote!

www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Altamiro Borges

As manchetes dos dois jornalões paulistas nesta quarta-feira (19) sinalizam uma nova flexão dos barões da mídia, famosos pelo seu histórico golpista. Folha: “Ato em SP tem ataque à prefeitura, saque e vandalismo; PM tarda a agir”. Estadão: “Manifestantes tentam invadir Prefeitura; SP tem noite de caos”. Na prática, eles exigem o retorno dos soldados da tropa de choque às ruas, com suas balas de borracha, bombas de gás e a costumeira truculência. Parecem querer um ou vários cadáveres para exigir algo mais!

Os protestos e a voz do povo

Por Renato Rabelo, em seu blog:

A voz do povo deve ser atentamente escutada e respondida. As manifestações juvenis e populares que se ampliam e se estendem por todo país têm um motivo – uma causa social.

Para o PCdoB, a questão democrática se entrelaça com a questão social. Por isso, para o avanço democrático é precioso e auspicioso conhecer através de largas manifestações – por serem mais autênticas — o que clama e atormenta parcelas significativas do nosso povo. Muitas vezes são razões maiores que se acumulam, vindo à tona através de reivindicação aparentemente simples. A luta contra os preços das tarifas dos transportes urbanos e o descontentamento contra os elevados investimentos na construção dos estádios de futebol são manifestações agudas e de um grande estresse vivido pela maior parcela da população dos grandes centros urbanos no Brasil.

A juventude e as lutas sociais

Editorial do jornal Brasil de Fato:

Sem dúvida, estamos vivenciando uma mobilização espontânea da juventude mais impactante dos últimos 20 anos. O ponto de partida destes protestos está relacionado com a mobilidade urbana, com o aumento do preço da passagem e com os enormes gastos financeiros que estão sendo aplicados para a Copa do Mundo num país marcado pela profunda desigualdade social. É justa e legítima, portanto, a mobilização da juventude.

“Foda-se o Brasil”, grita rapaz em SP

Do blog: http://cinenegocioseimoveis.blogspot.com.br
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A chegada ao viaduto do Chá foi surpreendentemente rápida. Trabalhadores e lojistas tinha ido embora mais cedo, deixando o centro de São Paulo estranhamente vazio às seis horas da tarde. Contornei o Teatro Municipal, e segui a pé, para cruzar o viaduto rumo à Prefeitura – onde os manifestantes se concentravam. Estava acompanhado da equipe de gravação da TV.

Os ventos enlouquecidos

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Em um dos mais belos poemas da nossa antiga e desprezada Língua Pátria, Joaquim Cardozo reúne, em uma várzea do Capibaribe, todos os ventos do mundo. Os alísios, em sua anárquica natureza e rota, chegam do Equador, viajando clandestinos em um transatlântico.

Se liga, Dilma: ouça a voz das ruas

Por Laurindo Lalo Leal Filho, no sítio Carta Maior:

As ruas estão avisando: é preciso agir. Na comunicação estamos muito atrasados. Esses jovens que ocuparam as ruas e praças em todo o Brasil têm muito que dizer, mas não têm onde falar.

É preciso ampliar a liberdade de expressão no pais. As ações de governo e de outros tantos setores emudecidos da sociedade, não podem continuar sendo filtradas pela mídia comercial. Vários desses meios vêm tentando passar a ideia de que é o governo federal o alvo das manifestações de rua. E, no primeiro momento, seguindo sua lógica mesquinha chamaram todos de vândalos. Como contestar?

"Não aos Datenas, Jabores e Pondés"

Por Paulo Motoryn, na revista CartaCapital:

Desde o ato da última quinta-feira contra o aumento da passagem do transporte público em São Paulo, em que a violência e a repressão policial viraram notícia em todo o planeta, mais uma ameaça ronda o sucesso das manifestações organizadas pelo Movimento Passe Livre: a instrumentalização do povo.

A evidente mudança de postura da imprensa em relação aos protestos deve ser motivo de desconfiança, não de festa. Isso porque nos últimos dias imperou o comentário: “Agora até a grande mídia defende as manifestações”. Como se isso fosse algo positivo.

Uma saída para o impasse em São Paulo

Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras:

A partir de sexta-feira (14/6) à tarde, o prefeito Fernando Haddad reviu sua postura anterior e emitiu sinais de que está aberto ao diálogo com os movimentos que lutam por uma cidade para todos. A nova atitude, que revela saudável capacidade de autocrítica, abre espaço para buscar uma alternativa capaz de alcançar, ao mesmo tempo, três objetivos: a) suspender o aumento da tarifa de ônibus, num gesto simbólico de boa vontade; b) recolocar na pauta nacional a reforma tributária, um instrumento indispensável para construir metrópoles humanas e um país menos desigual; c) desencadear, em São Paulo, um amplo movimento pela garantia da mobilidade urbana, que irá muito além do debate da tarifa e articulará prefeitura e sociedade civil numa busca de soluções que pode repercutir em todo o país.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Uma nova geração de conectados

Phablo Gouvêa, no blog Maria Frô:

Desde o Churrasco da Gente Diferenciada, ocorrido no dia 14 de maio de 2011, quando um grupo de moradores do bairro de Higienópolis se opôs à construção de uma estação de metrô na Avenida Angélica, provocando uma reação por parte dos internautas conectados ao facebook, não se via manifestações tão bem exploradas através dos canais de compartilhamento das mídias sociais, como as que ocorrem atualmente, lideradas pelo Movimento Passe Livre, contra o aumento do preço do transporte público em São Paulo.

A onça bebeu água

Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Foi maior do que todo mundo esperava. As manifestações de ontem deixaram a classe política perplexa, a mídia em estado de choque e a sociedade em geral com um brilho nos olhos. Nenhum partido, sindicato ou movimento social saiu lucrando. Testemunhamos aqui um grandioso ensaio do que vimos na Espanha, com os “indignados”, ou talvez algo ainda maior.

Um pouco além dos protestos

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os protestos pegaram o mundo político de calças curtas.

Comecemos pela oposição.

Depois de passar a última década procurando convencer a população a sair às ruas com base num moralismo falso e seletivo, a oposição reagiu de acordo com o reflexo condicionado do conservadorismo brasileiro.

Mídia e repressão foram derrotadas

Por Rita Freire, no sítio Ciranda:

Ontem o país registrou uma das mais expressivas mobilizações nas ruas, particularmente da sua juventude, para defender o direito essencial ao transporte público de qualidade. De modo geral, foram demonstrações pacíficas, longas e reunindo multidões.

"Que coincidência, sem polícia não tem violência", foi uma das frases repetidas em lugares onde a polícia realmente ficou de fora, como foi o caso ontem na capital de São Paulo, que registrou marchas simultâneas nas Avenidas Faria Lima, Paulista, Marginal Pinheiros e Ponte Estaiada. Não foi isso que ocorreu nas protestos anteriores

Os barões do transporte no Brasil

Por Marcos Aurélio Ruy e Van Martins, no sítio da UJS:

Nos debates e mobilizações que buscam solucionar o problema do transporte público, a grande mídia e uma pequena parcela da sociedade tem escondido a responsabilidade dos empresários, ou melhor, da máfia dos transportes públicos. De nada adiantará os subsídio governamentais, que pesam no bolso da população junto com as altas tarifas, se a caixa preta dos custos e lucros não for aberta, permitindo um debate transparente com toda a sociedade.

Vídeo: À procura de Arnaldo Jabor



Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O colunista Arnaldo Jabor fez um dos mea culpas mais espetaculares na história do jornalismo mundial, notável em dois aspectos: pela convicção e truculência do primeiro comentário, devidamente renegado; e pela velocidade da mudança de ideia.

Ruas, poder e juventude

Tomaz Silva/ABr
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Quando tive de criar uma frase para encabeçar este blog, a escolha, naturalmente, veio sobre aquilo que considero ser a chave do exercício progressista, do desejo e dos meios de mudar a realidade da vida social.

A política, sem polêmica, é a arma da direita.

Haddad perdeu uma ótima chance

Marcelo Camargo/ABr
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Fernando Haddad perdeu uma excelente oportunidade para revogar o aumento nas passagens dos ônibus na capital paulista na manhã desta terça (18). Praticamente todos os membros do Conselho da Cidade que se manifestaram na reunião extraordinária, convocada pelo prefeito para discutir o transporte público, defenderam a revogação imediata. E o estabelecimento de uma ampla discussão pública sobre o financiamento e a qualidade do sistema.

Protestos. "E agora, Ulysses?"

Foto: Tomaz Silva/ABr
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Ao ver pela televisão as imagens da multidão vindo como uma onda gigante pela avenida Rio Branco, na noite desta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, foi impossível não me lembrar da mesma cena vivida quase 30 anos atrás, no dia 10 de abril de 1984, na reta final da Campanha das Diretas Já, o grande marco na redemocratização do país.

UNE na luta pela redução das tarifas

Juventude do PSDB foge das ruas

Por Altamiro Borges

O blogueiro paranaense Tarso Cabral Violin alertou para um fato curioso. Vasculhando as mensagens do Facebook, ele descobriu uma nota da Juventude do PSDB de São Paulo orientando os seus simpatizantes a não participarem do protesto ocorrido ontem (17) na capital paulista. A oposição tucana, amparada pela mídia direitista, até tenta partidarizar as manifestações contra o aumento da tarifa do transporte, procurando transformá-las num ato de rejeição aos governos Dilma e Haddad. Mas os tucaninhos sabem que não têm a simpatia dos manifestantes e temem às ruas. Reproduzo abaixo a mensagem:

O povo não é bobo. Fora Globo

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Em São Paulo, a concentração se deu no Largo da Batata. Para quem não conhece a cidade, o largo fica no início da Rua Teodoro Sampaio, uma importante ligação entre a Cidade Universitária e a Faculdade de Medicina da USP, na Avenida Dr. Arnaldo, bem "na cara" da Avenida Paulista.

Já no ponto de partida, o repórter Caco Barcellos, um dos mais respeitados jornalistas da TV Globo em atividade e, talvez por isso, escalado por Ali Kamel para cobrir o evento, foi expulso com sua equipe do local, não pelo que ele representasse, mas pelo amargo significado que tem o logotipo que ele ostentava no cubo que vai acoplado ao seu microfone.