domingo, 23 de junho de 2013

Às ruas contra o partido da mídia

Editorial da revista Fórum:

O pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff, ontem, apontou para muitas direções. Mas foi uma das raras vezes em que alguns temas essenciais para o país foram abordados em discursos oficiais da atual mandatária, como a reforma política e a necessidade de diálogo com os movimentos sociais. Estes que, até agora, tiveram um tratamento mais do que distante por parte do governo.

Reflexões de um novo tempo

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Junto aos destroços nas ruas, vê-se também os sustos amainados, as paranóias arrefecidas. Uma sensação de ressaca junto ao gosto doce-amargo de lembranças estranhas. Transformações importantes aconteceram no imaginário popular. A classe política amanheceu com um baita olho roxo e os músculos doloridos das pancadas que levou das multidões.

Esquerdas se unem por agenda ampla

Por Mariana Viel, no sítio Vermelho:

Em busca da consolidação de uma unidade ampla, partidos de esquerda e entidades sindicais e representantes de movimentos sociais se reuniram na noite desta sexta-feira (21), em São Paulo. Examinaram a conjuntura marcada pelas manifestações das duas últimas semanas e deram passos para unificar uma agenda de lutas.

sábado, 22 de junho de 2013

Quem comanda os arruaceiros?

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

A primeira coisa que quero dizer é que não acredito na possibilidade de estarem tramando um golpe militar no Brasil. Não sou ingênua de ignorar que muita gente gostaria que isso acontecesse, mas não acho que isso seja possível. Apesar dos saudosos da ditadura, a democracia em nosso país está consolidada, tenho certeza. Minha preocupação neste momento é que existam interessados em desestabilizar a nação, o que seria quase tão dramático quanto um golpe. E infelizmente não estou certa se, como querem os meios de comunicação, os arruaceiros sejam uma “minoria” dentro das manifestações legítimas que ocorrem em várias capitais nas últimas semanas. Também tenho dúvidas de que estejam atuando de forma desorganizada, sem atender a um comando.

Avançar para derrotar a direita

Por Marcos Aurélio Ruy, no sítio da UJS:

As manifestações que se iniciaram no país contra os aumentos das passagens no transporte coletivo ganharam dimensões gigantescas. Nisso a direita, através de seu partido o Partido da Imprensa Golpista (PIG), viu a oportunidade de conturbar o ambiente e atacar a presidenta Dilma na clara tentativa de insuflar uma rebelião de consequências totalmente obscuras.

O que fez a Globo tremer?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ontem, ouvindo os apresentadores do Jornal Nacional, eu escrevi aqui Atenção: a Globo virou o fio!

Algo fez o Império recuar na verdadeira campanha de propaganda pró-manifestaçôes que vinha fazendo.

Fosse ou não essa a intenção dos manifestantes, a Globo farejou logo que ali estava uma arma contra o Governo Dilma-Lula.

Era um “mensalão” com povo.

Muito além dos centavos

Marcelo Camargo/ABr
Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

Dilma precisa avançar e criar nova agenda inspirada, inclusive, em certas reivindicações de um movimento social confuso e errático.

O veto ao aumento das passagens nos transportes urbanos, estopim do movimento que se alastrou de São Paulo para outros pontos do País, foi atendido. Esse sucesso inicial pode ter impacto na mobilização e deixá-lo, por outro lado, numa encruzilhada. Avançamos ou nos retiramos?

A TV organiza as massas

http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Rede Brasil Atual:

A TV, chamada de “Príncipe Eletrônico” pelo sociólogo Octavio Ianni, está conduzindo as massas pelas ruas brasileiras. À internet coube o papel de convocar, à TV de conduzir.

Ao perceber que o movimento não tinha direção e poderia assumir bandeiras progressistas, as emissoras de TV, com a Globo à frente, passaram a conduzi-lo.

Direita também disputa ruas e urnas

Marcelo Camargo/ABr
Por Valter Pomar, em seu blog:

Quem militou ou estudou os acontecimentos anteriores ao golpe de 1964 sabe muito bem que a direita é capaz de combinar todas as formas de luta. Conhece, também, a diferença entre “organizações sociais” e “movimentos sociais”, sendo que os movimentos muitas vezes podem ser explosivos e espontâneos.

Já a geração que cresceu com o Partido dos Trabalhadores acostumou-se a outra situação. Nos anos 1980 e 1990, a esquerda ganhava nas ruas, enquanto a direita vencia nas urnas. E a partir de 2002, a esquerda passou a ganhar nas urnas, chegando muitas vezes a deixar as ruas para a oposição de esquerda.

A tarefa mais urgente

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

A democracia deve ser exercida ali onde está o poder.

Não há nada mais precioso na vida de uma Nação do que o momento em que o poder se define nas ruas.

Assegurar que ele seja um poder democrático é a tarefa mais urgente no Brasil nos dias que correm.

Dilma consegue decifrar o enigma

Por Luis Nassif, em seu blog:

O discurso da presidente Dilma Rousseff captou perfeitamente o momento histórico, através dos principais fatores que emergiram das manifestações:

1- A vontade de participar da moçada e da população e o anacronismo do aparato institucional.
2- A separação nítida entre os anseios legítimos e os aproveitadores.
3- O fato de, a partir de agora, o cidadão passar a ser o centro das políticas públicas, e não mais os poderes econômicos.
4- A necessidade de um pacto entre União, estados e municípios para melhoria da mobilidade urbana e dos serviços públicos.

Globo manipula os protestos de rua

Ações para desestabilizar a democracia

http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por José Dirceu, em seu blog:

As manifestações de ontem uniram a violência de pequenos grupos - não tão pequenos assim, basta assistir as cenas de Brasília e de outras oito capitais - organizados ou não, pouco interessa, com a adesão de uma minoria que tenta desestabilizar a democracia.

Entre democracia e fascismo

http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O movimento de caráter semi-insurrecional que vemos no país de hoje exige uma reflexão cuidadosa.

Começou como uma luta justíssima pela redução de tarifas de ônibus.

Auxiliada pela postura irredutível das autoridades e pela brutalidade policial, esta mobilização transformou-se numa luta nacional pela democracia.

O pronunciamento de Dilma Rousseff

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Globo derruba a grade. É o golpe!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

A Rede Globo, em tevê aberta, nesta quinta-feira, um dia depois de os prefeitos do Rio e de São Paulo reduzirem as tarifas, derrubou a grade de programação e se dedicou, sem comerciais!, a abrasileirar o Golpe pela tevê que a Direita conseguiu, por 48 horas, contra o Chávez, na Venezuela.

As agressões na Avenida Paulista

Marcelo Camargo/ABr
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Os militantes de partidos de esquerda que foram à avenida Paulista nesta quarta-feira — e se identificaram com suas bandeiras — foram seguidos continuamente por um grupo considerável de manifestantes aos gritos de “sem partido”. Houve empurra-empurra, troca de insultos, agressões físicas e a tomada de bandeiras vermelhas, que eram em seguida queimadas. Isso aconteceu até mesmo com bandeiras do PSTU, cujos militantes gritavam palavras de ordem contra o governo Dilma durante a passeata.

Protesto virou rebelião fascista?

Valter Campanato/ABr
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Agora o estrago está feito. Minhas paranóias iniciais, de que a coisa poderia degenerar numa espécie de rebelião descontrolada tipo Líbia, com infiltração de todo tipo de oportunistas, tornaram-se realidade. Ainda tentei sufocar minhas paranóias e acreditar um pouco no bom senso dos jovens. “Eles querem ser politizados. Tudo vai dar certo”, pensei. É legal ver os jovens indo às ruas protestar por um Brasil melhor. É a primavera da juventude. Quebrei a cara. Não apenas eu. Até a presidenta fez elogios às manifestações. Mas todas as ressalvas que fiz acabaram se tornando o ponto principal. A coisa toda virou um pesadelo golpista. Sem foco, o movimento degringolou numa revolta fascista, com jovens camisas negras espancando militantes de partidos de esquerda e gritando “ditadura já”, conforme relatos que li do que aconteceu em São Paulo.

MPL denuncia “ares fascistas” em SP

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A marcha em São Paulo, nesta quinta-feira (20/06), foi convocada pelo MPL (Movimento Passe Livre), para comemorar a vitória obtida – com a redução nas tarifas de ônibus e metrô. Era pra ser uma festa. Virou mais um sintoma preocupante do avanço da extrema-direita nas ruas. É o que mostra a foto acima (Portal Terra): um manifestante morde a bandeira do PT. Outras bandeiras foram queimadas. Nenhuma era de partidos de direita, como PSDB ou DEM. Não. O ódio “anti-partido” tem um sentido muito claro.

Rejeitar as manobras golpistas

Do sítio Vermelho:

Os acontecimentos da última quinta-feira (20) mostram que tendências contraditórias estão presentes na grande onda de movimentações populares em todo o país. É preciso refletir sobre elas. O movimento popular tem na experiência atual um manancial de ensinamentos para orientar-se corretamente e resguardar-se de atuar como massa de manobra da direita golpista.