terça-feira, 4 de março de 2014

"Mídia traz uma Venezuela caricata"

Por Valéria Nader, no sítio Correio da Cidadania:

Acompanhar o noticiário internacional é sempre uma experiência que demanda discernimento – afinal, trata-se de notícias que vêm de longe e que, além de obviamente sujeitas ao viés analítico e ideológico do órgão de comunicação que as irradia, são relativas a fatos não vivenciados no dia a dia do público leitor. No Brasil, precisa-se de bem mais que discernimento para passar por esta experiência – muita desconfiança e dois pés pra trás talvez não deem conta da tarefa, especialmente se estão em foco países que tomaram um rumo que fuja minimamente ao que determina o mainstream.

A juventude sem sonhos da Europa

Por Luisa Maria González, no sítio Diálogos do Sul:

Depois de um 2013 marcado por altos níveis de desemprego para os jovens, o novo ano chegou na Europa sem oferecer esperanças de melhora: a Organização Internacional do Trabalho anunciou que os menos experimentados voltarão a ser os mais atingidos pelo desemprego.

Nem sequer a Europa de riquezas centenárias salvar-se-á do caos, acrescentou a entidade, pois as condições do mercado de trabalho não mostram sinal algum de recuperação e tudo parece indicar que 2014 quase não registrará aumentos nos índices de emprego.

Os boias-frias do futebol

Por Ciro Barros e Giulia Afiune, no sítio da Pública:

Terça-feira de manhã, céu nublado, aquele “chove-não-chove” no ar. A reportagem da Pública está em Mauá, município da Grande São Paulo, para acompanhar um jogo de futebol sem torcida, estrelado pelo Grêmio Esportivo Mauaense, da Segunda Divisão do Campeonato Paulista, abaixo da Série A3. Com o objetivo de montar uma equipe para o próximo campeonato do primeiro degrau do futebol profissional, os jogadores de Mauá enfrentam um time de jogadores ainda mais frágeis: o dos desempregados, reunidos em uma equipe montada pelo Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp) para que eles possam manter a forma enquanto não voltam a jogar profissionalmente.

Barbosa e os justiceiros de Sheherazade

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Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Qual a diferença, na essência, entre o último discurso de Joaquim Barbosa no STF e a clássica defesa dos justiceiros proclamada por Rachel Sheherazade?

Bem pouca. Em ambos os casos está embutido um descrédito nas instituições, uma vontade de espalhar o pânico e a vontade de fazer justiça com as próprias mãos.

Marqueteiro processa PSDB por calote

Da revista Fórum:

O marqueteiro Luiz Gonzalez, da Campanhas Comunicação, acionou, no início deste mês, a 2ª Vara de Execução de Título Extrajudicial para tentar receber do PSDB parte do valor referente à campanha presidencial de José Serra, em 2010. O partido estaria devendo a Gonzalez 8,7 milhões de reais, segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo.

Copa e Olimpíadas para quem?

Por Luis Fernandes, no  sítio Vermelho:

Ao conquistar o direito de sediar a Copa do Mundo da Fifa, de 2014, e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, Rio/2016, o Brasil se comprometeu a realizar mais do que dois grandes eventos esportivos. Bola na rede e medalha no peito são peças de uma engrenagem maior, que vai alavancar o desenvolvimento nacional e regional, bem como melhorar a qualidade de vida do cidadão em todas as regiões do país.

Cerveja: o transgênico que você bebe

Por Flavio Siqueira Júnior e Ana Paula Bortoletto, no sítio Outras Palavras:

Vamos falar sobre cerveja. Vamos falar sobre o Brasil, que é o 3º maior produtor de cerveja do mundo, com 86,7 bilhões de litros vendidos ao ano e que transformou um simples ato de consumo num ritual presente nos corações e mentes de quem quer deixar os problemas de lado ou, simplesmente, socializar.

Uma boa vitória no Oscar

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Fiquei muito feliz com o Oscar para 12 Anos de Escravidão.

É um filme bom de ver. Enriquece nosso conhecimento sobre uma das mais degradantes experiência da história da humanidade, que é a submissão absoluta de um ser humano por outro.

Num país onde a divisão entre senhores e escravos atravessou mais da metade de sua história, 12 anos... trata de questões sempre atuais.

A tristeza seletiva de Joaquim Barbosa

Por Antonio Lassance, no sítio Carta Maior:

O presidente do Supremo, relator da AP 470, esbravejador-geral da Nação, candidato em campanha a um cargo sabe-se lá do que nas eleições de outubro, decretou solenemente:

"É uma tarde triste para o Supremo".

É curioso como Joaquim Barbosa se mostra triste com algumas coisas, e não com outras.

"Irmãos Globo" ficam mais ricos

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Saiu a nova lista de bilionários da Forbes.

E, outra vez, os três irmãos Marinho, herdeiros do velho Roberto, somam juntos a maior fortuna do Brasil, com US$ 27, 3 bilhões de dólares, ou R$ 64,16 bilhões.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Globo e os bilionários da Forbes

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Por Altamiro Borges

A revista Forbes divulgou nesta segunda-feira (3) o ranking dos maiores bilionários do mundo no ano passado. Ela inclui 65 brasileiros – 19 a mais do que em 2012. No topo da lista dos ricaços nativos se mantém o industrial Jorge Paulo Lemann (bebidas), com fortuna estimada em US$ 19,7 bilhões e que ocupa o 34º lugar no mundo. O segundo lugar segue com o banqueiro Joseph Safra (55º lugar no planeta e riqueza estimada de US$ 16 bilhões). Em seguida, surge Marcel Herrmann Telles, sócio de Lemann (119º no mundo e fortuna de US$ 10,2 bilhões). A nova lista da Fortune apresenta uma curiosidade e um fato sinistro.

E se tivesse acontecido na Venezuela?

Por Atilio Boron, no blog Viomundo:

No passado fim de semana as agências de notícias informaram sobre o atentado sofrido no domingo 23 de fevereiro por Aída Avella, a candidata presidencial da União Patriótica para as próximas eleições que terão lugar na Colômbia em 25 de maio.

Avella ia acompanhada por Carlos Lozano, candidato a senador por essa força política, quando transitavam numa caravana pelo Departamento de Arauca, fronteiriço com a Venezuela. Subitamente, seu veículo foi atacado por dois pistoleiros desde uma motocicleta de alta cilindrada, os quais dispararam com armas de grosso calibre tanto ao automóvel blindado em que se encontrava Avella e Lozano como aos de sua escolta.

Os estudantes de direita na Venezuela

Por Claudia Jardim, de Caracas, no sítio da BBC-Brasil:

Bolas de golfe servem de munição quando acabam as pedras para armar estilingues. Nos capacetes de proteção, micro-câmeras de alta definição registram as ações dos adversários. Motos de alta cilindrada facilitam a rápida locomoção entre os focos de protestos. Telefones inteligentes transmitem ao vivo o confronto com policiais. Walkie-talkies virtuais acompanham e coordenam declarações políticas. Todos esse aparato faz parte do "arsenal" utilizado pelo movimento estudantil que tomou as ruas de Caracas para exigir a renúncia do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

As UPPs e a violência aplaudida

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

No domingo 13, por volta das 16 horas, uma menina de 7 anos foi baleada dentro de casa, no Morro do Gambá, no bairro de Lins de Vasconcelos, zona norte da cidade. Mais uma vítima do confronto entre polícia e traficantes.

Tanto essa tragédia quanto a violência que se seguiu fazem parte da rotina de insegurança nessas localidades mais pobres. A população quase sempre reage e, mais uma vez, reagiu. Durante a manifestação, uma base avançada da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) foi atacada e incendiada ao ser atingida por um coquetel molotov.

STF: Arena de egos incandescentes

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Por Washington Araújo, no blog Cidadão do Mundo:

Dentro do STF, o ministro Joaquim Barbosa há muito vem sendo reconhecido por seu perfil desagregador. Perfil facilmente conquistado por sua ojeriza a ouvir críticas e qualquer forma de reparo à sua atuação como ministro do STF que, aliado a sua opção de tratar com o fígado o que melhor seria ser tratado com o cérebro, o deixou isolado dentro da Corte.

A praga dos agrotóxicos e a corrupção

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O Portal IG informa que, no ano passado, o Brasil consumiu um bilhão de litros de agrotóxicos, ou cinco mil mililitros de substâncias que podem provocar, entre outras doenças, de câncer a problemas neurológicos, por habitante.

Detemos, hoje, o assustador título de maiores importadores de agrotóxicos do planeta, entre eles, quatorze substâncias mortais já proibidas em outros países, que têm sido livremente usadas no Brasil.

Noticiários de TV exaltam a violência

Por Vilson Vieira Jr., no Observatório do Direito à Comunicação

Em meio à indignação de segmentos da sociedade que atuam em prol dos direitos humanos gerada pela opinião da apresentadora do telejornal SBT Brasil, Rachel Sheherazade, que considerou legítima a atitude macabra de um grupo de pessoas que amarrou ao poste e torturou um adolescente negro e pobre acusado de furtar bicicletas no Rio de Janeiro, torna-se relevante direcionar nossa atenção a abusos semelhantes praticados por jornalistas e emissoras de TV em noticiários policialescos Brasil afora.

Enquanto a escola desfila

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Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais destes dias de carnaval oferecem um conjunto de símbolos que podem fazer a delícia dos adeptos da semiótica proposta pelo cientista americano Charles Sanders Peirce: desde o conjunto de ideias que se pode associar à expressão “tríduo momesco” até o conjunto formado pela decisão mais recente do Supremo Tribunal Federal sobre a Ação Penal 470, a disputa eleitoral e o próprio carnaval, há na imprensa uma profusão de signos esperando para serem desvendados.

Decadência e fúria dos EUA

Por A. Sérgio Barroso, no sítio da Fundação Maurício Grabois:

“(...) e, você sabe, que se foda a União Europeia” (Victoria Nuland, vice-secretária norte-americana de Estado para Assuntos Europeus, a Geoffrey Pyatt, embaixador dos EUA na Ucrânia, 8/2/2014).

1- Já havia sublinhado: o prolífico historiador britânico Niall Ferguson (direita, ex-assessor de J. McCain), o polonês-estadunidense e estrategista fanático do império americano Z. Brzezinski, e o comunista e ex-premiê chinês W. Jiabao (“O século XXI será o século asiático”, dissera) convergem – matizadamente, enfatize-se - na interpretação acerca do processo de decadência da civilização ocidental, vis-à-vis a ascensão Oriental. No centro e nitidamente, o processo de declínio imperial dos EUA.

“Mas é carnaval, vadia!”

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Adoro carnaval de rua. E São Paulo está ótima com os blocos que polvilham a cidade.

É claro que, em meio a essa fauna exuberante, há sempre alguns com a velha tática de “conquista'' da idade da pedra lascada, que consiste em “abater a presa e consumi-la ainda viva''.