quinta-feira, 10 de julho de 2014

A goleada e os oportunistas

Por Marcelo Semer, no site Terra Magazine:
A derrota humilhante do Brasil abriu uma verdadeira caixa de pandora.

No meio do jogo, voltaram os insultos a Dilma, como se ela fosse uma zagueira que falhara em vários gols e, nas redes sociais, explodiu o regozijo oportunista de quem torcia contra desde o começo.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

PSOL acumula velhos problemas

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Com apenas dez anos de existência, o PSOL chega à corrida eleitoral deste ano com uma barulhenta militância animada pelas manifestações de rua. O partido acaba de apresentar sua candidata à Presidência da República, a ex-deputada gaúcha Luciana Genro, de 43 anos, eleita por unanimidade na convenção nacional em 22 de junho. A imagem de uma legenda unida não está, contudo, estampada nas fotos do evento.

Eleição na Bolívia e integração regional

Por Nicolas Chernavsky, no blog Cultura e Política:

O atual presidente da Bolívia, Evo Morales, caminha para a reeleição nas eleições gerais do país, em 12 de outubro deste ano. Entre os principais candidatos a presidente, não parece haver ninguém que tenha chances consideráveis de vitória contra Evo, até porque as regras eleitorais do país determinam que se no primeiro turno um candidato tiver mais de 40% dos votos e mais de 10% de vantagem sobre o segundo colocado, estará eleito. Quanto ao parlamento bicameral, tudo indica igualmente uma ampla vitória do partido do atual presidente, o Movimento ao Socialismo (MAS).

Os que tentam faturar com a derrota

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Nem o general Octávio Costa, que escreveu alguns discursos de Emílio Médici, titular do pior período da ditadura militar, seria capaz de produzir as linhas que seguem abaixo.

Centro da agitação eleitoral do PSDB, o Instituto Teotônio Vilela divulgou uma análise sobre a derrota de 7 a 1 com linhas inacreditáveis. Leia alguns trechos.

O nosso futebol exige ampla reforma

Do blog de Zé Dirceu:

A Copa praticamente acabou para o Brasil - nossa seleção ainda tem a partida para assegurar o 3º lugar - e apesar do travo e do amargor da situação, era esporte, era futebol e, agora, é começar as análises, tentá-las de forma desapaixonada (impossível, em se tratando de futebol no país…), com o máximo de contribuição que cada um tenha a dar para a dor e o vexame passarem ou se atenuarem o mais rapidamente possível. E para, também de forma rápida, conseguir se mudar esse quadro desanimador que ficou aí.

Para entender a tragédia no Mineirão

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Até hoje, 64 anos depois, ainda tem gente tentando explicar a tragédia da nossa derrota por 2 a 1 para o Uruguai, jogando em casa, no Maracanã, quando bastava um empate para o Brasil se sagrar campeão mundial pela primeira vez. Reportagens, livros e documentários sem fim foram produzidos desde 1950 e ainda não houve uma resposta capaz de matar o assunto.

Derrocada da seleção exige mudanças

Editorial do site Vermelho:

A seleção brasileira de futebol sofreu na última terça-feira (8) uma contundente derrota perante a Alemanha. Uma inédita goleada pelo incomum placar de sete a um traumatizou não somente os torcedores do esporte mais popular do País, mas também fez sofrer todo o povo brasileiro, que nutria a expectativa de conquistar o hexacampeonato e levantar a taça daquela que ficou conhecida e já entrou para a história como a Copa das copas, disputada nas canchas nacionais depois de 64 anos.

Foi só um jogo (?)

Copa: Viva o Brasil da raça!

foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ouso dizer que Neymar fez menos falta à Seleção Brasileira que o zagueiro Thiago Silva.

Houve colapso completo na defesa brasileira, até então nosso ponto forte.

O colapso se estendeu por todo o time.

Salvou-se, apesar da falha no primeiro gol, David Luiz.

O restante foi um “Ronaldinho de 98 em grupo”.

A derrota e a disputa do imaginário

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A seleção brasileira foi mastigada até a alma pelas mandíbulas alemãs nesta 3ª feira, na disputa das semifinais da Copa do Mundo.

Depois de tomar quatro gols em seis minutos no primeiro tempo, a equipe montada por Felipe Scolari tirou o uniforme e vestiu o manto de um zumbi coletivo.

Copa: Explicando o inexplicável

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

“VERGONHA, VEXAME, HUMILHAÇÃO”. Em letras de cinco centímetros de altura, a primeira página do Globo escancara, na edição de quarta-feira (9/7), a frustração que representa a goleada sofrida pela seleção brasileira no Mineirão.

O Estado de S.Paulo resume: “HUMILHAÇÃO EM CASA”.

E a Folha de S.Paulo busca uma abordagem mais fria: “SELEÇÃO SOFRE A PIOR DERROTA DA HISTÓRIA”.

Todas as manchetes, em letras maiúsculas.

Copa: Os sádicos se regozijam

pigimprensagolpista.blogspot.com.br
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Dá até medo pensar nas manchetes e nos editoriais de nossos jornalões. Todo o ódio que mantiveram represado nas últimas semanas, por conta da alegria avassaladora dos brasileiros, voltou com força total.

Vergonha! Vexame! Humilhação! Dizem as manchetes.

Há anos não víamos fontes tão garrafais.

O pós-Copa e a aposta nas eleições

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Conversei longamente com um experiente analista político, que vê a campanha a partir da ótica de Lula e Dilma. Dê-se o devido desconto ao fato de ter lado. Mas sua análise é relevante para permitir saber como o lado de Dilma analisa o atual momento político.

A Copa revelou, em sua plenitude, os problemas de comunicação do governo, diz ele.

Plínio de Arruda Sampaio, um guerreiro!

Por Altamiro Borges

Faleceu nesta terça-feira (8), em São Paulo, o guerreiro Plínio de Arruda Sampaio. Aos 83 anos, ele estava internado há quase um mês no hospital Sírio-Libanês para tratamento de um câncer. Sua morte causa profunda tristeza nas forças de esquerda do Brasil. Plínio iniciou a sua militância na Juventude Universitária Católica (JUC) na década de 1950. Foi relator do projeto de reforma agrária do governo progressista de João Goulart. Por sua militância política em defesa dos trabalhadores, ele foi cassado na ditadura militar pelo Ato Institucional número 1 e foi obrigado a se exilar. Nunca abandonou a luta e, retornando ao Brasil em 1976, teve papel de destaque na heroica luta pela redemocratização do país.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Lei da mídia é aprovada... no México!

Carlos Slim - Ilustração de Marian Avramescu 
Por Altamiro Borges

Após uma longa tramitação, finalmente o Senado do México aprovou, nesta sexta-feira (4), o novo marco regulatório das telecomunicações. O texto representa um duro golpe nos dois principais oligarcas do setor: Carlos Slim, do Grupo América Móvil, e Emilio Azcárraga, do Grupo Televisa. Ele também gera constrangimentos aos barões da mídia da América Latina, que sempre bajularam o presidente Enrique Peña Nieto por suas políticas neoliberais e de servilismo aos EUA. A velha imprensa não terá como acusar o governante de “chavista” ou “bolivariano”, como costuma fazer para interditar todo o debate sobre a urgente democratização dos meios de comunicação no mundo.

Ibope perde monopólio... na Argentina!

Por Altamiro Borges

A presidenta Cristina Kirchner anunciou nesta semana a criação de um sistema de medição da audiência das emissoras de televisão na Argentina. O novo índice será feito por uma rede de 11 universidades públicas, batizada de Sifema (Sistema Federal de Medição de Audiência), e os novos dados devem começar a ser publicados já nos próximos 90 dias. Atualmente, apenas a empresa de origem brasileira Ibope – que o blogueiro Paulo Henrique Amorim batizou sarcasticamente de “Globope” –, mede a audiência das TVs na nação vizinha. A criação do Sifema acaba com o monopólio das pesquisas no setor, que sempre beneficiou a mídia monopolizada, e permite democratizar a distribuição da publicidade no país.

Jornal golpista afunda... na Venezuela!

Por Altamiro Borges

Um dos principais jornalões golpistas da Venezuela, o “El Universal”, foi vendido na semana passada para um consórcio espanhol. A notícia foi encarada como uma tragédia pelos barões da mídia da América Latina, que radicalizaram ainda mais seus ataques ao presidente Nicolás Maduro. Isto apesar do novo dono do veículo, Jesus Abreu Anselmi, ter garantido à equipe do jornal “que a linha editorial crítica ao governo será mantida”, segundo relato da Folha. “Jesus Anselmi disse ainda que o grupo comprador ‘não tem nenhum vínculo com o governo’ e pediu que todos trabalhem da mesma forma. Porém, há receio de que, a exemplo de outros veículos antes críticos, o jornal mude o alinhamento”.

Chefão da mídia é preso... na Inglaterra

Por Altamiro Borges

Se ocorresse no Brasil ou na Venezuela seria a maior gritaria. Mas foi no Reino Unido, uma monarquia liderada pela “chavista” Rainha Elizabeth II e governada pelos “esquerdistas” do Partido Conservador de David Cameron. Na sexta-feira passada (4), a Justiça britânica finalmente concluiu o processo sobre o escândalo das escutas telefônicas ilegais e subornos de autoridades patrocinados pelo império midiático de Rupert Murdoch. O jornalista Andy Coulson, ex-editor-chefe do tabloide "News of the World", foi condenado a 18 meses de prisão. No mesmo dia, ele foi conduzido do tribunal para um presídio de segurança máxima, de onde será transferido para uma penitenciária de “presos considerados não perigosos”.

Reforma política e cinismo da mídia

Por Bepe Damasco, em seu blog:

A história do Brasil mostra que sempre que governos populares ousam reduzir a vergonhosa desigualdade social brasileira a mídia não mede esforços para desgastá-los e, se possível, derrubá-los, recorrendo a campanhas sistemáticas para taxá-los de corruptos. Foi assim com o "mar de lama" que levou Vargas a dar um tiro no peito. Foi assim na campanha para impedir a posse de Jango, em 1961. Foi assim no golpe civil-militar de 1964. Foi assim com Lula. Tem sido assim com Dilma. Só que esse moralismo udenista é seletivo. Só serve como instrumento de luta política contra a esquerda e seus aliados. Já em relação a denúncias envolvendo políticos e partidos de sua preferência, os barões da mídia se calam, como no escândalo do metrô e dos trens de São Paulo. E por que o monopólio midiático se opõe à reforma política, mesmo sabendo tratar-se do remédio mais eficaz para combater a corrupção ?

Regulação da mídia: história se repete

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

Há pouco mais de um mês (28/5/2014), a Folha de S.Paulo publicou reportagem com o título “Dilma diz ao PT que fará regulação da mídia” onde se lia:

Na segunda (26), a Executiva do PT decidiu incluir a regulação dos meios de comunicação no programa do partido para a campanha presidencial. “A democratização da sociedade brasileira exige que todas e todos possam exercer plenamente a mais ampla e irrestrita liberdade de expressão, o que passa pela regulação dos meios de comunicação –impedindo práticas monopolistas – sem que isso implique qualquer forma de censura, limitação ou controle de conteúdos”, afirma. A inclusão do tema no programa petista foi acertada com Dilma, desde que ficasse bem claro que não haveria nenhuma proposta de controle de conteúdo [íntegra aqui].