Por Nicolas Chernavsky, no blog Cultura e Política:
O atual presidente da Bolívia, Evo Morales, caminha para a reeleição nas eleições gerais do país, em 12 de outubro deste ano. Entre os principais candidatos a presidente, não parece haver ninguém que tenha chances consideráveis de vitória contra Evo, até porque as regras eleitorais do país determinam que se no primeiro turno um candidato tiver mais de 40% dos votos e mais de 10% de vantagem sobre o segundo colocado, estará eleito. Quanto ao parlamento bicameral, tudo indica igualmente uma ampla vitória do partido do atual presidente, o Movimento ao Socialismo (MAS).
Os principais candidatos a presidente são, além de Evo, Samuel Doria Medina, da coalizão liderada pela Frente da Unidade Nacional (UN), e Juan del Granado, do Movimento Sem Medo (MSM). Medina disputou e perdeu as eleições para Evo em 2005 e 2009, e representa os setores mais conservadores da política do país. Já Juan del Granado tem uma postura menos conservadora que Medina, mas nestas eleições está longe de poder vencer Evo Morales, que desde que assumiu a presidência em 2005 vem fazendo um governo que melhorou acentuadamente a situação da economia do país e as condições de vida do povo boliviano. Tanto para a presidência quanto para o parlamento, o mandato é de 5 anos.
O país vem se encaminhando para se tornar um membro pleno do Mercosul, atualmente formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. Para a entrada plena da Bolívia no bloco, falta somente a aprovação dos parlamentos do Brasil e do Paraguai. Destes dois países, o processo tende a ser mais complexo no Paraguai, cuja política passou por uma importante crise recentemente, com a retirada do poder do ex-presidente Fernando Lugo, em 2012. Os países do Mercosul consideraram que houve uma ruptura democrática nessa retirada do poder de Lugo, e por isso o Paraguai foi suspenso do Mercosul até a realização de eleições democráticas em abril de 2013.
A entrada plena da Bolívia no Mercosul se coloca no contexto da integração latino-americana, que além do Mercosul, é impulsionada por outro grande bloco, a Aliança do Pacífico, formada atualmente por Chile, Peru, Colômbia e México. A Aliança do Pacífico inicialmente foi considerada largamente como um instrumento do conservadorismo na América Latina, mas com a atual aproximação entre a Aliança do Pacífico e o Mercosul, se for concretizada uma fusão entre os dois grupos nas próximas décadas, pode acabar ocorrendo um dos acontecimentos políticos mais progressistas da história da América Latina.
A questão que se abre para a América Latina é se essa integração vai conseguir incluir a instituição de mecanismos democráticos para toda a região, com um voto por pessoa e governos formados por maioria, ou seja, se será criado um Estado Latino-Americano democrático. A experiência da integração da União Europeia mostra que sem a implementação desta democracia, a integração latino-americana pode ficar, com o passar das décadas, cada vez menos benéfica para o povo, por não contar com mecanismos decisórios suficientemente eficientes.
O atual presidente da Bolívia, Evo Morales, caminha para a reeleição nas eleições gerais do país, em 12 de outubro deste ano. Entre os principais candidatos a presidente, não parece haver ninguém que tenha chances consideráveis de vitória contra Evo, até porque as regras eleitorais do país determinam que se no primeiro turno um candidato tiver mais de 40% dos votos e mais de 10% de vantagem sobre o segundo colocado, estará eleito. Quanto ao parlamento bicameral, tudo indica igualmente uma ampla vitória do partido do atual presidente, o Movimento ao Socialismo (MAS).
Os principais candidatos a presidente são, além de Evo, Samuel Doria Medina, da coalizão liderada pela Frente da Unidade Nacional (UN), e Juan del Granado, do Movimento Sem Medo (MSM). Medina disputou e perdeu as eleições para Evo em 2005 e 2009, e representa os setores mais conservadores da política do país. Já Juan del Granado tem uma postura menos conservadora que Medina, mas nestas eleições está longe de poder vencer Evo Morales, que desde que assumiu a presidência em 2005 vem fazendo um governo que melhorou acentuadamente a situação da economia do país e as condições de vida do povo boliviano. Tanto para a presidência quanto para o parlamento, o mandato é de 5 anos.
O país vem se encaminhando para se tornar um membro pleno do Mercosul, atualmente formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. Para a entrada plena da Bolívia no bloco, falta somente a aprovação dos parlamentos do Brasil e do Paraguai. Destes dois países, o processo tende a ser mais complexo no Paraguai, cuja política passou por uma importante crise recentemente, com a retirada do poder do ex-presidente Fernando Lugo, em 2012. Os países do Mercosul consideraram que houve uma ruptura democrática nessa retirada do poder de Lugo, e por isso o Paraguai foi suspenso do Mercosul até a realização de eleições democráticas em abril de 2013.
A entrada plena da Bolívia no Mercosul se coloca no contexto da integração latino-americana, que além do Mercosul, é impulsionada por outro grande bloco, a Aliança do Pacífico, formada atualmente por Chile, Peru, Colômbia e México. A Aliança do Pacífico inicialmente foi considerada largamente como um instrumento do conservadorismo na América Latina, mas com a atual aproximação entre a Aliança do Pacífico e o Mercosul, se for concretizada uma fusão entre os dois grupos nas próximas décadas, pode acabar ocorrendo um dos acontecimentos políticos mais progressistas da história da América Latina.
A questão que se abre para a América Latina é se essa integração vai conseguir incluir a instituição de mecanismos democráticos para toda a região, com um voto por pessoa e governos formados por maioria, ou seja, se será criado um Estado Latino-Americano democrático. A experiência da integração da União Europeia mostra que sem a implementação desta democracia, a integração latino-americana pode ficar, com o passar das décadas, cada vez menos benéfica para o povo, por não contar com mecanismos decisórios suficientemente eficientes.
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