segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A manipulação sutil da 'Folha"

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A observação diária da imprensa impõe um desafio que costuma levar pesquisadores a um grande dilema da racionalidade: a necessidade de observar os detalhes dos elementos de informação sem abandonar a consciência do contexto em que são apresentados.

A profusão de estudos de semiótica disponíveis há quarenta anos ajuda a fazer a análise semântica do discurso jornalístico, permitindo que se avance numa conexão mais profunda da palavra e outros signos com a realidade. Ainda assim, há sutilezas difíceis de constatar.

Nos EUA, golpistas iriam em cana

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O Brasil ainda paga o preço pela irresponsabilidade demagógica e eleitoreira de Aécio Neves e do PSDB durante e após a recente campanha eleitoral. Neste sábado, 1º de novembro, hordas de dementes saíram às ruas de São Paulo e Brasília portando bandeiras de Aécio Neves e do PSDB e pedindo, entre outras coisas, golpe militar e separação de SP do resto do país.

"Veja" aposta novamente na infâmia

Do site Vermelho:

Protagonista do maior vexame editorial da história do jornalismo brasileiro, ao ser condenada a publicar direito de resposta em pleno dia das eleições por tentar golpear a democracia, Veja dobrou sua aposta na infâmia. Sua edição deste fim de semana demonstra que seus acionistas, executivos e editores perderam de vez a noção do ridículo.

A despedida da Rede Sustentabilidade

Por Célio Turino, na revista Fórum:

“Rio, rio, me carregue / rio vivo, me carregue / rio, rio, me carregue / para o lugar de onde eu vim”. (Tradução livre de “Washing of the water” de Peter Gabriel)

A sensação é a de ter atravessado um rio tormentoso, cheio de correntezas e, ao estar perto da margem, descobrir que é necessário voltar para começar tudo de novo. Voltarei e recomeçarei. Foi bom nadar junto com todos da REDE, mas entre uma correnteza e outra, percebi que não era exatamente para esta margem que desejava ir. Mais honesto deixar que a correnteza me carregue de volta e, ao chegar na margem de partida, tomar fôlego, refletir e me atirar novamente ao rio, por mais difícil que seja, pois sei que existe a terceira margem, aprendi isso ouvindo o silêncio do sertão, junto às histórias de Guimarães Rosa.

Gilmar Mendes insulta colegas do STF

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A palhaçada recomeça.

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) deveriam ter comportamento discreto.

Só aqui no Brasil, eles se tornam agentes políticos com destaque, emitindo opiniões escalafobéticas sobre os destinos e problemas da nossa democracia.

Gilmar Mendes volta a ribalta com uma entrevista bombástica à Folha.

Clima de golpe: Só faltam os militares

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Está feia a coisa. Para onde olharmos, só vemos problemas, tanto na política como na economia. Podemos resumir a origem destes nossos desafios do momento a apenas dois: o governo, que acaba de ser reeleito, e a oposição, que não se conforma com a derrota. Após passar três belos dias no Fórum das Letras de Ouro Preto, em Minas Gerais, volto à vida real mais preocupado do que quando saí de São Paulo.

O que aconteceu, apenas uma semana após a reeleição da presidente Dilma Rousseff?

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Alckmin, cadê a água?

Por Dandara Lima, no site da UJS:

Novembro vai começar em São Paulo com os movimentos sociais mobilizados pela questão da crise hídrica. Duas manifestações estão marcadas para o começo do mês. Nesse sábado (01) às 15h, no Largo da Batata, os movimentos convocam a população para a manifestação “Alckmin, cadê a água?”. E na quarta-feira (05) às 18h, no MASP, acontecerá o ato “Sem água SP vai parar”.

O encontro de Dilma com Dilma

Por Renan Alencar

A valentia foi o grande tema das eleições presidenciais do Brasil em 2014. Não poderia ser diferente em um país continental de 200 milhões de habitantes, em fase de desenvolvimento social e econômico, marcado por históricas desigualdades desde a sua colonização, mas com um grande potencial social, ambiental, cultural, e que busca reverter o curso do poder de poucos para poucos. Querer governar o Brasil, de forma justa, é certamente ambição para os mais valentes.

A direita nativa lembra a venezuelana

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O direita brasileira lembra cada vez mais a venezuelana.

Tumultua, dá golpes baixos, mente - se agarra loucamente, enfim, a privilégios que fizeram do Brasil um dos grandes campeões mundiais em desigualdade.

Veja esta questão da recontagem de votos pedida pelo PSDB.

Eleições e o bacanal das pesquisas

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Sempre achei um total absurdo o eleitor se deparar com pesquisas eleitorais estampadas nas bancas de jornais, no momento em que se dirige à seção eleitoral.
No Brasil, a permissividade da legislação em relação à divulgação de pesquisas faz com que até chegar à cabine de votação o eleitor possa ser induzido por elas.

Dilma reeleita: Quem perde e quem ganha?

Do site Muda Mais:

Com o resultado vitorioso de Dilma nas urnas, merece atenção o fato de que a maioria dos brasileiros não quer o retrocesso, a intolerância. Não quer a segregação, os preconceitos ou o domínio do mercado financeiro na agenda nacional. Em um balanço sobre ganhadores e perdedores nesta eleição, o saldo é positivo.

Dilma precisa de apoio popular

Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:

Várias são as reflexões ensejadas pela eleição de Dilma Rousseff. A primeira, aliás, é exatamente esta, sua grande e significativa vitória, política e eleitoral que é, de igual modo, a consagração de seu governo e da opção progressista, da visão moderna de sociedade democrática, pela qual tanto lutam os socialistas brasileiros. Em face de duas visões de mundo antípodas, o eleitorado optou pela que indicava a busca do desenvolvimento econômico – por acelerar-se – como meio de chegar, ainda em nossos tempos, a uma forma aproximada de igualdade social, a aspiração possível dentro do regime de iniquidades que privilegia o capital e o rentismo estéril. 

Golpe midiático não vai dar em nada?

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O golpe eleitoral midiático destinado a interferir na eleição presidencial completa uma semana hoje e cabe perguntar: vai ficar tudo por isso mesmo?

É curioso registrar que estamos diante de um caso que a Polícia Federal e o Ministério Público têm todos os meios de apurar e chegar aos responsáveis sem muita dificuldade, até porque muitos nomes são de conhecimento público. Não é diz-que-diz. Nem simples cortina de fumaça.

Dilma, entre dois fogos

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O governo Dilma terá a dura tarefa de se equilibrar entre dois fogos.

De um lado, está a força das ruas – que empurrou Dilma para a vitória. De outro, está o “centrão” no Congresso.

Sejamos claros. Na Câmara, a centro-esquerda (PT, PCdoB e mais alguns votos no PSB e PDT) tem menos de 100 deputados. Isso mesmo: cerca de 20% da Câmara, apenas!

Preconceito e a loucura dos colunistas

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Tão deprimente quanto as manifestações violentamente preconceituosas contra nordestinos após o resultado da eleição presidencial é identificar em muitos dos tuítes e posts raivosos o DNA da intolerância de alguns colunistas e jornalistas.

Eleições, mídia e financismo

Por Paulo Kliass, no jornal Brasil de Fato:

O processo eleitoral que terminou por recondu­zir Dilma Rousseff a cumprir mais um mandato à frente da Presidência da República foi marcado, mais uma vez, pe­la pressão escancarada exercida pelos interesses vinculados ao financismo e aos grandes meios de comunicação.

A inexistência de uma regulamentação clara e objetiva que ofereça um modelo democrático, transparente e plu­ralista contribui para a profusão de uma prática carregada de excessos, onde a grande imprensa se habituou, desde sempre, ao jogo da manipulação da opinião pública. Sob o argumento rasteiro da defesa da liberdade de informar e da denúncia da prática da censura, as poucas famílias de­tentoras do oligopólio da informação usaram e abusaram da tentativa de promover um golpe político em pleno pro­cesso eleitoral.

Sheherazade e 'justiceiros' traficantes

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Vocês lembram, certamente, do caso do adolescente negro, espancado e acorrentado a um poste no Flamengo, não é?

E lembram também quando Rachel Sheherazade, disse que era “compreensível” que rapazes de bem, ameaçados violência, reagissem assim, não é?

E ontem veio a notícia.

Os “bons rapazes” eram…traficantes de drogas!

Serra, o "trensalão" e o silêncio da mídia

Do blog de Zé Dirceu:

Apenas a Folha de S.Paulo, com uma notinha de um parágrafo, meia dúzia de linhas se muito, deu a notícia do depoimento do ex-governador e senador tucano eleito por São Paulo, José Serra (PSDB-SP) à Polícia Federal (PF) sobre o cartel de trens - o cartel do trensalão. Por que será? A resposta, todo mundo sabe. Ele e as demais lideranças tucanas são queridinhos da mídia, poupados e ajudados diariamente por ela.

O Brasil é maior que a Globo

Por Marcelo Salles, no blog Viomundo:

Essas eleições entram para a História do Brasil como o momento mais nítido em que as corporações de mídia tentaram impor sua vontade ao povo. Mais do que em 1989, com a famosa edição do debate entre Lula e Collor. Mais do que em 2006, quando o foco do debate foi deslocado para pilhas de dinheiro expostas ad nauseam.

PSDB e Estadão: Uma bizarra simbiose

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O pedido de auditoria na eleição presidencial, de iniciativa do PSDB, divide o alto da primeira página da edição de sexta-feira (31/10) do jornal O Estado de S.Paulo com a principal notícia de economia. O Globo registra o assunto também na primeira página, mas em uma nota sem grande destaque, e a Folha de S.Paulo deixa o tema sem menção na primeira página e o coloca em posição secundária na editoria Poder.