quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Cecília Malan e o vexame da Globo

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Chegou a mim o vídeo em que a jornalista Cecília Malan entra em pânico, ao vivo, na cobertura de um dos atentados de Paris.

O vídeo viralizou nas redes sociais, e fui observar os comentários. Um deles era de uma internauta italiana, que se divertiu com a cena bizarra e a compartilhou.

Pelo lado bom, isso quer dizer que Cecília e a Globo se tornaram notícia mundial.

Alckmin descobre que falta água em SP

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

"O racionamento de água já existe", descobre Alckmin agora!

Não nos diga, caro governador Geraldo Alckmin... Quer dizer que tudo o que o senhor falou antes sobre a gravíssima crise da água em São Paulo, que não é de hoje, era só para enganar os eleitores? Que o digam os flagelados da Vila Madalena, o bairro mais boêmio de São Paulo, com seus bares e restaurantes sempre lotados, que nos últimos dias chegaram a ficar até 16 horas por dia sem água e agora são obrigados a fechar mais cedo.

Disputa crucial da presidência da Câmara

Editorial do site Vermelho:

No primeiro dia de fevereiro terá lugar a eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados. Não é uma disputa qualquer. Envolve grandes interesses e poder político real. O presidente da Câmara dos Deputados é o terceiro na linha de sucessão presidencial. Caso ocorra alguma vacância (provisória ou definitiva) do presidente e do vice-presidente, ele assume a chefia de Estado e governo. Mais do que isso – pois a vacância é uma eventualidade – é o presidente da Câmara quem decide, na prática, que proposições serão levadas ao plenário e a ordem do dia de cada sessão.

Crise da água e o sadomasoquismo de SP

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

No âmbito da informação inexplicável de que, segundo o instituto Datafolha, 53% dos paulistanos culpam Dilma Rousseff e Fernando Haddad pela falta de água em SP, mas consideram que Geraldo Alckmin não tem culpa alguma, a aceitação dos paulistas a todo sofrimento que o governo tucano lhes impõe revela uma relação espantosa entre o governante e os governados.

O outro legado de Pepe Mujica

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O anúncio de uma lei que regula o mercado de comunicação, aprovada no final de dezembro e que deve ser implementada no próximo mês de março, causa protestos de entidades representativas da mídia tradicional. O caso acontece no Uruguai, onde o atual presidente, José “Pepe” Mujica, deixa a medida preparada para entrar em vigor na posse de seu sucessor, Tabaré Vásquez.

A crise dos conglomerados da mídia

Por Marcelo Hailer, na revista Fórum:

O acesso à comunicação é considerado pela Unesco como um “direito humano fundamental”. A Bolívia e o Equador incluíram em suas novas constituições a comunicação com base neste entendimento. Já no texto da Constituição brasileira a comunicação é tratada mais como um serviço, não como algo fundamental, e na prática ela se torna uma mercadoria que pode ser oferecida por entes públicos e privados. Apesar de existirem regras brasileira que proíbem a concentração (monopólio), isso não acontece na área da comunicação e a realidade brasileira é um verdadeiro latifúndio comunicacional.

Porque eu sou Charlie

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Tudo bem, eu aceito as críticas.

Até porque entendo que entramos num terreno extremamente perigoso.

Não sei até que ponto é um fenômeno brasileiro ou mundial, mas é impressionante a facilidade com que casos polêmicos se transformam, nas redes sociais, em processos de linchamento.

Alguém opina que o jornal Charlie Hebdo era racista, xenófobo, islamófobo, e todos começam a emitir a mesma opinião.

Alckmin e a água. Crime eleitoral?

Tucanos detonaram MG. Cadê as CPIs?

Por Altamiro Borges

Nas duas primeiras semanas no Palácio Tiradentes, a equipe do governador Fernando Pimentel (PT) chegou a uma triste conclusão: os tucanos que comandaram Minas Gerais por 12 anos detonaram o Estado. Apesar da propaganda sobre o “choque de gestão”, sempre amplificada pela mídia chapa-branca, o balanço parcial das contas públicas aponta uma diferença de R$ 1,5 bilhão entre receita e despesas. Os dados mostram que o governo arrecadou, em 2014, cerca de R$ 70 bilhões, enquanto os gastos somaram R$ 71,5 bilhões. O saldo negativo – “maior do que o previsto”, segundo membros do antigo secretariado – desmascara as bravatas do cambaleante Aécio Neves nas eleições de 2014.

Mantega merecia respeito na sua saída

Por Renato Rovai, em seu blog:

Guido Mantega deixou o governo de forma melancólica após 12 anos ininterruptos atuando na área econômica. Primeiro, como ministro do Planejamento; depois, como presidente do BNDES, e desde 27 de março de 2006 como ministro da Fazenda, o mais longevo da história democrática brasileira.

Nos últimos tempos, se tornou alvo de empresários e banqueiros e passou a ser tratado como responsável por todas os problemas da economia do país, que de fato existem, mas são muito menores do que os de outras bandas.

Europa à beira do estado de sítio

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Outras Palavras:

O crime hediondo que foi cometido contra os jornalistas e cartunistas do Charlie Hebdotorna muito difícil uma análise serena do que está envolvido neste ato bárbaro, do seu contexto e seus precedentes e do seu impacto e repercussões futuras. No entanto, esta análise é urgente, sob pena de continuarmos a atear um fogo que amanhã pode atingir as escolas dos nossos filhos, as nossas casas, as nossas instituições e as nossas consciências. Eis algumas das pistas para tal análise.

Caso Folha X Falha chega ao STJ

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Do blog Desculpe a nossa Falha:

A disputa jurídica entre o jornal Folha de S. Paulo e os irmãos Mário e Lino Bocchini, autores do blog satírico Falha de S. Paulo, chegou ao Superior Tribunal de Justiça. O caso, julgado em primeira e segunda instância pela justiça paulista, agora está nas mãos do ministro Marco Buzzi.

“O agravo que interpusemos está no STJ, mas não tem data marcada para ser julgado”, explica Luís Borrelli Neto, advogado responsável pela defesa dos irmãos criadores da Falha ao lado de Leopoldo Eduardo Loureiro.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Porra Alckmin, cadê a água e a luz?

Por Altamiro Borges

A situação de São Paulo está ficando insuportável. Recorde de roubos, panes diárias nos trens do Metrô e da CPTM, falta de água e queda de luz. A sorte do governador Geraldo Alckmin, reeleito em primeiro turno, é que a mídia lhe dá total proteção. O tucano não aparece em manchetes negativas nos jornalões ou nos comentários hidrófobos nos telejornais. O tal jornalismo investigativo é dócil diante do mandatário em seu quarto mandato. As entrevistas lembram conversas de compadres, tamanho o servilismo. No ápice do caos, o “picolé de chuchu” some do noticiário. Esta vida mansa, porém, pode acabar. Muitos paulistas, inclusive os que votaram no tucano, já esbravejam: “Porra Alckmin, cadê a água e a luz?”.

Atentado à liberdade de opinião nos blogs

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não vou discutir sentença judicial através do Blog. Digo isso a propósito da condenação que me foi imposta pela justiça do Rio de Janeiro em ação movida pelo jornalista Ali Kamel, das Organizações Globo.

Mas é evidente que a série de ações de grupos de mídia contra jornalistas blogueiros são não apenas um atentado à liberdade de expressão, como um profundo fator de desequilíbrio em um dos pilares da democracia brasileira: o mercado de opinião.

Lançamento do novo site do MST


Marta Suplicy e o elogio à traição

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O velho Leonel Brizola, entre as centenas de frases memoráveis que criou, usava muito a que dizia que “a política ama a traição, mas abomina o traidor”.

Não que eu ache que dissentir de um partido político e deixá-lo seja um ato de traição. Ao contrário, corresponde à liberdade de consciência do indivíduo e não há ideologia que possa se sobrepor a isso.

Esquerda nativa é soviética ou cubana?

Por Breno Altman, em seu blog:

Muita calma nessa hora.

A pergunta não diz respeito a modelos de sociedade e Estado, mas exclusivamente ao paradigma de comunicação.

Apesar de ambas experiências pertencerem ao mesmo campo ideológico, percorreram diferentes caminhos e obtiveram distintos resultados.

Muitos se indagam, aliás, o porquê de Cuba ter resistido ao colapso do socialismo, apesar de sua fragilidade econômica.

O golpe de Veja na eleição de 2014

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:

O exemplar de Veja chegou às bancas na sexta, 24 de novembro, fora da rotina: sempre chega sábado. Não há dúvida de que a revista pretendia entregar munição ao candidato Aécio Neves e pautar o restante da mídia, cuja maior parte nunca regateou esforços para eleger o tucano. Era uma operação destinada a derrotar Dilma, pouco importando a veracidade da informação. E a publicação em si, como já demonstramos, era já um acréscimo, uma vez que a notícia estava devidamente divulgada, viralizada na internet, potencializando toda a carga de ódio e intolerância presente nas hostes aecistas. O Grupo Abril tinha absoluta consciência dos seus resultados.

Atentado na França e regulação da mídia

Foto: Jean-Pierre Muller/AFP

Por Mônica Mourão e Bia Barbosa, na revista CartaCapital:

Neste domingo (11), mais de um milhão e meio de pessoas foram às ruas em Paris em homenagem às doze vítimas do atentado à revista Charlie Hedbo, no último dia 7, e dos acontecimentos que o sucederam, quando outras quatro pessoas foram assassinadas dentro de um supermercado de produtos judaicos na cidade. Foi a maior manifestação da história da França. Mais de quarenta líderes e chefes de Estado se encontraram com o Presidente François Hollande e reafirmaram seu compromisso no combate ao terrorismo. Depois do Arco do Triunfo, foi a vez da estátua que simboliza a República Francesa e seus valores ser iluminada com a frase “Je suis Charlie”.

Mídia brasileira usa o sangue do Charlie

Foto: http://www.humanite.fr/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um jornalista britânico pergunta, no Independent, se haveria a mesma comoção se o atentado contra o Charlie Hebdo tivesse como alvo uma publicação de extrema direita.

Respondo com uma pergunta.

Alguém consegue imaginar uma marcha, no Brasil, que congregue pessoas emocionalmente arrasadas que segurem cartazes que digam: “Sou a Veja?” Ou mesmo: “Sou a Globo?” Ou ainda: “Sou a Folha?”