sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Merval é um mestre do jornalismo papista

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Globo é tão grata a Merval que batizou um personagem da novela Império de Merival.
Foi o que me ocorreu ao saber, hoje, que existe um Merival em Império.

Espero que Merval não me processe por essa interpretação.

A Globo, como quer que seja, tem razões para ser grata a Merval. Mais do que qualquer outro jornalista da casa, ele merece o título de porta-voz dos Marinhos.

Metalúrgicos reagem aos ajustes de Levy

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

Na quarta-feira 28, os trabalhadores paulistas foram às ruas contra o ajuste fiscal do governo federal, mas marcharam cada qual com sua turma. Apesar de unidas na crítica às medidas de austeridade, as centrais sindicais divergiram quanto ao tom dos ataques ao “pacote de maldades” do ministro Joaquim Levy. Em um ato unificado na Avenida Paulista, liderado por um caminhão de som a propagar o contraste entre a Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores, o grupo de Paulinho da Força, aliado de Aécio Neves nas eleições do ano passado, não poupou o governo. “Dilma mentiu, a vaca tossiu”, gritavam os integrantes do cordão laranja, ao lembrar a promessa da presidenta durante as eleições de não mexer, “nem que a vaca tussa”, em direitos e benefícios sociais. A Força chegou a invadir o pátio do prédio da Petrobras na Paulista, enquanto lideranças pediam a demissão da atual direção da estatal. Os integrantes da CUT, ligada historicamente ao PT, dispersaram-se. Unificado, o ato terminou dividido.

Pobre militante do PT

Por Bepe Damasco, em seu blog:

É de doer o coração o padecimento do militante do Partido dos Trabalhadores. Entregue à própria sorte, em meio à arena dos leões, ele tenta resistir como pode ao massacre midiático contra o governo do seu partido. Mas a solidão é grande. Diante de toda sorte de ataques sórdidos, vilanias e infâmias, o governo da presidenta Dilma adota o silêncio como tática suicida de luta. Seduzida, talvez, por aconselhamentos de marqueteiros ou paralisada diante de sua falta de jeito e vocação para a refrega política, a presidenta e seu círculo mais próximo de colaboradores conseguem não se incomodar com o escrachado movimento de desestabilização do seu governo que está em curso.

Globo ataca o Estado nacional

Por J. Carlos de Assis, no site Carta Maior:

O noticiário da Globo é tendencioso. Ninguém que seja medianamente informado pensará diferente. Entretanto, não sei se as vítimas desse noticiário perceberam que no afã de denegrir o Governo, o que está perfeitamente dentro de suas prerrogativas de imprensa livre, a Tevê Globo, sobretudo nas pessoas dos comentaristas William Wack e Carlos Sardenberg, passaram a atacar o Estado brasileiro, o que sugere crime de lesa-pátria.

Petrobras: A maior derrota em 12 anos

Por Breno Altman, em seu blog:

Pela primeira vez, desde 2003, a Petrobras deixará de ser dirigida por um representante do campo político-ideológico que governa o país, a julgar pelas notícias correntes.

O novo presidente da estatal provavelmente sairá dos quadros de seus adversários - leia-se, alguém crítico ao regime de partilha e à política de conteúdo nacional, talvez até favorável à sua privatização.

A matriz de todos os escândalos

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O noticiário de sexta-feira (6/2) marca a culminância da escalada de denúncias no escândalo da Petrobras. O ponto alto é a declaração de um dos acusadores, o ex-gerente executivo Pedro Barusco, segundo o qual o Partido dos Trabalhadores recebeu, ao longo de dez anos, um total que pode chegar a US$ 200 milhões de empresas que detinham os maiores contratos com a estatal. A denúncia produz o fenômeno das manchetes trigêmeas, que já se tornou rotina na imprensa brasileira.

A importância da comunicação pública

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Em um governo, a coordenação das expectativas é arma tão ou mais relevante que a caneta.

É particularmente relevante na condução da política macroeconômica - daí a razão de, tantas vezes, ter criticado aqui a insuficiência do discurso do Ministro da Fazenda Guido Mantega.

A política econômica é composta por uma série de medidas. E é tão mais eficaz quanto menor for a resistência dos agentes econômicos.

O encontro com Fidel Castro

Por Frei Betto, no site da Adital:

Há tempos Fidel não se manifestava. Como me disse em Havana um cubano, "é gritante o silêncio do Comandante”. Muitos supunham que ele se encontrava muito doente, talvez recolhido a um hospital, e com seu estado de saúde tratado como segredo de Estado.

Pouco antes de eu viajar para Cuba, em meados de janeiro, correu a notícia de que Fidel havia morrido. Pela milésima vez... Jornalistas me ligaram interessados em saber se eu recebera confirmação de meus amigos de Cuba.

Tributação dos ricos: debate interditado

Por Paulo Gil Introíni, na revista Teoria e Debate:

A velha prática das classes dominantes de se apropriar das bandeiras populares mudando-lhes a natureza e o sentido tem sido recorrentemente aplicada ao debate da reforma tributária no Brasil. O motivo é evidente: a disputa sobre quem irá financiar o Estado e as políticas públicas é inerente à tributação. Trata-se de uma das expressões do conflito de classes.

PEC da Bengala está de volta

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A PEC da Bengala é uma das muitas ideias - novas e velhas - que o novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, trouxe no bolso do paletó.

Mantida no esquecimento desde o final de 2014, ela reapareceu na reunião de líderes, na noite de terça-feira.

Eduardo Cunha anunciou a intenção de votar o projeto, que aumenta de 70 para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória para ministros do Supremo Tribunal Federal. Se a proposta vingar, o plenário do STF permanece com a mesma composição atual até o final do governo Dilma. Apenas uma vaga, já aberta pela aposentadoria de Joaquim Barbosa, será preenchida.

Como desmontar o golpe de FHC

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), do alto de seus 83 anos, tendo vivenciado como poucos brasileiros vivos todos os vícios das estruturas de poder, deveria ser o primeiro a se posicionar a favor de uma reforma política transformadora do grande problema institucional brasileiro, raiz do subdesenvolvimento, do patrimonialismo e da corrupção.

Vaccari e a operação policial PT-35

Por Renato Rovai, em seu blog:

A Polícia Federal é sempre muito criativa em dar apelidinhos chulos às suas operações. Alguns nomes ficaram na história e viraram pó, como a Castelo de Areia que foi soterrada porque atingia boa parte das mesmas empreiteiras que hoje estão na Lava Jato.

A operação de hoje foi denominada de My Way, título de uma famosa canção de Frank Sinatra.

Manifesto em defesa da Petrobras

Do site da Federação Única dos Petroleiros (FUP):

Há quase um ano o País acompanha uma operação policial contra evasão de divisas que detectou evidências de outros crimes, pelos quais são investigadas pessoas que participaram da gestão da Petrobrás e de empresas fornecedoras. A ação institucional contra a corrupção tem firme apoio da sociedade, na expectativa de esclarecimento cabal dos fatos e rigorosa punição dos culpados.

Nenhum tucano vai para a cadeia?

Por Altamiro Borges

Nesta segunda-feira (2), “a Justiça de São Paulo decretou o bloqueio de R$ 282 milhões da multinacional francesa Alstom e do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado, Robson Marinho, réus em ação de improbidade movida pelo Ministério Público”. A revelação bombástica foi feita pelo jornalista Fausto Macedo, do Estadão, mas não mereceu as manchetes dos jornalões e nem os comentários hidrófobos dos “calunistas” das emissoras de rádio e tevê. Na sua seletividade escancarada, a mídia privada prefere destacar apenas as denúncias de corrupção contra a Petrobras, com o objetivo explícito de desgastar o governo Dilma. Os escândalos envolvendo os chefões tucanos foram arquivados no passado e seguem sendo abafados no presente. Se depender dos barões da mídia, nenhum tucano será preso – dado o peso simbólico que isto teria para desmascarar os falsos moralistas.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A “reforma política” de Eduardo Cunha

Por Altamiro Borges

Se depender do novo presidente da Câmara dos Deputados, o lobista Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o sistema político e eleitoral brasileiro sofrerá graves retrocessos nesta legislatura. Ele nem acabou de ser empossado e já aprovou a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Política e a criação de uma comissão especial para analisar o polêmico tema. A pressa visa abortar a pressão da sociedade por uma reforma que amplie a democracia no país, com o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais e a adoção de mecanismos de maior participação popular. Na prática, o deputado direitista – conhecido por suas rentáveis ligações com os empresários – defende um sistema político ainda mais restritivo e elitista, com o voto facultativo, a imposição da cláusula de desempenho, a adoção do voto distrital e a manutenção do financiamento privado.

Como cozinhar o governo Dilma

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O “parecer” do advogado de Fernando Henrique Cardoso foi – ainda que antes da hora – como aquela colher do caldo que se tira da panela para ver se o cozido já está “no ponto”.

O que cozinha, já ficou claro, é o governo – sempre é bom repetir, eleito pelo voto popular – de Dilma Roussef.

O dia em que a Folha criticou tucanos

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O projeto do governo Dilma de regulação comercial da mídia pode até ter ficado mais distante após a eleição do conservador Eduardo Cunha como presidente da Câmara, mas comentário de um leitor sobre o tema revela quão desinformados são os cidadãos comuns que fazem coro com os bilionários proprietários do oligopólio comunicacional que infecta o país.

Movimentos sociais: sem perder o foco

Editorial do site Vermelho:

A edição, por parte do Governo Federal, das Medidas Provisórias 664 e 665, alterando regras para acesso a benefícios previdenciários como, por exemplo, abono salarial, seguro desemprego, pensão por morte e auxílio doença, encontra justa resistência por parte dos movimentos sociais, em especial do movimento sindical.

Quem trabalha é que tem razão

Por Umberto Martins, no site da CTB:

A última reunião entre ministros do governo Dilma e dirigentes das centrais sindicais para debater medidas que reduzem direitos da classe trabalhadora sob a bandeira da austeridade fiscal, realizada em São Paulo terça-feira, 3, não registrou avanços. O impasse persiste e os sindicalistas estão convocando nova manifestação nacional para 26 de fevereiro.

Alckmin-2018 naufraga nas mentiras

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

“Brasil pra frente, Geraldo presidente!”

Esse grito foi lançado assim que Geraldo Alckmin terminou seu discurso de posse em janeiro. Esse plano corre um risco enorme diante do caos da falta de água em São Paulo e do Alckmin que emergiu disso: um mitômano na melhor tradição malufiana e um gestor medíocre.