quarta-feira, 4 de março de 2015

Cunha e Renan se penduram na mídia



Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Olhem os dois títulos de O Globo (capa e o da matéria, propriamente).

Bem, ao ler você verá que ninguém (um assessor, uma fonte, um ministro) não diz e nem sequer avalia coisa alguma.

Está evidente que são ambos, Renan Calheiros e Eduardo Cunha que “passam” para a oposição na certeza de que lá terão a indulgência da mídia diante do que forem acusados pela Procuradoria Geral da República.

Não dá para fingir que PMDB é governo

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Se a presidente Dilma tivesse que responder ao título deste texto (Não dá mais para fingir que o PMDB é governo), responderia com uma frase de três palavras: “Falar é fácil”.

De fato, falar é fácil; como agir é que são elas. O sistema político brasileiro funciona de forma pensada para evitar excessos do Poder Executivo – o constituinte de 1988 elaborou aquela Carta Magna sob a sombra de duas décadas de ditadura. Nesse afã, tornou presidentes, governadores e prefeitos reféns do Legislativo.

Cortaram as asas do super-Cunha

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Com seus olhos sempre arregalados, a ave agourenta que sobrevoava soberana pelos céus de Brasília, no melhor estilo do corvo Carlos Lacerda, teve que fazer um pouso de emergência. As asas de Eduardo Cunha, o suprapartidário e plenipotenciário presidente da Câmara, foram cortadas em pleno voo.

O super-Cunha se empolgou demais com os poderes subitamente adquiridos em apenas um mês, e exagerou na dose, ao afrontar a opinião pública, com algo que soou como deboche num momento em que o País e os brasileiros enfrentam graves dificuldades econômicas.

Getúlio Vargas e o barco de Dante

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Belíssimo artigo de Roberto Amaral.

Um artigo que nos aproxima da história, esta delicada moça de olhar irônico que caminha tranquilamente sobre montanhas de cadáveres.

O conhecimento da história nos proporciona uma experiência quase apavorante diante do cenário de crise, como assistir, consciente, a própria cirurgia cardíaca.

O Brasil e as marchas de março

Por Elaine Tavares, no blog Palavras Insurgentes:

Ouvi de um amigo agora pela manhã, falando sobre a marcha do dia 15, chamada pela direita brasileira: "Eu já não sei mais o que é esquerda, o que é direita". Eis aí um grande nó para a compreensão da realidade. Acreditar que não há mais diferenças na forma de pensar e agir sobre o mundo é cair numa armadilha de alienação. Sempre foram muito claros os conceitos de direita e esquerda. Ser de direita é apostar na conservação dos privilégios de poucos, é a postura da maioria dos mais ricos, por exemplo. Eles querem seguir controlando as riquezas do país, para delas tirarem proveito, querem dominar o espaço político, querem manter os mais pobres sob controle. Já ser de esquerda é lutar contra isso, garantindo participação para todos, direitos respeitados, o fim da opressão.

O Papa e o estrume do diabo

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O Papa Francisco está sendo amplamente atacado na internet, por ter dito, em cerimônia, em Roma, que “o dinheiro é o estrume do diabo” e que quando se torna um ídolo “ele comanda as escolhas do homem".

Acima e abaixo da cintura, houve de tudo.

De adjetivos como comunista, “argentino hipócrita”, demagogo e outros aqui impublicáveis, a sugestões de que ele se mude para uma favela, e - a campeã de todas - que distribua para os pobres o dinheiro do Vaticano.

O primeiro baque de Eduardo Cunha

Por Altamiro Borges

O lobista Eduardo Cunha (PMDB-RJ), eleito presidente da Câmara Federal em janeiro, estava se achando o máximo. Alguns jornalões, que deram apoio à sua candidatura na obsessão de derrotar o chamado “lulopetismo”, até chegaram a noticiar que ele se comportava como presidente da República, substituindo a “silenciosa” Dilma Rousseff. Mas sua gula, como antecipou o blogueiro Luis Nassif, logo causaria uma indigestão. Nesta semana, o deputado “rebelde” sofreu o seu primeiro baque. Ele foi obrigado a recuar na sua proposta fisiológica de conceder passagens para os cônjuges dos parlamentares. Só falta agora recuar em outros projetos ridículos, como o que cria o “Dia do Orgulho Hétero”.

terça-feira, 3 de março de 2015

Desculpa da “Use Huck” não convence

Por Altamiro Borges

Diante da imediata gritaria nas redes sociais, a empresa de Luciano Huck, famoso astro da TV Globo e frustrado apoiador do cambaleante Aécio Neves, divulgou nesta terça-feira (3) um patético pedido de “desculpas”. Segundo nota da “Use Huck”, a camiseta dirigida ao público infantil com a pedófila estampa “Vem Ni Mim Que Tô Facin” foi um equívoco. “Pedimos profundas desculpas e sentimos muito por todos que foram ofendidos pela imagem. Este comunicado não tem o objetivo de justificar o injustificável; mas apenas de explicar o motivo do erro, para que fique claro que não houve qualquer intenção maldosa”. Intenção maldosa do “bom-moço” tucano da revista “Veja”? Imagina!

"Veja" confessa o crime. Ficará impune?

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Numa nota escrota publicada nesta segunda-feira (2), a 'Veja' reconheceu que mentiu sobre a festa de aniversário do suposto sobrinho do ex-presidente Lula. Na edição de Brasília da semana retrasada, a revista que faz a cabeça de muitos alienados havia informado que a festança custou R$ 220 mil reais e fora bancada em "dinheiro vivo" ao bufê Aeropark. Agora, numa pequena errata, a Veja confessa o seu crime. O sobrinho e a festa eram falsas, mais uma invenção da criminosa revista. Será que mais este "pedido de desculpas" será suficiente para evitar a sumária condenação do panfleto mafioso da famiglia Civita e do jornalista-jagunço Ullisses Campbell?

A grife preconceituosa de Luciano Huck

Por Anna Beatriz Anjos e Jarid Arraes, na revista Fórum:

A marca “Use Huck”, de propriedade do apresentador global Luciano Huck, está envolvida em mais uma polêmica nas redes. Após ser criticada por ter lançado camiseta com a estampa “Somos todos macacos”, aproveitado-se do episódio de racismo sofrido pelo jogador Daniel Alves no ano passado, agora podem ser encontrados no site da grife modelos tão controversos quanto. Em um deles, voltado ao público infantil, é possível ler os dizeres “Vem ni mim que eu tô facin”.

Conjuntura e luta pela mídia democrática

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O momento é delicado. Mas em uma perspectiva histórica, o cenário pela democratização da comunicação no Brasil nunca foi melhor. Essa é a avaliação feita pelo professor Laurindo Leal Filho, o Lalo, e por Rosane Bertotti, coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

Queda de Beto Richa desnorteia o PSDB

Por Esmael Morais, em seu blog:

A popularidade do governador Beto Richa (PSDB) virou pó. Apenas 20% dos paranaenses dizem aprovar a administração do tucano, diz levantamento da Paraná Pesquisas encomendado pelo jornal Gazeta do Povo.

De acordo com a sondagem, 76% desaprovam a gestão de Beto Richa. O péssimo desempenho do governador desnorteia o PSDB nacional, como demonstrou o senador mineiro e ex-presidenciável Aécio Neves no fim desta semana.

Blogueiros pedem acesso à lista do HSBC

Do site Viomundo:

Blogueiros encaminharam hoje ao Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) uma carta (na íntegra, abaixo), solicitando acesso à lista e dados dos 8.667 clientes brasileiros do HSBC na Suíça.

Postamos ainda a carta, em forma de petição, no Change.org

Ajude-nos a disseminá-la.

Quem quiser apoiá-la, é só clicar aqui.

Quem ameaça a democracia: Lula ou Globo?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O artigo de Ricardo Noblat sobre Lula merece figurar entre as piores coisas já publicadas pela imprensa brasileira.

Nas escolas de jornalismo, os professores poderiam usá-lo como uma amostra do que não se deve fazer.

Os problemas começam numa fonte – melhor, “fonte” – que conta uma história, ou pseudo-história, na qual Dilma aparece como um monstro.

Defender a Petrobras é defender o Brasil

Editorial do site Vermelho:

A criação da Petrobras foi a vitória de todo um gigantesco movimento que uniu trabalhadores, estudantes e intelectuais, contra o discurso de setores antinacionais que bradavam a impossibilidade de existência de petróleo em nosso país, passando depois a argumentar sobre a incapacidade de a nação oferecer um corpo técnico capaz de dirigir um empreendimento de tal envergadura.

Imposto sobre fortunas renderia 100 bi

Por Renan Truffi, na revista CartaCapital:

Único dos sete tributos federais previstos nas Constituição sem regulamentação até hoje, o imposto sobre grandes fortunas pode sair do papel em um momento no qual o governo federal busca ampliar sua arrecadação. Vista como alternativa à esquerda, após um ajuste fiscal iniciado pela retirada de direitos trabalhistas, a proposta voltou à tona com o sucesso do livro do economista francês Thomas Piketty, O Capital No Século XXI, para quem não discutir impostos sobre riqueza é loucura.

Tucano Richa desmorona no Paraná

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Escrevi há alguns dias que a direita (ou seja, FHC e sua turma) piscou, e decidiu não encampar as manifestações do dia 15. Um dos motivos: Dilma está desgastada, mas um movimento brusco contra ela pode levar – no redemoinho – também os tucanos (clique aqui para entender por que o PSDB teme Lula e morre de medo das ruas).

A democratização da mídia e a Petrobras


Do site do Instituto Telecom:

Quando ocorreu a privatização das telecomunicações, em 1998, um dos principais argumentos da mídia, capitaneada pela Rede Globo, para defender o leilão do Sistema Telebras, era de que as empresas de telefonia eram cabides políticos e ineficientes. Nunca foi destacada a revolução que representou para o país a criação da Telebrás, em 1972, e do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (CPqD), em 1976, para a geração de tecnologia própria em telecomunicações. Situação idêntica o país vive hoje diante do ataque massivo que sofre a Petrobras, nossa principal empresa nacional e uma das mais importantes do mundo.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Quem tem medo do Lula?

Por Emir Sader, no site Carta Maior:

A direita – midiática, empresarial, partidária, religiosa – entra em pânico quando imagina que o Lula possa ser o candidato mais forte para voltar a ser presidente em 2018. Depois de ter deixado escapar a possibilidade de vencer em 2014, com uma campanha que trata de colocar o máximo de obstáculos para o governo de Dilma – em que o apelo a golpe e impeachment faz parte do desgaste –, as baterias se voltam sobre o Lula.

A mídia e o fim do bom senso

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A insistência de um grande grupo de parlamentares em conduzir a agenda política na direção oposta ao que indica a evolução da democracia no Brasil pode levar muitos cidadãos a desanimar da vida republicana. Como efeito colateral, também pode ser afetada a reputação da imprensa, ao dar abrigo a certas propostas que significam um retrocesso em conquistas importantes da cidadania.