quarta-feira, 11 de março de 2015
O teatro como ferramenta da comunicação
Foto: Marildes Gomes Silva |
"O teatro pode e deve ser um instrumento para a luta dos movimentos sociais, do movimento sindical e, inclusive, para a democratização da comunicação", defendeu Tereza Briggs durante o Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais do Espírito Santo. A dramaturga conduziu oficina baseada no Teatro do Oprimido, metodologia criada por Augusto Boal que explora o potencial transformador da arte.
CTB-Bahia debate desafios da conjuntura
Do site da CTB-Bahia:
Os desafios da classe trabalhadora diante da atual conjuntura política e econômica do Brasil. Este é o tema do seminário que a CTB Bahia promove na próxima sexta-feira (13/3), das 9h às 13h, na sede do Sinpojud, no bairro do Tororó, em Salvador. O debate será alimentado pelas exposições do jornalista Altamiro Borges e de Nádia Viera Souza, economista do Dieese.
A mídia e a crise da sociedade civil
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:
Qual o tamanho da crise política que atinge o Brasil? Essa questão não pode ser respondida pela imprensa, em seu núcleo duro, porque a mídia tradicional, como instituição corporativa, é protagonista central no desenvolvimento dos fatos que conduziram ao atual estado de conflagração que divide os brasileiros. Portanto, é parte interessada na elevação da temperatura e no processo de isolamento do governo.
Deputado carioca "constrange" o Psol
Por Anna Beatriz Anjos, na revista Fórum:
No final da noite de ontem (10), o Psol se pronunciou, por meio de notas, sobre a situação do deputado federal Cabo Daciolo (Psol-RJ), que declarou, no Plenário da Câmara, a intenção de apresentar PEC para alterar o 1º artigo da Constituição Federal, de forma que determine “que todo o poder emana de Deus”, e não do povo, como é atualmente.
No final da noite de ontem (10), o Psol se pronunciou, por meio de notas, sobre a situação do deputado federal Cabo Daciolo (Psol-RJ), que declarou, no Plenário da Câmara, a intenção de apresentar PEC para alterar o 1º artigo da Constituição Federal, de forma que determine “que todo o poder emana de Deus”, e não do povo, como é atualmente.
Aparece a face oculta de Pedro Barusco
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Ocorreu um vergonhoso golpe baixo durante a CPI da Petrobras. Um parlamentar da oposição perguntou ao delator Pedro Barusco se ele não tinha medo de terminar como Celso Daniel, o infeliz prefeito de Santo André sequestrado e morto em 2002. A insinuação era óbvia: procurava-se glorificar a delação de Barusco por uma referência à versão de que Celso Daniel foi vítima de um crime encomendando por um assessor da prefeitura e amigo da família. Também se tentava associar o PT com a marca de um crime.
Ocorreu um vergonhoso golpe baixo durante a CPI da Petrobras. Um parlamentar da oposição perguntou ao delator Pedro Barusco se ele não tinha medo de terminar como Celso Daniel, o infeliz prefeito de Santo André sequestrado e morto em 2002. A insinuação era óbvia: procurava-se glorificar a delação de Barusco por uma referência à versão de que Celso Daniel foi vítima de um crime encomendando por um assessor da prefeitura e amigo da família. Também se tentava associar o PT com a marca de um crime.
As centrais sindicais e o governo Dilma
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
As centrais sindicais têm diagnósticos distintos sobre o cenário político, inclusive a respeito das manifestações marcadas para esta sexta-feira (13) e para domingo (15), mas coincidem na avaliação de que o governo precisa redirecionar sua linha econômica e aumentar o diálogo para preservar e reconquistar apoios. Inclusive do ponto de vista da governabilidade. O ato de sexta, que tem apoio formal de cinco centrais, não é contra nem a favor do governo, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas, embora a central não vá aceitar qualquer tipo de retrocesso do ponto de vista político. "Ao mesmo tempo em que defendemos a normalidade democrática, não aceitamos perda de direitos", afirma, criticando quem fala, por exemplo, em impeachment. "É a intolerância dos derrotados", reage Freitas.
As centrais sindicais têm diagnósticos distintos sobre o cenário político, inclusive a respeito das manifestações marcadas para esta sexta-feira (13) e para domingo (15), mas coincidem na avaliação de que o governo precisa redirecionar sua linha econômica e aumentar o diálogo para preservar e reconquistar apoios. Inclusive do ponto de vista da governabilidade. O ato de sexta, que tem apoio formal de cinco centrais, não é contra nem a favor do governo, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas, embora a central não vá aceitar qualquer tipo de retrocesso do ponto de vista político. "Ao mesmo tempo em que defendemos a normalidade democrática, não aceitamos perda de direitos", afirma, criticando quem fala, por exemplo, em impeachment. "É a intolerância dos derrotados", reage Freitas.
De um labirinto se sai por cima
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR |
A correlação de forças não é favorável ao governo neste momento.
Um empresariado que, pela primeira vez, se opôs frontalmente a uma candidatura ainda assim triunfante, basicamente com o voto popular. Um Congresso bastante mais conservador que o anterior. Uma situação econômica ruim – entre estagnação e recessão. Uma mídia monopolista que continua a atuar como partido da oposição.
A elite e a cretinização em marcha
Por Mino Carta, na revista CartaCapital:
De Rodrigo Janot cabe acentuar o correto desempenho, de sábia prudência, segundo Wálter Fanganiello Maierovitch. Na foto ao lado, o procurador-geral da República sorri com bonomia, como se dissesse “não exagerem”. Reparo merece o dizer do cartaz que Janot exibe para os fotógrafos. No caso, a esperança é malposta.
terça-feira, 10 de março de 2015
Feminicídio e o crime hediondo da mídia
Por Altamiro Borges
Nesta segunda-feira (9), a presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei que criminaliza o feminicídio – o assassinato de uma mulher por razões de gênero. Rodeada por lideranças do movimento feminista e por deputadas federais, ela fez um incisivo discurso. “Em briga de marido e mulher, nós achamos que se mete a colher, sim, principalmente se resultar em assassinato... O machismo é um mal a ser combatido. Ele humilha, maltrata, agride e, no limite, mata”. Na mídia machista, porém, a nova lei não ganhou qualquer destaque. Não foi manchete dos jornalões nem motivo de elogios nas emissoras de rádio e tevê. Alguns veículos, inclusive, preferiram rotular a medida de “populista” e “eleitoreira”.
Nesta segunda-feira (9), a presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei que criminaliza o feminicídio – o assassinato de uma mulher por razões de gênero. Rodeada por lideranças do movimento feminista e por deputadas federais, ela fez um incisivo discurso. “Em briga de marido e mulher, nós achamos que se mete a colher, sim, principalmente se resultar em assassinato... O machismo é um mal a ser combatido. Ele humilha, maltrata, agride e, no limite, mata”. Na mídia machista, porém, a nova lei não ganhou qualquer destaque. Não foi manchete dos jornalões nem motivo de elogios nas emissoras de rádio e tevê. Alguns veículos, inclusive, preferiram rotular a medida de “populista” e “eleitoreira”.
Cadê as vaias no Shopping Villa-Lobos?
Por Altamiro Borges
No último domingo (8), data da homenagem ao Dia Internacional da Mulher e dos panelaços e vaias de algumas áreas "nobres" de São Paulo contra a presidenta Dilma – aos berros machistas de "vaca", "puta" e outros –, ocorreu um fato curioso no shopping Villa-Lobos. Localizado no Alto de Pinheiros, considerado o quarto bairro mais rico da capital paulista, o estabelecimento ficou sem luz por várias horas. Muitas lojas de grife fecharam e dispensaram seus funcionários. Algumas madames da "zelite" até ficaram irritadas pela restrição ao seu doentio consumismo. Mas nenhuma delas gritou palavrões contra o governador tucano Geraldo Alckmin. As vaias da aristocracia têm caráter de classe.
TV Globo esconde desmentido de Dirceu
Do blog de Zé Dirceu:
A edição do Jornal Nacional (JN) desta 2ª feira (9), com o objetivo de mais uma vez tentar envolver José Dirceu nas investigações da Operação Lava Jato, ‘requenta’ trecho do depoimento de Alberto Youssef que faz referência ao ex-ministro, porém não diz que o delator foi desmentido pela advogada Beatriz Catta Preta, que representa o empresário Júlio Camargo.
A edição do Jornal Nacional (JN) desta 2ª feira (9), com o objetivo de mais uma vez tentar envolver José Dirceu nas investigações da Operação Lava Jato, ‘requenta’ trecho do depoimento de Alberto Youssef que faz referência ao ex-ministro, porém não diz que o delator foi desmentido pela advogada Beatriz Catta Preta, que representa o empresário Júlio Camargo.
Venezuela-Brasil: Ricos batem panelas
Por Igor Felippe, no blog Escrevinhador:
O ódio da alta classe média, a truculência da oposição conservadora e a campanha permanente das grandes corporações privadas de mídia resultam em atos de rua pelo impeachment e até panelaços em bairros dos abonados em São Paulo e Brasília, durante pronunciamento oficial da presidenta Dilma Rousseff.
Esse quadro de acirramento político leva a comparações do Brasil com a Venezuela. Embora essa situação guarde semelhanças, o quadro político, social e histórico é bastante distinto. Na Venezuela, o povo das regiões mais pobres sai às ruas para defender o governo. Uma manifestação da direita tem como resposta um ato ainda maior das massas chavistas. E aqui?
O ódio da alta classe média, a truculência da oposição conservadora e a campanha permanente das grandes corporações privadas de mídia resultam em atos de rua pelo impeachment e até panelaços em bairros dos abonados em São Paulo e Brasília, durante pronunciamento oficial da presidenta Dilma Rousseff.
Esse quadro de acirramento político leva a comparações do Brasil com a Venezuela. Embora essa situação guarde semelhanças, o quadro político, social e histórico é bastante distinto. Na Venezuela, o povo das regiões mais pobres sai às ruas para defender o governo. Uma manifestação da direita tem como resposta um ato ainda maior das massas chavistas. E aqui?
As razões do ódio das elites ao PT
Por Leonardo Boff, em seu blog:
Já dissemos anteriormente e o repetimos: o ódio disseminado na sociedade e nas mídias sociais, não é tanto ao PT, mas àquilo que o PT propiciou para as grandes maiorias marginalizadas e empobrecidas de nosso país: sua inclusão social e a recuperação de sua dignidade. Não são poucos os beneficiados dos projetos sociais que testemunharam: “sinto-me orgulhoso não porque posso comer melhor e viajar de avião, coisa que jamais poderia antes, mas porque agora recuperei minha dignidade”. Esse é o mais alto valor político e moral que um governo pode apresentar: não apenas garantir a vida do povo, mas faze-lo sentir-se digno, alguém participante da sociedade.
Já dissemos anteriormente e o repetimos: o ódio disseminado na sociedade e nas mídias sociais, não é tanto ao PT, mas àquilo que o PT propiciou para as grandes maiorias marginalizadas e empobrecidas de nosso país: sua inclusão social e a recuperação de sua dignidade. Não são poucos os beneficiados dos projetos sociais que testemunharam: “sinto-me orgulhoso não porque posso comer melhor e viajar de avião, coisa que jamais poderia antes, mas porque agora recuperei minha dignidade”. Esse é o mais alto valor político e moral que um governo pode apresentar: não apenas garantir a vida do povo, mas faze-lo sentir-se digno, alguém participante da sociedade.
O panelaço e o analfabetismo político
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:
Nunca a classe média militou tanto politicamente quanto em tempos recentes. Nas eleições de 2014, atuou diuturnamente nas redes sociais e, mesmo sem ser convocada, saiu voluntariamente por aí com reproduções da Veja para buscar votos.
Tudo isso deve ser saudado como um passo positivo. O processo de criação de novas lideranças é prolongado e atuar em defesa de seus interesses de classe é não só legítimo, como pode servir de escola.
Nunca a classe média militou tanto politicamente quanto em tempos recentes. Nas eleições de 2014, atuou diuturnamente nas redes sociais e, mesmo sem ser convocada, saiu voluntariamente por aí com reproduções da Veja para buscar votos.
Tudo isso deve ser saudado como um passo positivo. O processo de criação de novas lideranças é prolongado e atuar em defesa de seus interesses de classe é não só legítimo, como pode servir de escola.
Por que todos querem crucificar Dilma?
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Lennon disse numa música, e Dilma poderia repetir: “Do jeito que as coisas estão, vão acabar me crucificando.”
Está na moda crucificar Dilma.
A direita bate nela. A esquerda bate nela. E é curioso: poucos meses atrás, ela foi reeleita com 54 milhões de votos.
Está na moda crucificar Dilma.
A direita bate nela. A esquerda bate nela. E é curioso: poucos meses atrás, ela foi reeleita com 54 milhões de votos.
Panelaço acirra a disputa política
Por Renato Rovai, em seu blog:
Estudo realizado pela Interagentes analisou a repercussão do pronunciamento de Dilma Rousseff e os protestos da oposição no Twitter. Enquanto a presidenta discursava em cadeia nacional na noite deste domingo (8), o panelaço foi o assunto que dominou a rede social.
O levantamento mapeou cerca de 55 mil perfis que citaram Dilma durante o dia, sendo que o maior volume de mensagens se deu entre 21h e 22h, quando o nome da presidenta foi citado 78.793 vezes.
O levantamento mapeou cerca de 55 mil perfis que citaram Dilma durante o dia, sendo que o maior volume de mensagens se deu entre 21h e 22h, quando o nome da presidenta foi citado 78.793 vezes.
HSBC: apenas a ponta do iceberg
Por Jerome Roos, no site Outras Palavras:
“O que é recompensado pelo alto é punido por baixo…
Os lucros são privatizados, os prejuízos são socializados”
Eduardo Galeano
Há semanas, divulgou-se o esquema em que o HSBC – maior banco da Europa – participou ativamente da execução e propagação de uma evasão fiscal em larga escala através de sua subsidiária suíça, permitindo que alguns de seus clientes internacionais mais ricos escondessem mais de 120 bilhões de dólares em ativos não declarados em 30 mil contas bancárias secretas. Principais reguladores britânicos, os deputados e funcionários do governo tinham conhecimento das irregularidades e conheciam os nomes dos sonegadores potenciais (incluindo estrelas de cinema, barões das drogas e chefes de estado), mas nunca propuseram acusações criminais.
Os lucros são privatizados, os prejuízos são socializados”
Eduardo Galeano
Há semanas, divulgou-se o esquema em que o HSBC – maior banco da Europa – participou ativamente da execução e propagação de uma evasão fiscal em larga escala através de sua subsidiária suíça, permitindo que alguns de seus clientes internacionais mais ricos escondessem mais de 120 bilhões de dólares em ativos não declarados em 30 mil contas bancárias secretas. Principais reguladores britânicos, os deputados e funcionários do governo tinham conhecimento das irregularidades e conheciam os nomes dos sonegadores potenciais (incluindo estrelas de cinema, barões das drogas e chefes de estado), mas nunca propuseram acusações criminais.
O voto de confiança em Dilma Rousseff
Editorial do site Vermelho:
Há momentos na vida de uma nação em que o caráter de um povo e de suas lideranças se revela por inteiro, requerendo deles, para além da firmeza, energia e espírito de luta, paciência e serenidade. A fala da presidenta Dilma Rousseff em rede nacional de rádio e TV na noite deste domingo (8), teve esse sentido. Conclamou o povo brasileiro à unidade, pedindo tempo, paciência e confiança.
Há momentos na vida de uma nação em que o caráter de um povo e de suas lideranças se revela por inteiro, requerendo deles, para além da firmeza, energia e espírito de luta, paciência e serenidade. A fala da presidenta Dilma Rousseff em rede nacional de rádio e TV na noite deste domingo (8), teve esse sentido. Conclamou o povo brasileiro à unidade, pedindo tempo, paciência e confiança.
O que Brizola diria dos paneleiros?
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Os mais de vinte anos de convívio diário com Leonel Brizola me fazem, por vício, imaginar como ele reagiria diante de situações como a promovida pelos “paneleiros” da classe média, ontem.
Já fico vendo o velho recebendo os repórteres e dizendo:
Os mais de vinte anos de convívio diário com Leonel Brizola me fazem, por vício, imaginar como ele reagiria diante de situações como a promovida pelos “paneleiros” da classe média, ontem.
Já fico vendo o velho recebendo os repórteres e dizendo:
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