terça-feira, 21 de abril de 2015

Terceirização e o trabalho das mulheres

Por Juliane Furno, no site Carta Maior:

O dia 08 de abril deve entrar para a história brasileira como um marco na legislação sobre trabalho. Foi aprovado – no Congresso Nacional mais conservador do período democrático – o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a prática da terceirização do trabalho tanto para as atividades meio (como limpeza e segurança) como para as atividades fins (que compreendem a finalidade dos servidos prestados pelas empresas).

A retomada da iniciativa política

Editorial do site Vermelho:

A situação política do país, marcada por exacerbado conflito, decorrente da postura golpista dos partidos de oposição e da mídia monopolista privada, tende a permanecer tensa por muito tempo. Poderá mesmo ser a marca característica de todo o segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff e condicionar o próprio nível da batalha eleitoral de 2018.

Isto não significa, contudo, alimentar uma visão fatalista e renunciar liminarmente à luta para que o governo da presidenta Dilma obtenha êxitos políticos e na realização da obra social que se propõe.

Mídia abafa corrupção no Paraná

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

No inicio deste mês, o Ministério Público do Paraná abriu ação penal contra o empresário Luiz Abi Antoun, primo do governador Beto Richa e ex-assessor parlamentar do tucano. Para a Justiça, Abi é considerado um dos nomes mais influentes no governo Richa, ainda que não ocupe nenhum cargo público. Abi e outras seis pessoas são acusadas pelo MP de montar um esquema criminoso para obter um contrato emergencial de R$ 1,5 milhão com o governo do estado. Eles agora respondem por organização criminosa, falsidade ideológica e fraude em licitação.

Marca de Luciano Huck gera polêmica

Da revista Fórum:

A marca de roupas Reserva, que tem como sócio o apresentador global Luciano Huck, tem causado polêmica na internet. Na vitrine de da grife carioca, manequins com cabeças de macaco ou um veado, acompanhados da mensagem: “O preconceito está na sua cabeça”.

A grife disse ao Uol Moda, que “tudo isso faz parte de um manifesto artístico criado pelo Felipe Morozini, já que o tema institucional neste Inverno 2015 é preconceito. A intenção obviamente não era a de ofender, mas sim abrir o diálogo sobre o preconceito em todas as frentes, já que o tema também foi abordado em todo o conteúdo da edição Inverno 2015 da revista Reserva. E as cabeças dos manequins são espelhadas justamente para propor uma reflexão.”

A terceirização subiu no telhado

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Uma reportagem de Camilla Veras Mota, publicada hoje pelo jornal Valor Econômico, pode representar a pá de cal no projeto de lei 4330.

Já era possível entender, a partir de uma análise política elementar, que o PL 4330 representava a principal ameaça já feita ao conjunto de direitos dos trabalhadores formalizado por Getúlio Vargas na Consolidação das Leis do Trabalho, em 1943.

Aécio é uma tremenda fraude da mídia

Por Ignacio Godinho Delgado, no blog Viomundo:

A Rede Globo de Televisão construiu meticulosamente a imagem de Collor de Mello, o “caçador de marajás”, que, afinal, elegeu-se presidente em 1989.

O empenho na construção da imagem de Aécio Neves não foi tão sistemático, mas envolveu até a produção de uma minissérie inspirada no senador, que, em 2014, tentava se apresentar como um príncipe encantado a seduzir a nação brasileira.

O SUS na mira de Eduardo Cunha

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Marcelo Pellegrini, na revista CartaCapital:

Há pouco mais de dois meses na presidência da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se notabilizou por acelerar a tramitação de pautas polêmicas e engavetadas há anos, como a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos e a terceirização de toda a cadeia produtiva. Ao mesmo tempo em que certos projetos são tratados com rapidez por Cunha, investigações contra os planos de saúde, setor à qual a atividade parlamentar do presidente da Câmara é ligada, são barradas.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

FHC e impeachment: recuo ou cinismo?

Por Altamiro Borges

O ex-presidente FHC, príncipe das conspirações, surpreendeu a plateia de empresários no 14º Fórum de Comandatuba (BA) neste final de semana. Convidado especial do trambiqueiro João Dória Jr., famoso líder do fracassado “Cansei”, ele afirmou que “é precipitação falar em impeachment da presidenta Dilma”. Até os jornalistas que fizeram uma boquinha no regabofe – com todas suas despesas pagas – ficaram estupefatos. Todos esperavam uma atitude mais agressiva do ex-presidente, principalmente agora que o PSDB decidiu embarcar de vez nesta tese golpista. “Como um partido pode pedir impeachment antes de ter um fato concreto? Não pode... Impeachment não pode ser tese. Ou houve razão objetiva ou não houve razão objetiva”, bronqueou o grão-tucano FHC.

Aécio: outro helicóptero virou pó

Por Altamiro Borges

Numa notinha bem minúscula, o jornalista Leandro Loyola, da revista Época, postou uma informação bombástica na sexta-feira (17): “O senador tucano Aécio Neves voou em helicópteros do governo de Minas Gerais por cinco vezes para se deslocar em Belo Horizonte e pegou carona num avião – também do governo – para viajar da capital mineira até Brasília. Os passeios começaram logo após Aécio deixar o governo de Minas e se estenderam até 2012. Aécio diz que está tudo dentro da normalidade. Ao menos ele não voou até o aeroporto em Cláudio – aquele que foi desapropriado em seu governo nas terras do tio dele”.

Impeachment... para Gilmar Mendes

Por Altamiro Borges

Em entrevista na semana passada, o ministro Gilmar Mendes – indicado para o Supremo Tribunal Federal pelo ex-presidente FHC e responsável por algumas das decisões mais bizarras do STF – voltou a esbanjar arrogância ao afirmar que não dará vista ao processo sobre o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais e que sua votação seguirá trancada. Apesar da proposta já ter sido aprovada por seis dos onze ministros do Supremo, ele segue sentado em cima da matéria há mais de um ano. Isto apesar do forte desgaste que o tema tem lhe causado.

A crise do jornalismo nativo

Por Marco Piva

Recentemente, as redações de grandes jornais e de algumas rádios e TVs foram tomadas pela pior notícia que um trabalhador pode receber: uma onda de demissões. Segundo as informações oficiais dos próprios veículos, foram mais de 150 jornalistas dispensados. Corporativamente, esse fenômeno que ataca as redações é conhecido como “passaralho” (deixo à imaginação do leitor o que isto significa). No caso do jornal O Estado de S. Paulo, a dispensa ocorreu no dia 7 de abril, ironicamente o Dia do Jornalista.

Midiatrix e a manipulação das mentes

Folha, Alckmin e o blogueiro implicante

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Confesso que a notícia de que um ex-assessor de Marta Suplicy e Soninha Francine vem sendo bancado pelo governo Geraldo Alckmin há anos me produziu um misto de indignação e desalento. A indignação tem razão óbvia, mas o desalento vai ter que ser melhor explicado.

Este Blog cumpre 10 anos em agosto deste ano. Nesse período, a partir daqui estabeleci um ativismo político e informativo que todos conhecem.

Dilma está virando o cabo das Tormentas

Por Miguel do Rosário, no blog Tijolaço:

A manipulação do debate em torno das “pedaladas fiscais” é a última bala no cartucho da oposição e mídia para derrubar o voto de 54 milhões de eleitores.

E tudo deverá ser decidido neste primeiro semestre, com a aprovação final das contas de Dilma e a decisão sobre a legalidade das manobras fiscais do governo em 2014.

Em meados de julho, Dilma poderá ter virado o Cabo das Tormentas, tendo feito a travessia pelas águas mais perigosas e turbulentas de que tivemos notícia em muitos anos.

A imprensa e a poeira sob o tapete

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais do final de semana registram uma mudança na estratégia do governo contra o movimento de partidos oposicionistas, apoiados pela mídia tradicional, que ensaiam um processo de impeachment da presidente da República. No sábado (18/4), ganhou espaço nas primeiras páginas o discurso unificado do Planalto contra a nova incursão do PSDB, que trocou a tentativa de incluir a presidente no centro do caso Petrobras pela tese de que o artifício usado no ano passado para fechar as contas do Tesouro seria uma causa para seu afastamento.

Contra a redução da maioridade penal

Por Theófilo Rodrigues, no blog O Cafezinho:

“Eu vejo na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério
O jovem no Brasil nunca é levado a sério” (Charlie Brown Jr)


A recente aprovação da proposta de redução da maioridade penal na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados reascendeu na esfera pública brasileira o debate sobre a criminalização da juventude. A foto da sessão mostra bem a divisão em que a sociedade se encontra hoje: de um lado jovens estudantes caras pintadas contra a redução; do outro lado os senhores financiados pela “bancada da bala” em defesa da redução.

Por quem os índios lutam

Por João Mitia Antunha Barbosa, no site Outras Palavras:

A Constituição Federal de 88 já completou 26 anos, e é tempo de fazer uma breve reflexão para interrogar se a alcunha “Constituição Cidadã” ainda se sustenta.

O processo constituinte abriu espaço para significativas inovações em relação às Constituições Federais anteriores – notadamente no campo social, cultural e ambiental –, sedimentando ou inserindo no ordenamento jurídico brasileiro o que certos juristas passaram a chamar de “novos direitos”. Como bem apontou recentemente a professora Manuela Carneiro da Cunha, a CF de 88 teve o mérito de, pela primeira vez, celebrar “a diversidade como um valor a ser preservado”, (….) “indicando que o país queria novos rumos. O Brasil aspirava a ser fraterno e justo.”

A cultura capitalista é antivida

Por Leonardo Boff, em seu blog:

A demolição teórica do capistalismo como modo de produção começou com Karl Marx e foi crescendo ao longo de todo o século XX com o surgimento do socialismo e pela escola de Frankfurt. Para realizar seu propósito maior de acumular riqueza de forma ilimitada, o capitalismo agilizou todas as forças produtivas disponíveis. Mas teve como consequência, desde o início, um alto custo: uma perversa desigualdade social. Em termos ético-políticos, signfica injustiça social e produção sistemática de pobreza.

O esquema Serra no governo Alckmin

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Quando assumiu o governo do Estado, a primeira providência de Geraldo Alckmin foi acabar com o esquema José Serra no governo, um aparelhamento amplo que produziu desastres em várias áreas, como na USP e Instituto Butantã.

Mas levou o adversário para dentro do Palácio, com a manutenção de Márcio Aith na Subsecretaria de Comunicação. Lá, valendo-se do pouco conhecimento do grupo de Alckmin com as redes sociais, Aith deu início ao fortalecimento do esquema Serra na Internet - contando, para tanto, com recursos do próprio governo do Estado.

O que o 'Implicante' conta sobre Alckmin

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O problema do site Implicante não é exatamente o governo Alckmin dar um mensalão de 70 mil reais para seu editor.

Quer dizer: isto é um problema, dada a absoluta falsa de transparência com que o dinheiro vai dar na conta do editor, e considerados também os repetidos ataques do PSDB contra blogueiros supostamente favorecidos pelo PT.