sexta-feira, 24 de abril de 2015

A profecia que devora o profeta

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Jornalistas que foram demitidos da Folha de S. Paulo fazem circular uma carta do jornal, assinada pelo editor-executivo Sérgio Dávila, justificando os cortes ocorridos na semana passada. Como se sabe, o diário paulista vem reduzindo sua força de trabalho desde janeiro. O Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo considera que se trata de uma tática para evitar que se configure uma demissão em massa, caso em que as entidades sindicais precisam ser avisadas com no mínimo 30 dias de antecedência.

O Tiradentes da atualidade é o Stedile

Por José Luiz Quadros de Magalhães e Afonso Henrique de Miranda, no jornal Brasil de Fato:

Causou grande repercussão na Assembleia Legislativa e nas altas rodas empresariais a condecoração dada a João Pedro Stedile pelo governador Fernando Pimentel, após aprovação do conselho permanente da medalha. O principal representante do MST recebeu das mãos de Pimentel a Grande Medalha da Inconfidência. Alegaram alguns que o agraciado não prestou nenhum serviço relevante à coletividade. Líderes da oposição na ALMG ainda acusaram Stedile de crimes contra o patrimônio e ameaçaram cassar os efeitos da honraria através de decreto legislativo.

A guerra não é "do" PT. É contra o PT

Por Valter Pomar, em seu blog:

A direita brasileira adora trocar palavras.

Fala que retrocesso é reforma, chama golpe de revolução.

Mas a versão clássica é transformar a vítima em agressor.

É o que faz o jornal O Estado de São Paulo, no editorial "A guerra do PT", publicado no dia 23 de abril e reproduzido ao final.

Revista vexatória próxima do fim?

Por Vivian Calderoni e Paulo Cesar Malvezzi, no site Outras Palavras:

Escrever um artigo sobre as revistas vexatórias é muito mais fácil hoje do que era há um ano. Antes, cada menção ao procedimento era acompanhada de uma longa e descritiva explicação para aproximar o público mais amplo de uma realidade bem conhecida daqueles que o viviam na pele. Como tudo o que envolve o sistema prisional, as revistas vexatórias estão guardadas por uma pesada e poderosa caixa-preta, pouco permeável ao escrutínio público. Aos poucos, no entanto, uma campanha nacional lançada há exatamente um ano tem ajudado a descontruir esse bloqueio.

Terceirização e direitos previdenciários

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Por João Pedro Werneck, no site da Fundação Mauricio Grabois:

A aprovação da terceirização no Brasil é uma afronta ao conjunto de direitos trabalhistas garantidos na CLT. Ampliar a terceirização também para atividades fim é possibilitar que o poder econômico dite as regras na hora de contratar sua mão de obra. O resultado pode impactar seriamente a contribuição social (Previdência e FGTS) nos próximos anos. A explicação é da professora da Universidade Federal Fluminense, Hildete Pereira.

Moro: Legalidade ou jogo de truco?

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Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Conta-se que em uma revista semanal de conhecida isenção jornalística, repórteres não raro recebem um título pronto e a recomendação expressa: providenciar um texto ‘investigativo’ que o justifique.

O juiz Sergio Moro e a equilibrada equipe responsável pela operação Lava Jato poderiam ter feito estágio na referida redação, com a qual, aliás, mantém laços de simpatia recíproca e de valores compartilhados.

Um diagnóstico da estrutura agrária

Por Valmir Assunção, na revista Teoria e Debate:

O Brasil é um dos países que nunca resolveram a enorme desigualdade existente quando tratamos da estrutura agrária. As primeiras divisões do nosso território, no período colonial, excluíram a grande massa da população e instituíram o direito à terra de acordo com a influência política e econômica de determinadas famílias. E mesmo com o surgimento de uma burguesia industrial e a modernização do capitalismo, que poderia incentivar uma reforma agrária para aumentar o mercado consumidor, o país nunca conseguiu alterar sua estrutura agrária.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Moro devia ser afastado da Lava Jato

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Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

No último dia 16 de abril, um dia após a prisão do então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, a imprensa anunciou a prisão da cunhada dele, Marice Correia de Lima, e também que ela já estaria sendo considerada “foragida”.

No mesmo dia, o advogado de Marice divulgou nota afirmando que ela estava participando de um congresso no Panamá e que decidiu voltar ao Brasil assim que soube do pedido de prisão.


A terceirização e a mídia burguesa

Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

Nesta quarta-feira (22) o fato mais relevante do cenário nacional foi a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da terceirização sem limites, medida que afetará diretamente dezenas de milhões de brasileiros.

Uma notícia de tal magnitude deveria, teoricamente, ser manchete em todos os jornais, que dedicariam inúmeras páginas noticiando a votação e apresentando gráficos e estudos sobre os impactos econômicos e sociais. Teoricamente seriam feitas entrevistas não só com especialistas, mas com a população. Aliás, as famosas pesquisas de opinião do Ibope ou do Datafolha seriam inevitáveis para aferir o quanto de apoio tem uma medida de tal impacto na vida do povo. Isso tudo claro, na teoria, pois a dura realidade da luta de classes destrói quaisquer ingênuas ilusões em torno de mitos como “liberdade de imprensa” e “isenção jornalística”.

Rede Globo: Motivos para descomemorar

Do site do FNDC:

As entidades que estão organizando o Domingão do Povão para descomemorar os 50 anos da Globo, neste domingo (26/4), em Brasília, lançaram um panfleto no qual enumeram cinco motivos para o ato: ausência de diversidade na programação da emissora; cessão de canais de rádio e TV a políticos com mandato, que é uma violação à Constituição Federal (Art. 54); violação de direitos humanos; linha editorial tendenciosa e a suspeita de que a empresa tenha deixado de recorrer impostos no valor de 1 bilhão de reais (valores corrigidos).

Terceirização vai passar no Senado?

Por Wanderley Preite Sobrinho, na revista CartaCapital:

Liderada por Eduardo Cunha (PMDB), seu presidente, a Câmara dos Deputados empreendeu a maior derrota ao governo Dilma Rousseff ao aprovar na noite de quarta-feira, 22, os destaques finais do Projeto de Lei 4330/04, autorizando as terceirizações em toda a cadeia produtiva de uma empresa. A proposta será agora apreciada pelo Senado, onde deve passar por alterações por pressão até do PMDB.

MTST no encontro de blogueiros de SP

O parto privilegiado do Jornal Nacional

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Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O locutor anuncia que a Globo, ao comemorar seus 50 anos, vai mostrar “cenas de novelas proibidas pela ditadura”. Existe aí um avanço: a Globo chamou a ditadura de “ditadura”. É muito diferente dos antigos programas do repórter Amaral Neto - também conhecido como Amoral Nato -, se não me engano aos domingos de manhã.

Neles, ao longo do que agora se tornou “ditadura”, o “governo” fazia milagres - propagados para todo o Brasil pela Globo.

A África e a travessia da morte

http://www.cartoonmovement.com//
Por Mauro Santayana, em seu blog:

A "Primavera" Árabe, fomentada pelos EUA e pela União Europeia, com suas intervenções no Oriente Médio e no Norte da África, continua pródiga em produzir cadáveres, em fecunda safra, trágica e macabra.

Morre-se nas mãos do Exército Islâmico, que começou a ser armado para tirar do poder inimigos de Washington, como Kaddafi e Bashar Al Assad. Morre-se nas cidades destruídas da Síria, da Líbia e do Iraque. Morre-se no deserto, ou à beira mar, na fuga do inferno que se estendeu por países onde até poucos anos crianças iam para a escola e seus pais, para o trabalho, todas as manhãs.

O "mico" do Moro é a moral do lobo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Então o Dr. Moro mandou soltar a cunhada de João Vaccari, Marice Correa, que foi exposta em toda a mídia nacional por sua “imagem” fazendo depósitos num caixa automático para sua irmã, Giselda.

É que Marice não era Marice, mas era Giselda, depositando seu próprio dinheiro na sua própria conta.

Mas, o mesmo Dr. Moro não tinha hesitado em prorrogar a prisão de Marice, porque ela havia “mentido” ao dizer a verdade, que não tinha depositado nada.

Nem Deus salva Babilônia e a Rede Globo

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Babilônia não tem público, mas em compensação milhares de pessoas se dedicam a animados debates sobre as razões do seu fracasso.

O último especialista a palpitar foi Boni. Para ele, o problema não está na polêmica em torno de coisas como o casal de senhoras lésbicas.

A novela, simplesmente, é ruim, diz Boni.

Terceirização: Vitória sem tambores

Capa do jornal da CTB, abril de 2015
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Eduardo Cunha retomou a agenda que tem imposto ao Congresso desde que a assumiu a presidência da Casa. Uma emenda que englobava os principais pontos do PL 4330, que autoriza a terceirização dos empregos em qualquer tipo de atividade, foi aprovada no início desta noite.

O resultado permitiu ao PMDB e aos partidos de oposição festejar uma vitória que, na visão de diversos analistas - inclusive este que aqui escreve - parecia ameaçada pela pressão dos sindicatos e pelo desconforto de boa parte do plenário em votar contra uma conquista histórica dos assalariados brasileiros, a CLT.

João Doria leva Alckmin e FHC aos EUA

Por Renato Rovai, em seu blog:



O empresário e apresentador João Doria Jr. vai realizar no dia 13 de maio, em Nova Iorque, um “business meeting” cujas estrelas são o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.

Memes da "descomemoração" da Globo

Do jornal Brasil de Fato:

Movimentos sociais, organizações políticas, coletivos de comunicação e de juventude estão articulados para "descomemorar" os 50 anos da Rede Globo em manifestações por todo o país. Confira os memes que estão circulando pelas redes sociais:



Greve geral para barrar a terceirização

Por Altamiro Borges

Numa votação mais tensa e apertada – 230 votos favoráveis, 203 contrários e quatro abstenções –, a Câmara Federal aprovou na noite desta quarta-feira (22) o projeto de lei que amplia a terceirização para as chamadas atividades-fim. Com isto, os “nobres deputados” confirmaram a imposição do maior retrocesso trabalhista da história do país, decretando o fim da Consolidação das Leis do Trabalho (CPI) – “a volta da escravidão”. A batalha, porém, não está terminada. A mobilização dos últimos dias fez muitos parlamentares recuarem no seu voto, temendo serem rotulados de “traidores do trabalhador”. Agora, as centrais sindicais já falam em convocar uma greve geral contra este golpe. A luta de classes, que muitos imaginavam que não existia mais, volta à tona com força.