segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Ataques a Lula atingem a democracia
Editorial do site Vermelho:
Sob a manchete “Muitos Lulas” o jornal Movimento descreveu, em 14 de maio de 1979, a pronta reação dos trabalhadores em greve, em São Bernardo do Campo, à prisão do então sindicalista Luíz Inácio da Silva.
Isso ocorreu há 36 anos e os trabalhadores, que exigiam melhores salários, lutavam contra da ditadura militar e o arbítrio policial.
Sob a manchete “Muitos Lulas” o jornal Movimento descreveu, em 14 de maio de 1979, a pronta reação dos trabalhadores em greve, em São Bernardo do Campo, à prisão do então sindicalista Luíz Inácio da Silva.
Isso ocorreu há 36 anos e os trabalhadores, que exigiam melhores salários, lutavam contra da ditadura militar e o arbítrio policial.
E agora, para onde caminhar?
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A duras penas e com imenso risco para a continuidade do regime democrático, o governo Dilma parece ter retomado – convenhamos, meio à força – a ideia de que o poder político precisa, para se manter, da política, embora a política seja hoje a mixórdia que a mídia e o poder econômico dela fazem.
O monstro golpista, embora já visíveis os contornos de sua face larval, não mostrou – talvez, ainda – capacidade de romper a frágil casca da legalidade e assumir sua forma horrenda sem disfarces “institucionais”.
A duras penas e com imenso risco para a continuidade do regime democrático, o governo Dilma parece ter retomado – convenhamos, meio à força – a ideia de que o poder político precisa, para se manter, da política, embora a política seja hoje a mixórdia que a mídia e o poder econômico dela fazem.
O monstro golpista, embora já visíveis os contornos de sua face larval, não mostrou – talvez, ainda – capacidade de romper a frágil casca da legalidade e assumir sua forma horrenda sem disfarces “institucionais”.
"Por que não mataram todos em 1964?"
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:
Um aluno me perguntou, tempos atrás, se eu não achava exagero tanta gente falar sobre o golpe de 1964.
Em sua opinião (“Já deu, né?''), o assunto é chato e ele e seus amigos não aguentam mais. Além disso, era muita história triste e isso cansava.
(Ainda bem que era só um futuro jornalista. Nada com o qual devemos nos preocupar.)
Em sua opinião (“Já deu, né?''), o assunto é chato e ele e seus amigos não aguentam mais. Além disso, era muita história triste e isso cansava.
(Ainda bem que era só um futuro jornalista. Nada com o qual devemos nos preocupar.)
Protestos: o que muda no dia seguinte?
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Está acabando mais um dia de protestos. Pouco mais de seis da tarde deste domingo, 16 de agosto, as bandeiras, os balões, cartazes e bonecos já foram recolhidos, e o pessoal volta para suas casas. Alguns carros passam buzinando e ouvem-se vuvuzelas ao longe, como após o encerramento dos jogos de futebol.
Tiraram a chupeta do Merval Pereira
http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/ |
Merval voltou a chorar.
O principal colunista da Globo tem um blog, hospedado no portal do grupo.
Não entendo muito bem, visto que os sites da Globo recebem bilhões de todas as esferas de governo (municipal, estadual e federal), porque o seu blog fica às moscas. Olhei os últimos posts e nenhum possui um mísero comentário.
O principal colunista da Globo tem um blog, hospedado no portal do grupo.
Não entendo muito bem, visto que os sites da Globo recebem bilhões de todas as esferas de governo (municipal, estadual e federal), porque o seu blog fica às moscas. Olhei os últimos posts e nenhum possui um mísero comentário.
Dilma ganha fôlego após os protestos
Por Renato Rovai, em seu blog:
Os protestos de hoje foram menores do que os de 15 de março e os 12 de abril. Isso já era esperado por conta das movimentações nas redes sociais terem sido menos intensas do que das outras vezes. Ao mesmo tempo eles não foram insignificantes e mostraram que, com algum fato novo ou com a piora do cenário econômico, podem ressurgir mais fortes. Ou podem ficar maiores se a Globo decidir entrar em campo com tudo de novo para cobrar alguma fatura. Hoje, a postura da TV dos Marinhos foi mais discreta do que das vezes anteriores, mas na GloboNews o samba do impeachment doido se manteve. Deixando claro que para o governo que eles até desencostaram a faca do pescoço, mas que ela continua ali.
Lula vira alvo das marchas golpistas
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:
As primeiras cenas, ainda de manhã, provocam desânimo entre âncoras e repórteres da Globo. No intervalo do programa esportivo, perto de 10 horas da manhã, entra o link de Brasília: “são 500 pessoas na Esplanada dos Ministérios…”, diz o repórter. A imagem mostra um imenso vazio. Claro que logo começa um incrível atropelo de números: 2 mil, 5 mil, logo 25 mil pessoas. E segue a imagem do vazio.
As crianças expostas ao ódio fascista
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
- Pai, por que a mãe daquele menino está ensinando ele a mandar a Dilma tomar no c…?
Antônio, meu filho, tem 11 anos. Como acontece todo domingo, pegamos nossas bicicletas para dar uma volta. A Paulista, por volta do meio dia de domingo, dia 16, estava começando a encher.
Chamava a atenção o número de famílias com crianças. Clima de piquenique, exceto que os garotos e garotas estavam sendo expostos a uma explosão de ódio.
Antônio, meu filho, tem 11 anos. Como acontece todo domingo, pegamos nossas bicicletas para dar uma volta. A Paulista, por volta do meio dia de domingo, dia 16, estava começando a encher.
Chamava a atenção o número de famílias com crianças. Clima de piquenique, exceto que os garotos e garotas estavam sendo expostos a uma explosão de ódio.
domingo, 16 de agosto de 2015
Fascistas hostilizam equipe da Globo
Por Altamiro Borges
O sinistro Movimento Brasil Livre (MBL), que evita revelar seu vínculo com as bilionárias fundações empresariais dos EUA, é muito ingrato. Até recentemente, seus chefetes - como o fascista mirim Kim Kataguiri - eram paparicados pela famiglia Marinho. Apesar da trajetória obscura e da falta de ideias, eles viraram celebridades nos vários veículos da empresa - no jornal O Globo, na revista Época e nos telejornais da TV Globo. Bastou um aparente recuo tático do império global - que teme que o caos na economia afete seus negócios e que a reação popular ao golpismo contagie o país -, para o MBL já tratar os seus aliados da Rede Globo como inimigos. Vale conferir a notinha do UOL deste domingo:
A selfie da "cansada" Regina Duarte
Por Altamiro Borges
A atriz global Regina Duarte, uma das vedetes do fracassado movimento "Cansei" - organizado pelo empresário-trambiqueiro João Doria Jr. e outros expoentes da direita contra Lula -, voltou aos palcos golpistas. Segundo relato do site de entretenimento F5, da Folha tucana, a veterana "marcou presença na manifestação de Copacabana deste domingo (16). A atriz subiu subiu numa árvore para tirar uma selfie mostrando a multidão e convocou seus seguidores para o ato, com a hashtag 'vem pra rua'".
Quem são as pragas das redes sociais?
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:
A cada dia, surge um novo personagem de direita nas redes sociais e é preciso não confundi-los. Tem muita gente que acha que todo reaça é coxinha e que todo coxinha é reaça. Eu discordo. Já vi coxinhas de esquerda e reaças aparentemente “moderninhos”. Nos últimos tempos, outra figura veio se juntar a esta galeria e periga ter se tornado o mais visível dos direitistas: o Zoeiro. Seu único objetivo é fazer bullying virtual e rir da cara dos outros, embora afirme estar participando do “debate” político. Pobre debate.
Veja como reconhecer o Zoeiro em dez pontos.
A cada dia, surge um novo personagem de direita nas redes sociais e é preciso não confundi-los. Tem muita gente que acha que todo reaça é coxinha e que todo coxinha é reaça. Eu discordo. Já vi coxinhas de esquerda e reaças aparentemente “moderninhos”. Nos últimos tempos, outra figura veio se juntar a esta galeria e periga ter se tornado o mais visível dos direitistas: o Zoeiro. Seu único objetivo é fazer bullying virtual e rir da cara dos outros, embora afirme estar participando do “debate” político. Pobre debate.
Veja como reconhecer o Zoeiro em dez pontos.
Lei antiterrorista e os direitos civis
Por Patrícia Dichtchekenian, no site Opera Mundi:
Após ser adiado, o projeto de lei antiterrorismo (PL 2016/15) que tramita em caráter de urgência deve ser votado nesta quarta-feira (12/08) na Câmara dos Deputados. Um dos principais críticos ao texto - que ameaça direitos ao protesto e atuações de movimentos sociais, segundo ONGs de direitos humanos - é o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ).
A marcha golpista e o fim de um ciclo
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Hoje encerra-se oficialmente um ciclo político no país: o da intolerância. Multidões ainda sairão às ruas como renas amestradas. Baterão panelas atrás do impeachment e cabeças atrás de ideias. E não terão nem uma, nem outra.
Gradativamente a grande besta será recolhida de volta à jaula pela ação combinada de lideranças políticas efetivas de ambos os lados, grupos econômicos e grupos de mídia.
Hoje encerra-se oficialmente um ciclo político no país: o da intolerância. Multidões ainda sairão às ruas como renas amestradas. Baterão panelas atrás do impeachment e cabeças atrás de ideias. E não terão nem uma, nem outra.
Gradativamente a grande besta será recolhida de volta à jaula pela ação combinada de lideranças políticas efetivas de ambos os lados, grupos econômicos e grupos de mídia.
Desemprego aumenta. Qual a saída?
Por João Sicsú, no jornal Brasil de Fato:
Tudo acontece como o esperado. Mês após mês o desemprego sobe. E é sempre maior que o mesmo mês de 2014. E o rendimento médio real dos trabalhadores nas seis grandes regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE recuou 5,0% em relação a maio de 2014.
É verdade que o desemprego já foi muito maior do que é hoje. Em maio de 2003, era 12,9%. O nível de desemprego ainda não pode ser considerado alarmante. Mas a trajetória crescente é desesperadora. Associado a esse problema, vem outra dificuldade, evidente e muito grave. O emprego formal, com carteira assinada, também vem sofrendo queda acentuada. O saldo de geração de empregos formais no ano é negativo. Já foram fechados mais de 278 mil postos de trabalho com carteira assinada de janeiro a maio.
Tudo acontece como o esperado. Mês após mês o desemprego sobe. E é sempre maior que o mesmo mês de 2014. E o rendimento médio real dos trabalhadores nas seis grandes regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE recuou 5,0% em relação a maio de 2014.
É verdade que o desemprego já foi muito maior do que é hoje. Em maio de 2003, era 12,9%. O nível de desemprego ainda não pode ser considerado alarmante. Mas a trajetória crescente é desesperadora. Associado a esse problema, vem outra dificuldade, evidente e muito grave. O emprego formal, com carteira assinada, também vem sofrendo queda acentuada. O saldo de geração de empregos formais no ano é negativo. Já foram fechados mais de 278 mil postos de trabalho com carteira assinada de janeiro a maio.
Círculos viciosos da direita brasileira
Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:
A direita pode gozar, durante um tempo, da sua capacidade de impor uma estabilidade política – baseada na força – e um crescimento econômico, mesmo se com aumento das desigualdades e da exclusão social. O modelo brasileiro serviu de referência para outros países da região, tanto como imposição violenta da ordem, quanto como modelo econômico. O primeiro aspecto se reproduziu em outros países. O segundo não.
Como terminam "as vidas sem valor"
Por Liliana Sanjurjo e Gabriel Feltran, no site Outras Palavras:
"Guerra às drogas", "guerra ao crime", "guerra contra a subversão", "guerra ao terror". Palavras de ordem na contemporaneidade. A lógica guerreira da militarização vem pautando as políticas de segurança nacional e, mais recentemente, as políticas de segurança pública em diversos países do mundo (1). Especialmente no contexto latino-americano, tanto no passado ditatorial recente quanto na presente forma democrática, observa-se como distintos governos, por meio dos sujeitos e instituições que os constituem, colocam em ação enunciados valorativos a fim de justificar, sobretudo moralmente, as políticas estatais de segurança e os atos repressivos perpetrados contra aqueles categorizados como seus “inimigos internos”. A política é a cada dia mais guerreira, a fronteira que define o inimigo é cada vez mais moral e ele está cada vez mais próximo. O conflito precisa ser administrado.
"Guerra às drogas", "guerra ao crime", "guerra contra a subversão", "guerra ao terror". Palavras de ordem na contemporaneidade. A lógica guerreira da militarização vem pautando as políticas de segurança nacional e, mais recentemente, as políticas de segurança pública em diversos países do mundo (1). Especialmente no contexto latino-americano, tanto no passado ditatorial recente quanto na presente forma democrática, observa-se como distintos governos, por meio dos sujeitos e instituições que os constituem, colocam em ação enunciados valorativos a fim de justificar, sobretudo moralmente, as políticas estatais de segurança e os atos repressivos perpetrados contra aqueles categorizados como seus “inimigos internos”. A política é a cada dia mais guerreira, a fronteira que define o inimigo é cada vez mais moral e ele está cada vez mais próximo. O conflito precisa ser administrado.
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