terça-feira, 3 de novembro de 2015

Uma eleição sem alternativas nos EUA

Por Noam Chomski, entrevistado por Abby Martin, no site Outras Palavras:

Durante o longo ano que nos separa de 8 de novembro de 2016, as eleições dos Estados Unidos serão, em todo o mundo, um foco central nos noticiários. Há dois motivos. Desde o fim da II Guerra, Washington procurou apresentar-se como a nação democrática essencial, aquela onde a ideia célebre de Abraham Lincoln – um governo “do povo, pelo povo, para o povo” jamais cederia, podendo, espalhar-se pelo mundo… A segunda razão é negativa. Os EUA sentem-se, desde os fracassos nas guerras contra o Afeganistão e o Iraque, acossados. Há semanas, a Rússia voltou a ter presença geopolítica destacada no Oriente Médio. Do ponto de vista financeiro, a China, principal credor do Tesouro norte-americano, parece disposta a ameaçar a hegemonia global do dólar. Como reagirá a nação que é, ainda, a mais poderosa do planeta?


Mídia envolvida explica timidez da Zelotes

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em entrevista ao 247, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM) fez um alerta sobre a mudança de foco nas investigações da Operação Zelotes, que desde a semana passada investiga um ato do governo Lula - a Medida Provisória 471 -, o ex-ministro Gilberto Carvalho e Luis Claudio Lula da Silva. "Não posso apontar se essa mudança é errada ou não, pois é tarefa da Polícia Federal investigar todos os aspectos de uma investigação, mas acredito ser necessário ter responsabilidade ao se expor empresas ou pessoas físicas sem indícios sólidos", diz a senadora".

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Lula e o sensacionalismo da 'Época'

Por Altamiro Borges

E ainda teve gente - santa inocência! - que acreditou nas bravatas da famiglia Marinho de que a Rede Globo reduziria seu engajamento na ofensiva golpista para "sangrar" Dilma e "matar" Lula. No auge das marchas pelo impeachment e pela volta dos militares ao poder, um dos filhos de Roberto Marinho chegou a declarar que temia a desestabilização na economia e a convulsão política no país e disse que orientarias seus veículos a serem mais cautelosos. Era puro jogo de cena, talvez para abocanhar mais publicidade oficial. Na prática, a cada semana que passa o império global se supera no seu jogo sujo, de difamação e de calúnias. Que o diga a 'Época', que virou uma versão de quinta categoria da 'Veja'.

Ex-pateta critica 'esquerdismo' da Veja

Por Altamiro Borges

Na semana passada, uma "comissão especial" da Câmara Federal aprovou, por 19 votos a 8, graves mudanças no Estatuto do Desarmamento - que desfiguram a própria lei. Entre outros absurdos, o texto - que ainda vai à votação no plenário da Casa e, depois, segue para o Senado - reduz a idade para a compra de armas de 25 para 21 anos; garante ao comprador o direito de usar armas em casa e também no local de trabalho; amplia o prazo para renovação do porte de três para dez anos; dá permissão ao ruralista para andar armado em seus latifúndios; e ainda garante privilégios a deputados e senadores no uso de armamentos. As draconianas alterações, que servem à indústria das armas e aos tarados pela violência, foram criticadas inclusive por setores da mídia privada.

O "código de ética" de Eduardo Cunha

Por Altamiro Borges

Os meninos fascistas de Eduardo Cunha, que bravateiam contra a corrupção, mas adoram tirar selfies com o presidente da Câmara Federal, devem estar alucinados. A situação do seu herói é cada dia mais grave. As provas contra o correntista suíço se acumulam e ele não tem mais como escapar da degola. A única manobra disponível para adiar a sua cassação é a chantagem com o governo e a oposição no embate sobre o processo de impeachment de Dilma - o que deve desnortear os golpistas mirins. Na semana passada, Eduardo Cunha chegou ao cúmulo de segurar a votação do novo Código de Ética da Câmara dos Deputados para adiar o processo da sua própria cassação.  

Jornalista da cocaína falsa é demitido

Por Altamiro Borges

O que era para ser mais uma reportagem sensacionalista contra o governo Dilma acabou virando um vexame e um drama numa emissora afiliada da TV Globo. Na semana passada, a TV Centro América demitiu o repórter Alex Barbosa, que ficou 'famoso' após ser preso, em 12 de outubro, quando tentava simular o tráfico de drogas na fronteira do Brasil com a Bolívia. Ele e mais três funcionários foram detidos pela Polícia Federal transportando 240 quilos de gesso embalados como se fossem pacotes de cocaína, permanecendo presos por quase sete horas na sede do órgão em Cáceres, no Mato Grosso. Agora, segundo informa o jornalista Daniel Castro, do site Notícias da TV, o repórter virou bagaço:

15 mil mulheres nas ruas contra Cunha

Professores da BA debatem crise e mídia

Do site da APLB:

Altamiro Borges - jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e organizador do livro “Para entender e combater a Alca” - foi o primeiro palestrante do Seminário Base Nacional Comum. Muito aplaudido pelo público, Altamiro elogiou a participação dos dirigentes sindicais da capital e do interior, “poderiam estar passeando nesse feriadão”, e alertou que sua palestra teria enfoque na conjuntura. “Sim, porque não está fácil, e quem falar que está, mente, é charlatão”, frisou.

Professores do DF expulsam a TV Globo

Mídia alternativa e liberdade de expressão

Por Pedro Estevam Serrano, no site Carta Maior:

Discutir as relações entre mídia e liberdade de expressão se faz cada vez mais necessário no Brasil, na medida que a desigualdade de direitos entre veículos tradicionais e plataformas menores se acentua. No caso da dita grande imprensa, esse direito é bastante dilatado, ao ponto de ser quase impossível alguém, que se julgue ofendido por algo que ela tenha veiculado, sair vitorioso em um pleito judicial.

Taís Araújo e o racismo que "não existe"

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Há trinta anos, a Lei Caó tornou o racismo crime inafiançável.

O racismo que, segundo Ali Kamel, chefe do jornalismo da Globo, “não existe”.

Ou que só existe, e olhe lá, quando acontece com gente famosa, como a bela e talentosa atriz Taís Araújo.

O que, aliás, não torna menos criminoso o ato.

Cunha é escrachado por jovens em Brasília

Do blog do Levante Popular da Juventude:

Na tarde desta segunda-feira (02), cerca de 400 jovens realizam escracho em frente à casa do presidente da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), localizada na chamada ‘Península dos Ministros’ do Lago Sul, área nobre de Brasília.

O objetivo do ato é denunciar Cunha, investigado por corrupção e principal articulador da ofensiva conservadora contra a classe trabalhadora no país, e pedir sua deposição de presidente da Câmara.

Alta do desemprego é 'desastre anunciado'

Por Bruno Pavan, no jornal Brasil de Fato:

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta quinta-feira (29) que o desemprego no país aumentou ainda mais no último trimestre. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) contínua a taxa chegou a 8,7%, a maior desde o início da série histórica, em 2012.

O número de empregos formais também caiu 3% no trimestre, o que significa 1,09 milhão de vagas a menos. Para o professor de economia da UFRJ João Sicsú, esses números são “um desastre anunciado”. Para ele, uma mudança só virá quando a política de austeridade fiscal for revertida.

Mídia tradicional nega direito de resposta

Por Bia Barbosa, na revista CartaCapital:

Não é fácil admitir que nós, jornalistas, também erramos. E que nosso erro pode fazer muito mal aos outros. Nos bancos das faculdades de comunicação, muito pouco se debate, com profundidade, sobre ética jornalística, sobre a responsabilidade que os meios de comunicação de massa devem ter ao divulgar fatos e dados. Muito menos sobre o direito que o outro, de quem falamos ou escrevemos, tem de ser ouvido e tratado com igual respeito.

Capas de 'Veja' e 'IstoÉ' se completam

Por Renato Rovai, em seu blog:

A revista Veja desta semana traz o ex-presidente Lula em trajes de presidiário.

Não há nada que permita o jornalismo comprometido com o mínimo de seriedade defender esse absurdo.

Lula não é réu. E se fosse, teria direito à defesa.

Tornar quem quer que seja em um presidiário antes de ser condenado é algo que foge completamente a qualquer possibilidade de se estar exercendo a liberdade de imprensa.

Que tipo de crise o Brasil enfrenta?

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

O governo brasileiro é frágil e vem sendo atacado de todos os lados. Questionam seu direito a existir e tratam de impedir que governe. O governo cede, mas continua isolado, golpeado pelos chantagistas no Congresso, objeto do terrorismo midiático que faz do país um inferno e do futuro, uma tragédia.

Todos dizem que querem que o Brasil saia da crise em que inegavelmente vivemos. Uns, sair para voltar ao redil do mercado, da privatização, da subordinação externa, da degradação dos direitos sociais e do mundo do trabalho. Já disseram que o país não cresce "porque o salário mínimo é muito alto". Já anunciaram que gostariam de "reduzir os bancos públicos a quase nada".

Um testemunho veraz por Gilberto Carvalho

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Nem tudo vale nesse mundo. E Jesus morreu também para mostrar que nem tudo vale. Não vale a mentira, não vale a calúnia, não vale a má intenção que fabrica ilações sem fundamento. Hoje parece moeda corrente simplesmente dizer que tudo o que vem do PT ou possui referência a ela, é sinônimo de corrupção, roubalheira e populismo.

Quem elegeu Cunha que embale!

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Confesso que estou perdendo a paciência. E o que me leva a dizer isso nem é o maior dos absurdos que se vê no cenário político, é só mais um. Qual seja, a avalanche de cobranças ao PT para que peça oficialmente a cassação de Eduardo Cunha.

Como assim? O PT?! Por que? Por acaso foi o PT que elegeu Cunha presidente da Câmara?!

Não é Dilma que está em jogo

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Setores da esquerda brasileira afirmam que a defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff depende da mudança de sua política econômica. A estratégia de cabo de esquadra embute a avaliação segundo a qual não é possível defender o seu mandato porque sua política econômica é indefensável.

E aí, como quase sempre, graças à leitura primitiva de antigos catecismos, o esquerdismo se encontra com a direita na oposição à Presidente e por razões distintas joga água no moinho já caudaloso do impeachment do qual, se esse ocorrer, será ao mesmo tempo coadjuvante secundário e vítima a médio prazo.

Bispos denunciam ‘propaganda derrotista’

Do site da Adital:

Os bispos do Brasil apontam dificuldades e oportunidades na atual conjuntura social e política. A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou esta semana uma nota sobre "A realidade sociopolítica brasileira: dificuldades de oportunidades”. O texto foi aprovado pelo Conselho Permanente da instituição, que esteve reunido em Brasília, de 27 a 29 deste mês.