Do site da APLB:
Altamiro Borges - jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e organizador do livro “Para entender e combater a Alca” - foi o primeiro palestrante do Seminário Base Nacional Comum. Muito aplaudido pelo público, Altamiro elogiou a participação dos dirigentes sindicais da capital e do interior, “poderiam estar passeando nesse feriadão”, e alertou que sua palestra teria enfoque na conjuntura. “Sim, porque não está fácil, e quem falar que está, mente, é charlatão”, frisou.
Para ele, o quadro está extremamente complexo e perigoso, mas em todo o mundo. “É uma crise mundial, profunda”, acentua. As mortes de imigrantes que tentam escapar de guerra civil em seus países “podem ser creditadas na conta dos Estados Unidos”, denuncia Altamiro, afirmando que os EUA trocam sangue por petróleo e causam muito mal aos trabalhadores em todo o mundo.
O problema, alerta Altamiro, é que a mídia não só mente, como omite informações importantes para a compreensão geral, e nessa omissão, segundo ele, fica parecendo que a crise é só brasileira. “Há uma manipulação clara, que realça a crise nacional, que existe, mas não tem a dimensão do que estamos vendo nos Estados Unidos e na Europa. Por exemplo, o Brasil está com 8% de desemprego, a Espanha, porém está com um índice de 27%. Os EUA atravessam grave crise em termos de desemprego, mas só se ouve falar na crise do Brasil”, criticou.
Em sua opinião, há hoje uma polarização da sociedade que faz germinar um novo fascismo tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. “O que faz também a direita no Brasil sair do armário”, ilustra.
Ele elogiou o crescimento do Brasil, em termos sociais e educacionais a partir do governo Lula. “A ascensão social incomoda a elite e a classe média. De 2004 para cá foram 19 leis de interesse do trabalhador, inclusive a PEC das domésticas, isto não é pouco”, ressalta. Enquanto as potências capitalistas acabavam com direitos trabalhistas, o Brasil, nesse período criava-as e ampliava a inserção social, afirma Altamiro.
Ele critica o presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, e lembra que o parlamentar tem denúncias de corrupção desde os tempos em que dirigiu a Telerj, no Rio de Janeiro, “mas a mídia omite”. Segundo ele, a grande mídia só fala agora do Eduardo Cunha porque as contas não declaradas do parlamentar, na Suiça, viraram caso internacional.
“Vencemos a eleição presidencial, com dificuldade, mas vencemos, no entanto, perdemos feio a eleição para o Congresso Nacional. Tínhamos uma bancada sindical de 94 deputados, hoje são 45. Houve crescimento das bancadas do armamento; da que explora a fé do povo; dos barões do agronegócio, por isso elegeu-se Eduardo Cunha, por isso Dilma tem que ceder em muitas votações, a fim de manter a governabilidade”, justifica o palestrante.
Ele criticou as operações Lava-Jato e Zelotes, considerando-as com alvos seletivos. Em relação à crise política, Altamiro chama a atenção para que os sindicatos busquem a unidade porque os derrotados na eleição tentam desestabilizar o governo com proposta de impeachment (“eles consideram isto o ideal”) de presidente Dilma Rousseff ou, se essa proposta não for adiante, ou enquadrar a chefe da Nação, que não tem maioria no Congresso Nacional.
Ele cita Engels, ao lembrar ao público que a luta é política, econômica e de ideias. “Temos eleições no próximo ano, vamos à luta, é preciso superar as divergências naturais e buscar a unidade no sindicato. Vamos partir para a luta de ideias e sejamos produtores de notícias, a internet está aí, vamos também construir a Frente Brasil Popular”, sugeriu.
Altamiro Borges - jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e organizador do livro “Para entender e combater a Alca” - foi o primeiro palestrante do Seminário Base Nacional Comum. Muito aplaudido pelo público, Altamiro elogiou a participação dos dirigentes sindicais da capital e do interior, “poderiam estar passeando nesse feriadão”, e alertou que sua palestra teria enfoque na conjuntura. “Sim, porque não está fácil, e quem falar que está, mente, é charlatão”, frisou.
Para ele, o quadro está extremamente complexo e perigoso, mas em todo o mundo. “É uma crise mundial, profunda”, acentua. As mortes de imigrantes que tentam escapar de guerra civil em seus países “podem ser creditadas na conta dos Estados Unidos”, denuncia Altamiro, afirmando que os EUA trocam sangue por petróleo e causam muito mal aos trabalhadores em todo o mundo.
O problema, alerta Altamiro, é que a mídia não só mente, como omite informações importantes para a compreensão geral, e nessa omissão, segundo ele, fica parecendo que a crise é só brasileira. “Há uma manipulação clara, que realça a crise nacional, que existe, mas não tem a dimensão do que estamos vendo nos Estados Unidos e na Europa. Por exemplo, o Brasil está com 8% de desemprego, a Espanha, porém está com um índice de 27%. Os EUA atravessam grave crise em termos de desemprego, mas só se ouve falar na crise do Brasil”, criticou.
Em sua opinião, há hoje uma polarização da sociedade que faz germinar um novo fascismo tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. “O que faz também a direita no Brasil sair do armário”, ilustra.
Ele elogiou o crescimento do Brasil, em termos sociais e educacionais a partir do governo Lula. “A ascensão social incomoda a elite e a classe média. De 2004 para cá foram 19 leis de interesse do trabalhador, inclusive a PEC das domésticas, isto não é pouco”, ressalta. Enquanto as potências capitalistas acabavam com direitos trabalhistas, o Brasil, nesse período criava-as e ampliava a inserção social, afirma Altamiro.
Ele critica o presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, e lembra que o parlamentar tem denúncias de corrupção desde os tempos em que dirigiu a Telerj, no Rio de Janeiro, “mas a mídia omite”. Segundo ele, a grande mídia só fala agora do Eduardo Cunha porque as contas não declaradas do parlamentar, na Suiça, viraram caso internacional.
“Vencemos a eleição presidencial, com dificuldade, mas vencemos, no entanto, perdemos feio a eleição para o Congresso Nacional. Tínhamos uma bancada sindical de 94 deputados, hoje são 45. Houve crescimento das bancadas do armamento; da que explora a fé do povo; dos barões do agronegócio, por isso elegeu-se Eduardo Cunha, por isso Dilma tem que ceder em muitas votações, a fim de manter a governabilidade”, justifica o palestrante.
Ele criticou as operações Lava-Jato e Zelotes, considerando-as com alvos seletivos. Em relação à crise política, Altamiro chama a atenção para que os sindicatos busquem a unidade porque os derrotados na eleição tentam desestabilizar o governo com proposta de impeachment (“eles consideram isto o ideal”) de presidente Dilma Rousseff ou, se essa proposta não for adiante, ou enquadrar a chefe da Nação, que não tem maioria no Congresso Nacional.
Ele cita Engels, ao lembrar ao público que a luta é política, econômica e de ideias. “Temos eleições no próximo ano, vamos à luta, é preciso superar as divergências naturais e buscar a unidade no sindicato. Vamos partir para a luta de ideias e sejamos produtores de notícias, a internet está aí, vamos também construir a Frente Brasil Popular”, sugeriu.
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