sábado, 5 de dezembro de 2015
Direita aposta em truques contra Dilma
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Num país que em 1992 afastou um presidente da República por acusações de corrupção - que mesmo assim foram rejeitadas pelo Supremo - é instrutivo lembrar que a oposição passou o último ano em movimentos de tentativa e erro para tentar encontrar um motivo para afastar Dilma Rousseff do Planalto e nada encontrou.
Em dificuldade para apontar um único ato criminoso contra a presidente - e é sintomático que nada tenha surgido após a gigantesca devassa realizada em vários anos de Lava jato - políticos da oposição, técnicos e ministros do Tribunal de Contas da União acumularam fantasias contábeis e fiascos jurídicos na esperança de criminalizar decisões legítimas de todo governo, cotidianamente desafiado a fazer opções e definir prioridades de caráter político.
Num país que em 1992 afastou um presidente da República por acusações de corrupção - que mesmo assim foram rejeitadas pelo Supremo - é instrutivo lembrar que a oposição passou o último ano em movimentos de tentativa e erro para tentar encontrar um motivo para afastar Dilma Rousseff do Planalto e nada encontrou.
Em dificuldade para apontar um único ato criminoso contra a presidente - e é sintomático que nada tenha surgido após a gigantesca devassa realizada em vários anos de Lava jato - políticos da oposição, técnicos e ministros do Tribunal de Contas da União acumularam fantasias contábeis e fiascos jurídicos na esperança de criminalizar decisões legítimas de todo governo, cotidianamente desafiado a fazer opções e definir prioridades de caráter político.
A face oculta da ‘moderna’ terceirização
Por Barbara Vallejos Vazquez, no site Brasil Debate:
Em entrevista recente sobre o Projeto de Lei nº 30 de 2015, que regulamenta a terceirização sem limites no Brasil e permite a terceirização na atividade fim, Hélio Zylberstajn afirmou que “A Súmula 331 proíbe nossas empresas de evoluir e se transformar em redes produtivas. Condena-as a permanecer no século 20…”
As entidades patronais, que pressionam para uma precipitada aprovação, afirmam que buscam segurança jurídica às empresas que, então, finalmente, poderiam fazer o que mais desejam: “modernizar o mercado de trabalho brasileiro”.
Em entrevista recente sobre o Projeto de Lei nº 30 de 2015, que regulamenta a terceirização sem limites no Brasil e permite a terceirização na atividade fim, Hélio Zylberstajn afirmou que “A Súmula 331 proíbe nossas empresas de evoluir e se transformar em redes produtivas. Condena-as a permanecer no século 20…”
As entidades patronais, que pressionam para uma precipitada aprovação, afirmam que buscam segurança jurídica às empresas que, então, finalmente, poderiam fazer o que mais desejam: “modernizar o mercado de trabalho brasileiro”.
"Líder coxinha" quer que o povo sofra
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O rapazote que é promovido pela mídia como grande ideólogo “coxinha”, Kim Kataguiri, expôs hoje na Folha a desfaçatez típica do pensamento nazistóide, que encara a população como uma massa a ser impiedosamente manobrada como ferramenta de seus interesses políticos.
Ele defendeu – como seus líderes do PSDB fizeram ontem – que os deputados entrem de férias, deixando parado o processo de impeachment, para que, neste tempo “a população (…) possa sentir as consequências da crise”.
O rapazote que é promovido pela mídia como grande ideólogo “coxinha”, Kim Kataguiri, expôs hoje na Folha a desfaçatez típica do pensamento nazistóide, que encara a população como uma massa a ser impiedosamente manobrada como ferramenta de seus interesses políticos.
Ele defendeu – como seus líderes do PSDB fizeram ontem – que os deputados entrem de férias, deixando parado o processo de impeachment, para que, neste tempo “a população (…) possa sentir as consequências da crise”.
As diferenças entre casos Dilma e Collor
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Apesar das inevitáveis comparações, e das noções do senso comum de que o processo de impeachment da presidente Dilma está fadado a terminar como o de Collor, muitas são as diferenças entre os dois casos. Elas sugerem que, hoje, o caso de Dilma está mais para o de Getúlio Vargas, que derrotou um processo de impeachment, do que para o de Collor.
Apesar das inevitáveis comparações, e das noções do senso comum de que o processo de impeachment da presidente Dilma está fadado a terminar como o de Collor, muitas são as diferenças entre os dois casos. Elas sugerem que, hoje, o caso de Dilma está mais para o de Getúlio Vargas, que derrotou um processo de impeachment, do que para o de Collor.
Temer entrará na luta contra o golpe?
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
Segundo a imprensa, o líder do PMDB na Câmara sinalizou que o partido indicará membros pró-governo para a comissão que analisará o impeachment.
Agora falta somente o vice-presidente, Michel Temer, parar de fazer jogo duplo e se posicionar de maneira mais firme contra o golpe.
Vai pegar muito mal para Temer continuar escorregadio como está. Em política, admira-se a coragem e a clareja de propósitos. As lideranças da base todas já se posicionaram duramente contra o impeachment.
Segundo a imprensa, o líder do PMDB na Câmara sinalizou que o partido indicará membros pró-governo para a comissão que analisará o impeachment.
Agora falta somente o vice-presidente, Michel Temer, parar de fazer jogo duplo e se posicionar de maneira mais firme contra o golpe.
Vai pegar muito mal para Temer continuar escorregadio como está. Em política, admira-se a coragem e a clareja de propósitos. As lideranças da base todas já se posicionaram duramente contra o impeachment.
O diretor da Globo e os estudantes de SP
Mais Marinho que um Marinho: Erick Bretas |
Aconteceu o previsível.
No programa de Fátima Bernardes, uma repórter da Globo foi cobrir os protestos da garotada de São Paulo ao vivo.
Foi um embaraço. Mais um.
Assim que os estudantes viram quem estava ali, começaram a gritar: “O povo não é bobo. Abaixo a Rede Globo.”
No programa de Fátima Bernardes, uma repórter da Globo foi cobrir os protestos da garotada de São Paulo ao vivo.
Foi um embaraço. Mais um.
Assim que os estudantes viram quem estava ali, começaram a gritar: “O povo não é bobo. Abaixo a Rede Globo.”
Na Argentina, começa a parte difícil
Por Antonio Luiz M. C. Costa, na revista CartaCapital:
As pesquisas falharam no primeiro turno ao prever uma vantagem ampla ou mesmo a vitória no primeiro turno de Daniel Scioli sobre Mauricio Macri, pois o primeiro teve uma margem bem estreita. E a maioria delas errou de novo no segundo ao prever uma dianteira de 7% a 13% de Macri sobre Scioli, pois o resultado final foi 51,4% a 48,6%, mais apertado que a tão contestada vitória de Dilma Rousseff sobre Aécio Neves (51,6% a 48,4%).
As pesquisas falharam no primeiro turno ao prever uma vantagem ampla ou mesmo a vitória no primeiro turno de Daniel Scioli sobre Mauricio Macri, pois o primeiro teve uma margem bem estreita. E a maioria delas errou de novo no segundo ao prever uma dianteira de 7% a 13% de Macri sobre Scioli, pois o resultado final foi 51,4% a 48,6%, mais apertado que a tão contestada vitória de Dilma Rousseff sobre Aécio Neves (51,6% a 48,4%).
“Guerra nas ruas” desmascara Alckmin
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Com pressa para chegar à TV Record, no final da tarde de quarta-feira, depois de Eduardo Cunha detonar a bomba do impeachment, o transito parou de uma vez: perto da avenida Rebouças, carros de polícia com sirenes ligadas e policiais a pé com armas nas mãos corriam atrás de estudantes em fuga carregando cadeiras em direção à avenida Paulista. Fazia tempo que não me assustava com uma cena como essa, muito comum nos tempos do regime militar.
Com pressa para chegar à TV Record, no final da tarde de quarta-feira, depois de Eduardo Cunha detonar a bomba do impeachment, o transito parou de uma vez: perto da avenida Rebouças, carros de polícia com sirenes ligadas e policiais a pé com armas nas mãos corriam atrás de estudantes em fuga carregando cadeiras em direção à avenida Paulista. Fazia tempo que não me assustava com uma cena como essa, muito comum nos tempos do regime militar.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Crise venezuelana e golpe paraguaio
Por Francisco Fonseca, no site Carta Maior:
A admissão do processo de impeachment da presidente Dilma, formalmente deflagrado em 03 de dezembro é o desfecho esperado de uma conjunção de fatores:
1) A derrota eleitoral do PSDB – a quarta consecutiva, nunca é demais relembrar – e do rentismo deletério que representa, o que vem implicando toda sorte de revanchismo antidemocrático
2) ascensão do carbonário deputado Eduardo Cunha, representante do que há de mais escuso na vida “pública”, com seu séquito do “baixo clero” que tem no Congresso um balcão de negócios;
1) A derrota eleitoral do PSDB – a quarta consecutiva, nunca é demais relembrar – e do rentismo deletério que representa, o que vem implicando toda sorte de revanchismo antidemocrático
2) ascensão do carbonário deputado Eduardo Cunha, representante do que há de mais escuso na vida “pública”, com seu séquito do “baixo clero” que tem no Congresso um balcão de negócios;
Não derrubarão a democracia
Por Jandira Feghali
A crise política e aética que mancha a biografia do presidente da Câmara dos Deputados tenta ser jogada contra Dilma Rousseff. Como uma tentativa de Eduardo Cunha de se salvar das manchetes que expõem denúncias de corrupção contra ele, o mesmo usa o artifício do impeachment para vingar-se do Governo Federal num jogo rasteiro e nada republicano. Uma manobra. Uma chantagem.
Até então, a possibilidade de impeachment foi sendo usada como forma de pressão no Conselho de Ética da Casa que analisava o processo de perda do mandato de Cunha. O presidente da Câmara ameaçava a todo momento deferir o pedido caso não tivesse votos suficientes contra a aprovação da admissibilidade do processo. Por esses e muitos outros fatos que ele perde as condições de presidir a Câmara.
A crise política e aética que mancha a biografia do presidente da Câmara dos Deputados tenta ser jogada contra Dilma Rousseff. Como uma tentativa de Eduardo Cunha de se salvar das manchetes que expõem denúncias de corrupção contra ele, o mesmo usa o artifício do impeachment para vingar-se do Governo Federal num jogo rasteiro e nada republicano. Uma manobra. Uma chantagem.
Até então, a possibilidade de impeachment foi sendo usada como forma de pressão no Conselho de Ética da Casa que analisava o processo de perda do mandato de Cunha. O presidente da Câmara ameaçava a todo momento deferir o pedido caso não tivesse votos suficientes contra a aprovação da admissibilidade do processo. Por esses e muitos outros fatos que ele perde as condições de presidir a Câmara.
Alckmin recua. "Picolé de chuchu" derreteu!
Por Altamiro Borges
Em tom fúnebre, a mídia chapa-branca registrou no início da tarde desta sexta-feira (4): os jovens que ocuparam mais de 200 escolas públicas em São Paulo derrotaram o truculento governador tucano. A brutalidade da tropa de choque da PM, com suas bombas de gás e cassetetes, não conseguiu intimidar os aguerridos alunos. A cumplicidade da imprensa venal, que fez de tudo para ocultar e criminalizar a heróica mobilização, não inibiu o apoio da sociedade. O "picolé de chuchu", tão blindado pela mídia, derreteu. A sua popularidade despencou. Os jovens demonstraram que o melhor caminho é a luta!
Repressão nas ruas e blindagem na mídia
Por Cíntia Alves, no Jornal GGN:
Na noite de terça-feira (1), enquanto a oposição ao governo Dilma Rousseff (PT), liderada pelo PSDB do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, obstruia a pauta de votação, a senadora petista Gleise Hoffmann pediu a palavra para informar que pela primeira vez desde a ditadura militar, uma dirigente estudantil havia sido presa pela Polícia Militar durante um protesto.
Na noite de terça-feira (1), enquanto a oposição ao governo Dilma Rousseff (PT), liderada pelo PSDB do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, obstruia a pauta de votação, a senadora petista Gleise Hoffmann pediu a palavra para informar que pela primeira vez desde a ditadura militar, uma dirigente estudantil havia sido presa pela Polícia Militar durante um protesto.
Um desqualificado ataca uma mulher íntegra
Por Leonardo Boff, em seu blog:
O Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é acusado de graves atos delituosos: de beneficiário do Lava-Jato, de contas não declaradas na Suiça, de mentiras deslavadas como a última numa entrevista coletiva ao declarar que o Deputado André Moura fora levado pelo Chefe da Casa Civil Jacques Wagner a falar com a Presidenta Dilma Rousseff para barganhar a aprovação da CPMF em troca da rejeição da admissibilidade de um processo contra ele no Conselho de Ética.
O Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é acusado de graves atos delituosos: de beneficiário do Lava-Jato, de contas não declaradas na Suiça, de mentiras deslavadas como a última numa entrevista coletiva ao declarar que o Deputado André Moura fora levado pelo Chefe da Casa Civil Jacques Wagner a falar com a Presidenta Dilma Rousseff para barganhar a aprovação da CPMF em troca da rejeição da admissibilidade de um processo contra ele no Conselho de Ética.
'Corra, primo do Serra. A polícia vem aí'
Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:
"Corra, Gregório, corra! Antes que a PF bata na porta!" A frase é uma ironia inspirada em uma realidade gritante, por sua vez extraída da leitura de três documentos públicos – mas ignorados pela mídia tradicional – da Operação Lava Jato.
O primeiro documento, de agosto, é a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quando faz referência a propinas pagas por Júlio Camargo para o fornecimento de sondas para a Petrobras.
O primeiro documento, de agosto, é a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quando faz referência a propinas pagas por Júlio Camargo para o fornecimento de sondas para a Petrobras.
O impeachment é um golpe do PSDB
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:
A decisão de Eduardo Cunha, de dar seguimento a um pedido de impeachment formulado pela oposição, gera imensas dificuldades para o país: cria incerteza na economia, atrasa decisões de investimento, aumenta a probabilidade de que a recessão se aprofunde.
Mas, do ponto de vista estritamente político, a decisão não chega a ser um desastre para Dilma. Por alguns motivos, que passo a listar.
A decisão de Eduardo Cunha, de dar seguimento a um pedido de impeachment formulado pela oposição, gera imensas dificuldades para o país: cria incerteza na economia, atrasa decisões de investimento, aumenta a probabilidade de que a recessão se aprofunde.
Mas, do ponto de vista estritamente político, a decisão não chega a ser um desastre para Dilma. Por alguns motivos, que passo a listar.
Rede e PSOL rejeitam impeachment
Da revista Fórum:
A líder nacional da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, se reuniu na manhã de ontem (3) com parlamentares da Câmara e do Senado para discutir o posicionamento de seu grupo político em relação a um possível impeachment de Dilma Rousseff. A opinião final do partido foi contra o procedimento.
Segundo o deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ), a legenda concluiu que “pelos fatos apresentados até o momento, não se encontram presentes os elementos necessários” para o afastamento da presidenta. “A Rede acredita que a Justiça é o melhor caminho e defende o aprofundamento das investigações e o avanço de todas as ações no Judiciário, livre de chantagens e ameaças”, declarou.
A líder nacional da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, se reuniu na manhã de ontem (3) com parlamentares da Câmara e do Senado para discutir o posicionamento de seu grupo político em relação a um possível impeachment de Dilma Rousseff. A opinião final do partido foi contra o procedimento.
A democracia vencerá os golpistas
Por Adalberto Monteiro, no site Vermelho:
Que legalidade tem um processo de impeachment que nasce pelas mãos imundas de um chantagista, prestes a ter o mandato cassado pelos seus pares ou mesmo preso por decisão do STF?
Não há “guerra” entre Dilma e Cunha, como quer enganar o povo a grande mídia. Uma pessoa honrada não se envolve em luta corporal com canalhas. A admissibilidade do processo de impeachment por Cunha disparou o tiro contra a democracia. Desencadeou, abertamente, uma guerra, essa sim verdadeira, entre democratas e golpistas. Não há meio termo. Ou se está do lado do Estado Democrático de Direito, ou se está do lado do retrocesso, da desmoralização do país enquanto nação, que ao custo de muita luta e muitas vidas, integra o elenco das democracias contemporâneas.
Que legalidade tem um processo de impeachment que nasce pelas mãos imundas de um chantagista, prestes a ter o mandato cassado pelos seus pares ou mesmo preso por decisão do STF?
Não há “guerra” entre Dilma e Cunha, como quer enganar o povo a grande mídia. Uma pessoa honrada não se envolve em luta corporal com canalhas. A admissibilidade do processo de impeachment por Cunha disparou o tiro contra a democracia. Desencadeou, abertamente, uma guerra, essa sim verdadeira, entre democratas e golpistas. Não há meio termo. Ou se está do lado do Estado Democrático de Direito, ou se está do lado do retrocesso, da desmoralização do país enquanto nação, que ao custo de muita luta e muitas vidas, integra o elenco das democracias contemporâneas.
MST repudia tentativa de golpe
Foto: José Cruz/Agência Brasil |
No último período, o país tem vivenciado uma crescente onda conservadora no Congresso Nacional que na figura do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), então presidente da Câmara dos Deputados, tem orquestrado uma série de ações que promovem a retirada de direitos da classe trabalhadora, cuja ofensiva se desembocou na autorização da abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira (02).
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