quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Fórum de Davos e a desigualdade social

Por Flavio Aguiar, de Berlim, na Rede Brasil Atual:

Na quarta-feira (20), começou mais uma edição do Fórum Econômico de Davos, na Suíça. O fórum já teve mais prestígio e proeminência. Mas ainda continua sendo um espaço de importância geo-política e econômica.

No dia 19, o jornalista Graeme Wearden listou no The Guardian oito temas que ele considera chaves para o encontro deste ano (a lista é dele, os comentários são meus):

Dr. Janot, o Aécio era o mais chato!

Vídeo: A entrevista de Lula aos blogueiros

Uma sugestão ao juiz Sérgio Moro

Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:

Meritíssimo:

Depois de uma conversa de mim comigo, cheguei a uma conclusão que julgo útil ao senhor. Faço apenas um comentário, que, a seu juízo, pode desdobrar-se em sugestão. Já que o senhor está tomado pelo sopro de Torquemada (para quem não sabe, como este comentário é público esclareço que trata-se do fanático da inquisição Tomás de Torquemada, o frade da Espanha do fim do século XV nomeado inquisidor-geral pelo papa Inocêncio VIII para perseguir judeus, agiotas, bígamos, homossexuais e bruxas), proponho a criação do Tribunal das Imoralidades Financeiras (TIF).

Um desastre chamado Banco Central

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O dia em que se fizer o inventário da atuação do BC na gestão Alexandre Tombini, provavelmente se terá o retrato de uma das mais desastradas gestões da história pós-estabilização, só superada pela de Gustavo Loyolla e seus 45% de taxa básica ao ano.

Desde o primeiro governo Dilma, avaliações incorretas do BC sobre a economia comprometeram a política econômica e ajudaram a jogar a economia nesse buraco.

Beto Richa vira alvo de Rodrigo Janot

Por Henrique Beirangê, na revista CartaCapital:

O dia 29 de abril de 2015 ficará registrado na história do Paraná como um dos mais tristes e reveladores episódios de como a educação é tratada por governantes no País.

Em frente à Assembleia Legislativa, em Curitiba, cerca de 200 professores foram agredidos por policiais militares quando protestavam contra uma proposta de mudança no sistema de previdência estadual. As imagens de professores ensanguentados correram o mundo.

O austericídio conspira contra Dilma

Por Jeferson Miola, no site Carta Maior:

A agenda do impeachment arrefeceu e perdeu legitimidade no final de 2015. Até mesmo alguns integrantes do PSDB, aqueles que ainda respeitam a democracia e a Constituição – minoritários em meio a uma maioria reacionária –, passaram a defender o distanciamento do partido da agenda golpista.

A ameaça de derrubada da presidente Dilma só foi revertida em dezembro passado. Desde a reeleição em outubro de 2014 – portanto, durante intermináveis 54 semanas –, pela primeira vez o governo conseguiu acumular uma seqüência política positiva: a demissão de Levy do Ministério da Fazenda; a interrupção, pelo STF, do rito ilegal do impeachment engendrado pelo gângster psicopata que preside a Câmara, que, além dessa derrota, tem no encalço o Ministério Público pedindo sua destituição da presidência da Casa; e, especialmente, as mobilizações populares em defesa da democracia.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O jatinho de Campos e a omissão da mídia

Por Altamiro Borges

Nesta semana, a Comissão de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica divulgou o seu relatório final sobre as causas da queda do jatinho, em agosto de 2014, que resultou na triste morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB) e de mais seis integrantes da sua comitiva. Ela concluiu que o cansaço dos pilotos e as condições meteorológicas contribuíram para o acidente. "Não é finalidade nossa identificar a culpa ou a responsabilidade de quaisquer pessoas ou instituições. Nosso trabalho é voltado para prevenção", explicou o brigadeiro Dilton José Schuck, chefe do órgão.

Lula avisa: este ano vai ser diferente

Por Renato Rovai, em seu blog:

Lula não é só a maior liderança política viva do Brasil. É também o maior estrategista de todos os que estão na vida pública atualmente.

A entrevista que concedeu hoje aos blogueiros tem de ser lida e entendida neste contexto. Primeiro, Lula só falou porque queria falar. Segundo, escolheu blogueiros pelos quais tem simpatia porque não queria ser interrompido o tempo todo e nem ser tratado como se estivesse num interrogatório policial.

Unidade na pluralidade no Fórum Social

Por Viviande Fernandes, no jornal Brasil de Fato:

Com maioria de membros da Frente Brasil Popular, a mesa sobre “Democracia e desenvolvimento em tempos de golpismo e crise” ocorreu nesta quarta-feira (20), no Fórum Social Temático, em Porto Alegre (RS). A gravidade da crise e o caminho pela unidade foi o consenso entre os participantes, que, em avaliações distintas, abordaram as tentativas de impeachment e as ações dos setores conservadores.

O melhor da entrevista de Lula aos blogs

Foto: Renato Rovai
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Respondo na hora a quem me perguntar qual foi o ponto mais importante da entrevista de Lula a blogs e sites independentes, que terminou agorinha.

Foi poder falar o que ele quer falar, não o que querem que fale.

Alguém tem dúvida do que seria a “pauta-ditadura” se a coletiva fosse uma “convencional”, só com os jornalistas da grande imprensa?

Lula 2018 está em campo

Fotos: Conceição Oliveira
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Lula deu uma entrevista em seu instituto na manhã de quarta (20), da qual o DCM participou juntamente com outros sites. Durou aproximadamente três horas, durante as quais ele falou da crise, de Lava Jato, de ódio, de processos contra jornalistas, de PT, de corrupção, de Dilma, do passado de metalúrgico, de Corinthians - e de sua candidatura em 2018.

Respondendo ao jornalista Altamiro Borges sobre as próximas eleições presidenciais, repetiu o que tem dito: “Não gostaria que fosse eu o candidato. O Jaques Wagner apareceu como plano B e já tomou tiro”.

Lula: Não permitirei retrocesso social

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Em entrevista coletiva a jornalistas e blogueiros, nesta quarta-feira (20) no Instituto Lula, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou seu compromisso com o país e disse: “Não vou permitir que ninguém destrua o projeto de inclusão social que nós começamos a fazer em janeiro de 2003”.

Para o ex-presidente é isso de fato o que incomoda a elite conservadora. “Eles não vão destruir esse projeto, porque esse povo aprendeu a conquistar coisas. Esse povo aprendeu que pobre não nasceu pobre, ele ficou pobre por conta do sistema que existe nesse país”, enfatizou. E acrescentou: “Embora a gente governe pra todos, nós temos lado! E a gente tem que mostrar que tem lado! Temos que defender a inclusão social”.

Um socialista disputa a Casa Branca

Por Bhaskar Sunkara, no site Outras Palavras:

“Eu não sou um soldado do capitalismo. Eu sou um revolucionário proletário… Eu sou contra todas as guerras, exceto uma”. Foi o que disse o senador Bernie Sanders, em 1979, ao citar, para uma coletânea da Folkways Records, o discurso do famoso candidato presidencial pelo Partido Socialista norte-americano Eugene V. Debs.

A linguagem estava deslocada, em um país prestes a viver a era Reagan, onde até mesmo as mais modestas conquistas do Estado de bem estar social norte-americano estariam sob ameaça. Ainda assim, dois anos depois, Sanders tornou-se o prefeito da maior cidade do estado de Vermont. O Vermont Vanguard Press celebrou a “República Popular de Burlington” com uma edição especial. Sanders pendurou um quadro de Debs em seu novo escritório. O quadro hoje está na parede do seu escritório no Capitólio, o Legislativo dos EUA.

Lula quer discutir saídas para a crise

Foto: Conceição Oliveira
Por Daniella Cambaúva, no site do PT:

Durante entrevista com blogueiros nesta quarta-feira (20), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a geração de emprego e controle da inflação devem ser uma obsessão para o governo da presidenta Dilma Rousseff. Para ele, as soluções são mais políticas do que econômicas, pois dependem de escolhas que o governo precisará fazer. Além disso, o ex-presidente defendeu que essa é a hora do País discutir saídas para a crise.

“O governo tem que ter a responsabilidade de ser o indutor do crescimento”, analisou.

Lula dá entrevista aos blogueiros

Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula
Do site do Instituto Lula:


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um café da manhã com blogueiros na manhã desta quarta-feira (20), em São Paulo, na sede de seu Instituto. Ao longo de cerca de três horas, Lula falou sobre combate à corrupção, a situação econômica do país e suas sugestões para superar a crise, o momento político da presidenta Dilma e do PT, entre outros temas.

Participaram do encontro, que foi transmitido ao vivo pela internet, Altamiro Borges (Blog do Miro), Breno Altman (do Opera Mundi), Conceição Lemes (Viomundo), Conceição Oliveira (Maria Frô), Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania), Gisele Federicce Francisco (Brasil 247), Joaquim Palhares (Agência Carta Maior), Kiko Nogueira (Diário do Centro do Mundo), Laura Capriglione (Jornalistas Livres), Miguel do Rosário (O Cafezinho), Renato Rovai (Revista Fórum).

Kim Kataguiri e o rabo preso da ‘Folha’

Por Altamiro Borges

A estreia na 'Folha' tucana do fascista mirim Kim Kataguiri - também já apelidado carinhosamente de "Kimta Katiguria" - gerou uma onda de indignação na internet. Mas, de fato, não há porque estranhar a nova aquisição do jornalismo nativo. Afinal, o líder do sinistro Movimento Brasil Livre (MBL) e a famiglia Frias têm vários pontos de convergência. Ambos são partidários do receituário neoliberal do desmonte do Estado, da nação e do trabalho. Ambos são golpistas. A Folha apoiou o golpe de 1964, a sanguinária ditadura - batizada por ela de "ditabranda" - e até hoje está metida em conspiratas contra a democracia. Já o "colunista" Kim Kataguiri, famoso por sua vasta obra intelectual, tornou-se o ídolo dos fascistas, velhacos e fedelhos, saudosos das torturas e assassinatos do regime militar.

Jornalista "canalha" pede perdão a Chico

Por Altamiro Borges

O "terrorista chic" João Pedrosa, que se diz jornalista e antiquário, revelou-se um autêntico "canalha" e covarde. Bastou o cantor e compositor Chico Buarque anunciar que abriria um processo contra suas calúnias - ele postou na internet que a família do artista é composta de "canalhas", com "orgulho de ser ladrão" -, para o psicopata recuar rapidamente. Em carta divulgada nesta segunda-feira (18), ele pede desculpas e apela por piedade, temendo a Justiça. "Espero que acredite que meu arrependimento é sincero", choraminga. Chico Buarque, porém, parece que não está disposto a deixar impune a figura patética e exótica, que frequenta as rodas da elite paulistana e destila o seu ódio nas redes sociais.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Porta-voz do golpe vira colunista da Folha

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Para o jornalista Fernando Morais e para Venício Lima, sociólogo e professor aposentado da Universidade de Brasília (UnB), não há nada de surpreendente na opção do jornal Folha de S. Paulo de “adquirir o passe” do ativista de direita Kim Kataguiri para seu time de colunistas, embora o espaço dado ao ativista do Movimento Brasil Livre (MBL) nas páginas do jornal tenha sido recebido por muitos com surpresa.

“O rol de colunistas da Folha está muito mais para lá do que para cá”, ironiza Morais. “Não me espanta. Quando tem Reinaldo Azevedo, (o filósofo) Luiz Felipe Pondé, é natural que chamem um cara como ele (Kataguiri). Não me espanta como não me espantaria se eles chamassem o (também filósofo) Olavo de Carvalho para escrever lá”, diz.

"2015 não existiu para a reforma agrária"

Por Maura Silva, no site do MST:

Um ano em que o governo federal virou as costas para todos aqueles que lutam contra o latifúndio, o agronegócio e os direitos da classe trabalhadora no Brasil. É assim que, Alexandre Conceição, da coordenação nacional do MST, avalia 2015.

Em entrevista para a Página do MST, Conceição fala sobre a escolha de lado do governo Dilma ao travar o processo de desapropriações e demarcações de terra.

Para ele, "o pagamento de juros aos bancos e o superávit primário foram as escolhas do governo Dilma, faltou compromisso com a Reforma Agrária".