segunda-feira, 14 de março de 2016

Sobre os protestos: mais do mesmo!

Foto: Jornalistas Livres
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Pouco importa que, segundo o Datafolha, tenha tido mais gente nessa manifestação de hoje em São Paulo do que no outro “recorde de público”, em março do ano passado. Naquela época, a manchete era que a manifestação na avenida Paulista “só perdeu para as Diretas-Já”. Hoje foi “superou as Diretas-Já”. Sorry, mas não se derruba um governo porque um Estado não se sente representado por ele. Somos uma federação de 26 Estados, além do Distrito Federal. E inegavelmente não existe uma onda tomando o País pelo impeachment de Dilma. Podem espernear e gritar: não há clima no país para derrubar Dilma.

Lava Jato acaba quando Dilma for derrubada

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                      
De cara, informo que sou daqueles que não veem nada, absolutamente nada, de meritório na Operação Lava Jato. Nem mesmo a narrativa segundo a qual a operação tem logrado êxito na recuperação de dinheiro desviado da Petrobras me convence.

Comparado com o estrago que faz na economia brasileira, inibindo investimentos e desempregando dezenas de milhares de trabalhadores, a Lava Jato conseguiu, se é que conseguiu mesmo, restituir uma ninharia aos cofres públicos.

A farofada na praia da Paraty House

Por Renan Antunes, de Paraty, no blog Diário do Centro do Mundo:

Falando em protesto, a segunda farofada contra a grilagem da praia Santa Rita pelos herdeiros do magnata da Globo Roberto Marinho foi pacífica e divertida.

A Marinha não contou o número de participantes e os Marinhos não estavam lá.

Os organizadores usaram o grupo de whatsapp “Rolezinho Santa Rita” para convocar manifestantes, conseguindo lotar a escuna Paraty Ser Feliz.

Manifestação amplia a pressão sobre Dilma

Da revista CartaCapital:

A impressionante manifestação realizada no domingo 13, que reuniu 500 mil pessoas em São Paulo segundo o Datafolha e centenas de milhares em outras cidades, de acordo com levantamentos da Polícia Militar, aumentou a pressão sobre o governo Dilma Rousseff e sobre o PT. Não por conta apenas da grande concentração de pessoas, mas pelo contexto em que os protestos se deram.

Desde que foi reeleita, Dilma enfrentou outras quatro manifestações, nenhuma tão grande quanto essa, é verdade, mas desta vez ela e seu governo parecem cada vez mais isolados, com dificuldades de responder à ofensiva oposicionista – e também dos aliados que aparentam estar desembarcando de seu governo.

Lula: Inocente ou culpado?

Por Guilherme Mello, no site Brasil Debate:

O ex-presidente Lula tem sido alvo de uma série de acusações, amplamente difundidas na imprensa e oriundas de autoridades do judiciário. Em todos os casos, há um questionamento acerca das relações que Lula manteve com as grandes empreiteiras brasileiras após sua saída da Presidência da República.

As acusações visam a demonstrar que Lula recebe propina sob diversas formas com o objetivo de beneficiar as empreiteiras, se tornando um homem rico ao praticar atos de corrupção. Tirando aqueles que, por qualquer motivo, já têm sua opinião formada previamente, a questão que fica na cabeça de muitas pessoas é: Será Lula inocente ou culpado das acusações?

Grito na Paulista “Fora Aécio, vagabundo”

Do blog Viomundo:

Antes, era um sorriso só dentro da van.

O presidente do PSDB, Aécio Neves, ao lado do governador Geraldo Alckmin, tendo como escudeiro o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, fiel aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Mais tarde eles se juntariam ao presidente do Democratas, Agripino Maia.

Só entre os que acabamos de citar há numerosos escândalos: lista de Furnas, Lava Jato, propina da OAS, do Detran do Rio Grande do Norte, escândalo da merenda…

Pouco depois da chegada ao destino, as feições rapidamente mudaram.



Mídia usa atos para insuflar golpe final

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Após os atos deste domingo (13) convocados por movimentos ligados à direita conservadora, a mídia uniformizou o discurso para dizer que “a megamanifestação” emparedou o governo da presidenta Dilma Rousseff.

Assim como fez durante toda a semana, a imprensa insuflou as manifestações buscando dar um caráter de um apoio unânime da população contra o governo.

Lula e o ministério da repactuação nacional

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Duas tentativas seguidas de prender Lula em um intervalo de menos de uma semana (Moro, em 04-03; Conserino, em 10-03).

Invasão de uma plenária do PT no Sindicato dos Metalúrgicos de Diadema nesta 6ª feira, 11/03, por destacamento da PM fortemente armado.

Ataques com pixações na sede da UNE e do PCdoB, faixas de apoio a Lula queimadas no Rio.

Onde estavam os negros na Paulista?

Por Maria Carolina Trevisan, no site dos Jornalistas Livres:

Entre as milhares de pessoas que invadiram a avenida Paulista neste domingo (13/3), quase não havia negros. Assim como aconteceu há um ano, a grande maioria dos negros que foram ao coração de São Paulo – e a outras capitais brasileiras – estava trabalhando. Eram babás ou ambulantes (ou policiais militares). Esse quadro trata de reproduzir a posição subalterna dessa parcela da sociedade brasileira, desde a escravidão até hoje.

"Vagabundo". Aécio engole seu veneno!

Por Altamiro Borges

O cambaleante Aécio Neves vai dormir de ressaca na noite deste domingo. Ele imaginava que seria o grande herói das marchas golpistas, que derrubariam Dilma e o levariam, inevitavelmente, ao Palácio do Planalto. O tucano não esperava, porém, ser xingado de "vagabundo", "oportunista", "corrupto" e outros palavrões quando chegou, acompanhado pelo governador Geraldo Alckmin e por outros falsos moralistas, na Avenida Paulista. A comitiva teve que deixar o local às pressas, temendo agressões. A mídia chapa-branca até tentou ofuscar a cena constrangedora, mas Aécio Neves sentiu na pele o ódio dos fanáticos que ele mesmo ajudou a chocar!

domingo, 13 de março de 2016

Habib's causa diarreia golpista

Por Altamiro Borges

A rede de fast food Habib's, que possui 430 lojas no país e mais de 22 mil funcionários, revelou toda a falta de caráter da burguesia. No período da bonança econômica, ela cresceu e elevou seus lucros. Mesmo rejeitando o governo Lula por razões de classe, ela evitou fazer terrorismo político. Agora, com o agravamento da crise, ela escancara o seu ódio e aposta na cruzada golpista. Na véspera das marchas desde domingo, a empresa lançou a campanha "Fome de Mudança" de apoio explícito ao impeachment de Dilma. Suas unidades foram decoradas com as cores verde e amarela e distribuíram brindes para os clientes. Em comunicado oficial, o Habib's convocou os "homens e mulheres que possam fazer a diferença". Uma mistura de ativismo político e oportunismo comercial!

A foto símbolo do protesto dos coxinhas


As imagens das marchas golpistas

 Av. Paulista



Marta Suplicy é expulsa da Paulista

Por Altamiro Borges

A traição pode custar muito caro para a senadora Marta Suplicy. Segundo matéria do site HuffPost, a pré-candidata do PMDB à prefeitura de São Paulo foi duramente hostilizada na marcha golpista deste domingo (13). "A parlamentar foi praticamente expulsa quando concedia uma entrevista na Avenida Paulista, em frente à sede da Federação das Indústrias de São Paulo. Ela foi alvo de gritos como 'vira casaca', 'fora PT' e 'perua'. Por isso, ela teve que retornar ao edifício da Fiesp, que é presidida por seu companheiro de partido, Paulo Skaf". 

Moro e militares na tela da Globo

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O esquenta para as marchas golpistas começou nas páginas dos jornais paulistas. No decadente Estadão, um editorial mais violento do que o de 1964 criticava neste domingo os petistas, definidos como “quase marginais”, chamou sindicalistas de “turma de boas-vidas” e disse que seguidores de Lula são “desesperados” que atuam contra “a maioria de brasileiros honestos”.

A cronologia do golpismo no Brasil

Manifestação em S. José do Rio Preto, interior de São Paulo, apoia sonegação:
o mundo peculiar dominado pelo pensamento das elites
Da Rede Brasil Atual:

Neste domingo (13), os movimentos contra o governo, o ex-presidente Lula, o Partido dos Trabalhadores e os avanços sociais voltam às ruas, com apoio da grande mídia, e inflados pelos atos da Polícia Federal e do Ministério Público no últimos dias.

Em 4 de março (sexta-feira), Lula foi conduzido coercitivamente para depoimento na Polícia Federal, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Na quinta-feira (10), foi a vez do Ministério Público do Estado de São Paulo detalhar denúncia contra o ex-presidente, pedindo sua prisão preventiva.

Impeachment de Dilma: a pauta oculta

Bolsonaro em Brasília, 13/3/16
Por Cristina Fróes de Borja Reis, Tatiana Berringer e Maria Caramez Carlotto, no site Outras Palavras:

A condução coercitiva do ex-presidente Lula em 4 de março foi, até o momento, o episódio mais grave da atual crise econômica e política no Brasil. A crise nos coloca diante de uma ameaça, diretamente ligada à correlação de forças existente na sociedade: os interesses do grande capital financeiro, há muito questionados, podem retomar completamente o controle do jogo.

A direita está na rua. Cadê o povo?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Seja ou não com o estímulo de uma UDN de toga e de uma massa de propaganda midiática jamais vista, o fato é que a a classe média, tão acariciada pelos governos petistas, destila seu ódio nas ruas.

Não é novidade e os prédios de Copacabana já envergaram faixas iguais em 1964.

A Globo é vítima da própria loucura!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

A edição desse jornal nacional que vai merecer o direito de resposta do Lula é o ponto culminante de uma politica editorial de confrontação.

É a declaração de guerra que faltava!

É o climax de política irreversível: derrubar a Dilma e prender o Lula.

Apelo a Lula: assuma um ministério!

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Caro amigo-irmão Lula

Escrevo-lhe sob a premência da situação política atual e a pedido de muitos amigos comuns. Direi poucas palavras.

Há o risco de que as conquistas sociais conseguidas para os mais vulneráveis de nosso país, graças a suas políticas de inclusão social produtiva, sejam anuladas e se percam. O projeto da macroeconomia global sob a pressão dos grupos neoliberais nacionais e internacionais, pode levar ao poder aqueles para os quais as grandes maiorias são peso morto da história e para às quais há apenas políticas pobres para os pobres. Esse projeto social do PT, de seus aliados e também da Igreja da libertação que encontra apoio no amor aos pobres do Papa Francisco, tem que ser salvo como ponto de honra, como imperativo ético e como sentido da mais alta humanidade.