Manipulados pela imprensa golpista, alguns "midiotas" buzinaram seus automóveis e bateram panelas ao tomarem conhecimento do resultado da votação do Senado na manhã desta quinta-feira (12), que aprovou - por 55 votos a favor e 22 contra - o afastamento temporário da presidenta Dilma Rousseff. Muitos dos que festejam hoje, porém, deverão estar se lamentando nas próximas semanas ou meses. É que eles rapidamente perceberão que o golpe não visou apenas estuprar a frágil democracia nativa. O seu maior objetivo é promover um brutal retrocesso no Brasil, impondo um novo projeto de nação com menos direitos para os trabalhadores e para os setores médios da sociedade.
quinta-feira, 12 de maio de 2016
Muitos que festejam hoje vão chorar amanhã
Manipulados pela imprensa golpista, alguns "midiotas" buzinaram seus automóveis e bateram panelas ao tomarem conhecimento do resultado da votação do Senado na manhã desta quinta-feira (12), que aprovou - por 55 votos a favor e 22 contra - o afastamento temporário da presidenta Dilma Rousseff. Muitos dos que festejam hoje, porém, deverão estar se lamentando nas próximas semanas ou meses. É que eles rapidamente perceberão que o golpe não visou apenas estuprar a frágil democracia nativa. O seu maior objetivo é promover um brutal retrocesso no Brasil, impondo um novo projeto de nação com menos direitos para os trabalhadores e para os setores médios da sociedade.
quarta-feira, 11 de maio de 2016
Vai ter luta: Manifesto à nação
Do site do Fórum-21:
Há anos as elites conservadoras acalentam isso que agora estão prestes a impor à nação brasileira: um golpe de Estado para implantar a plena vigência do projeto conservador excludente que as urnas rejeitam desde 2002 e a Constituinte de 1988 rechaçou, então, a contrapelo da ascensão neoliberal no mundo.
O que se planeja, à revelia do escrutínio popular, encerra danos duradouros e representa o almejado repto dos mercados à Constituição Cidadã, nunca digerida pelas elites econômicas locais e internacionais.
Há anos as elites conservadoras acalentam isso que agora estão prestes a impor à nação brasileira: um golpe de Estado para implantar a plena vigência do projeto conservador excludente que as urnas rejeitam desde 2002 e a Constituinte de 1988 rechaçou, então, a contrapelo da ascensão neoliberal no mundo.
O que se planeja, à revelia do escrutínio popular, encerra danos duradouros e representa o almejado repto dos mercados à Constituição Cidadã, nunca digerida pelas elites econômicas locais e internacionais.
A conexão internacional do golpe no Brasil
Por Pedro Marin, no site Outras Palavras:
Auditórios cheios, carros de som, escritórios. Organizações como Instituto Millenium, Movimento Brasil Livre (MBL), Instituto Liberal, Instituto Ludwig Von Mises e Estudantes Pela Liberdade, como num passe de mágica, emergiram no cenário político brasileiro, publicando livros e realizando manifestações com enormes estruturas, treinamentos e palestras – um processo que encontrou terreno fértil no país, devido à crise mundial e à Operação Lava Jato.
Auditórios cheios, carros de som, escritórios. Organizações como Instituto Millenium, Movimento Brasil Livre (MBL), Instituto Liberal, Instituto Ludwig Von Mises e Estudantes Pela Liberdade, como num passe de mágica, emergiram no cenário político brasileiro, publicando livros e realizando manifestações com enormes estruturas, treinamentos e palestras – um processo que encontrou terreno fértil no país, devido à crise mundial e à Operação Lava Jato.
Golpe coincide com ofensiva empresarial
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
O poder nem mudou de mãos, mas líderes empresariais já manifestam intenções que apontam para a chamada flexibilização de direitos ou abandono de políticas de proteção. Um exemplo ocorre neste momento no ABC paulista, onde montadoras declararam quase ao mesmo que não pretendem prorrogar a adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), criado no segundo mandato do governo Dilma, e que desde o ano passado tem conseguido preservar postos de trabalho. Cauteloso, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Rafael Marques, vê indícios de "mudança de comportamento" das empresas. "O governo muda e a agenda muda", diz, com preocupação. "Isso pode encorajar as empresas a tomar medidas mais drásticas."
Papa Francisco é contra o golpe
Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:
O Conversa Afiada entrevistou, por telefone, nessa terça-feira, 10/maio, João Pedro Stedile, líder do MST, que realizou protestos contra o golpe, hoje, em todo o país.
Stedile descreve a audiência que promoveu com o Papa Francisco I para tratar do golpe e a critica do Papa a esse golpe das “forças do capital”, na expressão dele.
Ele descreve as quatro propostas políticas que os movimentos populares avaliam para o que fazer depois do golpe.
Stedile descreve a audiência que promoveu com o Papa Francisco I para tratar do golpe e a critica do Papa a esse golpe das “forças do capital”, na expressão dele.
Ele descreve as quatro propostas políticas que os movimentos populares avaliam para o que fazer depois do golpe.
A história golpeada do Brasil
Por Douglas Belchior, em seu blog:
Vivia em harmonia com a natureza.
Água limpa, comida boa, ar puro.
Cara-pálidas chegaram. Invadiram. Estupraram e mataram nosso povo. Um duro golpe.
Vivia em minha terra, tribo, reino, do outro lado do atlântico.
Homens brancos armados com cruzes tomaram nosso povo e nos escravizaram por quase 400 anos. O maior de todos os golpes.
Vivia em harmonia com a natureza.
Água limpa, comida boa, ar puro.
Cara-pálidas chegaram. Invadiram. Estupraram e mataram nosso povo. Um duro golpe.
Vivia em minha terra, tribo, reino, do outro lado do atlântico.
Homens brancos armados com cruzes tomaram nosso povo e nos escravizaram por quase 400 anos. O maior de todos os golpes.
O PT sem o PT. O dia com utopia
Por Glauber Piva
1. Parte do PT acabou. Uma parte importante, vistosa e vitoriosa do PT está sendo mandada de volta para casa. Podemos denunciar o caráter golpista dessa derrota, apontar as injustiças no comportamento da mídia e do judiciário, a ilegitimidade dos parlamentares que votaram contra Dilma ou denunciar às Cortes Internacionais o arranjo antidemocrático que sustentará o governo Temer. Isso tudo, ainda que correto, não anulará o fato de que parte do PT acabou.
2. O petismo vai olhar para traz com um misto de saudades e desgosto - talvez toda a esquerda brasileira já sinta saudades do que o PT representou para a política. Ainda assim, os petistas e seus amigos carregarão nos próprios braços a esperança de que o PT poderá renascer como alternativa de esquerda, legítima e confiável para a reconstrução do Brasil, das bandeiras progressistas e de uma política que combata a desigualdade história que nos habita.
1. Parte do PT acabou. Uma parte importante, vistosa e vitoriosa do PT está sendo mandada de volta para casa. Podemos denunciar o caráter golpista dessa derrota, apontar as injustiças no comportamento da mídia e do judiciário, a ilegitimidade dos parlamentares que votaram contra Dilma ou denunciar às Cortes Internacionais o arranjo antidemocrático que sustentará o governo Temer. Isso tudo, ainda que correto, não anulará o fato de que parte do PT acabou.
2. O petismo vai olhar para traz com um misto de saudades e desgosto - talvez toda a esquerda brasileira já sinta saudades do que o PT representou para a política. Ainda assim, os petistas e seus amigos carregarão nos próprios braços a esperança de que o PT poderá renascer como alternativa de esquerda, legítima e confiável para a reconstrução do Brasil, das bandeiras progressistas e de uma política que combata a desigualdade história que nos habita.
O erro duradouro de Renan
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
O presidente do Senado Renan Calheiros cometeu um erro gigantesco, na tarde de ontem, ao se recusar a devolver o processo de impeachment de Dilma Rousseff para a Câmara de Deputados, onde deveria ser examinado e julgado mais uma vez.
Você sabe a história.
Ao encaminhar a decisão numa jornada deprimente o notório Eduardo Cunha - que sequer teria presidido a votação caso o STF tivesse tomado a decisão de afastá-lo da presidência em qualquer um dos 141 dias que teve para isso - não respeitou a regra constitucional de assegurar a cada parlamentar o direito de votar unicamente conforme a própria consciência, sem ser pressionado pelo partido nem por suas lideranças. Não é filigrana jurídica. Nem chicana.
O presidente do Senado Renan Calheiros cometeu um erro gigantesco, na tarde de ontem, ao se recusar a devolver o processo de impeachment de Dilma Rousseff para a Câmara de Deputados, onde deveria ser examinado e julgado mais uma vez.
Você sabe a história.
Ao encaminhar a decisão numa jornada deprimente o notório Eduardo Cunha - que sequer teria presidido a votação caso o STF tivesse tomado a decisão de afastá-lo da presidência em qualquer um dos 141 dias que teve para isso - não respeitou a regra constitucional de assegurar a cada parlamentar o direito de votar unicamente conforme a própria consciência, sem ser pressionado pelo partido nem por suas lideranças. Não é filigrana jurídica. Nem chicana.
O Brasil não acaba nesta quarta-feira…
Por Renato Rovai, em seu blog:
A não ser que algo absolutamente tsunâmico venha a acontecer Dilma será afastada hoje do cargo de presidenta da República e será substituída pelo golpista Michel Temer. Será o fim de mais um episódio da série Brasil, mas não o fim dessa história.
Já na quinta feira começa um novo episódio, cujo título não será Golpe e Conspiração, mas que contará o destino de um governo ilegítimo, que terá de compor com o que há de pior na política brasileira e que enfrentará uma resistência cidadã que tende a crescer de maneira digital e não analógica.
A não ser que algo absolutamente tsunâmico venha a acontecer Dilma será afastada hoje do cargo de presidenta da República e será substituída pelo golpista Michel Temer. Será o fim de mais um episódio da série Brasil, mas não o fim dessa história.
Já na quinta feira começa um novo episódio, cujo título não será Golpe e Conspiração, mas que contará o destino de um governo ilegítimo, que terá de compor com o que há de pior na política brasileira e que enfrentará uma resistência cidadã que tende a crescer de maneira digital e não analógica.
Carta para a juventude de 1964 e a de hoje
Por Carina Vitral, no site da UNE:
O dia 1º de abril de 1964 ficou marcado pelo início da ditadura militar que mergulhou o Brasil no obscurantismo por duas décadas. O símbolo desse momento foi o incêndio da sede da UNE na praia do Flamengo, no Rio.
Apenas agora, 52 anos depois, a UNE está prestes a reinaugurar sua sede e espera, junto com ela, manter viva a memória da mocidade que entregou a vida à causa democrática em nosso país. Ninguém foi mais perseguido e torturado pela ditadura do que a mocidade que se levantou contra o golpe.
O dia 1º de abril de 1964 ficou marcado pelo início da ditadura militar que mergulhou o Brasil no obscurantismo por duas décadas. O símbolo desse momento foi o incêndio da sede da UNE na praia do Flamengo, no Rio.
Apenas agora, 52 anos depois, a UNE está prestes a reinaugurar sua sede e espera, junto com ela, manter viva a memória da mocidade que entregou a vida à causa democrática em nosso país. Ninguém foi mais perseguido e torturado pela ditadura do que a mocidade que se levantou contra o golpe.
Os 180 dias que abalarão o Brasil
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:
O angu golpista borbulha mas não dá ponto.
O alarido policial-midiático (uma extensão um do outro) difunde ilusões de consenso que embriagam o ambiente conservador.
A realidade do golpe, porém, é diferente da propaganda, como ficou nítido nesta 2ª feira, quando o novo presidente da Câmara anulou a sessão que votou o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff. O apavoramento que o episódio gerou no golpismo evidencia o medo do que se seguiu: qualquer faísca de esperança levanta o país.
O angu golpista borbulha mas não dá ponto.
O alarido policial-midiático (uma extensão um do outro) difunde ilusões de consenso que embriagam o ambiente conservador.
A realidade do golpe, porém, é diferente da propaganda, como ficou nítido nesta 2ª feira, quando o novo presidente da Câmara anulou a sessão que votou o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff. O apavoramento que o episódio gerou no golpismo evidencia o medo do que se seguiu: qualquer faísca de esperança levanta o país.
Impeachment está desmoralizado de vez
Editorial do site Vermelho:
A hipocrisia golpista foi novamente desmascarada nesta segunda-feira (9) depois da decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, de suspender a sessão vergonhosa do dia 17 de abril, que aceitou a admissibilidade do impeachment da presidenta da República. Mesmo tendo voltado atrás um dia depois, nesta terça-feira (10), quando revogou aquela decisão, a máscara do golpe havia caído irremediavelmente.
A hipocrisia golpista foi novamente desmascarada nesta segunda-feira (9) depois da decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, de suspender a sessão vergonhosa do dia 17 de abril, que aceitou a admissibilidade do impeachment da presidenta da República. Mesmo tendo voltado atrás um dia depois, nesta terça-feira (10), quando revogou aquela decisão, a máscara do golpe havia caído irremediavelmente.
Hora de caça nos tristes trópicos
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Não é por improbidade, não é por ter cometido um grave crime de responsabilidade e nem mesmo por ter praticado os deslizes contábeis de que é acusada que a presidente Dilma deve ser deposta hoje por um golpe parlamentar. O que Dilma, Lula, o PT e forças da esquerda vão perder hoje é uma “guerra de facções”, como diz o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa evocando Alexander Hamilton, um dos pais da Constituição norte-americana que gerou a figura do impeachment como remédio para anomalias extremas do presidencialismo. Adversários de sempre e aliados de ontem, ressentidos, bandidos e oportunistas, uniram-se numa poderosa facção majoritária no Congresso para sepultar o ciclo de governistas petistas. “O ciclo do PT tem que acabar”, já bradava Aécio Neves em 2013.
Não é por improbidade, não é por ter cometido um grave crime de responsabilidade e nem mesmo por ter praticado os deslizes contábeis de que é acusada que a presidente Dilma deve ser deposta hoje por um golpe parlamentar. O que Dilma, Lula, o PT e forças da esquerda vão perder hoje é uma “guerra de facções”, como diz o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa evocando Alexander Hamilton, um dos pais da Constituição norte-americana que gerou a figura do impeachment como remédio para anomalias extremas do presidencialismo. Adversários de sempre e aliados de ontem, ressentidos, bandidos e oportunistas, uniram-se numa poderosa facção majoritária no Congresso para sepultar o ciclo de governistas petistas. “O ciclo do PT tem que acabar”, já bradava Aécio Neves em 2013.
O golpe, a resistência e as esquerdas
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:
Está claro que o governo golpista de Michel Temer começa frágil. Primeiro, porque os personagens que o cercam têm imagem péssima e capivaras gigantes na Justiça. E, em segundo lugar, porque o vice golpista colocará em ação um plano ultra-liberal, na linha do adotado por Macri na Argentina; só que fará isso sem ter recebido o aval das urnas.
Esse plano provocará desarranjo social, instabilidade, fragilizará os trabalhadores e os mais pobres. Já sabemos disso. Mas o povo que assiste a tudo, desconfiado, ainda não se deu conta.
Está claro que o governo golpista de Michel Temer começa frágil. Primeiro, porque os personagens que o cercam têm imagem péssima e capivaras gigantes na Justiça. E, em segundo lugar, porque o vice golpista colocará em ação um plano ultra-liberal, na linha do adotado por Macri na Argentina; só que fará isso sem ter recebido o aval das urnas.
Esse plano provocará desarranjo social, instabilidade, fragilizará os trabalhadores e os mais pobres. Já sabemos disso. Mas o povo que assiste a tudo, desconfiado, ainda não se deu conta.
terça-feira, 10 de maio de 2016
Protestos contra golpe agitam o país
Barricada em Nova Santa Rita (RS) / Comunicação MST |
Organizado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ações e mobilizações foram realizadas em, ao menos, 15 estados brasileiros na manhã desta terça-feira (10), “Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Democracia e dos Direitos Trabalhistas". Os atos incluíram manifestações de rua, bloqueio de vias e paralisações em escolas, faculdades e empresas. As organizações que articulam as atividades afirmam que os protestos indicam a disposição de resistência da classe trabalhadora contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e a um possível governo do então vice-presidente Michel Temer.
As duras lições da mídia e do golpe
Foto: Felipe Bianchi/Barão de Itararé |
A hora é de resistência, mas é inevitável a crítica a Dilma Roussef e ao governo pela falta de diálogo com as classes populares e, principalmente, por não ter enfrentado a discussão sobre a regulação e a democratização da comunicação. A avaliação é do jornalista e blogueiro Paulo Henrique Amorim, que participou de debate sobre mídia e subjetividade, na noite desta segunda-feira (9), em São Paulo.
A atividade, parte do Ciclo de Debates Que Brasil é Este?, promovido por parceria entre Barão de Itararé e Fundação Escola de Sociologia e Política (FESPSP), também contou com a presença da jornalista Renata Mielli. “Os grandes grupos de comunicação tem muita influência na formação da consciência da população brasileira”, afirma Mielli, “ e por isso é fundamental que haja democracia e diversidade no setor”.
Senado é verdugo a mando de Cunha
Por Marcelo Zero
O presidente Waldir Maranhão, o Consistente, deu ao Senado uma breve oportunidade de ouro: jogar na lata de lixo a vexaminosa sessão da Câmara do dia 17 de abril.
Teria sido o lugar apropriado para o circo de horrores. Afinal, aquela foi uma sessão que envergonhou o Brasil perante o mundo. A sessão que Miguel Souza Tavares definiu bem como a “assembleia geral de bandidos presidida por um bandido”.
O Senado, no entanto, resolveu simplesmente desconhecer a decisão da outra Casa Legislativa. Não concordou ou discordou. Desconheceu. Ignorou. Fez de conta de que nada tinha acontecido. Poderia, ao menos, ter esperado por uma decisão definitiva da Câmara Baixa, quer por pronunciamento de sua CCJ ou de seu plenário. Ou ainda ter esperado pela insopitável e ágil incoerência daquele presidente. Não. Preferiu manter, por decisão monocrática de seu presidente, criticando a decisão monocrática do outro presidente, a “assembleia geral de bandidos”.
O presidente Waldir Maranhão, o Consistente, deu ao Senado uma breve oportunidade de ouro: jogar na lata de lixo a vexaminosa sessão da Câmara do dia 17 de abril.
Teria sido o lugar apropriado para o circo de horrores. Afinal, aquela foi uma sessão que envergonhou o Brasil perante o mundo. A sessão que Miguel Souza Tavares definiu bem como a “assembleia geral de bandidos presidida por um bandido”.
O Senado, no entanto, resolveu simplesmente desconhecer a decisão da outra Casa Legislativa. Não concordou ou discordou. Desconheceu. Ignorou. Fez de conta de que nada tinha acontecido. Poderia, ao menos, ter esperado por uma decisão definitiva da Câmara Baixa, quer por pronunciamento de sua CCJ ou de seu plenário. Ou ainda ter esperado pela insopitável e ágil incoerência daquele presidente. Não. Preferiu manter, por decisão monocrática de seu presidente, criticando a decisão monocrática do outro presidente, a “assembleia geral de bandidos”.
Não é só pela merenda escolar
Por Marsílea Gombata, na revista CartaCapital:
Um kit com bebida láctea, um pacote com cinco biscoitos, barra de cereal ou bolinho. A chamada merenda seca oferece 300 calorias que o governo de São Paulo acreditava ser suficiente para resolver um problema de alunos de 75 escolas técnicas do estado de São Paulo sem refeições nas instituições de ensino. Antes da segunda-feira, 2, a situação era ainda pior: alunos de 15 unidades recebiam absolutamente nada. Relutantes em aceitar migalhas, os secundaristas pressionam o governo de Geraldo Alckmin e exigem almoço de qualidade.
Um kit com bebida láctea, um pacote com cinco biscoitos, barra de cereal ou bolinho. A chamada merenda seca oferece 300 calorias que o governo de São Paulo acreditava ser suficiente para resolver um problema de alunos de 75 escolas técnicas do estado de São Paulo sem refeições nas instituições de ensino. Antes da segunda-feira, 2, a situação era ainda pior: alunos de 15 unidades recebiam absolutamente nada. Relutantes em aceitar migalhas, os secundaristas pressionam o governo de Geraldo Alckmin e exigem almoço de qualidade.
Renan se ajoelhou diante da plutocracia
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Disse uma vez que a única diferença entre o circo da Câmara e o circo do Senado é que o circo da Câmara tem mais palhaços.
Isso ficou claro mais uma vez hoje na sessão do Senado em que Renan Calheiros atropelou o presidente interino da Câmara Waldir Maranhão. Maranhão decidira anular a sessão esdrúxula em que, sob o comando de Cunha, os deputados federais aprovaram o impeachment.
Na prática, Renan se ajoelhou diante da plutocracia. A Globo pressionou e intimidou, como sempre faz quando seus interesses podem ser contrariados.
Disse uma vez que a única diferença entre o circo da Câmara e o circo do Senado é que o circo da Câmara tem mais palhaços.
Isso ficou claro mais uma vez hoje na sessão do Senado em que Renan Calheiros atropelou o presidente interino da Câmara Waldir Maranhão. Maranhão decidira anular a sessão esdrúxula em que, sob o comando de Cunha, os deputados federais aprovaram o impeachment.
Na prática, Renan se ajoelhou diante da plutocracia. A Globo pressionou e intimidou, como sempre faz quando seus interesses podem ser contrariados.
Detenção de Guido Mantega é só "aperitivo"
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Numa ação despropositada, tomada contra alguém que não se recusa a depor, que não foi sequer intimado a isso e que não tem poder de interferir em nada nas investigações, a Polícia Federal levou, esta manhã, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para prestar depoimento forçado.
É a nova fase do que agora se chama “Justiça” no Brasil: primeiro humilha-se a pessoa, depois se arranja alguma suposição ou um delator bem encrencado e…pronto: salta aí uma condenação para um petista.
Numa ação despropositada, tomada contra alguém que não se recusa a depor, que não foi sequer intimado a isso e que não tem poder de interferir em nada nas investigações, a Polícia Federal levou, esta manhã, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para prestar depoimento forçado.
É a nova fase do que agora se chama “Justiça” no Brasil: primeiro humilha-se a pessoa, depois se arranja alguma suposição ou um delator bem encrencado e…pronto: salta aí uma condenação para um petista.
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