domingo, 24 de julho de 2016

A hipótese do golpe dentro do golpe

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

“Ficarei conhecido por derrubar dois presidentes do Brasil”, teria dito Eduardo Cunha, segundo a coluna Radar, da revista Veja. O outro então é Temer mas não é novidade que , caso venha a tornar-se delator da Lava Jato, Eduardo Cunha explodirá meio mundo, podendo sobrar para o interino a quem recordou - naquela conversa numa recente noite de domingo que ele mesmo teria vazado - de “antigas parcerias” que tiveram. Uma pergunta importante sobre que pode fazer Eduardo Cunha é a seguinte: “E o segundo, para quando será?”. Pois a depender do momento, poderemos ter um golpe dentro do golpe.

Temer "raspa o tacho" até o impeachment

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Folha de hoje começa a acordar para a realidade e publica que “Temer queima reservas para evitar deficit maior do que a meta planejada para o ano” e, mesmo assim, vai ser difícil chegar ao final do ano sem - como dizem especialistas citados pelo jornal - um “tarifaço” que eleve os preços pelo acréscimo de impostos.

A previsão de que o governo tenha R$ 16, 5 bilhão de déficit além do previsto é de um “otimismo” que não tem base alguma nos fatos.

A globalização entrou em modo esgotamento

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O mudo ruge.

Como o vulcão prestes a explodir, sinais de alerta irrompem no noticiário de diferentes pontos do planeta

A violência e o espaçamento típicos das saturações não deixam muita margem a dúvidas.

Placas tectônicas aceleram a rota de colisão; rolos de fumaça e estremecimentos da crosta prenunciam a erupção do magma da história.

Por que defender a Eletrobras

Por Roberto Bitencourt da Silva, no site Outras Palavras:

“Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras. Mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobras foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente” (Carta-Testamento do Presidente Getúlio Vargas).

Importância estratégica e um pouco de história

A Eletrobras é uma empresa estratégica para o Brasil. Ela é fundamental para o domínio e a formação técnico-científica nacional e para a tomada de decisões soberanas sobre o desenvolvimento. Igualmente decisiva para o controle e o uso nacional dos nossos excedentes econômicos.

Terrorismo e as trapalhadas de Temer

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Minority Report é um filme de ficção científica lançado em 2002, estrelado por Tom Cruise e dirigido por Steven Spielberg. O roteiro é baseado no conto com o mesmo nome de Philip K. Dick.

A trama ocorre em Washington no ano de 2054. Uma “divisão pré-crime” acaba com a criminalidade no mundo; a polícia usa pessoas paranormais, os precogs, para preverem o futuro, localizar e prender futuros culpados antes que cometam crimes.

A metáfora é perfeita para definir a trapalhada marqueteira de mais um ministro “exótico” de Michel Temer, o tucano Alexandre de Moraes, quem, em lugar de combater a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo, quando foi secretário de Segurança, advogou para a facção.

Temer usa a crise para dilapidar a CLT

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Crises econômicas são uma merda. Não há outra palavra para defini-las. Principalmente para quem depende única e exclusivamente de seu salário para sobreviver. Não apenas pelas demissões e o desemprego, mas por momentos de crise serem utilizados como justificativa para redução nos direitos dos trabalhadores. Ou seja, é porcaria que gera mais porcaria.

Desculpe inundar o seu domingo com essa palavra fétida, mas não vejo outro sinônimo para descrever a situação. Pois é no momento em que os vulneráveis mais precisam do Estado para terem seus direitos garantidos é que o próprio Estado, aliado a uma parte do empresariado, torna-se vetor para derrubá-los. Sem o mínimo pudor, lança um monte de purpurina dourada em cima da merda e a rebatiza de “oportunidade''.

Terrorismo e o golpe no Brasil

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Não vamos nos enganar. Não é preciso ser um admirador de Maquiavel para entender que num momento de grandes incertezas políticas como aquele que enfrentamos no Brasil a denúncia de uma possível ameaça terrorista pode ser de grande utilidade para forças que ocupam provisoriamente a presidência da República e necessitam, como é visível a cada dia, "mostrar serviço" aos olhos de uma população desconfiada de gestos e intenções para manter-se no cargo de qualquer maneira.

Vivemos uma situação de desagregação institucional em que tudo é política, como reconheceu a líder do governo Rose de Freitas, ao explicar por que o Senado afastou Dilma sem prova de crime de responsabilidade.

sábado, 23 de julho de 2016

Doria espanta tucanos e “compra” aliados

Por Altamiro Borges

As bicadas no ninho são sangrentas e o PSDB segue dividido para a disputa da prefeitura paulistana em outubro. A própria mídia tucana noticiou nesta semana que Geraldo Alckmin “convocou” quatro governadores tucanos e lideranças partidárias nacionais para a convenção que oficializará neste domingo (24) a candidatura do empresário-trambiqueiro João Doria Jr. Segundo o site UOL, o objetivo do convite foi “compensar a ausência de quadros paulistas históricos do partido... O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o chanceler José Serra, o ex-governador Alberto Goldman e o senador José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, anunciaram que não participarão do ato”.

Jucá segue mandando no covil de Temer

Por Altamiro Borges

Romero Jucá, presidente nacional do PMDB e primeiro ministro a ser defenestrado do governo interino de Michel Temer, segue dando ordens no covil golpista. De forma discreta, a mídia chapa-branca tem publicado fotos em que ele aparece sorridente em reuniões no Palácio do Planalto. Nesta semana, o site da revista Época, da venal famiglia Marinho, postou uma nota que explicita o poder do senador metido em vários escândalos de corrupção. Segundo a matéria, ele tem mais prestígio do que o interino no Ministério do Planejamento:

sexta-feira, 22 de julho de 2016

A falácia do rombo na Previdência

Por Paulo Paim e Vilson Antonio Romero, na revista Teoria e Debate:

Chega de mentiras. É preciso passar a limpo a atual discussão sobre reforma da Previdência Social. Aliás, falar em “atual discussão” parece até brincadeira, já que é público o fato de que sucessivos governos espalham aos quatro ventos, há anos, o discurso de que o sistema é deficitário e o usam como desculpa para novas alterações. É mentira! Não há déficit e vamos comprovar.

Primeiramente, a Previdência faz parte de algo maior. Ela integra o sistema de proteção criado na Constituição Cidadã de 1988, chamado de Seguridade Social, que inclui o tripé previdência, saúde e assistência social. Pela Carta Magna, a previdência tem caráter contributivo e filiação obrigatória, a saúde é um direito de todos, e assistência social, destinada a quem dela precisar.

Médicos exigem saída do ministro da Saúde

11 perguntas sobre Temer e o Porto de Santos

Por Marcelo Auler, no blog Diário do Centro do Mundo:

1 – Qual o envolvimento de Michel Temer com o Porto de Santos?

A partir de meados dos anos 90, depois de ter exercido os cargos de Procurador Geral do Estado e de Secretaria de Segurança, ambos os cargos nos governos de Franco Monto e Luiz Antônio Fleury, exerceu mandatos por duas vezes (1987 e 1990) como suplente de deputado federal. Foi conquistar seu próprio mandato em 1995, tornando-se líder da bancada do PMDB apoiado pelo grupo quercista.

Nessas condições, passou a indicar os presidentes da Companhia de Docas do estado de São Paulo, tais como Marcelo de Azeredo (junho de 1995 a maio de 1998), Paulo Fernandes do Carmo (maio de 1998 a abril de 1999) sendo sucedido por outro peemedebista indicado por Temer: Wagner Rossi (1999/2000, por um ano e sete meses).


João Santana e o objetivo único da mídia

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Aproxima-se a votação final do impeachment no Senado e a Lava Jato volta a exercer o seu papel no golpe: subsidiar a mídia cartelizada com manchetes envolvendo o PT para manter a mobilização da opinião pública contra o partido e assim pressionar os senadores a não se atreverem a sair do script golpista.

Aqui cabe um parêntese: uma das muitas evidências de que esse impeachment é uma grande farsa é o fato de que ele não tem nada a ver com a Lava Jato. A operação é usada para mobilizar a população e os parlamentares contra o PT porque é impossível mobilizar alguém para derrubar a presidenta eleita com a justificativa oficial do impeachment - operações contábeis que não causaram prejuízo aos cofres públicos e foram realizadas sem qualquer questionamento por FHC, Lula, vários governadores e inclusive por Michel Temer no seu mandato interino, claro que agora com o aval do "órgão técnico" TCU -.

Rodrigo Maia, um neoliberal convicto!

Por Marcos Verlaine, no site Vermelho:

Sob o novo comando político na Câmara, a agenda anti-trabalhador, com o redirecionamento do papel do Estado brasileiro, ganha impulso e condições de ser levada a cabo.

As crises política, econômica e ético-moral, que colapsaram o governo Dilma, e tiveram como desdobramento a autorização da Câmara para o impedimento do mandato da presidente Dilma Rousseff, em grande medida, têm o seu desfecho consumado com a eleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a Presidência da Câmara. Em síntese, o projeto neoliberal acaba de ser ressuscitado/resgatado, com Maia no comando da Casa.

Temer receia ter sido gravado por Cunha

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O presidente interino Michel Temer anda tenso às vésperas de uma decisão final do Senado sobre o impeachment. Desconfia que pode ter sido gravado pelo deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu por corrupção na Justiça e à beira da cassação na Câmara.

A suspeita de Temer surgiu em um encontro recente com Cunha no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência. O réu teria encaminhado a conversa de modo estranho, ao “lembrar” o interino de certas parcerias deles no passado. Histórias pouco republicanas, presumivelmente.

Sindicalismo e mídia em tempos de golpe

A Folha, o sapo e o escorpião

Por Bepe Damasco, em seu blog:                

A escancarada fraude estatística do Datafolha, que, para influenciar a decisão definitiva do Senado sobre o golpe contra a presidenta Dilma, minguou o contingente da população que vê a eleição antecipada como a saída para a crise de 62% para 3% remete à trajetória dos institutos de pesquisa no Brasil.

Examinar a atuação do Datafolha e do Ibope nas campanhas eleitorais nos últimos 30 anos é deparar com um sem número de erros e manipulações grosseiras. Não por acaso a maioria esmagadora das falhas graves acontece em desfavor dos candidatos do campo da esquerda.

Internet sob ataque do governo golpista

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O anúncio de que o governo interino de Michel Temer vai trocar a diretoria da Telebras, substituindo na presidência da empresa o petista Jorge Bittar pelo executivo Antônio Loss, que já prestou serviços à Oi, entre outras alterações, não é uma medida isolada. “Faz parte de um contexto”, diz o sociólogo Sérgio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC). “Faz parte do desmonte das políticas públicas de inclusão digital e de telecomunicação. Faz parte da privatização extrema que os golpistas vêm para fazer.”

Olimpíada e a isenção fiscal da TV Globo

Por Altamiro Borges

Em seu blog hospedado no UOL, o jornalista Rodrigo Mattos revelou nesta semana que “a Olimpíada do Rio-2016 dará isenção fiscal para um total de 780 entidades e empresas. Entre elas, estão gigantes como a Globo, a Odebrecht, o Bradesco, a Coca-Cola e a Nike. Além disso, firmas de pessoas ligadas ao presidente do Comitê Organizador do Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, também são favorecidas. A Receita Federal confirmou o benefício aos integrantes da lista, mas não informou a parte de cada um no bolo”. O total das isenções é de R$ 3,8 bilhões – e, logicamente, as “gigantes” são as maiores beneficiadas.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Ataque à governança democrática da Internet

Do site da Coalizão Direitos na Rede:

A Coalizão Direitos Na Rede vem a público manifestar sua reação ao texto “Governo quer mudar regras do Comitê Gestor da Internet”, publicado pelo jornal Folha de São Paulo no último sábado, dia 16 de julho.

A matéria informa que o governo interino está sendo pressionado pelas grandes operadoras de telecomunicações e representantes da indústria da propriedade intelectual a reduzir o número de participantes do Comitê e mudar a distribuição dos setores representados, favorecendo as grandes empresas.