De uma perspectiva histórica, é possível perceber uma evolução que trouxe a relação entre capital e trabalho, engrenagem básica da sociedade capitalista, para um patamar menos truculento. Na Inglaterra do início do século XIX, que emergia como a grande potência econômica do planeta, os trabalhadores - incluindo crianças - eram acorrentados às máquinas e trabalhavam 14, 16 horas por dia. Embora de maneira não linear e com muitos refluxos, chegamos ao século XXI com muitos avanços. Devemos muito de tudo isso às ideias marxistas. A pressão da experiência socialista, enquanto durou, emprestou ao sistema capitalista uma lógica menos selvagem. O liberalismo, com sua postura de representar apenas os interesses de uma classe emergente - a burguesia -, foi substituído por projetos que pretendiam representar toda a sociedade. O impasse era simples: ou o capital balanceava melhor sua relação com o trabalho, ou este, embalado pelos ventos que sopravam de Moscou, implodiria o sistema.
sábado, 3 de setembro de 2016
Fim da CLT: bandeira ideológica do golpe
De uma perspectiva histórica, é possível perceber uma evolução que trouxe a relação entre capital e trabalho, engrenagem básica da sociedade capitalista, para um patamar menos truculento. Na Inglaterra do início do século XIX, que emergia como a grande potência econômica do planeta, os trabalhadores - incluindo crianças - eram acorrentados às máquinas e trabalhavam 14, 16 horas por dia. Embora de maneira não linear e com muitos refluxos, chegamos ao século XXI com muitos avanços. Devemos muito de tudo isso às ideias marxistas. A pressão da experiência socialista, enquanto durou, emprestou ao sistema capitalista uma lógica menos selvagem. O liberalismo, com sua postura de representar apenas os interesses de uma classe emergente - a burguesia -, foi substituído por projetos que pretendiam representar toda a sociedade. O impasse era simples: ou o capital balanceava melhor sua relação com o trabalho, ou este, embalado pelos ventos que sopravam de Moscou, implodiria o sistema.
Temer está acuado. É um perigo!
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Michel Temer não tem a legitimidade do voto.
Não tem a hegemonia das forças políticas.
Não tem apoio público e, pior, a sua rejeição só faz crescer e ficar mais aguda.
Tem a mídia, mas não muito, porque esta está prontíssima a exigir, e já, o “serviço” de detonar os direitos sociais.
Michel Temer não tem a legitimidade do voto.
Não tem a hegemonia das forças políticas.
Não tem apoio público e, pior, a sua rejeição só faz crescer e ficar mais aguda.
Tem a mídia, mas não muito, porque esta está prontíssima a exigir, e já, o “serviço” de detonar os direitos sociais.
Radicalidade e unidade contra as ratazanas
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Consumada a infâmia do golpe de estado, a única forma que a resistência democrática tem de expressar solidariedade à presidenta Dilma à altura do que ela merece, e na proporção adequada ao bárbaro crime contra o regime democrático, é a radicalização das lutas e a unidade de todo o campo progressista.
Violentada, a consciência democrática da sociedade já disse ao que veio logo nas primeiras horas depois do ato de vilania cometido pelos senadores, ocupando as ruas das principais capitais do país, praticamente de forma espontânea, já que não houve tempo paras as entidades organizarem essas manifestações.
Consumada a infâmia do golpe de estado, a única forma que a resistência democrática tem de expressar solidariedade à presidenta Dilma à altura do que ela merece, e na proporção adequada ao bárbaro crime contra o regime democrático, é a radicalização das lutas e a unidade de todo o campo progressista.
Violentada, a consciência democrática da sociedade já disse ao que veio logo nas primeiras horas depois do ato de vilania cometido pelos senadores, ocupando as ruas das principais capitais do país, praticamente de forma espontânea, já que não houve tempo paras as entidades organizarem essas manifestações.
Temer: a economia não salvará a política
Por Ricardo Carneiro, no site Brasil Debate:
A consumação da ruptura constitucional, com o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff põe em destaque uma questão crucial, da qual depende o futuro imediato do Brasil: pode o Governo Temer dar certo? Poderá ele equacionar as graves distorções e ineficácia do sistema político-eleitoral e, ainda, promover a retomada do crescimento econômico em patamar razoável e sustentado, compatível com a redução do desemprego e aumento da renda da população brasileira?
A consumação da ruptura constitucional, com o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff põe em destaque uma questão crucial, da qual depende o futuro imediato do Brasil: pode o Governo Temer dar certo? Poderá ele equacionar as graves distorções e ineficácia do sistema político-eleitoral e, ainda, promover a retomada do crescimento econômico em patamar razoável e sustentado, compatível com a redução do desemprego e aumento da renda da população brasileira?
Lula articula frente ampla de oposição
Por Lu Sudré, na revista Caros Amigos:
Enquanto o processo de impeachment de Dilma Rousseff se consolidava, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já iniciava suas articulações por uma frente ampla de oposição ao governo Temer, que além de partidos, deverá reunir e ser apoiado por sindicatos, movimentos de esquerda, intelectuais e artistas.
Lula conversou sobre a proposta de frente ampla com Carlos Lupi, presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT), e também com líderes do Partico Comunista do Brasil (PC do B). O ex-presidente sugeriu uma reunião conjunta entre os aliados, que deve acontecer depois do feriado da Independência, em 7 de setembro. Ainda, segundo Lupi, para Lula, o ex-ministro Ciro Gomes é potencial candidato para representar a frente nas eleições de 2018.
Enquanto o processo de impeachment de Dilma Rousseff se consolidava, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já iniciava suas articulações por uma frente ampla de oposição ao governo Temer, que além de partidos, deverá reunir e ser apoiado por sindicatos, movimentos de esquerda, intelectuais e artistas.
Lula conversou sobre a proposta de frente ampla com Carlos Lupi, presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT), e também com líderes do Partico Comunista do Brasil (PC do B). O ex-presidente sugeriu uma reunião conjunta entre os aliados, que deve acontecer depois do feriado da Independência, em 7 de setembro. Ainda, segundo Lupi, para Lula, o ex-ministro Ciro Gomes é potencial candidato para representar a frente nas eleições de 2018.
Folha e Estadão pedem mais repressão
Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:
Dois dias depois de uma estudante perder a visão de um olho por conta de mais uma ação truculenta da PM de São Paulo, a Folha publica um editorial com o título 'Fascistas à solta'.
Crítica à repressão violenta às manifestações, típica de ditaduras e regimes fascistas?
Lógico que não.
Afinal, a Folha, assim como a Globo, apoiou a ditadura.
Dois dias depois de uma estudante perder a visão de um olho por conta de mais uma ação truculenta da PM de São Paulo, a Folha publica um editorial com o título 'Fascistas à solta'.
Crítica à repressão violenta às manifestações, típica de ditaduras e regimes fascistas?
Lógico que não.
Afinal, a Folha, assim como a Globo, apoiou a ditadura.
Golpe e a luta pela democratização da mídia
Por Renata Mielli, no site do FNDC:
A doutrinação diária dos meios de comunicação hegemônicos no Brasil, realizada sistematicamente nos últimos 13 anos, reuniu alguns elementos que levaram à consumação do golpe deste dia 31 de agosto. O aprofundamento da criminalização dos movimentos sociais, as denúncias seletivas de corrupção contra o PT e suas lideranças, e a criação de uma nova ameaça comunista na América Latina, representada pelos governos bolivarianos e pelo Foro de São Paulo, resultaram numa mistura explosiva que cindiu a sociedade e fez emergir dos subterrâneos as piores manifestações do fascismo que estavam adormecidas no país.
A doutrinação diária dos meios de comunicação hegemônicos no Brasil, realizada sistematicamente nos últimos 13 anos, reuniu alguns elementos que levaram à consumação do golpe deste dia 31 de agosto. O aprofundamento da criminalização dos movimentos sociais, as denúncias seletivas de corrupção contra o PT e suas lideranças, e a criação de uma nova ameaça comunista na América Latina, representada pelos governos bolivarianos e pelo Foro de São Paulo, resultaram numa mistura explosiva que cindiu a sociedade e fez emergir dos subterrâneos as piores manifestações do fascismo que estavam adormecidas no país.
O ódio aos pobres nas redes sociais
Da revista Fórum:
A aversão que parte das elites brasileiras carrega contra pobres e contra as políticas sociais dos governos petistas que beneficiaram os menos favorecidos está sendo exposta de forma maciça no Twitter desde a manhã desta quinta-feira (1), um dia após a concretização do golpe parlamentar que destituiu a presidenta eleita Dilma Rousseff.
A aversão que parte das elites brasileiras carrega contra pobres e contra as políticas sociais dos governos petistas que beneficiaram os menos favorecidos está sendo exposta de forma maciça no Twitter desde a manhã desta quinta-feira (1), um dia após a concretização do golpe parlamentar que destituiu a presidenta eleita Dilma Rousseff.
Os marajás do Judiciário e do MP
Por André Barrocal, na revista CartaCapital:
Quando estava no poder, Dilma Rousseff reuniu-se certa vez com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para conversar sobre a crise política, mas o convidado só queria falar de aumento de salário do Judiciário. No comando do julgamento da petista no Senado, o ministro aproveitou para pedir por lá a aprovação de uma lei de reajuste para o STF.
O comportamento de Lewandowski, que pelo cargo simboliza o Sistema de Justiça (Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Advocacia Geral da União), dá vida a um diagnóstico feito pelo sociólogo Jessé Souza. O Brasil, segundo ele, tem hoje um “aparelho jurídico-policial” bastante ativo na defesa de interesses corporativos. Uma casta jurídica, diz, “composta pelos verdadeiros marajás do Estado brasileiro” e peça valiosa no impeachment.
Quando estava no poder, Dilma Rousseff reuniu-se certa vez com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para conversar sobre a crise política, mas o convidado só queria falar de aumento de salário do Judiciário. No comando do julgamento da petista no Senado, o ministro aproveitou para pedir por lá a aprovação de uma lei de reajuste para o STF.
O comportamento de Lewandowski, que pelo cargo simboliza o Sistema de Justiça (Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Advocacia Geral da União), dá vida a um diagnóstico feito pelo sociólogo Jessé Souza. O Brasil, segundo ele, tem hoje um “aparelho jurídico-policial” bastante ativo na defesa de interesses corporativos. Uma casta jurídica, diz, “composta pelos verdadeiros marajás do Estado brasileiro” e peça valiosa no impeachment.
Sem exagerar nas ilusões
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Num país indignado diante da deposição de Dilma, num processo vergonhoso que a maioria dos brasileiros imaginava pertencer aos arquivos de uma história tumultuada e lamentável, convém não cultivar ilusões exageradas a respeito do caráter benigno do golpe de 31 de agosto de 2016. Os antecedentes ajudam a entender o que quero dizer.
A reação padrão ao golpe de 1964 foi do próprio João Goulart, o presidente deposto. Convencido de que seria uma iniciativa passageira, Jango deixou o país certo de que logo estaria de volta. Só pode retornar num caixão. em 1976. O regime militar durou 21 anos, se você considerar que a posse do civil José Sarney, escolhido por regras criadas pela ditadura, marcou o início da democracia. Ou 25, se você definir a eleição direta para a escolha de presidente da Republica, realizada em 1989, como o marco divisório.
Num país indignado diante da deposição de Dilma, num processo vergonhoso que a maioria dos brasileiros imaginava pertencer aos arquivos de uma história tumultuada e lamentável, convém não cultivar ilusões exageradas a respeito do caráter benigno do golpe de 31 de agosto de 2016. Os antecedentes ajudam a entender o que quero dizer.
A reação padrão ao golpe de 1964 foi do próprio João Goulart, o presidente deposto. Convencido de que seria uma iniciativa passageira, Jango deixou o país certo de que logo estaria de volta. Só pode retornar num caixão. em 1976. O regime militar durou 21 anos, se você considerar que a posse do civil José Sarney, escolhido por regras criadas pela ditadura, marcou o início da democracia. Ou 25, se você definir a eleição direta para a escolha de presidente da Republica, realizada em 1989, como o marco divisório.
A prova monumental do golpe
Por Jeferson Miola
Os golpistas venceram a batalha do impeachment fraudulento no Senado, mas perderam a guerra da narrativa do golpe.
A condenação ao golpe é mundial. No mundo inteiro o golpe é denunciado como sendo, no mínimo, uma tremenda farsa, um crime; uma trama conspirativa arquitetada para derrubar uma Presidente inocente, sem amparo na Constituição do país.
O mundo civilizado se horroriza com a fotografia da matilha misógina, corrupta, homofóbica, racista e anti-popular que tomou de assalto o poder para fazer o Brasil regredir séculos, se distanciar das grandes conquistas democráticas e civilizatórias da humanidade.
Os golpistas venceram a batalha do impeachment fraudulento no Senado, mas perderam a guerra da narrativa do golpe.
A condenação ao golpe é mundial. No mundo inteiro o golpe é denunciado como sendo, no mínimo, uma tremenda farsa, um crime; uma trama conspirativa arquitetada para derrubar uma Presidente inocente, sem amparo na Constituição do país.
O mundo civilizado se horroriza com a fotografia da matilha misógina, corrupta, homofóbica, racista e anti-popular que tomou de assalto o poder para fazer o Brasil regredir séculos, se distanciar das grandes conquistas democráticas e civilizatórias da humanidade.
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Vinte senadores golpistas estão na Lava-Jato
E ainda tem “midiota” – a pobre figura manipulada cotidianamente pela imprensa – que acredita que o impeachment da presidenta Dilma, aprovado no tribunal de exceção do Senado neste fatídico 31 de agosto de 2016, foi desfechado para salvar o Brasil da corrupção. Haja inocência, burrice ou cinismo! O Jornal do Brasil desta quinta-feira (1) traz um levantamento que mostra que 20 dos 61 senadores que votaram no golpe já foram citados na midiática Operação Lava-Jato, que apura a roubalheira na Petrobras. Outros senadores metidos a éticos estão envolvidos em outros crimes. Vale conferir a lista dos falsos moralista:
‘Empossado’, Temer mostra garras ditatoriais
Por Altamiro Borges
O usurpador Michel Temer não se enxerga mesmo. Sem voto - até como candidato a deputado federal ele ficou duas vez na suplência nos três pleitos em que disputou - e sem qualquer legitimidade - o seu partido, o PMDB, chega ao Palácio do Planalto pela terceira vez sem nunca ter vencido uma eleição presidencial -, o Judas ainda acha que está com a bola toda. Logo após ser "empossado" no colégio eleitoral do Senado, nesta quarta-feira (1), ele saiu dando broncas, todo arrogante, mostrando as suas garras autoritárias. Segundo a mídia chapa-branca, até os seus capachos se surpreenderam com o tom. De "vice decorativo", Michel Temer parece querer virar o novo ditadorzinho do Brasil.
O usurpador Michel Temer não se enxerga mesmo. Sem voto - até como candidato a deputado federal ele ficou duas vez na suplência nos três pleitos em que disputou - e sem qualquer legitimidade - o seu partido, o PMDB, chega ao Palácio do Planalto pela terceira vez sem nunca ter vencido uma eleição presidencial -, o Judas ainda acha que está com a bola toda. Logo após ser "empossado" no colégio eleitoral do Senado, nesta quarta-feira (1), ele saiu dando broncas, todo arrogante, mostrando as suas garras autoritárias. Segundo a mídia chapa-branca, até os seus capachos se surpreenderam com o tom. De "vice decorativo", Michel Temer parece querer virar o novo ditadorzinho do Brasil.
O obituário da democracia brasileira
Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:
Filha de mulheres e homens que dedicaram seu sangue e suas vidas à luta contra o autoritarismo, renasceu em 1985: processo de parto intenso que marcaria seu destino.
Objeto de ataques, teve infância complicada. Apesar das promessas em sua certidão de nascimento – a Constituição de 1988 -, passou por diversas crises.
Na década de 90, passou por um período de estabilidade a duras penas. Como resultado, viu o aumento do desemprego e a piora das condições de vida.
Objeto de ataques, teve infância complicada. Apesar das promessas em sua certidão de nascimento – a Constituição de 1988 -, passou por diversas crises.
Na década de 90, passou por um período de estabilidade a duras penas. Como resultado, viu o aumento do desemprego e a piora das condições de vida.
Cinco motivos para gritar "é golpe"!
Por Ana Luíza Matos, Guilherme Mello e Pedro Rossi, no site Carta Maior:
1- Não houve crime de Dilma
Talvez o maior motivo para gritar golpe é o fato de que só pode haver impeachment de um governante caso ele tenha cometido crime de responsabilidade. Ao contrário do que muitos foram levados a acreditar, Dilma não foi julgada por atos de corrupção. Diga-se de passagem, ela nunca foi acusada de tais atos, ao contrário dos que a julgaram, como bem apontou quase toda imprensa internacional (http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,ny-times-impeachment-e-liderado-por-politicos-acusados-de-corrupcao,10000026184 ). Também não foi julgada por ter feito um mau governo, até por que esse fato se corrige nas urnas, não através de impeachment.
1- Não houve crime de Dilma
Talvez o maior motivo para gritar golpe é o fato de que só pode haver impeachment de um governante caso ele tenha cometido crime de responsabilidade. Ao contrário do que muitos foram levados a acreditar, Dilma não foi julgada por atos de corrupção. Diga-se de passagem, ela nunca foi acusada de tais atos, ao contrário dos que a julgaram, como bem apontou quase toda imprensa internacional (http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,ny-times-impeachment-e-liderado-por-politicos-acusados-de-corrupcao,10000026184 ). Também não foi julgada por ter feito um mau governo, até por que esse fato se corrige nas urnas, não através de impeachment.
A preservação dos direitos políticos de Dilma
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
A deposição de Dilma do cargo de presidente era certa. Surpresa, especialmente para Michel Temer, para o PSDB e o DEM, foi a decisão de cassá-la sem lhe retirar os direitos políticos que a inabilitariam para quaisquer funções publicas, eletivas ou não. Temer estrilou, PSDB e DEM falaram até em romper com o governo, o partido Solidariedade promete recorrer ao STF. Tucanos e democratas desistiram disso. Queriam Dilma banida da vida pública. Agora ela os incomodará como uma importante líder da oposição, ao lado de Lula. São diferentes os motivos de Temer e os deles para a grande contrariedade com a decisão do Senado.
A deposição de Dilma do cargo de presidente era certa. Surpresa, especialmente para Michel Temer, para o PSDB e o DEM, foi a decisão de cassá-la sem lhe retirar os direitos políticos que a inabilitariam para quaisquer funções publicas, eletivas ou não. Temer estrilou, PSDB e DEM falaram até em romper com o governo, o partido Solidariedade promete recorrer ao STF. Tucanos e democratas desistiram disso. Queriam Dilma banida da vida pública. Agora ela os incomodará como uma importante líder da oposição, ao lado de Lula. São diferentes os motivos de Temer e os deles para a grande contrariedade com a decisão do Senado.
Senado deu salvo conduto ao suspeito Temer
Por Marcelo Auler, no blog Diário do Centro do Mundo:
Em 1996, o delegado de Polícia Federal Roberto Jaureguiber Prel Júnior, através de um habeas corpus, conseguiu trancar uma ação penal em que ele era acusado de torturar Carlos Abel Dutra Garcia – um crime que até hoje o único punido foi a própria vítima.
Na época, a então juíza da 13ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Maria Helena Soares Reis Franco, já falecida, advertiu-o com um recado: “O senhor livrou-se da Ação Penal, mas jamais se livrará da dúvida que o acompanhará o resto da vida. Gostaria de vê-lo provar a inocência no curso da ação. Não livrar-se dela deste jeito”.
Em 1996, o delegado de Polícia Federal Roberto Jaureguiber Prel Júnior, através de um habeas corpus, conseguiu trancar uma ação penal em que ele era acusado de torturar Carlos Abel Dutra Garcia – um crime que até hoje o único punido foi a própria vítima.
Na época, a então juíza da 13ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Maria Helena Soares Reis Franco, já falecida, advertiu-o com um recado: “O senhor livrou-se da Ação Penal, mas jamais se livrará da dúvida que o acompanhará o resto da vida. Gostaria de vê-lo provar a inocência no curso da ação. Não livrar-se dela deste jeito”.
Resistir em defesa da democracia e do Brasil
Editorial do site Vermelho:
Grave e profundo atentado contra a democracia, o povo e o Brasil foi cometido nesta quarta-feira (31) pela maioria do Senado que aprovou o golpe contra a presidenta constitucional Dilma Rousseff.
A Constituição determina que um presidente da República terá seu mandato interrompido apenas se for comprovado que ele cometeu crime de responsabilidade. Esse crime não foi cometido por Dilma Rousseff, como ficou demonstrado à exaustão durante todo o processo golpista.
A violência deste golpe afronta a democracia e coloca o Brasil de novo na rota do autoritarismo, da eliminação de direitos sociais, políticos e econômicos conquistados pelo povo brasileiro. Ao mesmo tempo beneficia os mais ricos, a especulação financeira e o imperialismo perante o qual os golpistas colocam o Brasil novamente de joelhos. Esta marca indelével dos que tomaram o poder sem a aprovação do voto popular os levará a figurarem de maneira desonrosa e vexatória na história.
Grave e profundo atentado contra a democracia, o povo e o Brasil foi cometido nesta quarta-feira (31) pela maioria do Senado que aprovou o golpe contra a presidenta constitucional Dilma Rousseff.
A Constituição determina que um presidente da República terá seu mandato interrompido apenas se for comprovado que ele cometeu crime de responsabilidade. Esse crime não foi cometido por Dilma Rousseff, como ficou demonstrado à exaustão durante todo o processo golpista.
A violência deste golpe afronta a democracia e coloca o Brasil de novo na rota do autoritarismo, da eliminação de direitos sociais, políticos e econômicos conquistados pelo povo brasileiro. Ao mesmo tempo beneficia os mais ricos, a especulação financeira e o imperialismo perante o qual os golpistas colocam o Brasil novamente de joelhos. Esta marca indelével dos que tomaram o poder sem a aprovação do voto popular os levará a figurarem de maneira desonrosa e vexatória na história.
A grande noite da humilhação nacional
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
O desafio é explicar um golpe que tem, na ponta da fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da União) personagens como Aroldo Cedraz e Augusto Nardes, na ponta política, Michel Temer, Romero Jucá, Eduardo Cunha, Aécio Neves e José Serra todos envolvidos em inúmeras denúncias de irregularidades e de uso político indevido do cargo. E, na ponta processual o Procurador Geral da República Rodrigo Janot e o Ministério Público Federal, na ponta jurídica Gilmar Mendes e Dias Toffoli falando em nome da moral e dos bons costumes.
O desafio é explicar um golpe que tem, na ponta da fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da União) personagens como Aroldo Cedraz e Augusto Nardes, na ponta política, Michel Temer, Romero Jucá, Eduardo Cunha, Aécio Neves e José Serra todos envolvidos em inúmeras denúncias de irregularidades e de uso político indevido do cargo. E, na ponta processual o Procurador Geral da República Rodrigo Janot e o Ministério Público Federal, na ponta jurídica Gilmar Mendes e Dias Toffoli falando em nome da moral e dos bons costumes.
'Anuncia-se uma fase de baixa na economia'
Por Helder Lima, na Rede Brasil Atual:
“Essa vitória do impeachment e a ascensão do governo de Michel Temer se reconecta com as forças neoliberais dos anos 1990 e anuncia uma fase de retrocesso nos direitos sociais e trabalhistas que foram estabelecidos pela Constituição de 1988”, disse o economista e candidato à prefeitura de Campinas Marcio Pochmann (PT) hoje (31), ao comentar o resultado da votação do impeachment no Senado que aprovou a cassação do mandato de Dilma Rousseff. Para o economista, governo e Congresso Nacional agora partem para os ataques a esses direitos.
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