sexta-feira, 23 de setembro de 2016

O cinismo de Temer não tem limites

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A manchete de O Globo, agora à tarde, é de dar gargalhadas.

O país acaba de viver um impeachment com todas as características de um golpe político parlamentar.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados foi afastado e cassado.

Metade dos integrantes do Governo está pendurado na Lava Jato.

Barbárie jurídica e desobediência civil

Por Jeferson Miola

O Estado de Direito no Brasil foi abastardado. Seria suicida desconhecer que o país está sob a égide de um regime autoritário, de exceção. Não é necessário haver o exercício de poder pelas forças armadas para caracterizar a excepcionalidade e o autoritarismo de um regime.

As instituições do Estado – Ministério Público e Polícia Federal – e um Poder de Estado –o Judiciário – foram manipuladas e capturadas por militantes partidários.

Macri trouxe o FMI de volta à Argentina

Por Javier Lewkowicz, no site Carta Maior:

Os técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) começaram nesta segunda-feira (19/9) sua agenda de reuniões em Buenos Aires, para revisar a economia argentina, atendendo o artigo IV do organismo. A última vez que o FMI havia realizado visita similar foi em meados de 2005. Desde então, o kirchnerismo cancelou a dívida do país com a instituição de crédito, e freou as visitas de auditoria para evitar que se amplifique a usina de pensamento ortodoxo que, no passado, trouxe consequências nefastas à economia do país. Em seu afã por recolocar a Argentina no círculo mimado pelo establishment global, o governo aposta em estreitar os laços com o FMI.

Com JK também foi assim

Por Jaime Sautchuk, no site Vermelho:

Em sua fala da Assembleia da ONU, o presidente golpista Michel Temer disse que a derrubada de Dilma seguiu o rigor da lei e que o País segue no rumo democrático. Não falou, porém, que o golpe continua, pois há uma pedra no meio do caminho, que precisa ser aniquilada. Seu nome é Luiz Inácio da Silva, o Lula.

Nos fez voltar a outro período de exceção, quando o general Ernesto Geisel assumiu a presidência da República, na década de 1970, prometendo a famosa “abertura política”. Mas havia uma pedra no meio do caminho que precisava ser aniquilada. Chamava-se Juscelino Kubitschek de Oliveira, o JK.

Moro prendeu Mantega para prejudicar PT

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                              

Pouco importa se Moro tenha mandado soltar horas depois da prisão o ex-ministro Guido Mantega, reconhecendo a necessidade dele acompanhar sua esposa enferma.

Quer dizer, então, que Moro não sabia dos problemas de saúde enfrentados pela senhora Mantega, que se trata de um câncer? Quem acredita nisso acredita em tudo.

Que perigo representa para a sociedade um intelectual respeitado, professor titular de economia brasileira da USP?

É hora de mudar o jogo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Hoje é um bom dia para se olhar de frente para um fato tão grave e monstruoso, muitas pessoas não conseguem sequer encará-lo.

Estou falando sobre a possibilidade de Lula ser condenado pelo juiz Sérgio Moro e levado a cumprir pena de prisão depois de uma derrota mais do que previsível na segunda instância.

Contrariando uma visão bastante comum nos dias de hoje, acredito que esta é uma hipótese muito mais real do que a maioria das pessoas consegue imaginar.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

A grave regressão no ensino médio

Por Altamiro Borges

Em mais um gesto autoritário, o usurpador Michel Temer assinou nesta quinta-feira (22) uma Medida Provisória que altera o conteúdo do ensino médio no Brasil. Sem passar por discussão ou votação no parlamento e sem qualquer diálogo com a sociedade, a MP extingue várias disciplinas fundamentais à formação dos estudantes brasileiros - como sociologia e filosofia. A iniciativa evidencia, mais uma vez, a visão retrógrada dos golpistas que assaltaram o Palácio do Planalto. Para a elite, a escola não é para estimular o senso crítico, mas sim para adestrar os jovens para o mundo do trabalho. O anúncio da medida ditatorial, que tem força de lei, já gerou as primeiras reações negativas.

A obsessão doentia de Moro contra Lula

Por Altamiro Borges

O juiz Sergio Moro, paparicado pela mídia falsamente moralista e endeusado pelos "midiotas", tem uma obsessão doentia contra o ex-presidente Lula. Entre uma viagem e outra aos EUA, ele desfere seus ataques contra o líder petista. Até hoje ele não encontrou o endereço de Cláudia Cruz, mulher do correntista suíço Eduardo Cunha e ex-apresentadora da TV Globo, e nem acionou os tucanos citados nas "delações premiadas" da Lava-Jato. Mas quase todos os dias, o "justiceiro" investe contra Lula. Parcial e seletivo, ele não esconde que seu maior sonho é "matar politicamente" o ex-presidente para inviabilizar a sua candidatura presidencial. Nesta terça-feira (20), como já era previsível, Sergio Moro aceitou a denúncia contra Lula apresentada em um show midiático por seus fanáticos seguidores.

Moro não é solidário nem no câncer!

Mantega e as monstruosidades da Lava-Jato

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Que a Lava Jato é fundamentalmente injusta sabemos.

Que ele é um arma da plutocracia para destruir o PT e Lula sabemos.

Que ela faz uma parceria indecente com a mídia, sobretudo, a Globo, sabemos.

Que ela ajuda o Brasil a ser uma República das Bananas, sabemos.

Mas que ela é canalha, miseravelmente canalha, desumanamente canalha tivemos a prova nesta manhã de quinta no curso da Operação Arquivo X.

As esquerdas e a eleição municipal

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Na razia que promovem para se livrar de Lula e do PT, as elites brasileiras não poupam alvos ou contam munição. Sua ânsia de retomar o controle do Estado é tamanha que atiram para todos os lados.

Depois da deposição de Dilma Rousseff, assestam agora suas baterias contra o alvo principal. Desde o início, era Lula quem queriam trucidar, pelo temor de sua força popular e resiliência. À frente vão os precursores das brigadas rebeladas do aparelho de Estado, na polícia e adjacências, de braços dados com os oligopólios de comunicação. Resta ver se o conjunto do sistema político e jurídico permanecerá imóvel, concordando que é assim que as coisas devem ser no Brasil e fornecendo mais um lastimável espetáculo ao mundo civilizado.

O MPF como ameaça à democracia

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Ontem de manhã fiz uma palestra no encontro do Instituto Ethos sob o tema “Operação Lava-Jato: como equacionar a relação entre desenvolvimento econômico e combate à corrupção”. Era para contar com a participação de um membro do Ministério Público Federal (MPF). Nenhum dos convites foi aceito.

O Ethos lançou uma bela carta sobre o tema (http://migre.me/v2nWL), com um conjunto de princípios ideais, entre os quais:

Política externa: O Brasil não merece!

Por Kjeld Jakobsen, na revista Teoria e Debate:

Há um debate acadêmico corrente sobre se os diplomatas são servidores de Estado ou de governo. Os diplomatas que defendem a primeira opção, particularmente aqueles que criticam a política externa brasileira levada adiante pelo governo Lula e Dilma, o fazem argumentando que trata-se de uma política de Estado e não de governos ou de partidos. Além disso, a política brasileira representaria um “consenso” construído ao longo de décadas de atuação do Itamaraty. Dessa forma, a burocracia do Ministério das Relações Exteriores também se insularia da incidência do próprio governo e de grupos de interesse da sociedade civil sobre a política externa, podendo se dedicar à evolução de sua própria carreira profissional.

Uma rebelião na Inglaterra

Jeremy Corbyn
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

No próximo sábado, dia 24, o Partido Trabalhista britânico fará uma nova eleição de seu líder. Todos os prognósticos indicam a vitória do rebelde Jeremy Corbyn, atual ocupante do posto. Ele despontou há um ano embora não seja jovem (tem 67 anos), nem novato na política (tem sido eleito, desde 1982, para a Câmara dos Comuns).

Corbyn emergiu por desafiar a liderança acomodada e imponte do partido, que havia abandonado toda a velha tradição de luta por igualdade e direitos para as maiorias. Sustentou posições muito renovadoras. Provocou, em poucos meses, uma reviravolta na política britânica, obrigando os conservadores, no governo a recuar de algumas posições. É atacado diariamente pela mídia – inclusive pelo The Guardian, que muitas vezes tenta mostrar-se à esquerda.

As inconsistências da decisão de Moro

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Conforme o previsto, Moro recebeu ontem a denúncia sem provas do MPF contra Lula.

Em uma decisão de 14 páginas Moro tenta justificar o recebimento da denúncia apesar da fragilidade evidente da acusação de Deltan Dallagnol e demais procuradores da Lava Jato.

Separei alguns trechos da decisão de Moro para analisarmos.

O Caixa-2, o Congresso e a antipolítica

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Por mais que se tenha que combater o poder econômico na política - e a proibição do financiamento empresarial de campanha vai, teoricamente, nesse sentido - não se pode, moralmente, aceitar que se puna, agora, o Caixa Dois, com base no mesmo argumento mendaz e revisionista que permitiu a condenação retroativa de Dilma Roussef no caso de "pedaladas" que sempre estiveram incorporadas ao universo administrativo brasileiro, até serem transformadas em crime, justamente para afastar, definitivamente, do poder, a Presidente da República.

Temer desmontou área de direitos humanos

Por Marco Weissheimer, no site Sul-21:

O governo de Michel Temer desmontou as estruturas de direitos humanos construídas ao longo dos últimos anos pelos governos Lula e Dilma e colocou o que restou sob controle do Ministério da Justiça. Uma das medidas que Temer tomou neste processo de desmonte foi proibir por 90 dias qualquer reunião de colegiado nacional na área de direitos humanos, como as do Conselho Nacional da área, prazo esse que já foi renovado. Além disso, cortou os recursos das políticas de proteção a vítimas, testemunhas e de defensores de direitos humanos, ameaçados de morte em vários estados do país. A denúncia é da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que vê com preocupação a combinação entre desmonte de políticas na área e o aumento da repressão a movimentos sociais e adoção de prática como infiltração de militares e policiais em organizações e mobilizações da sociedade.

Na ONU, Temer despreza a soberania

Por André Calixtre, na revista Caros Amigos:

“O erro não é irreparável. Para o homem, como para os povos de boa vontade, o erro é passageiro e pode servir de estímulo para melhor pensar e agir”. Oswaldo Aranha. Abertura da XII Assembleia Geral das Nações Unidas, 1957.

É difícil encontrar momento mais importante para a tradição diplomática brasileira do que a Assembleia Geral das Nações Unidas, na qual há 71 sessões o País é honrado com o discurso inaugural dos debates de alto nível. Em meio a representantes máximos das soberanias do mundo, o Brasil mais uma vez foi convidado a iniciar as exposições interessadas ao tema fundamental deste encontro, que é a consolidação da Agenda 2030 e dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Temer confessa: “Um governo tão idiota”

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Não se trata de injúria, mas de confissão. O próprio presidente Temer lançou ao mundo uma negativa retórica, dizendo que o dele não seria “um governo tão idiota que chega ao poder para restringir os direitos dos trabalhadores, para acabar com saúde, acabar com educação”. Não tem manobra ideológica ou defesa midiática que dê jeito: se os termos são esses, o governo é idiota, sim. É só seguir o caminho indicado pelo indignado traidor.

Temer nos EUA: "Rifando o futuro"

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Em discurso proferido hoje (21), em Nova York, em evento promovido pela Câmara Americana de Comércio no Brasil (Amcham Brasil), em colaboração com a Council of the Americas (COA), o presidente Michel Temer enumerou as reformas neoliberais e privatizantes que seu governo está implementando no país como argumento para convencer o mercado a investir no Brasil. A uma plateia formada por executivos, ele afirmou “esperar que os senhores possam participar com o Brasil de uma nova visão que o Brasil tem hoje do mundo”. “A iniciativa privada participar junto com o poder público do desenvolvimento do país é fruto da nossa Constituição”, disse. Ele também se reuniu com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.