sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Paulinho da Força quer repatriar recursos

Por Altamiro Borges

Na semana retrasada, a sigla Solidariedade, chefiada com mão de ferro pelo deputado Paulinho da Força, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando que os políticos também possam repatriar a grana que têm escondida em contas secretas no exterior. Segundo nota de Mônica Bergamo, na Folha, “o partido alega que um dos artigos da lei, o que exclui ‘os detentores de cargos, empregos e funções públicas de direção ou eletivas’ dos benefícios da lei de repatriação, é inconstitucional. A legenda sustenta que ele viola o princípio da isonomia. A lei permite a legalização dos recursos mantidos irregularmente no exterior, desde que não sejam decorrentes de corrupção, narcotráfico ou terrorismo”.

Cunha vai ligar o ventilador no esgoto?

Por Altamiro Borges

Eduardo Cunha parece estar colérico, furioso. Não com o “justiceiro” Sergio Moro, que na sua obsessão doentia contra o ex-presidente Lula até agora nunca incomodou o milionário correntista suíço e nem a sua mulher, Cláudia Cruz. Sua bronca é contra os “traidores, hipócritas e frouxos” que o abandonaram na votação da sua cassação na Câmara Federal, que durou longos onze meses, e também contra os “oportunistas” que o abandonaram após a concretização do “golpe dos corruptos” que depôs a presidenta Dilma. Nesta quarta-feira (21), numa entrevista à Rádio Correio, da Paraíba, o ex-presidente da “assembleia de bandidos” soltou os cachorros e mostrou que, de fato, pode implodir o covil golpista de Michel Temer.

Mantega, Cunha e a bofetada no país

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Há alguns dias, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia, afirmou, em nota, que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha tentou ‘atrapalhar’ investigações contra si. Amontoam-se evidências até de que ele ameaçou testemunhas, subornou, coagiu ocultou, tudo no sentido de barrar o curso da Justiça.

Segundo Lamachia, Cunha usava da função para atrapalhar a Operação Lava Jato e também os trabalhos do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Temer quer colocar o Brasil à venda

Por Pedro Rafael Vilela, no jornal Brasil de Fato:

Antes mesmo de assumir o governo federal, Michel Temer tinha entre seus planos a privatização de “tudo o que for possível” em termos de infraestrutura no Brasil. A meta foi fixada no programa “Ponte para o Futuro”, do PMDB, apresentado em abril deste ano, e que expressou os compromissos do partido com os empresários mais ricos do país e acabou ajudando a impulsionar a retirada de Dilma Rousseff da Presidência, em um processo de impeachment que não demonstrou a prática de crime de responsabilidade por parte da petista no comando do Planalto.

Mantega e a ditadura fascista em marcha

Por Patrus Ananias

Eu aprendi que a Justiça é uma senhora, uma quase deusa, de olhos vendados e com a balança em equilíbrio. Não tem posição. Julga todos de maneira imparcial.

Eu estou descobrindo hoje que a Justiça no Brasil tem um olho aberto e que a balança pesa para um lado. Só querem ver um lado. Não pensam em outra coisa que não seja atingir o ex-presidente Lula, o Partido dos Trabalhadores e a esquerda brasileira, independentemente de provas e sem sequer o trabalho de construir acusações fundamentadas.

O preparativo para greve geral em outubro

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

Em coro pelo 'Fora, Temer', milhares de trabalhadores de diversas categorias e dezenas de sindicatos e centrais sindicais, além de movimentos sociais apoiados pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, saíram em marcha pela ruas do centro de São Paulo, no final da tarde de hoje (22), para protestar contra as medidas de arrocho defendidas pelo governo Michel Temer. Os organizadores estimam que cerca de 50 mil pessoas participaram da manifestação. Para o próximo dia 5, as entidades prometem grande marcha em Brasília contra a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela investimentos do governo por 20 anos.

Prisão de Mantega: Que mais esperar?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Tudo o que está acontecendo e vai acontecer no Brasil já estava anunciado desde abril de 2006, quando o então procurador-geral Antonio Fernando, sem esperar pelo fim da CPI dos Correios, apresentou sua denúncia contra 40 pessoas envolvidos no chamado mensalão. Ali começou a caçada ao PT e a Lula. O então presidente da República não foi citado, mas as insinuações do texto alimentaram o chiste “Ali-Babá e os 40 ladrões”.

Na semana passada os procuradores retomaram o fio da narrativa e o acusaram de “comandante máximo” de um esquema criminoso que seria a “outra face” do mensalão. O juiz Sergio Moro aceitou a denúncia com rapidez que espantou o mundo. Hoje o ex-ministro Guido Mantega foi preso no hospital em que sua mulher era operada. Tudo estava escrito e vai se cumprindo: Lula será condenado por Moro, ficará inelegível e talvez seja preso. Enquanto respirar politicamente, o PT não terá trégua. Que mais vai esperar o Brasil para se dar conta do estado de exceção judicial-policial. Hoje a seletividade é contra os petistas, amanhã contra qualquer um.


O cinismo de Temer não tem limites

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A manchete de O Globo, agora à tarde, é de dar gargalhadas.

O país acaba de viver um impeachment com todas as características de um golpe político parlamentar.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados foi afastado e cassado.

Metade dos integrantes do Governo está pendurado na Lava Jato.

Barbárie jurídica e desobediência civil

Por Jeferson Miola

O Estado de Direito no Brasil foi abastardado. Seria suicida desconhecer que o país está sob a égide de um regime autoritário, de exceção. Não é necessário haver o exercício de poder pelas forças armadas para caracterizar a excepcionalidade e o autoritarismo de um regime.

As instituições do Estado – Ministério Público e Polícia Federal – e um Poder de Estado –o Judiciário – foram manipuladas e capturadas por militantes partidários.

Macri trouxe o FMI de volta à Argentina

Por Javier Lewkowicz, no site Carta Maior:

Os técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) começaram nesta segunda-feira (19/9) sua agenda de reuniões em Buenos Aires, para revisar a economia argentina, atendendo o artigo IV do organismo. A última vez que o FMI havia realizado visita similar foi em meados de 2005. Desde então, o kirchnerismo cancelou a dívida do país com a instituição de crédito, e freou as visitas de auditoria para evitar que se amplifique a usina de pensamento ortodoxo que, no passado, trouxe consequências nefastas à economia do país. Em seu afã por recolocar a Argentina no círculo mimado pelo establishment global, o governo aposta em estreitar os laços com o FMI.

Com JK também foi assim

Por Jaime Sautchuk, no site Vermelho:

Em sua fala da Assembleia da ONU, o presidente golpista Michel Temer disse que a derrubada de Dilma seguiu o rigor da lei e que o País segue no rumo democrático. Não falou, porém, que o golpe continua, pois há uma pedra no meio do caminho, que precisa ser aniquilada. Seu nome é Luiz Inácio da Silva, o Lula.

Nos fez voltar a outro período de exceção, quando o general Ernesto Geisel assumiu a presidência da República, na década de 1970, prometendo a famosa “abertura política”. Mas havia uma pedra no meio do caminho que precisava ser aniquilada. Chamava-se Juscelino Kubitschek de Oliveira, o JK.

Moro prendeu Mantega para prejudicar PT

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                              

Pouco importa se Moro tenha mandado soltar horas depois da prisão o ex-ministro Guido Mantega, reconhecendo a necessidade dele acompanhar sua esposa enferma.

Quer dizer, então, que Moro não sabia dos problemas de saúde enfrentados pela senhora Mantega, que se trata de um câncer? Quem acredita nisso acredita em tudo.

Que perigo representa para a sociedade um intelectual respeitado, professor titular de economia brasileira da USP?

É hora de mudar o jogo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Hoje é um bom dia para se olhar de frente para um fato tão grave e monstruoso, muitas pessoas não conseguem sequer encará-lo.

Estou falando sobre a possibilidade de Lula ser condenado pelo juiz Sérgio Moro e levado a cumprir pena de prisão depois de uma derrota mais do que previsível na segunda instância.

Contrariando uma visão bastante comum nos dias de hoje, acredito que esta é uma hipótese muito mais real do que a maioria das pessoas consegue imaginar.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

A grave regressão no ensino médio

Por Altamiro Borges

Em mais um gesto autoritário, o usurpador Michel Temer assinou nesta quinta-feira (22) uma Medida Provisória que altera o conteúdo do ensino médio no Brasil. Sem passar por discussão ou votação no parlamento e sem qualquer diálogo com a sociedade, a MP extingue várias disciplinas fundamentais à formação dos estudantes brasileiros - como sociologia e filosofia. A iniciativa evidencia, mais uma vez, a visão retrógrada dos golpistas que assaltaram o Palácio do Planalto. Para a elite, a escola não é para estimular o senso crítico, mas sim para adestrar os jovens para o mundo do trabalho. O anúncio da medida ditatorial, que tem força de lei, já gerou as primeiras reações negativas.

A obsessão doentia de Moro contra Lula

Por Altamiro Borges

O juiz Sergio Moro, paparicado pela mídia falsamente moralista e endeusado pelos "midiotas", tem uma obsessão doentia contra o ex-presidente Lula. Entre uma viagem e outra aos EUA, ele desfere seus ataques contra o líder petista. Até hoje ele não encontrou o endereço de Cláudia Cruz, mulher do correntista suíço Eduardo Cunha e ex-apresentadora da TV Globo, e nem acionou os tucanos citados nas "delações premiadas" da Lava-Jato. Mas quase todos os dias, o "justiceiro" investe contra Lula. Parcial e seletivo, ele não esconde que seu maior sonho é "matar politicamente" o ex-presidente para inviabilizar a sua candidatura presidencial. Nesta terça-feira (20), como já era previsível, Sergio Moro aceitou a denúncia contra Lula apresentada em um show midiático por seus fanáticos seguidores.

Moro não é solidário nem no câncer!

Mantega e as monstruosidades da Lava-Jato

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Que a Lava Jato é fundamentalmente injusta sabemos.

Que ele é um arma da plutocracia para destruir o PT e Lula sabemos.

Que ela faz uma parceria indecente com a mídia, sobretudo, a Globo, sabemos.

Que ela ajuda o Brasil a ser uma República das Bananas, sabemos.

Mas que ela é canalha, miseravelmente canalha, desumanamente canalha tivemos a prova nesta manhã de quinta no curso da Operação Arquivo X.

As esquerdas e a eleição municipal

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Na razia que promovem para se livrar de Lula e do PT, as elites brasileiras não poupam alvos ou contam munição. Sua ânsia de retomar o controle do Estado é tamanha que atiram para todos os lados.

Depois da deposição de Dilma Rousseff, assestam agora suas baterias contra o alvo principal. Desde o início, era Lula quem queriam trucidar, pelo temor de sua força popular e resiliência. À frente vão os precursores das brigadas rebeladas do aparelho de Estado, na polícia e adjacências, de braços dados com os oligopólios de comunicação. Resta ver se o conjunto do sistema político e jurídico permanecerá imóvel, concordando que é assim que as coisas devem ser no Brasil e fornecendo mais um lastimável espetáculo ao mundo civilizado.

O MPF como ameaça à democracia

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Ontem de manhã fiz uma palestra no encontro do Instituto Ethos sob o tema “Operação Lava-Jato: como equacionar a relação entre desenvolvimento econômico e combate à corrupção”. Era para contar com a participação de um membro do Ministério Público Federal (MPF). Nenhum dos convites foi aceito.

O Ethos lançou uma bela carta sobre o tema (http://migre.me/v2nWL), com um conjunto de princípios ideais, entre os quais:

Política externa: O Brasil não merece!

Por Kjeld Jakobsen, na revista Teoria e Debate:

Há um debate acadêmico corrente sobre se os diplomatas são servidores de Estado ou de governo. Os diplomatas que defendem a primeira opção, particularmente aqueles que criticam a política externa brasileira levada adiante pelo governo Lula e Dilma, o fazem argumentando que trata-se de uma política de Estado e não de governos ou de partidos. Além disso, a política brasileira representaria um “consenso” construído ao longo de décadas de atuação do Itamaraty. Dessa forma, a burocracia do Ministério das Relações Exteriores também se insularia da incidência do próprio governo e de grupos de interesse da sociedade civil sobre a política externa, podendo se dedicar à evolução de sua própria carreira profissional.