domingo, 25 de setembro de 2016

Sócios na empulhação: 'parceria' Temer-MBL

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Só um idiota pode se surpreender com a notícia de que o MBL foi convocado pelo governo Temer para ajudar a pensar em estratégias para comunicar as reformas da Previdência e do trabalho.

Só um imbecil pode achar isso vai dar certo.

O MBL está virtualmente morto, como o governo Temer. A última manifestação convocada pelos kataguiris tinha menos de mil pessoas na Paulista. É um caso de auto desmoralização.

As elites agem para manter os juros altos?

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

A confirmação, pelo Banco Central, na quarta-feira, 31, dos juros mantidos há mais de um ano em 14,25% cristaliza o País como caso raro de estabilidade no topo em um mundo com predominância de taxas zero, insignificantes ou cadentes. À ineficiência econômica e ao exotismo da situação no contexto internacional, acrescenta-se outro recorde incômodo, o da maior taxa real média nos últimos 19 anos. A situação foi identificada em uma amostra de 11 países estudada por Thereza Balliester Reis e apresentada em dissertação de mestrado em junho, na Universidade de Paris.

Temer beneficia mansões de milionários

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Em que lugar no mundo um governante precisando fazer ajuste fiscal, com perda de arrecadação, mesmo sendo neoliberal, seria louco de criar uma lei reduzindo receitas sobre bens de luxo pertencentes à União, usufruídos por milionários? A resposta é: só no Brasil de Temer.

Na calada da noite, sem nenhum debate público, em 10 de junho, o ainda interino Michel Temer assinou e enviou ao Congresso a medida provisória 732/2016, que reduz a 10,54% o teto de reajuste das taxas cobradas de quem ocupa terrenos da União.

Intelectuais condenam abusos da Lava-Jato

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Do site Carta Maior:

A ordem pública brasileira vem sendo ameaçada sistematicamente por aqueles que deveriam protegê-la.

O direito ao protesto coletivo vem sendo coibido por intervenções provocativas, abusivas e desproporcionais por parte da Polícia Militar, como se a velha polícia política das ditaduras estivesse de novo às soltas.

Ano a ano, cidadãos brasileiros invisíveis são conduzidos coercitivamente a depoimentos - ou algo pior - sem serem intimados pela justiça.

Temer ouvirá as vítimas de suas reformas?

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Cortador de cana
Servente de pedreiro
Carvoeiro
Roçador de juquira
Operário de frigorífico
Colhedor de fumo
Mineiros
Segurança particular
Gari
Profissional do sexo
Motoboy
Pescador comercial
Trabalhadora empregada doméstica
Caminhoneiro
Costureira
E, sem se esquecer, professor.


Michel Temer quer convocar movimentos que ajudaram no processo de impeachment para a tornar as reformas trabalhista e previdenciária mais palatáveis para a população. Em outras palavras, dourar a pílula da imposição dos 65 anos como idade mínima para aposentadoria e enfiá-la goela abaixo da xepa sem discussão.

O absolutismo predomina na Lava-Jato

Por Leonardo Isaac Yarochewsky, na revista Caros Amigos:

No século XVII o rei detinha o poder absoluto. Ele legislava, governava, administrava a justiça e comandava o exército. O rei absolutista impunha respeito à sua autoridade por meio da força militar e da cobrança de impostos. Valia-se também da “teoria do direito divino”. Segundo essa teoria, o rei recebia o poder de Deus e era, portanto, seu representante na Terra. Coloca-se acima da sociedade, da Igreja e do Papa. Opor-se ao rei significava opor-se a Deus. Com isso toda população estava obrigada a seguir uma única fé: a religião do rei, “Um rei, uma lei, uma fé“, lema de Luís XIV. O regime absolutista caracterizou-se pela intolerância religiosa e pelas violentas perseguições a quem se opunha à religião do rei.

Grande mídia ignora confissão de Temer



Por Glenn Greenwald, no site The Intercept-Brasil:

Ontem, Inacio Vieira do The Intercept Brasil expôs uma das mais significativas provas das verdadeiras motivações por trás do impeachment da presidente eleita, Dilma Rousseff. Em palestra para um grupo de empresários e dirigentes da política externa americana, o atual presidente, Michel Temer, admitiu que não foram as pedaladas fiscais que deram início ao processo de impeachment, mas a oposição de Dilma à plataforma neoliberal, composta de cortes em programas sociais e privatizações, proposta pelo PMDB.

Os muitos golpes do golpe

Por Paulo Teixeira e Raimundo Bonfim, na revista Fórum:

O golpe chegou às escolas. Em vez de promover amplo debate sobre o que deve mudar na Educação, Michel Temer assinou uma medida provisória que institui retrocessos evidentes, como a tendência à supressão do curso noturno e a não obrigatoriedade do ensino de artes e educação física no Ensino Médio. De forma arbitrária, Temer torna a educação pública menos inclusiva (o período noturno responde hoje por um terça das matrículas e é fundamental para quem trabalha durante o dia, impossibilitado de migrar para o ensino diurno, integral ou não) e estabelece um modelo de escola voltado mais para o mercado do que para a formação integral do estudante (o que acontece quando se retiram disciplinas e se obrigam jovens de 14 anos a escolher um campo de estudos).

sábado, 24 de setembro de 2016

José Roberto Marinho está no Bahamas Leaks

https://offshoreleaks.icij.org/nodes/
Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O "Bahama Leaks", o mais novo vazamento em massa de dados em paraísos fiscais, realizado pelo consórcio de jornalistas investigativos ICIJ, traz o nome de José Roberto Marinho, o mesmo nome de um dos três irmãos que herdaram o império midiático de Roberto Marinho. A descoberta foi da página "Pedala Direita".

O nome José Roberto Marinho aparece linkado à empresa New World Real State, da qual Marinho aparece como presidente, vice-presidente, tesoureiro e secretário.

O cheiro dos pobres e o sinal dos tempos

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Quando disse que quase vomitou com o cheiro de um pobre que tentou ajudar colocando-o em seu carro, o candidato a prefeito de Curitiba pelo PMN, Rafael Greca, apenas disse em voz alta o que muitos sentem, mas não dizem neste Brasil esquisito que está surgindo.

- Eu nunca cuidei dos pobres. Eu não sou São Francisco de Assis. Até porque a primeira vez que eu tentei carregar um pobre no meu carro eu vomitei por causa do cheiro – disse Greca num debate. Depois, alegou que a frase foi descontextualizada.

Os idiotas do anticubanismo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Os nossos “coxinhas” imbecis – se me perdoam o pleonasmo – que “denunciaram” o governo Lula por ter financiado parte das obras do porto de Mariel, em Cuba, deveriam ler a reportágem da Folha, hoje, reproduzindo a agência alemã Deutsche Welle:

Chefes de governo chinês e japonês visitam Havana para tratar de economia e comércio. Eles querem conquistar posição na ilha, antes que o bloqueio americano seja suspenso e empresas dos EUA se instalem no mercado cubano. Cuba está em alta. Depois da presença do presidente iraniano, Hassan Rohani, no início desta semana em Havana, será a vez dos primeiros-ministros do Japão e da China visitarem a ilha caribenha —sinal de um interesse crescente das grandes potências asiáticas por Cuba.Nesta quinta-feira (22), Shinzo Abe inicia a primeira visita de um chefe de governo japonês a Cuba, abrindo um novo capítulo nas relações bilaterais, existentes desde 1929. Em maio do ano passado, o ministro do Exterior do Japão, Fumio Kishida, já havia visitado a ilha, pouco depois que EUA e Cuba deram início à política de aproximação.

Nasce a pior empresa do mundo

Ilustração: Miguel Villalba Sánchez (Elchicotriste)
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

É a notícia mais assustadora do século. A Bayer, cuja antecesseora, a IG Farben, fabricava o Zyklon-B, o gás usado pelos nazistas nas câmaras que matavam judeus na Segunda Guerra, comprou a Monsanto, que produzia o Agente Laranja, químico usado na guerra do Vietnã, e que atualmente vende o pesticida mais usado (e criticado) da história do mundo, o glifosato (comercializado com o nome de Round-Up). Imediatamente após a notícia, memes se espalharam pela rede, inclusive no Brasil, criticando a fusão.

Estupro: o que a mídia esconde

Por Rachel Moreno, no site Outras Palavras:

Uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública com o Instituto Datafolha, realizada em setembro e amplamente divulgada recentemente, reacendeu a polêmica que tomou conta do noticiário, algum tempo atrás, sobre o que se institucionalizou chamar de “cultura do estupro”.

Mais uma vez, a mídia que divulgou a pesquisa colocou, no centro da discussão, a responsabilidade das mulheres – na escolha do jeito de se vestir – a quem 30% da amostra atribuiria a culpa pelo estupro.

Temer confessa verdadeiras razões do golpe

Editorial do site Vermelho:

Falando para empresários na Americas Society/Council of the Americas, nesta quarta-feira (21), em Nova York, o presidente ilegítimo Michel Temer confessou que o golpe contra Dilma Rousseff ocorreu para impor ao país o programa econômico rejeitado nas urnas, expresso na chamada “Ponte para o futuro”. Neoliberal e antipopular, o programa foi anunciado pelo PMDB em outubro de 2015. Temer deixou claro que as razões alegadas para depor a presidenta eleita foram meros pretextos para iludir parte da opinião pública e disfarçar o golpe.

As três infâmias da Operação Lava Jato

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Sabia-se que denunciariam Lula, como tudo farão para vê-lo atrás das grades, independentemente de provas e da ordem jurídica

A cidadania e o que resta de consciência jurídica neste país macunaímico, foram agredidos por três infâmias desde sempre anunciadas, como a morte de Santiago Nasar que Gabriel Garcia Márquez tornou simbólica em sua novela genial: a anunciada denúncia dos procuradores contra Lula, sua anunciada recepção por um juiz irrecuperavelmente suspeito e, finalmente, o esperado despacho do presidente do Senado Federal, condenando ao arquivo das peças mortas dois pedidos de impeachment interpostos contra o inefável ministro Gilmar Mendes.

A dignidade não pode ser esquartejada

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Seria preciso regredir à primeira metade do século XVIII e aos tempos do absolutismo para compreender o grau de barbárie a que o economista Guido Mantega foi submetido na manhã de quinta-feira. Você provavelmente já sabe: acompanhando a mulher que era submetida a uma cirurgia para operar um câncer, no Albert Einstein, em São Paulo, Mantega foi retirado do local pela Polícia Federal, que cumpria um mandato de prisão assinado pelo juiz Sérgio Moro, revogado após cinco horas.

Unidade contra a agenda privatista

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

Sob a bandeira de “Nenhum direito a menos” e “Rumo à construção da greve geral”, 23 estados, além do Distrito Federal, ocuparam as ruas e mandaram recado ao presidente sem voto Michel Temer neste 22 de setembro. Esse foi apenas um esquenta para a greve geral que as centrais estão preparando caso a agenda regressiva de Temer avance contra os direitos sociais e trabalhistas.

Dez possíveis lições após o impeachment

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Seguramente é cedo ainda para tirar lições do questionável impeachment que inaugurou uma nova tipologia de golpe de classe via parlamento. Estas primeiras lições poderão servir aos que amam a democracia e respeitam a soberania popular, expressa por eleições livres e não em ultimo lugar ao PT e aliados. Os que detêm o ter, o poder e o saber que se ocultam atrás dos golpistas se caracterizam por não mostrar apreço à democracia e por se lixar pela situação de gritante desigualdade do povo.

A prisão de Mantega e o Estado de Direito

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A prisão de Guido Mantega, no Hospital Albert Einstein, onde estava acompanhando a esposa, que tem câncer, sem flagrante ou fato novo que a justifique e de maneira absolutamente desnecessária - o ex-ministro é uma figura pública, com endereço conhecido, que teria comparecido normalmente para depor caso tivesse sido intimado a isso, se o objetivo era a preservação de eventuais provas, a questão poderia ter sido resolvida por meio da expedição de mero mandato de busca e apreensão - só se explica pela busca da espetacularidade e de pressão sobre o detido.


Vem aí uma greve geral contra Temer

Por Mauro Donato, no blog Diário do Centro do Mundo:

Segundo os organizadores, foi só um ‘esquenta’. Mas a julgar pela diversidade de setores presentes, está tudo bem encaminhado para uma grande greve geral. Na tarde desta quinta-feira, pelo menos 30 mil pessoas reuniram-se na avenida Paulista, no que chamaram de Dia Nacional de Paralisação e Mobilização. Os atos ocorreram também em outras 17 cidades.

“Paralisamos várias categorias profissionais. Da Educação, os Metalúrgicos, os Químicos, os Eletricitários, vários. É uma demonstração para os golpistas de que não vamos aceitar nenhum retrocesso, nenhuma retirada de direitos trabalhistas. É só uma etapa antes de uma greve geral que está em construção. Uma parte da sociedade brasileira ainda não conseguiu entender o que está por trás desse golpe, dessa ação organizada pela Fiesp e pelos setores econômicos que querem acabar com os direitos sociais conquistados”, disse Douglas Izzo, presidente da CUT-SP, ao DCM.