quarta-feira, 30 de novembro de 2016
A foto que simboliza a aprovação da PEC-55
Foto: Gisele Arthur |
A foto acima é simbólica do que está acontecendo no Brasil.
Do lado de dentro da Câmara, parlamentares desfrutam de um aprazível coquetel.
Do lado de fora, estudantes, trabalhadores e integrantes de movimentos sociais são covardemente atacados pela PM de Brasília.
A PEC 55, aprovada ontem em primeiro turno de votação pelos nossos bem alimentados senadores, vai fazer mais ou menos isso: drenar os recursos do Estado para o pagamento dos juros da dívida pública, alimentando insaciáveis banqueiros, enquanto estudantes e trabalhadores sofrerão na pele os efeitos do congelamento dos investimentos públicos pelos próximos 20 anos, mesmo que a receita do Estado brasileiro aumente.
PEC-55 aprovada; "Dia vergonhoso" no Senado
Da revista Fórum:
O Senado aprovou, em primeira votação, na noite desta terça-feira (29), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55. A medida prevê o congelamento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos. Foram 61 votos favoráveis e 14 contrários. A sessão durou sete horas.
Enquanto senadores discursavam no plenário, manifestantes ocuparam o gramado em frente ao Congresso Nacional e foram duramente reprimidos. A sessão chegou a ser suspensa pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, por alguns minutos devido a protestos da presidente da Confederação das Mulheres no Brasil, Gláucia Morelli. Segundo ela, a PEC busca “entregar o país aos banqueiros” e tirar recursos da saúde e educação.
O Senado aprovou, em primeira votação, na noite desta terça-feira (29), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55. A medida prevê o congelamento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos. Foram 61 votos favoráveis e 14 contrários. A sessão durou sete horas.
Enquanto senadores discursavam no plenário, manifestantes ocuparam o gramado em frente ao Congresso Nacional e foram duramente reprimidos. A sessão chegou a ser suspensa pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, por alguns minutos devido a protestos da presidente da Confederação das Mulheres no Brasil, Gláucia Morelli. Segundo ela, a PEC busca “entregar o país aos banqueiros” e tirar recursos da saúde e educação.
Enfim, Temer "bomba". Bomba de gás!
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
É deprimente que o Brasil esteja vivendo uma escalada de violência política.
Deprimente, mas facilmente explicável.
Hoje, sem motivos, uma tropa de choque avançou sobre milhares de manifestantes que se reuniram em frente ao Congresso, contra a PEC, ex-241 e agora 55, que a máquina mortífera do Governo irá aprovar, esta sem as dificuldades que se enfrentou no caso de anistia ao Caixa 2.
terça-feira, 29 de novembro de 2016
Meirelles agrada banco e ferra trabalhador
Por Altamiro Borges
Os rentistas não têm do que reclamar do Judas Michel Temer e
do seu czar da economia, Henrique Meirelles. Eles orquestraram e financiaram o “golpe
dos corruptos” e estão sendo regiamente recompensados. Na semana passada, o
Banco Central divulgou que os juros cobrados no cheque especial bateram novo
recorde em outubro e chegaram a 328,9% ao ano. Esse é o maior patamar da série
histórica, que teve início em 1994. Já os juros do cartão de crédito atingiram 475,8%
ao ano no mês passado. Esta taxa também havia batido seu recorde histórico em
setembro, ao alcançar 479,7% ao ano.
Festa de final do ano do Barão de Itararé
Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé anuncia a sua tradicional confraternização de fim de ano para recarregar as pilhas e não esmorecer diante do período de retrocessos e ataques à liberdade de expressão inaugurado pelo golpe judicial-midiático-parlamentar. O encontro ocorre no dia 8 de dezembro, a partir das 18 horas, no Café dos Bancários, situado na Rua São Bento, 413, no centro de São Paulo.
Fascistas do MBL atacam embaixada de Cuba
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Relatei ontem a cena ultrajante em que meia dúzia de exaltados de direita destruíram as flores e o cenário de homenagem a Fidel Castro criado por admiradores em frente à Embaixada de Cuba. Eles já foram identificados e estão fazendo propaganda de sua própria incivilidade, grosseria e desrespeito ao povo cubano nesta hora.
Felipe Porto, militante do MBL, postou numa rede social fotografia em que aparecem ele, Kelly Bolsonoro, Cristiane Couto e Marcelo Seixas de Araujo brindando à morte de Fidel na porta da Embaixada. Seu texto diz:
Relatei ontem a cena ultrajante em que meia dúzia de exaltados de direita destruíram as flores e o cenário de homenagem a Fidel Castro criado por admiradores em frente à Embaixada de Cuba. Eles já foram identificados e estão fazendo propaganda de sua própria incivilidade, grosseria e desrespeito ao povo cubano nesta hora.
Felipe Porto, militante do MBL, postou numa rede social fotografia em que aparecem ele, Kelly Bolsonoro, Cristiane Couto e Marcelo Seixas de Araujo brindando à morte de Fidel na porta da Embaixada. Seu texto diz:
Quarenta anos com Fidel Castro
Por Fernando Morais, no blog Nocaute:
Durante quarenta anos o editor de Nocaute esteve dezenas de vezes em Cuba, como jornalista, escritor e ativista político. Nesse período aproximou-se do principal líder da Revolução Cubana, Fidel Castro. Neste texto especial para o blog, Morais relembra alguns dos momentos de seu convívio com Fidel, falecido na última sexta-feira, aos noventa anos.
Durante quarenta anos o editor de Nocaute esteve dezenas de vezes em Cuba, como jornalista, escritor e ativista político. Nesse período aproximou-se do principal líder da Revolução Cubana, Fidel Castro. Neste texto especial para o blog, Morais relembra alguns dos momentos de seu convívio com Fidel, falecido na última sexta-feira, aos noventa anos.
Trancado num hotel por semanas sem fim, esperando Fidel
O tropel dos coturnos pretos sobre o chão de mármore do casarão silencioso me deu a certeza de que era ele quem chegava. Já passava da meia-noite, no final de março de 1975. Eu terminava minha entrevista com o vice-presidente cubano, Carlos Rafael Rodriguez e na manhã seguinte embarcaria de volta ao Brasil, depois de passar quase três meses esquadrinhando Cuba para a reportagem que redundaria no livro “A Ilha”.
O tropel dos coturnos pretos sobre o chão de mármore do casarão silencioso me deu a certeza de que era ele quem chegava. Já passava da meia-noite, no final de março de 1975. Eu terminava minha entrevista com o vice-presidente cubano, Carlos Rafael Rodriguez e na manhã seguinte embarcaria de volta ao Brasil, depois de passar quase três meses esquadrinhando Cuba para a reportagem que redundaria no livro “A Ilha”.
Moro proíbe Cunha de inquirir Temer
Do blog Viomundo:
O presidente Michel Temer (PMDB-SP) vai depor como testemunha no processo contra o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Operação Lava Jato.
Na sexta-feira (25/11), a defesa do ex-presidente da Câmara dos Deputados protocolou na Justiça Federal 41 perguntas a Temer
Hoje, porém, o juiz Sérgio Moro indeferiu “perguntas incômodas”, observou Mônica Bérgamo.
O presidente Michel Temer (PMDB-SP) vai depor como testemunha no processo contra o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Operação Lava Jato.
Na sexta-feira (25/11), a defesa do ex-presidente da Câmara dos Deputados protocolou na Justiça Federal 41 perguntas a Temer
Hoje, porém, o juiz Sérgio Moro indeferiu “perguntas incômodas”, observou Mônica Bérgamo.
Fidel Castro tem algo a nos dizer
Do site Carta Maior:
O percurso de Fidel Castro foi tão intenso que por muito tempo será como se continuasse por aqui.
Sua relevância vincula-se à da ilha na qual lutou como um leão para provar que certas ideias pertenciam ao mundo através da ação.
Deixar uma obra inconclusa, porém não derrotada, em disputa, foi sua maior vitória.
Num tempo em que a utopia perdeu o seu horizonte de transição, Fidel ergueu pilares de uma ponte inconclusa, mas não derrotada, que dialoga com nossos desafios e hesitações.
O percurso de Fidel Castro foi tão intenso que por muito tempo será como se continuasse por aqui.
Sua relevância vincula-se à da ilha na qual lutou como um leão para provar que certas ideias pertenciam ao mundo através da ação.
Deixar uma obra inconclusa, porém não derrotada, em disputa, foi sua maior vitória.
Num tempo em que a utopia perdeu o seu horizonte de transição, Fidel ergueu pilares de uma ponte inconclusa, mas não derrotada, que dialoga com nossos desafios e hesitações.
Mentiras dos golpistas para derrubar Dilma
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
A matéria mais lida esta semana no DCM dizia respeito a um empresário, Flávio Rocha, dono da Rede Riachuelo. Rocha desprezava os programas sociais, ele que já foi acusado de promover trabalho semiescravo.
O título de nosso texto: “Estado Robin Hood acabou”, diz dono da Riachuelo, condenada a pagar pensão mensal a costureira que colocava elástico em 500 calças por hora... Os leitores se indignaram, e a nota viralizou.
Rocha, isto não estava em nosso texto, teve um papel expressivo no golpe.
O título de nosso texto: “Estado Robin Hood acabou”, diz dono da Riachuelo, condenada a pagar pensão mensal a costureira que colocava elástico em 500 calças por hora... Os leitores se indignaram, e a nota viralizou.
Rocha, isto não estava em nosso texto, teve um papel expressivo no golpe.
Movimentos sociais "ocupam Brasília"
Da Rede Brasil Atual:
Movimentos sociais organizam amanhã (29) um dia de manifestações com objetivo de impedir a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55. A proposta, que limita os gastos públicos inclusive em áreas essenciais como saúde e educação por 20 anos, foi aprovada na Câmara sob o número 241, está prevista para ir a votações no Senado nesta terça-feira e no dia 11 de dezembro em segundo turno. Uma PEC precisa dos votos de 49 (três quintos) de um total de 81 senadores. Os partidos que fazem oposição ao governo Michel Temer tentam barrar a votação. E as organizações populares tentam pressionar os parlamentares.
Podridão na cozinha de Michel Temer
Por Renan Truffi, na revista CartaCapital:
Um lance de escadas do Palácio do Planalto é o que separa o gabinete do presidente Michel Temer de dois dos seus principais auxiliares: o agora ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, e o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Além deles, figuras como o líder do governo no Congresso, Romero Jucá, e o secretário do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), Moreira Franco, circulam com frequência pelo local onde está o gabinete presidencial, no terceiro andar do palácio.
Um lance de escadas do Palácio do Planalto é o que separa o gabinete do presidente Michel Temer de dois dos seus principais auxiliares: o agora ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, e o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Além deles, figuras como o líder do governo no Congresso, Romero Jucá, e o secretário do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), Moreira Franco, circulam com frequência pelo local onde está o gabinete presidencial, no terceiro andar do palácio.
Recessão se aprofunda e confiança despenca
Do site Vermelho:
O efeito de seis meses de gestão Michel Temer sobre a economia é mais recessão. O governo repete que, com o ajuste, a confiança está voltando e traz consigo a recuperação – tudo assim, como o mágico tira o coelho da cartola, num discurso diariamente desmentido pela realidade. Não só os indicadores da economia real vão na direção oposta, como as expectativas dos agentes econômicos também. Até a mídia já anuncia o fracasso do governo.
O efeito de seis meses de gestão Michel Temer sobre a economia é mais recessão. O governo repete que, com o ajuste, a confiança está voltando e traz consigo a recuperação – tudo assim, como o mágico tira o coelho da cartola, num discurso diariamente desmentido pela realidade. Não só os indicadores da economia real vão na direção oposta, como as expectativas dos agentes econômicos também. Até a mídia já anuncia o fracasso do governo.
A bestialização precisa de Temer
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
O governo Michel Temer vive sua agonia, na mesma situação em que veio ao mundo: em manobras de gabinete, que tentam lhe dar um sopro de vida, longe dos poderes soberanos do povo.
Este é o ponto escandaloso da situação. Depois de paralisar o país durante 22 meses, produzindo o apocalipse artificial que criou as condições para um golpe parlamentar e produziu a pior crise econômica de sua história, os mesmos senhores que detém os fios de comando do poder de Estado já não sabem o que fazer com Temer.
O governo Michel Temer vive sua agonia, na mesma situação em que veio ao mundo: em manobras de gabinete, que tentam lhe dar um sopro de vida, longe dos poderes soberanos do povo.
Este é o ponto escandaloso da situação. Depois de paralisar o país durante 22 meses, produzindo o apocalipse artificial que criou as condições para um golpe parlamentar e produziu a pior crise econômica de sua história, os mesmos senhores que detém os fios de comando do poder de Estado já não sabem o que fazer com Temer.
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
Reforma no ensino médio restringe direitos
A Medida Provisória (MP) nº 746, de 2016, encaminhada ao Congresso Nacional pelo presidente golpista Michel Temer com a finalidade de reformar o ensino médio público, carrega consigo as marcas do autoritarismo, da ilegitimidade, da extemporaneidade, da segregação socioeducacional e da redução de direitos dentro de uma agenda neoliberal mais ampla imposta ao Estado brasileiro.
O critério de formulação da reforma não atendeu quaisquer requisitos democráticos para se discutir políticas públicas, sobretudo no campo educacional. E isso constitui vício insanável de origem da proposta governamental, pois a sociedade e a comunidade escolar em particular foram literalmente excluídas do debate.
PEC-55 vende gato por lebre
Por Pedro Rossi, no site Brasil Debate:
No linguajar popular, “vender gato por lebre” é o mesmo que enganar alguém intencionalmente. Pois é o que o discurso oficial tem feito; vende a falsa ideia de que a aprovação da PEC 55 vai trazer crescimento e estabilidade fiscal, mas, no fundo, entrega outro projeto de sociedade, incompatível com a Constituição de 1988.
Para o remédio funcionar, primeiro é preciso acertar o diagnóstico. Mau começo, a PEC 55 parte do diagnóstico equivocado de que o gasto primário é a principal causa do aumento da dívida pública. Na última década, o Brasil só teve déficit primário nos últimos dois anos; como isso explica o aumento da dívida pública? Esta cresceu por conta da acumulação de ativos públicos (principalmente reservas cambiais), da enorme queda da arrecadação nos anos recentes – decorrente da crise e das desonerações fiscais – e do aumento dos gastos com juros, que em 2015 somaram mais de R$ 500 bilhões (ou 8% do PIB).
Para o remédio funcionar, primeiro é preciso acertar o diagnóstico. Mau começo, a PEC 55 parte do diagnóstico equivocado de que o gasto primário é a principal causa do aumento da dívida pública. Na última década, o Brasil só teve déficit primário nos últimos dois anos; como isso explica o aumento da dívida pública? Esta cresceu por conta da acumulação de ativos públicos (principalmente reservas cambiais), da enorme queda da arrecadação nos anos recentes – decorrente da crise e das desonerações fiscais – e do aumento dos gastos com juros, que em 2015 somaram mais de R$ 500 bilhões (ou 8% do PIB).
Brasil é governado por uma quadrilha
Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:
Se durante o breve período do segundo mandato de Dilma não havia governo, com a assunção de Temer ao governo através de um golpe, o Brasil passou a ser governado por uma quadrilha. O golpe foi uma trama inescrupulosa que envolveu muitos lírios perfumados, mas, como escreveu Shakespeare, "os lírios que apodrecem fedem mais do que as ervas daninhas". A remoção de Dilma não obedeceu nenhuma intenção de alta moral, de salvação do destino do país, de construção da grandeza da pátria, da conquista da glória pelos novos governantes através atos de exemplar magnitude em prol do povo. Não. O que moveu o golpe foi a busca da reiterada continuidade do crime, de assalto ao bem público e para salvar pescoços da guilhotina da Lava Jato. Até a grama da Praça dos Três poderes sabe que a parte principal da camarilha que tramou o golpe o fez em nome da paralisação da Lava Jato.
Se durante o breve período do segundo mandato de Dilma não havia governo, com a assunção de Temer ao governo através de um golpe, o Brasil passou a ser governado por uma quadrilha. O golpe foi uma trama inescrupulosa que envolveu muitos lírios perfumados, mas, como escreveu Shakespeare, "os lírios que apodrecem fedem mais do que as ervas daninhas". A remoção de Dilma não obedeceu nenhuma intenção de alta moral, de salvação do destino do país, de construção da grandeza da pátria, da conquista da glória pelos novos governantes através atos de exemplar magnitude em prol do povo. Não. O que moveu o golpe foi a busca da reiterada continuidade do crime, de assalto ao bem público e para salvar pescoços da guilhotina da Lava Jato. Até a grama da Praça dos Três poderes sabe que a parte principal da camarilha que tramou o golpe o fez em nome da paralisação da Lava Jato.
Golpe derrete antes do que se pensava
Vai se cumprindo a previsão de que bastaria deixar a direita governar para ela se enterrar sozinha. Não poderia dar em outra coisa. O governo tucano-peemedebista fará pelo PT e pela esquerda em geral o que nenhum marqueteiro faria. Só o que está surpreendendo é a velocidade da deterioração do “governo” golpista.
Senão, vejamos o contexto em que tudo isso está sucedendo.
Enquanto a direita militante se masturba com a fictícia imagem mental de Lula preso, ele vai sendo absolvido por sucessivos delatores que não conseguiram oferecer nada mais do que a acusação sem provas que propiciou aos golpistas algumas manchetes espalhafatosas.
Assinar:
Postagens (Atom)