sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Dória já construiu o muro do Trump

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Saiu no Estadão reportagem de Bruno Ribeiro e Tiago Queiroz que merecia fazer parte da cobertura sobre as decapitações de Manaus:

"Tela oculta morador de rua sob viaduto."

Equipamento foi instalado pela Prefeitura na região da Avenida 9 de Julho (que celebra derrota na Guerra da Secessão Paulista, em 1932... - PHA)

A conspiração contra os direitos humanos

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A demorada resposta de Michel Temer, do ministro da Justiça Alexandre Moraes e demais integrantes do governo sobre as causas e responsabilidades que levaram ao massacre de 56 presos do Anísio Jobim, em Manaus, é compreensível como um teorema para estudantes do ensino médio. Estamos falando da ditadura que ficou.

O início e o fim deste processo encontra-se num projeto de organização do Estado que rejeita os preceitos essenciais das democracias, que consistem na defesa da presunção da inocência e o direito de defesa, a partir da noção revolucionária - criada no fim do século XVIII - de que todos são iguais perante a lei, qualquer que seja sua fortuna, a cor da pele, o gênero.

Três grandes desafios sindicais para 2017

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Vermelho:

A situação atual do país e a prospecção para 2017 indicam que o grau de adversidade continuará muito elevado, com possibilidades reais de mais um ano com recessão, crise política acentuada e conflitos institucionais graves. O planejamento do Dieese para 2017 procura responder a este cenário, indicando três grandes prioridades para a atuação no campo de unidade de ação das centrais sindicais.

Primeiro, a centralidade do emprego na luta sindical, seja porque é condição para a vida econômica, seja porque o salário é mobilizador da demanda pelo consumo, animador da atividade produtiva das empresas e da capacidade fiscal pela arrecadação tributária.

Venda de carros cai 20%. Cadê o Meirelles?

Por Altamiro Borges

A mídia golpista vendeu a miragem de que bastaria derrubar Dilma Rousseff, a presidenta eleita democraticamente pela maioria do povo brasileiro, para o país voltar a crescer e gerar empregos e renda. Ela também apresentou o rentista Henrique Meirelles, o czar da economia do Judas Michel Temer, como o novo “salvador da pátria”, o homem que reestabeleceria a confiança do “deus-mercado”. Muitos “midiotas” acreditaram nestas bravatas e serviram de massa de manobra para as elites. Agora, porém, muitos já devem estar arrependidos da besteira que fizeram. Todos os indicadores da economia são trágicos, apesar da mídia chapa-branca tentar abafar o caos gerado pelo covil golpista.

Idosos e deficientes estão na mira do Judas

Por Altamiro Borges

O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário do covil golpista informou nesta quarta-feira (4) que os beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada), valor pago a idosos e deficientes em situação de pobreza, serão chamados para serem recadastrados e terem seus benefícios reavaliados a partir deste ano. 

“O cronograma ainda será definido e divulgado”, informou em nota o secretário-executivo do ministério, Alberto Beltrame. Na sua política de “austeridade fiscal”, que beneficia os ricaços e ferra os trabalhadores, o Judas Michel Temer já disse que pretende reduzir os benefícios dos idosos e dos deficientes físicos. É bom ficar em alerta.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Vereador do MBL é um capitão do mato

Por Altamiro Borges

Em entrevista à TV Câmara nesta quarta-feira (4), o vereador Fernando Holiday, um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL) que ganhou projeção midiática nas marchas golpistas pelo “Fora Dilma” e obteve 48 mil votos como candidato pelo fisiológico DEM em São Paulo, disse que pretende apresentar dois projetos de imediato: um para revogar o Dia da Consciência Negra e outro para acabar com as cotas raciais em concursos públicos na capital paulista. Com estas posições, o fascista mirim, que é negro e homossexual, tenta se cacifar como expressão da onda conservadora no país e assume abertamente a postura do típico “capitão do mato” da época da escravidão.

Temer está nos levando ao fim do mundo

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A coluna hoje é uma tradução, feita por mim mesmo, de uma coluna de Vanessa Barbara, uma brasileira que escreve regularmente para o New York Times. Faço alguns comentários em seguida.

***

O fim do mundo? No Brasil, já é aqui
Por Vanessa Barbara

Publicada em 5 de janeiro de 2017

SÃO PAULO, Brasil - O fim do mundo já chegou ao Brasil.

Pelo menos é o que as pessoas aqui estão dizendo. Uma emenda constitucional aprovada pelo Senado no mês passado é chamada de "PEC do fim do mundo" por seus opositores. Por quê? Porque as conseqüências da emenda parecem desastrosas - e duradouras. Ele vai impor um limite de 20 anos em todos os gastos federais, incluindo a educação e cuidados de saúde.

Massacre de Manaus e o 'acidente' de Temer

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Michel Temer chamou de ''acidente pavoroso'' o Massacre de Manaus.

Nesse acidente, 56 pessoas acabaram assassinadas.

Acidentalmente, cabeças foram decapitadas e membros separados dos corpos no presídio Anísio Jobim, em Manaus.

Por acidente, o lugar estava superlotado.

Um acidente fez com que facções criminosas comandassem o local.

Lobistas do massacre no presídio de Manaus

Por Leandro Fortes, em sua página no Facebook:

A Umanizzare Gestão Prisional Privada, empresa responsável pelo presídio privado onde ocorreu o recente massacre de presos, em Manaus, mantém um lobista de plantão no Congresso Nacional: o deputado Silas Câmara, do PSD do Amazonas.

Em 2014, ela doou 200 mil reais para a campanha a deputado federal de Silas.

Expoente da chamada “bancada da bala”, Silas foi um dos 43 parlamentares responsáveis, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, pela aprovação da admissibilidade da PEC 171/1993 – que prevê a redução da maioridade penal para 16 anos.

O trabalho na contrarrevolução de Temer

Por Ricardo Antunes, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Em que mundo do trabalho estamos inseridos?

Depois de um período aparentemente estável do pós-guerra, o ano de 1968 chacoalhou a “calmaria” que parecia vigorar no mundo do welfare state: os levantes em Paris, que se espalharam por tantas partes do globo, estampavam o novo fracasso do capitalismo. Os operários, os estudantes, as mulheres, a juventude, os negros, os ambientalistas, as periferias e as comunidades indígenas chamavam atenção para um novo e duplo fracasso.

De um lado, cansaram de se exaurir no trabalho, sonhando com um paraíso que nunca encontravam. O capitalismo do Norte ocidental procurava fazê-los “esquecer” a luta por um mundo novo, alardeando um aqui e agora que lhes escapava dia após dia.

Temer e a lei da selva no trabalho

Da Revista do Brasil:

Os presentes de final de ano do governo Temer para os trabalhadores – "Belíssimo", como definiu o presidente – foram um conjunto de propostas que, como de hábito, ganhou o rótulo de "modernização" ou "atualização" das leis trabalhistas, uma forma suave de apresentar seu pacote. Talvez sob inspiração da época, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, declarou que as mudanças, se implementadas, têm potencial para estimular a criação de mais de 5 milhões de empregos. O mesmo número do período 2010/2011, por exemplo, de forte crescimento econômico e expansão do emprego formal, em um cenário oposto ao atual.

Entreguismo no petróleo custa R$ 27 bilhões


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O gráfico aí de cima é adaptado do Valor, edição de hoje.

É a estimativa de quanto as multinacionais tirarão a mais de petróleo no Brasil ao final de 2017.

410 mil barris por dia, além dos 460 mil que tiram hoje, calculados ao preço de hoje do Brent, US$ 56,24, e com o dólar a R$ 3,23.

Em um dia, R$ 71 milhões. Em um ano, R$ 27,2 bilhões. Nos trinta anos de exploração de um campo, mesmo com a queda da produção média a 50%, mais de R$ 400 bilhões.

Temer é um Robin Hood às avessas

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

De todos os desastres econômicos, políticos e sociais que o presidente Michel Temer conseguiu propiciar em menos de um ano ocupando a cadeira presidencial, o mais revoltante diz respeito à sua crueldade em relação à população mais pobre desse país.

Mais do que uma completa indiferença à camada social mais necessitada, Temer não só os abandona à própria sorte como os castiga violentamente numa contrapartida ao escandaloso financiamento dos arquitetos do golpe que agora se vê obrigado a sustentar.

Temer só ataca salários e direitos

Por Marcio Pochmann, no site da Fundação Perseu Abramo:

A proposta de reforma trabalhista apresentada pelo governo de Michel Temer no fim do ano passado não tem o novo como objetivo. Ao contrário, fundamenta-se no arcaico para tratar com a nova onda de desafios, associada à modernização das relações de trabalho no Brasil.

O governo Temer sabe que as proposições de alteração no atual código do trabalho são conhecidas de muito tempo, mas que seguem regularmente defendidas pelos interesses de sempre, contrários aos direitos de trabalhadores e que jamais foram capazes de alcançar vitória em eleições democráticas. Por isso se apresentam com viabilidade no autoritarismo, buscando pelo arbítrio alcançar o espaço necessário para desconstruir no que tem sido erigido por décadas de lutas sociais.

Chacina de Campinas: um feminicídio

Por Débora Melo, na revista CartaCapital:

O técnico de laboratório Sidnei Ramis de Araújo, de 46 anos, matou 12 pessoas a tiros antes de se suicidar na noite de Réveillon, em Campinas. Das 12 vítimas, nove eram mulheres, entre elas sua ex-mulher Isamara Filier, de 41 anos. Todos foram sepultados na segunda-feira 2.

Uma carta escrita pelo assassino e divulgada no domingo 1º pelo jornal O Estado de S. Paulo não deixa dúvidas: trata-se de feminicídio, crime no qual as mulheres são mortas em razão do gênero, ou seja, por menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Vai-se o ano, segue a crise

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Vai-se embora finalmente o ano da grande devastação. Vai-se 2016, mas deixando feridas abertas e um vasto inventário de cicatrizes na vida nacional. Leio em algum lugar que o ano tão nefasto para o Brasil e para o mundo em geral terá até um segundo a mais de duração, por força do descompasso entre o giro da Terra e os relógios humanos. Um segundo a mais revelador de que 2016 está disposto a invadir o Ano Novo com suas mazelas. Não nos iludamos com os fogos, não percamos a lucidez com os brindes. No Brasil, por ora segue a crise, com aumento do desemprego, da instabilidade política, da anemia democrática, da desconstrução da cidadania e seus direitos, do espanto com a corrupção dos governantes e com o poder dos grupos corruptores.

Chacina em Manaus: ninguém é inocente

Por Ruivo Lopes, no jornal Brasil de Fato:

Não só Manaus, como também o Brasil e o mundo, sabiam que o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), o maior do estado e em condições desumanas, era um barril de pólvora prestes a explodir. A tragédia, que deixou ao menos 60 presos mortos - decapitados e mutilados -, era anunciada. Não é de hoje que os presídios brasileiros estão entre as piores instituições de privação de liberdade do mundo. Um verdadeiro inferno na Terra!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Cabral e a lavagem de luxo das joalherias

Por Altamiro Borges

A prisão do ex-governador Sérgio Cabral, acusado de receber milhões em propina das empresas que realizaram várias obras no Rio de Janeiro, trouxe à tona um esquema luxuoso e ardiloso de lavagem de dinheiro ilícito. Ele envolve as principais joalheiras do país, que fazem o sonho de consumo dos ricaços nativos. A mídia privada, que abocanha muito dinheiro com os anúncios publicitários destas marcas, evita tratar do assunto – por razões meramente mercenárias e venais. Mas o tema pode voltar à baila nos próximos meses com os novos desdobramentos da midiática Operação Lava-Jato.


Folha aplaude destruição de Temer e Macri

Por Altamiro Borges

As economias do Brasil e da Argentina estão definhando, mas o maior diário em circulação no país, a Folha, segue bajulando os neoliberais Michel Temer e Mauricio Macri. No caso do primeiro, talvez o aumento das verbas publicitárias explique tamanho chapa-branquismo. Já no caso da nação vizinha, a motivação é puramente ideológica. Nesta quarta-feira (4), o jornal publicou um editorial elogiando “as escolhas acertadas” do presidente argentino. Dois dias antes, também em editorial bajulador, ele destacou os “avanços” implementados pelo covil golpista no Brasil. O jornal da famiglia Frias – que apoiou o golpe de 1964 e tratou a sanguinária ditadura de “ditabranda” – não toma jeito!

Massacre do Compaj e o futuro do Brasil

Por Sebastião Velasco, no site Carta Maior:

Feliz 2020! Disse-me o amigo quando nos despedimos, na praia, na noite do dia 30. Otimista que sou, devolvi a brincadeira: feliz 2019! Mesmo com o abatimento, a fatura ainda sairá cara...

Estava escrito. Contra o anseio geral, 2017 anunciava-se um ano amargo. Mas ninguém podia imaginar que seria aberto por tragédia de tal monta.

A notícia explodiu na TV na noite do primeiro dia útil do ano, em competição desleal com a cobertura sobre a posse dos novos prefeitos, subitamente ofuscados em gestos longamente planejados de pornográfica demagogia. Rebelião de presos em Manaus deixa saldo de 60 mortos; a maior chacina em presídios brasileiros, desde o massacre do Carandiru.