quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A conta chegou... para os pobres

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Por Renan Truffi, na revista CartaCapital:

No fim do ano, sem entrevista coletiva ou anúncio no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer fixou em 937 reais o salário mínimo para 2017. O valor é menor do que os 946 reais propostos anteriormente na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) no Congresso e, pela primeira vez desde 2003, não terá aumento real, ou seja, correção acima da inflação registrada no período.

Apesar da pouca repercussão, essa decisão é um dos eixos fundamentais da política econômica do governo peemedebista. Com a PEC 55 e a reforma da Previdência, o salário mínimo forma uma trinca de ações que coloca nas costas do trabalhador a conta da crise econômica.

MP quer prender Haddad por depenar tucano

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em 16 de maio do ano passado, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad – quem, então, era insultado diária e sistematicamente pelo comentarista da Jovem Pan Marco Antônio Villa com epítetos como “vagabundo” – conseguiu desmascarar o adversário de forma tão completa que este, pelo visto, moveu céus e terras para se vingar.

Naquela segunda-feira, o site da prefeitura paulistana publicou a agenda do governador Geraldo Alckmin (PSDB) no lugar da de Fernando Haddad prevendo que o comentarista, como de costume, atacaria. Não por a agenda ser boa ou ruim, mas porque era de Haddad e, assim, seria atacada independentemente de méritos ou deméritos, mas por perseguição política.

A marchinha de carnaval dos tucanos

Falências crescem e golpista pede penico!

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Por Altamiro Borges

A elite empresarial, que orquestrou e financiou o “golpe dos corruptos”, garantiu aos patos que bastaria depor a presidenta Dilma para que a economia voltasse a crescer. Um famoso escravocrata, dono das Lojas Riachuelo, chegou a afirmar que a recuperação seria “instantânea” – poucos meses depois, a sua empresa reconheceu um prejuízo recorde nos negócios. A mídia amplificou a falácia e os “midiotas” acreditaram piamente. Agora, porém, até os mais tapados já fofocam envergonhados que foram usados como massa de manobra. Nesta semana, mais um indicador econômico confirmou a mentira da cloaca burguesa. O número de empresas que pediram falência em 2016 cresceu 12,2%.

A pressão pela queda de Alexandre de Moraes

Da revista Fórum:

O Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP), divulgou na tarde desta terça-feira (11) uma carta aberta em que dezenas de intelectuais, acadêmicos, juristas e políticos pedem a renúncia do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

De acordo com os signatários da carta, Moraes foi “omisso” e “irresponsável” com relação aos recentes massacres ocorridos nas penitenciárias de Manaus (AM) e Roraima que, juntos, resultaram em mais de 80 presos mortos. O texto critica a postura do ministro após fazer uma didática e detalhada exposição da atual conjuntura do sistema carcerário no país.

A chacina como política dos golpistas

Por Marcelo Zero, no site Vermelho:

O Secretário da Juventude do Golpe, que defendeu mais chacinas, foi demitido porque falou em público o que os golpistas e seus apoiadores pensam em privado. Afinal, este é um governo que, além de ter suprimido a democracia e a soberania popular, instituiu um Estado de Exceção dedicado à repressão feroz aos movimentos populares e estudantis que se opõem ao golpe. Conduzido pelo Ministro da Justiça, o mesmo que negou auxílio ao governo de Roraima, esse Estado de Exceção já propôs até mesmo a tortura como método para desalojar os estudantes que ocupavam as escolas.

Lula pede investigação sobre Moro e EUA

Por Cíntia Alves, no Jornal GGN:

O ex-presidente Lula disse que o golpe na presidente Dilma Rousseff teve como finalidade quebrar empresas brasileiras e entregar as riquezas sob tutela da Petrobras a multinacionais, com ajuda do desgaste imposto ao antigo governo e ao PT pela Lava Jato.

Ele afirmou, nesta quarta (11), que as denúncias de que os Estados Unidos estão interferindo na política nacional e têm relações não transparentes com a força-tarefa do Ministério Público Federal que investiga a estatal de petróleo deveriam ser investigadas pela bancada do PT no Congresso. Lula citou o juiz Sergio Moro, que vem impedindo que os elos entre a Lava Jato e agentes estadunidenses sejam abordados no julgamento do caso triplex.

Maus sinais para Temer na Câmara

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Foi em fevereiro de 2005, com o racha na base governista e a eleição do obscuro Severino Cavalcanti, do PP, para a presidência da Câmara, que o PT foi “estraçalhado” pelo baixo clero, como se disse na época, e começou a perder o comando político do Congresso, num progressivo descarrilhamento que veio a dar no golpe de 2016. A sucessão de agora na presidência da Casa está ficando cada vez mais parecida com aquela de 12 anos atrás, que marcou também o início da derrocada ética, moral e funcional do Congresso. Lula, entretanto, tinha “gordura” para queimar. Com a popularidade alta e saldos econômicos e sociais positivos, conseguiu reeleger-se em 2006. Já Temer, se perder o controle sobre a Câmara, estará privado do único trunfo sobre o qual se sustenta seu governo impopular, desastroso na economia, vacilante no enfrentamento dos problemas nacionais e disposto a destruir os avanços sociais das últimas décadas.

Venezuela cria comando antigolpe

Do blog Resistência:

O presidente Nicolás Maduro acusou nesta terça-feira (10) a maioria opositora da Assembleia Nacional (AL) de desrespeitar a Constituição, estimular a desestabilização e tentar um golpe parlamentar.

“A Mesa da Unidade Democrática viola as leis, vulnera os direitos dos venezuelanos e está empenhada em destruir a Revolução Bolivariana, em inundar de sangue a nossa pátria”, declarou o chefe de Estado na sala presidencial do aeroporto de Maiquetía Simón Bolívar.

Quando a burrice está no poder

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                        
O desempenho do governo golpista, além de reafirmar o caráter tacanho, mesquinho, antipopular, antinacional e entreguista da direita brasileira, traz à tona outra não menos importante faceta do pensamento conservador brasileiro: a burrice.

Com as exceções de praxe que confirmam a regra, a indigência intelectual da nossa elite, e de seus representantes nos governos e parlamentos, é de dar dó.

Só mesmo um candidato a se alimentar de alfafa pode achar que desfrutará das delícias da vida de privilegiado com o corte de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários da maioria de pobres que compõem a população de um país campeão em desigualdade social.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Furioso, Dr. Moro liga pra Globo

O que Merval Pereira faz é jornalismo?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O advogado Cristiano Zanin, da equipe de defesa de Lula, acusou esta semana Merval Pereira de não fazer algo digno de ser chamado de jornalismo.

É uma discussão fascinante: Merval faz jornalismo ou propaganda política?

Tenho para mim que Merval milita numa categoria intermediária entre o jornalismo e a propaganda política.

A multiplicação do patrimônio de Aécio Neves

Por Maria Fernanda Arruda, no blog Cafezinho:

Montezuma é um município mineiro no norte de Minas Gerais com um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). Deputados, governadores e senadores mineiros poderiam desenvolver boas políticas públicas para elevar o desenvolvimento local, tais como incentivar as pequenas propriedades rurais familiares. No entanto o município é palco de uma triste história do patrimonialismo de oligarquias políticas do Brasil.

Temer nomeia grileiro para o Incra

Por Lizely Borges, no site do MST:

O presidente do diretório do PMDB em Cuiabá, Clóvis Cardoso, passará a responder pela Diretoria de Obtenção de Terras e Implantação de Projetos de Assentamento do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra). A nomeação ocorreu por meio de decreto, publicado no Diário Oficial do dia 06 de janeiro. Nesta terça (10), o novo diretor assume o cargo em Brasília-DF.

A indicação de Clóvis ao cargo resulta da articulação realizada pelos deputados federais Carlos Bezerra e Valtenir Pereira, ambos do PMDB, junto ao Incra e Casa Civil. A Casa Civil, sob administração de Eliseu Padilha (PMDB), responde pelo Incra desde 30 de maio, quando o então presidente interino Michel Temer transferiu para esta instância, por meio do Decreto 8780, o Incra e as cinco secretarias da Reforma Agrária anteriormente vinculadas Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Previdência privada lucra com Temer

Por Altamiro Borges

Os poderosos grupos econômicos que controlam a previdência privada estão felizes da vida com o quadrilha de Michel Temer. Em 2016, com a orquestração e concretização do “golpe dos corruptos”, os brasileiros aplicaram 10% a mais dos seus parcos recursos neste setor temendo o perigo iminente da reforma da Previdência. O número de pessoas com esse tipo de “investimento”, cujo objetivo é garantir uma vida mais digna na aposentadoria, também cresceu. Já são quase 13 milhões de brasileiros com aplicação em algum fundo de previdência privada, de acordo com a federação das empresas do setor – a Fenaprevi.

Google viola dados pessoais

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

O Ministério Público Federal (MPF) no Piauí ingressou com uma ação civil pública conta a companhia de tecnologia Google. O processo foi motivado pelo escaneamento das mensagens de usuários do servidor de e-mails da empresa, o Gmail, utilizado para serviços de publicidade dirigida.

“Depois do Marco Civil da Internet, ficou claro na legislação brasileira que, para se fazer qualquer tratamento de dado pessoal, é preciso uma autorização específica, expressa, do usuário. É um direito. O Google, no entendimento do Ministério Público, não está atendendo à legislação”, diz Alexandre Assunção e Silva, procurador da República responsável pelo caso.

Gilmar Mendes não se constrange com nada

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Nada foi capaz de abalar o tour de Temer pela Europa, para onde embarcou ontem (9): recebido com protestos no Rio Grande do Sul, onde foi entregar ambulâncias (compradas por Dilma, que não teve tempo de entregar por ter sofrido golpe), assistiu a Brigada Militar (a PM gaúcha) lançar gás lacrimogêneo contra servidores públicos e população em geral; a crise no sistema prisional – rebeliões no Amazonas e em Roraima que resultaram não apenas na morte de quase 100 presos, como causaram a demissão do secretário nacional de Juventude, Bruno Júlio (PMDB), que defendeu a chacina em entrevista; nem mesmo a reprovação de sua gestão pelos brasileiros, a recessão da economia e as dezenas de citações de seu nome em delações na Operação Lava Jato.

Quando a mídia incita a violência de gênero

Por Rachel Moreno, no site Outras Palavras:

O artigo de Carol Patrocínio, replicado pelo Ópera Mundi, faz uma excelente análise dos diversos trechos da carta de Sidnei Ramis de Araújo, que matou a mulher, o filho de 8 anos, dez convidados de uma festa de fim de ano – oito delas mulheres – e depois se suicidou, em Campinas.

Pela análise de Carol, e pelo conteúdo da carta deixada, o que parece difícil é justamente a percepção dos homens sobre a violência de gênero e os estereótipos de gênero. E isso nos remete a um terreno que convém repisar, para tentar avançar na mudança da cultura que naturaliza a violência de gênero e a submissão das mulheres – ainda que tenhamos prosperado tanto nos últimos anos, ocupando todos os espaços e tornando transversal a questão de gênero.

Trabalho desregulado matou milhares na Ásia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Depois que a empolgação dos empresários pela queda de Dilma Rousseff levou o presidente da CNI Robson Andrade a falar na criação de uma jornada de 12 horas diárias de trabalho, numa declaração que repercutiu tão mal que foi rapidamente desmentida, é bom prestar atenção a uma notícia divulgada pela agência Nikkei, a mais importante do Japão, reproduzida nas páginas do Valor Econômico (1/1/2017).

Conforme o Ministério do Trabalho japonês, no ano fiscal encerrado em março de 2016 ocorreram 96 mortes decorrentes de "males oficialmente relacionados ao excesso de trabalho." No mesmo período, diz a agência, ocorreram 93 suicídios ou tentativas de morte voluntária provocadas pelo excesso de trabalho - no Japão, a terceira maior economia do mundo, onde já surgiu uma palavra, "karoshi", para designar a morte por excesso de trabalho.

A propaganda mentirosa de Temer na TV