quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Conteúdo local e o desmonte da nação

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – Pedro Parente e as lições esquecidas

Em entrevista recente, o presidente da Petrobras Pedro Parente não viu diferenças entre empresas nacionais e estrangeiras. Deu como exemplo a indústria automobilística

Parente foi um dos grandes quadros gerados no serviço público. Depois, saiu para o setor privado, presidiu multinacionais do setor agrícola e se tornou um quadro da internacionalização. Deixou de ser um homem público. E, por tal, não se entenda apenas o brasileiro que trabalha no setor público. O Brasil já deu diversas vocações esplêndidas de empresários e executivos que, mesmo trabalhando apenas no setor privado, não perderam a dimensão de país: continuaram grandes brasileiros.

Eleição no Equador e o ciclo progressista

Foto: Andes
Por Mariana Serafini, no site Vermelho:

Faltam apenas dez dias para o primeiro turno das eleições presidenciais do Equador. Às vésperas da votação, cinco institutos de pesquisa locais apontam vitória do candidato Lenín Moreno, ex-vice-presidente e sucessor de Rafael Correa. Se a população escolher a continuidade da Revolução Cidadã, pode ser um marco de renovação do ciclo progressista em toda a América Latina.

FHC e Gilmar sinalizam diálogo com Lula

Foto: Ricardo Stuckert
Por Maria Carolina Trevisan, na revista Brasileiros:

Dona Marisa morreu triste, disse Luiz Inácio Lula da Silva, durante o velório de sua esposa no último sábado, 4/2. Além dos conhecidos motivos que a entristeceram, a agonia da primeira-dama operária foi longa: chegou ao hospital consciente, permaneceu em coma induzido e nove dias depois os médicos iniciaram os procedimentos para verificar a morte cerebral. Seu coração ainda bateu por mais um dia, até parar na tarde de sexta-feira, 3/2.

FHC desmonta tese da Lava Jato

Do site Lula:

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso depôs nesta quinta-feira (9) para o juiz de primeira instância Sérgio Moro na ação penal que a Lava Jato move contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-primeira-dama Dona Marisa Letícia e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto. Fernando Henrique, elencado como testemunha de defesa, depôs em especial sobre o acervo presidencial, que a Lava Jato chama de "objetos pessoais" de Lula e coloca em sob julgamento no processo que move contra o ex-presidente petista.

A tragédia anunciada no Espírito Santo

Foto: Nunah/Mídia Ninja
Por Mateus Cordeiro, no site Outras Palavras:

Desde a última sexta-feira (03), o Estado do Espírito Santo vive uma das piores crises da sua história. Um movimento de mulheres, familiares e amigos de policiais se concentra em frente aos quarteis da PM capixaba e impede a saída dos militares para o serviço diário. Na verdade, mais do que uma simples manifestação dos familiares, trata-se de uma greve velada da categoria que é constitucionalmente impedida de realizar qualquer paralisação.

A quadrilha assumiu o governo!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O genial Bessinha motivou o ansioso blogueiro a refletir sobre recentes acontecimentos.

• "MT", 43 vezes citado na Lava Jato, nomeia para o Supremo do Ministro Gilmar um amigão do peito, militante tucano de SP, e plagiador vulgar - segundo a Fel-lha, em reportagem exemplar de Fabio Victor, Thais Bilenky e Diogo Bercito​.

• A Justiça impede que o gatinho angorá, 23 vezes homenageado na Lava Jato, depois de sumir com um aeroporto, se blinde com o cargo de ministro.

A “solução Michel” para estancar a Lava-Jato

Por Jeferson Miola

O usurpador Michel Temer não indicou um mero juiz para o STF. Pela norma regimental do STF, Alexandre Moraes será, automaticamente, o juiz responsável pela revisão das ações penais da Lava Jato julgadas pelo pleno do Supremo.

As ações julgadas pelo pleno, e não por um das duas turmas do STF, são as que envolvem os presidentes da República, do Senado e da Câmara – os próceres da república que freqüentam as planilhas de propina da Odebrecht com os apelidos “MT”, “Índio” e “Botafogo”.

A missão anti-Lula de Alexandre de Moraes

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Até hoje os brasileiros permanecem privados de explicações racionais e informações confiáveis sobre o critério real que levou Luiz Fachin a assumir a relatoria da Lava Jato. Nem o caráter aleatório de escolha por sorteio pode ser assegurada. Neste ambiente, a situação de Alexandre Moraes, o candidato a ocupar a vaga de Teori Zavaski pelos próximos 25 anos, configura uma situação mais grave e permanente.

Representa uma iniciativa leviana, do ponto de vista jurídico, e irresponsável, do ponto de vista político. Também sugere que Michel Temer decidiu usar a vaga no STF como uma oportunidade para o governo que já se tornara uma fonte permanente de desgaste, o que é um absurdo quando se recorda da importância única que um juiz do Supremo possui na vida dos 206 milhões de brasileiros.

O que restará do Brasil após a Lava-Jato?

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Explicar a política brasileira para o publico estrangeiro é tão difícil quanto traduzir Guimarães Rosa. É difícil explicar mesmo aos brasileiros, porque as verdades factuais mais singelas são diariamente soterradas sob toneladas de mentiras. Em geral, o público, doméstico ou estrangeiro, atêm-se às generalidades. Mas a verdade, assim como o diabo, mora nos detalhes, nas entrelinhas.

A liderança do Partido dos Trabalhadores (PT), o partido que foi apeado do poder pelo impeachment, divulgou um comunicado, assinado por sua liderança na Câmara, que revela a esquizofrenia e caos que acometeu o sistema político brasileiro. O texto denuncia o governo Temer, acusando-o de “patrocinar um conjunto de manobras para literalmente bloquear Operação Lava-Jato, preservando assim o PMDB e o PSDB das investigações da força-tarefa”.

Previdência Social ou Juros?

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A entrada em 2017 também pode ser encarada pela ótica de uma busca desesperada por afirmação de alguma rota de coerência e credibilidade do governo Temer. Afinal, o passar do tempo veio desconstruindo, pouco a pouco, toda aquela falsa expectativa criada em torno das vantagens do “golpeachment”. O canto de sereia dos “putschistas” assegurava que, uma vez consumada a retirada de Dilma do Palácio do Planalto, tudo seria resolvido e o Brasil entraria em um verdadeiro céu de brigadeiro.

Moro talvez não saiba - mas ele já era

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

E Sergio Moro e sua Lava Jato vão sendo, aos poucos, descartados pelo grupo que os usou para tirar Dilma do poder.

O super-heroi da mídia vai sendo relegado aos rodapés. Notícias desagradáveis para Moro eram suprimidas nas redações. Agora, até as vaias que ele recebeu numa palestra que fez na Universidade Columbia, em Nova York, foram noticiadas.

O senador Romero Jucá, numa célebre conversa gravada, disse que era preciso colocar Temer no poder para “estancar a sangria”.

Juiz suspende nomeação de Moreira Franco

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A nomeação de Moreira Franco para a Secretaria-Geral da Presidência da República foi suspensa agora há pouco por uma liminar do juiz Eduardo Rocha Penteado, da Justiça Federal do Distrito Federal, segundo informou o colunista Lauro Jardim, de O Globo.

Moreira, citado 34 vezes na delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, foi nomeado ministro cinco dias depois da homologação das delações da Odebrecht.

Tapetão em 2018 é a última carta dos golpistas

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Em janeiro de 2016, a coalizão que derrubou Dilma Rousseff tinha uma certeza e muitas esperanças. A primeira era de que os dias do governo petista estavam contados. Estavam mesmo.

Já em relação ao que esperavam do futuro, não foi igual. Tudo deu errado. Um ano depois, não se confirmou nenhuma das expectativas daquele conglomerado de interesses empresariais, oligopólios de comunicação, partidos antipetistas e setores do aparelho estatal.

Ela caiu, mas o cenário complicou-se para essas forças. Hoje, nada garante que conseguirão consolidar a vitória que obtiveram quando a tiraram da Presidência e assumiram as rédeas do Estado.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

E as selfies com os PMs do Espírito Santo?

Por Altamiro Borges

Nas marchas golpistas pelo “Fora Dilma”, uma das cenas mais patéticas foi a dos “coxinhas” tirando selfies com os soldados da Polícia Militar e postando nas redes sociais. No Espírito Santo, Estado conhecido pela brutalidade policial nas periferias das maiores cidades, isto foi muito comum. Velhacos e filhotes da elite capixaba posaram para incontáveis fotos. Agora, porém, o quadro se inverteu totalmente. Diante do caos gerado pela revolta da PM contra os péssimos salários, os mesmos “coxinhas” usam as redes sociais para atacar os familiares dos policiais e para exigir a intervenção “dura” do Exército. Haja coerência!

Cunha e Temer: quem está mentindo?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Após longa espera, finalmente o juiz Sergio Moro, chefão da midiática Operação Lava-Jato, ouviu o primeiro depoimento do correntista suíço Eduardo Cunha nesta terça-feira (7). O motivo da demora ficou explícito: o ex-presidente da Câmara Federal desmentiu o Judas Michel Temer e complicou a vida do covil golpista. Ele garantiu que o usurpador, que nunca teve nada de decorativo, participou de reuniões para discutir as nomeações do PMDB na direção da Petrobras. Em nota, o Palácio do Planalto voltou a negar a acusação. Quem está mentindo? Eduardo Cunha, Michel Temer ou ambos?

A desgraça Temer: 12,3 milhões sem emprego

Por Altamiro Borges

Muitos “midiotas” acreditaram nas lorotas do Partido da Imprensa Golpista (PIG) de que bastaria derrubar Dilma Rousseff para a economia voltar a crescer e gerar emprego. Michel Temer, com o seu programa “Ponte para o Futuro” – também apelidado de “pinguela para o inferno” – foi exibido como o homem de confiança do “deus-mercado” e o banqueiro Henrique Meirelles, nomeado como czar da economia, como o “salvador da pátria”. Pobres midiotas, tão facilmente manipulados. Serviram de massa de manobra – de patinhos amarelos – dos golpistas. Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou os dados oficiais sobre o desemprego em 2016.


Efeitos perversos da PEC da Previdência

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Entre os prováveis efeitos da reforma da Previdência, estão maior dificuldade de acesso a aposentadorias e benefícios, o que reduzirá o tempo de aposentadoria, além da redução de benefícios, diz a economista do Dieese, Fátima Guerra, citando ainda "estímulos explícitos e implícitos" à previdência privada. Durante seminário promovido pelo instituto e por centrais sindicais, que continua nesta quarta-feira (8), ela apresentou detalhes da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, em nota técnica elaborada pelo Dieese denominada A minimização da Previdência pública.

Temer escolhe guarda-costas para STF

Por Luana Spinillo, no site do PT:

Na avaliação do jurista e deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), a indicação do atual ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) é “desrespeitosa e desmoralizante” para a corte máxima do Brasil.

“É uma vergonha para o Supremo Tribunal Federal e vai macular definitivamente a história do Judiciário brasileiro”, diz, em entrevista à Agência PT.

Os dois tipos de direitistas

Por Galindo Luma

Vivemos um momento em que é moda corrente ser direitista. Alguns acham até que essa posição ideológica seria uma exigência para aqueles que almejam ascensão em variadas carreiras no mercado. Tudo bem. É natural que a ideologia das classes dominantes prevaleça sobre a maioria da sociedade e que por outro lado existam setores que labutam em condições dificílimas no contraponto ao bombardeio midiático do discurso das elites econômicas.

Esse texto é uma “homenagem” a dois “amigos”, um mineiro e um paulista”, que excluí hoje da lista de meus seguidores no twitter. Nele vou tratar apenas de dois tipos curiosos de direitistas, entre os mais variados que infestam as redes sociais. Vamos lá.

O "ajuste fiscal" e o caos no Espírito Santo

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Por Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

O estado do Espírito Santo completou, nesta terça-feira (7), quatro dias de uma crise de violência e saques instalada após a ausência de policiamento nas ruas. Parentes de policiais militares estão impedindo a saída de viaturas dos batalhões para reivindicar reajuste salarial e o pagamento de benefícios.

Roberto Simões, cientista político e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), conecta a insatisfação trabalhista dos policiais ao ajuste fiscal ocorrido no estado capixaba. Segundo ele, as reivindicações de reajuste salarial e melhoria das condições de trabalho vão esbarrar na política de austeridade do governo.