terça-feira, 21 de março de 2017

Jornalistas criticam o censor Sergio Moro

Da Rede Brasil Atual:

A condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, na manhã de hoje (21), é alvo de críticas de analistas e jornalistas de diferentes linhas de pensamento. Todos questionam a atitude do juiz federal Sérgio Moro, apontando ataque à liberdade de expressão e, para alguns, violação da própria lei.

"É preocupante a atitude do juiz federal de Curitiba, que já quis dar lição à 'Folha de S.Paulo' sobre o que o jornal deveria publicar", escreveu, por exemplo, o jornalista Kennedy Alencar. "A Operação Lava Jato tem sido marcada por vazamentos. Não dá para adotar dois pesos e duas medidas em relação a quais vazamentos podem ou não ser tolerados por policiais, procuradores e juízes. Aceitar isso é flertar com perigosa tentação autoritária", afirmou.

Moro decide quem é jornalista!

A violência da PF contra Eduardo Guimarães

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Blogueiro de larga trajetória no campo das mídias progressistas, o paulistano Eduardo Guimarães foi vítima de mais um abuso da Operação Lava Jato na manhã desta terça-feira (21). Crítico das arbitrariedades do juiz Sergio Moro, o autor do Blog da Cidadania foi levado, por condução coercitiva, de sua casa até o prédio da Polícia Federal, no bairro da Lapa, zona oeste da capital paulista.

Guimarães foi conduzido coercitivamente sem nunca ter se recusado a prestar depoimento. Além disso, computadores e celulares dele e de seus familiares foram apreendidos - incluindo o aparelho de sua esposa, que contém contatos médicos usados no dia-a-dia para tratamento de sua filha, Victoria.

"Carne Fraca" e a mistificação do Brasil

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Pode não parecer, mas as causas e conseqüências da Operação Carne Fraca - são, como as de sua "mãe" institucional - a "mãe" de todas as operações, como se diria ao tempo da invasão do Iraque - claramente políticas.

No Brasil, resolveu-se, no bojo da Operação "Tira-Dilma", vender à população uma série de mitos, começando pelo de que se estaria travando uma guerra sem tréguas contra a corrupção, cujo objetivo é "passar a limpo" o país.

Essa estratégia exige que não apenas a principal "operação" fique permanentemente em andamento e evidência, mas também que outras "operações" semelhantes sejam executadas indefinidamente, em ritmo ininterrupto, obedecendo a uma tática não escrita, mas amplamente disseminada, destinada a alimentar certa mídia de factóides, para que ela cumpra o papel de exagerar e replicar essa impostura para a população, já que os resultados dessa "guerra", como demonstram os que foram colhidos até agora pela própria Operação Lava Jato, são mais ilusórios que reais.

A 'carne fraca' da Polícia Federal

Maia tenta impor a terceirização total

Da revista CartaCapital:

O presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou nesta segunda-feira 20 que os parlamentares devem aprovar a terceirização total do trabalho até esta quarta-feira, 22.

O projeto de lei nº 4.302, que permite a terceirização de todas as atividades da empresa, foi criado em 1998 e aprovado em 2002 pelo Senado. Se passar pela Câmara, como previsto, só dependerá da sanção de Michel Temer (PMDB).

"Acredito que nesta semana a gente tenha condições de aprovar, entre terça e quarta-feira, a terceirização na Câmara dos Deputados. É um passo importante porque milhões e milhões de empregos hoje são gerados por terceirização", disse o presidente da Casa durante evento da Câmara Americana de Comércio em São Paulo.

segunda-feira, 20 de março de 2017

O efeito da Globo nos 'midiotas'

O desafio de massificar as maldades de Temer

Judiciário, mídia e o Estado de Exceção

Foto: Paulo Pinto/Agência PT
Por Raphael Coraccini, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O Brasil passa por um momento de guerra jurídica, a chamada Lawfare. Os descalabros jurídicos cometidos por promotores, juízes e policiais apontam para um Estado de exceção já consumado. Essa é a interpretação de Valeska Zanin, advogada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Valeska afirma ainda que o Lawfare só é possível quando a mídia participa ativamente da guerra, justificando malfeitos e promovendo seus heróis, como é o caso do juiz Sergio Moro.

A esperança na transposição do São Francisco

Por Luciana Santos, no Blog do Renato:

O Dia de São José é uma data especial e cheia de simbolismo para o povo nordestino. Neste dia a religiosidade popular destina ao santo as orações e pedidos de chuva e por uma boa colheita. É um dia de festa e neste último domingo (19) a festa teve um caráter ainda mais simbólico.

O dia foi escolhido para a inauguração popular da transposição do Rio São Francisco na bacia do Rio Paraíba, em Monteiro; onde estive ao lado dos ex-presidentes Lula e Dilma e de colegas parlamentares e lideranças populares de várias regiões. Essa obra estruturante é um dos principais legados dos governos progressistas no Brasil. Quando estiver pronta, nos dois eixos, a transposição deve beneficiar 12 milhões de pessoas.

A justiça poética das delações contra Aécio

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Tudo de ruim que aparece contra Aécio nas delações tem o sabor de justiça poética.

É o caso dos 50 milhões de reais que Marcelo Odebrecht afirmou que Aécio recebeu por conta da construção de uma usina em Rondônia.

Foi em 2007, quando Aécio era governador de Minas. Os 50 milhões de reais, em valores de hoje, são 90.

Foi a Folha que deu o furo. Mas deu de uma forma miserável. Escondeu a notícia na primeira página.

Na festa nordestina, Lula retoma a ofensiva

Monteiro/PB, 19 de março de 2017. Foto: Ricardo Stuckert

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A grande celebração, entre Lula e o povo nordestino, da chegada das águas do rio São Francisco ao semi-árido será apontada como um pretexto para o lançamento de sua candidatura a presidente em 2018. Mais do que isso, porém, o ato de Monteiro (PB) foi uma questão de justiça histórica, que Temer tornou necessária com sua mesquinha inauguração oficial da semana passada, em que sequer mencionou o nome de seu principal realizador. O comparecimento maciço a um encontro com quem não mais governa, a força política da manifestação e os claros sinais da saudade de Lula sugerem que a oposição começa a sair da defensiva para tomar a dianteira, depois da derrota imposta pelo golpe de 2016.

'Lista de Janot' e as reformas do rentismo

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

O vazamento em pílulas, do que vulgarmente ficou conhecido como “Lista do Janot” — independentemente de quem está nela arrolado – foi mais um episódio da “exceção” em voga no nosso sistema de direito, que unifica politicamente grupos organizados dentro da alta burocracia estatal, a maioria da mídia tradicional e setores liberal –conservadores de vários partidos políticos. Sua forma parcelada, manipulada e ilegal de divulgação, visa omitir sua verdadeira e real novidade: a maioria das pessoas supostamente envolvidas em atos ilegais, que ainda não se sabem quais são — nem se são reais — na sua maioria são originárias, tanto dos partidos golpistas que estavam no governo, como dos partidos golpistas que eram oposição.

O conluio criminoso entre Janot e mídia

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Quis custodiet ipsos custodes?

Quem vigia os vigilantes?

Como diria o Lenio Streck, isso é incrível, ou melhor, crível.

Pindorama se tornou uma espécie de faroeste sem lei, onde tudo é possível.

A lei de delação premiada já é, por si mesma, uma farsa. Importaram uma lei dos Estados Unidos, esquecendo que, lá, procurador é nomeado e demitido pelo governo.

Meirelles já vendeu o Brazil!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Saiu no PiG cheiroso:

Meirelles anuncia mais abertura e interesse do país em aderir à OCDE

O ministro da Fazenda Henrique Meirelles enfatizou no G-20 que o Brasil está se movendo para uma maior abertura comercial e revelou que o país examinará a adesão à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Economico (OCDE), numa reviravolta na postura brasileira até recentemente.

Em contraste com os EUA no grupo das maiores nações desenvolvidas e emergentes, Meirelles disse que o Brasil é favorável à abertura comercial, com base na experiência de que o protecionismo foi negativo para o país.

Bolsonaro tenta escapar da 'Lista da Friboi'

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Eu não fico dando muita bola para o senhor Jair Bolsonaro, mas quando ele se mete a fazer todo mundo de burro, é obrigação mostrar isso.

Ele postou em seu Facebook um vídeo [aqui] dizendo que “devolveu” o dinheiro que recebeu oriundo da JBS – dona da marca Friboi – dizendo que por isso era honesto.

Menos, seu Jair, menos.

O senhor recebeu R$ 200 mil da JBS-Friboi, repassados pelo diretório nacional do PP, através do recibo eleitoral 011200600000RJ000001, conforme o TSE.

Previdência: Uma reforma que deforma

Por Humberto Carvalho Lopes, no site da UJS:

Seria muito fácil para qualquer um, simplesmente vestir a ideologia do senso comum, e dizer “Bolsomito 2018”, principalmente, nos meios direitistas, em âmbitos familiares e sociais em que boa parte dos brasileiros vivem. Por pensar diferente desse senso comum, existem pessoas que são acusadas de sofrer doutrinação, principalmente dentro da sala de aula. O ato revolucionário em questão é desenvolver uma coisa chamada senso crítico e posicionar-se politicamente no espectro de esquerda. O campo do proletário, do estudante, do desempregado, das lutas pela equidade de gênero, pela erradicação de quaisquer tipos de discriminações, e pelo pleno empoderamento do trabalhador em detrimento dos grandes patrões.

O impacto devastador da terceirização

Por Alan Trajano, no site do Diap:

A possibilidade da terceirização irrestrita defendida pelo empresariado nacional e objeto central das discussões que envolvem a reforma da legislação e jurisprudência em vigor é vista como a modernização necessária e, na outra extremidade como precarização das relações de trabalho. Este debate vai além. O impacto da terceirização irrestrita pode ser devastador para as próprias empresas que buscam aumentar sua produtividade e competitividade.

O processo de reestruturação produtiva se inicia simultaneamente na maioria dos países capitalistas na década de 70 do Século 20, no contexto da terceira revolução industrial e tecnológica.

A ilegitimidade do Congresso Nacional

Por Beatriz Cerqueira, no jornal Brasil de Fato:

O que estamos enfrentando neste momento no Brasil definirá não apenas o nosso futuro, mas, também o das próximas gerações. Decidirá se nosso país voltará a combater a miséria ou aprofundará a desigualdade.

A agenda de retrocessos e de retiradas de direitos iniciada em 2016 pretende redefinir o Estado Brasileiro para as próximas décadas. Não se trata, portanto, de "mais uma luta" que precisa se encaixar nos afazeres do nosso cotidiano. Além de retomarmos a democracia em nosso país, está em disputa que modelo de Estado teremos.

Um belo filme sobre a luta pela moradia

Por Laura Capriglione, no site Jornalistas Livres:

Filmes e novelas que desenvolvem a temática social são na maior parte das vezes intermináveis repetições de palavras de ordem e clichês –e, por isso, chatíssimos. Heróis inverossímeis falando sobre sofrências e utopias.

“Era o Hotel Cambridge”, da diretora Eliane Caffé é outra coisa.

Retrato construído com um milhão de pixels anônimos (os trabalhadores sem teto, refugiados das grandes metrópoles do Brasil e do mundo), o filme escolheu estar a meio caminho entre a ficção e o documentário, para melhor se aproximar de seu foco narrativo: a vida, os sonhos, os amores e o tesão da luta em uma das mais emblemáticas ocupações de sem-teto de São Paulo, a que repovoou o antigo Hotel Cambridge.