quarta-feira, 22 de março de 2017

Janot e a criminalização da política

Por Aldo Arantes, no blog do Renato:

No artigo Hora de Mudar a Política publicado dia 19, domingo, Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, afirmou que “as investigações da Lava Jato não têm como propósito criminalizar a política”. E que “não se podem confundir os atos criminosos de alguns políticos com a própria política”.

Tais afirmações são desmentidas pelos fatos. A criminalização da política é uma realidade inconteste e resulta da ação articulada da grande maioria do ministério público e do judiciário, com o apoio da mídia e dos grandes grupos econômicos.

A carne é fraca e a mídia é forte

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A cada dia fica mais evidente que a Operação Carne Fraca, independente de haver falcatruas no setor, foi um movimento político-policial.

Pessoas e fatos surgem ao sabor (podre) das conveniências.

Vaza-se por toda parte e, quando necessário, “vazam”, como na gíria, os personagens inconvenientes.

Os peritos da Polícia Federal dizem, no Estadão, que não houve perícia nos fatos que motivaram um escândalo de repercussão mundial.

Carne Fraca lembra a Operação Tabajara

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Anunciada pomposamente na manhã de sexta-feira como "a maior operação da história", a Polícia Federal mobilizou 1.100 agentes para prender 30 pessoas, certamente um recorde mundial.

Três dias depois, o principal efeito da "Operação Carne Fraca" foi um estrago sem precedentes causado na economia brasileira.

União Européia, China, Coréia do Sul, um a um os maiores importadores mundiais começaram a fechar as portas para a carne brasileira.

Para se ter uma ideia dos prejuízos, o agronegócio ligado à pecuária, que emprega 7 milhões de trabalhadores, foi responsável por mais de US$ 14 bilhões em exportações no ano passado.

Terceirização: mais um golpe de Temer

Editorial do site Vermelho:

A reserva de golpes, chicanas e “espertezas” do governo ilegítimo de Michel Temer contra o povo e os trabalhadores parece inesgotável.

Desta vez, ante a enorme reação dos trabalhadores e das centrais sindicais contra a chamada “reforma trabalhista”, o governo decidiu recuperar uma iniciativa que havia sido tomada ainda no mandato do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. O Projeto de Lei 4302/1998, que é muito pior do que tudo de ruim anunciado até agora, havia tramitado em 2002 e “dormia” desde essa época na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, sem ter sido submetido ao plenário.

Austericídio e outras maldades de Temer

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

Apesar de todas as denúncias e polêmicas envolvendo a Operação Carne Fraca da Polícia Federal dominando o noticiário, a turma do comando econômico na Esplanada parece não perder de vista o seu foco principal. Insistem, persistem e não desistem de forma obstinada em continuar praticando todo o tipo de maldades contra a nossa população e procuram se aperfeiçoar na prática de um tipo vil de liquidacionismo entreguista.

Ao que tudo indica, não bastaram os mais de dois anos seguidos de política econômica ortodoxa e profundamente inspirada do anacronismo criminoso do neoliberalismo. Afinal, o intento dos (ir)responsáveis pela economia foi plenamente atingido. O nosso PIB caiu 3,8% em 2015 e mais 3,6% no ano passado. Com o discurso falacioso a respeito da necessidade de se combater o risco da inflação e o déficit público estrutural e incontrolável, optaram pelo caminho mais fácil dos manuais de macroeconomia de quinta categoria. Ora, se há um descompasso entre procura e oferta, o caminho é cortar a demanda.

terça-feira, 21 de março de 2017

Gilmar, o Rasputín dos golpistas

Por Jeferson Miola

Gilmar Mendes é onipresente na política brasileira. Participa de todos os movimentos e atua com centralidade em todas as tramoias. Ele é um “alquimista político” constantemente ocupado em manipular fórmulas para salvar o regime de exceção.

Gilmar elabora remédios para toda e qualquer podridão do governo golpista. O papel do Gilmar avulta na mesma proporção em que os golpistas se enredam em problemas criminais. Para um juiz sem-voto, é uma notável proeza.

Neste que é o ano do centenário da Revolução Russa, é inevitável a associação da imagem deste nefasto juiz com a figura do curandeiro Grigori Rasputin.

Jornalistas criticam o censor Sergio Moro

Da Rede Brasil Atual:

A condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, na manhã de hoje (21), é alvo de críticas de analistas e jornalistas de diferentes linhas de pensamento. Todos questionam a atitude do juiz federal Sérgio Moro, apontando ataque à liberdade de expressão e, para alguns, violação da própria lei.

"É preocupante a atitude do juiz federal de Curitiba, que já quis dar lição à 'Folha de S.Paulo' sobre o que o jornal deveria publicar", escreveu, por exemplo, o jornalista Kennedy Alencar. "A Operação Lava Jato tem sido marcada por vazamentos. Não dá para adotar dois pesos e duas medidas em relação a quais vazamentos podem ou não ser tolerados por policiais, procuradores e juízes. Aceitar isso é flertar com perigosa tentação autoritária", afirmou.

Moro decide quem é jornalista!

A violência da PF contra Eduardo Guimarães

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Blogueiro de larga trajetória no campo das mídias progressistas, o paulistano Eduardo Guimarães foi vítima de mais um abuso da Operação Lava Jato na manhã desta terça-feira (21). Crítico das arbitrariedades do juiz Sergio Moro, o autor do Blog da Cidadania foi levado, por condução coercitiva, de sua casa até o prédio da Polícia Federal, no bairro da Lapa, zona oeste da capital paulista.

Guimarães foi conduzido coercitivamente sem nunca ter se recusado a prestar depoimento. Além disso, computadores e celulares dele e de seus familiares foram apreendidos - incluindo o aparelho de sua esposa, que contém contatos médicos usados no dia-a-dia para tratamento de sua filha, Victoria.

"Carne Fraca" e a mistificação do Brasil

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Pode não parecer, mas as causas e conseqüências da Operação Carne Fraca - são, como as de sua "mãe" institucional - a "mãe" de todas as operações, como se diria ao tempo da invasão do Iraque - claramente políticas.

No Brasil, resolveu-se, no bojo da Operação "Tira-Dilma", vender à população uma série de mitos, começando pelo de que se estaria travando uma guerra sem tréguas contra a corrupção, cujo objetivo é "passar a limpo" o país.

Essa estratégia exige que não apenas a principal "operação" fique permanentemente em andamento e evidência, mas também que outras "operações" semelhantes sejam executadas indefinidamente, em ritmo ininterrupto, obedecendo a uma tática não escrita, mas amplamente disseminada, destinada a alimentar certa mídia de factóides, para que ela cumpra o papel de exagerar e replicar essa impostura para a população, já que os resultados dessa "guerra", como demonstram os que foram colhidos até agora pela própria Operação Lava Jato, são mais ilusórios que reais.

A 'carne fraca' da Polícia Federal

Maia tenta impor a terceirização total

Da revista CartaCapital:

O presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou nesta segunda-feira 20 que os parlamentares devem aprovar a terceirização total do trabalho até esta quarta-feira, 22.

O projeto de lei nº 4.302, que permite a terceirização de todas as atividades da empresa, foi criado em 1998 e aprovado em 2002 pelo Senado. Se passar pela Câmara, como previsto, só dependerá da sanção de Michel Temer (PMDB).

"Acredito que nesta semana a gente tenha condições de aprovar, entre terça e quarta-feira, a terceirização na Câmara dos Deputados. É um passo importante porque milhões e milhões de empregos hoje são gerados por terceirização", disse o presidente da Casa durante evento da Câmara Americana de Comércio em São Paulo.

segunda-feira, 20 de março de 2017

O efeito da Globo nos 'midiotas'

O desafio de massificar as maldades de Temer

Judiciário, mídia e o Estado de Exceção

Foto: Paulo Pinto/Agência PT
Por Raphael Coraccini, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O Brasil passa por um momento de guerra jurídica, a chamada Lawfare. Os descalabros jurídicos cometidos por promotores, juízes e policiais apontam para um Estado de exceção já consumado. Essa é a interpretação de Valeska Zanin, advogada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Valeska afirma ainda que o Lawfare só é possível quando a mídia participa ativamente da guerra, justificando malfeitos e promovendo seus heróis, como é o caso do juiz Sergio Moro.

A esperança na transposição do São Francisco

Por Luciana Santos, no Blog do Renato:

O Dia de São José é uma data especial e cheia de simbolismo para o povo nordestino. Neste dia a religiosidade popular destina ao santo as orações e pedidos de chuva e por uma boa colheita. É um dia de festa e neste último domingo (19) a festa teve um caráter ainda mais simbólico.

O dia foi escolhido para a inauguração popular da transposição do Rio São Francisco na bacia do Rio Paraíba, em Monteiro; onde estive ao lado dos ex-presidentes Lula e Dilma e de colegas parlamentares e lideranças populares de várias regiões. Essa obra estruturante é um dos principais legados dos governos progressistas no Brasil. Quando estiver pronta, nos dois eixos, a transposição deve beneficiar 12 milhões de pessoas.

A justiça poética das delações contra Aécio

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Tudo de ruim que aparece contra Aécio nas delações tem o sabor de justiça poética.

É o caso dos 50 milhões de reais que Marcelo Odebrecht afirmou que Aécio recebeu por conta da construção de uma usina em Rondônia.

Foi em 2007, quando Aécio era governador de Minas. Os 50 milhões de reais, em valores de hoje, são 90.

Foi a Folha que deu o furo. Mas deu de uma forma miserável. Escondeu a notícia na primeira página.

Na festa nordestina, Lula retoma a ofensiva

Monteiro/PB, 19 de março de 2017. Foto: Ricardo Stuckert

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A grande celebração, entre Lula e o povo nordestino, da chegada das águas do rio São Francisco ao semi-árido será apontada como um pretexto para o lançamento de sua candidatura a presidente em 2018. Mais do que isso, porém, o ato de Monteiro (PB) foi uma questão de justiça histórica, que Temer tornou necessária com sua mesquinha inauguração oficial da semana passada, em que sequer mencionou o nome de seu principal realizador. O comparecimento maciço a um encontro com quem não mais governa, a força política da manifestação e os claros sinais da saudade de Lula sugerem que a oposição começa a sair da defensiva para tomar a dianteira, depois da derrota imposta pelo golpe de 2016.

'Lista de Janot' e as reformas do rentismo

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

O vazamento em pílulas, do que vulgarmente ficou conhecido como “Lista do Janot” — independentemente de quem está nela arrolado – foi mais um episódio da “exceção” em voga no nosso sistema de direito, que unifica politicamente grupos organizados dentro da alta burocracia estatal, a maioria da mídia tradicional e setores liberal –conservadores de vários partidos políticos. Sua forma parcelada, manipulada e ilegal de divulgação, visa omitir sua verdadeira e real novidade: a maioria das pessoas supostamente envolvidas em atos ilegais, que ainda não se sabem quais são — nem se são reais — na sua maioria são originárias, tanto dos partidos golpistas que estavam no governo, como dos partidos golpistas que eram oposição.

O conluio criminoso entre Janot e mídia

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Quis custodiet ipsos custodes?

Quem vigia os vigilantes?

Como diria o Lenio Streck, isso é incrível, ou melhor, crível.

Pindorama se tornou uma espécie de faroeste sem lei, onde tudo é possível.

A lei de delação premiada já é, por si mesma, uma farsa. Importaram uma lei dos Estados Unidos, esquecendo que, lá, procurador é nomeado e demitido pelo governo.