Ao anunciar que pretende engavetar uma Medida Provisória negociada entre Michel Temer, a Força Sindical e a UGT, destinada supostamente a amenizar determinados pontos da reforma trabalhista, Rodrigo Maia produz dois ensinamentos políticos.
Primeiro: confirma que as negociações entre sindicatos e o Planalto em torno da MP nunca deveriam ter sido tomadas pelo valor de face. Não passavam, essencialmente, de um esforço para esvaziar a greve geral de 30 de junho e a mobilização contra a reforma, na sequencia da bem sucedida paralisação de 28 de abril, uma demonstração de unidade poucas vezes vista. Isso foi denunciado na época, como se sabe.