segunda-feira, 7 de agosto de 2017

A destruição neoliberal da indústria

Editorial do site Vermelho:

A indústria brasileira está parando e quem pisa no freio, com força, é o governo ilegítimo e ultra-liberal de Michel Temer, que leva às últimas conseqüências sua ação anti-industrialista.

O Brasil já foi campeão mundial de crescimento, entre o final da Segunda Grande Guerra e a década de 1980. Quando se mede a riqueza nacional em termos per capita (com dados do IPEA, calculados com o valor do dólar de 2013), o Brasil de 2013 era quase seis vezes maior do que o de 1947; ou 1,5 vezes maior do que o da década de 1980; ou 1,3 vezes maior do que o de 2002. Este crescimento, florescente até a década de 1980, começou a desacelerar deste então, e o Brasil continua patinando no mesmo marasmo.

Uma chance para a paz na Venezuela

Por José Dirceu, no jornal El País:

O massivo comparecimento à eleição da Assembleia Nacional Constituinte, convocada pelo presidente Nicolás Maduro, abre um caminho institucional e democrático para resolver a crise venezuelana.

Não se pode desconhecer a urgência de um acordo nacional que impeça a marcha para uma guerra civil – na prática já iniciada pela oposição. A maioria dos meios de comunicação se cala, mas é inegável a escalada dos atos e ataques paramilitares, de forma sistemática e organizada, nas últimas semanas e meses, para além das manifestações de rua e das decisões da maioria oposicionista na Assembleia Nacional que visam apenas derrubar um governo constitucional.

domingo, 6 de agosto de 2017

A selvageria das empresas vai começar

Por Altamiro Borges

Manipulados pela mídia privada, os assalariados brasileiros ainda não perceberam os impactos destrutivos da contrarreforma trabalhista aprovada pelo Senado em julho passado. Mas não vai demorar muito para sentirem os seus efeitos. As empresas capitalistas, ávidas por reduzir seus custos operacionais e elevar seus lucros, já prepararam os “ajustes” à nova legislação. A tendência é que muitos trabalhadores sejam colocados no olho da rua, sendo substituídos por terceirizados e autônomos. Com a prevalência do negociado sobre o legislado, antigos direitos também serão suprimidos. O patronato, que financiou o golpe dos corruptos que alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer, está babando para iniciar a sangria.

Silvio Santos, o mercenário, demite no SBT

Por Altamiro Borges

Nos últimos meses, Silvio Santos transformou uma concessão pública de televisão, o SBT, em um palanque para Michel Temer. As “reformas” trabalhista e previdenciária, que penalizarão milhões de brasileiros, são exibidas como a tábua de salvação do país. E os chefes da quadrilha que assaltou o poder são poupados nos telejornais. Há duas razões para estas gritantes manipulações, que enterram de vez o precário jornalismo do SBT. A primeira é ideológica, política. Silvio Santos é um neoliberal convicto, um escravagista travestido de cordial. A segunda é econômica. Ele sempre usou a emissora para garfar mais grana. “Quem quer dinheiro?”, é seu bordão predileto. Sabe-se lá o que o negocista Michel Temer já cedeu ao mercenário Silvio Santos.

Temer quer pressa no fim da aposentadoria

Por Altamiro Borges

Após ser salvo pela Câmara Federal, que barrou a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, Michel Temer agora tem pressa para aprovar a “reforma” da Previdência. Desta forma, o usurpador tenta compensar o “deus-mercado”, que financiou o “golpe dos corruptos” que alçou ao poder a sua quadrilha. Segundo a mídia rentista, a aprovação desta maldade, que representa o fim da aposentadoria para milhões de brasileiros, é a única forma de garantir sobrevida a Michel Temer, que é odiado pela sociedade – como atestam todas as pesquisas –, mas que ainda conta com o apoio dos “cúmplices de corrupção” que hoje dominam o pior parlamento da história do país e negociam emendas e vantagens do covil golpista.

O impacto da crise política nos jornalistas

Por Flaviana Serafim, no site do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo:

“Os jornalistas e a crise política brasileira” foi o tema da plenária de abertura do 15º Congresso Estadual dos Jornalistas, que começou na noite desta sexta (4) e segue até domingo (6) no auditório Vladimir Herzog, sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), no centro da capital paulista.

O debate contou com a participação do jornalista Altamiro Borges, do Blog do Miro, de Douglas Izzo, presidente da CUT São Paulo, da jornalista Laura Capriglione, do coletivo “Jornalistas Livres”, do professor Laurindo Leal Filho, o Lalo, da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, de José Augusto Camargo, vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), além de Paulo Zocchi, presidente do Sindicato.

Suspensão da Venezuela do Mercosul é ilegal

Do jornal Brasil de Fato:

Em nota divulgada neste domingo (6), o Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela classificou como "arbitrária e ilegal" a suspensão do país vizinho do Mercosul. A medida foi tomada ontem (5) em reunião com representantes do governo do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Para as organizações integrantes do Comitê, essa é mais uma tentativa de desestabilização da Venezuela.

Confira abaixo a íntegra da nota:

Temer ganhou, mas será que levou?

Por Katia Guimarães, no blog Socialista Morena:

Temer ganhou e o pedido de investigação foi arquivado, mas o “teste” no plenário indica que o governo poderá não aprovar a “reforma” da Previdência. Essa é a análise não só da oposição, mas de parte da base aliada na Congresso Nacional sobre o resultado da votação da denúncia contra o presidente –isso porque a diferença entre os votos favoráveis e contra foi de menos de 40 votos. Os deputados aprovaram por 263 a 227 o relatório que recomendou a rejeição da denúncia de corrupção passiva da Procuradoria-Geral da República contra o presidente. Nem mesmo o descaramento na compra de votos garantiu uma larga vitória.

O jornalismo de guerra e a Venezuela

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

A expressão "jornalismo de guerra" aparece no livro Clarín, La Era de Magnetto, escrito por Martin Sivak, publicado em Buenos Aires. Segundo o autor, o Clarín (espécie de O Globo, argentino) "mudou sua forma de fazer política e passou a fazer um jornalismo de guerra", referindo-se à dura campanha desencadeada contra o governo de Cristina Kirchner. O próprio jornal, através de um de seus editores, Julian Blanck, reconheceu essa prática.

Vê-se agora que ela não é exclusividade do Clarín nem da Argentina. A eleição para formar a Assembléia Constituinte, convocada pelo governo da Venezuela e realizada no dia 31 de julho, mostrou que o "jornalismo de guerra" se espalha pelo mundo.

João Doria: A víbora se move

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

“Nasce o anti-Lula”.

É preciso mais do que a chamada de capa, oito meses depois de João Doria ter passado a se fantasiar de gari e xingar Lula em todo o lugar onde abria a boca para se perceber o quando de “novidade” e “jornalismo” na Istoé desta semana?

Mas o release do prefeito de São Paulo não se constrange vai além: diz que ele “desponta” na política brasileira (a esta altura!) e “se consagra” como o adversário de Lula “segundo as mais recentes pesquisas”!

O fiador de Temer está preso em Curitiba

Por Fernando Morais, no blog Nocaute:

Ela vive em Porto Alegre em um endereço que encerra uma aparente contradição: a avenida Copacabana, nome de um dos locais mais buliçosos do Rio de Janeiro, mas no coração do bairro Tristeza. E foi lá, no seu pequeno apartamento de classe média, que a ex-presidente Dilma Rousseff recebeu nesta segunda-feira, dia 31, a pequena equipe composta por Fernando Morais, editor do Nocaute, e pelos cinegrafistas Mauricio Dias e Paulo Seabra, da Grifa Filmes. O objetivo era realizar com ela uma entrevista para o documentário franco-germano-brasileiro sobre o cinquentenário de 1968, que se comemora no ano que vem.

O mito da apatia e a urgência dos nossos dias

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A apatia da sociedade diante do martelete conservador que esfarela seus direitos e esperanças pode ser só aparente.

O vapor político que se acumula na fornalha da incerteza, das privações, da humilhação, do asco e da revolta não é negligenciável.

Pior que o presente de perdas avassaladoras é a perspectiva do futuro sonegado.

Em cada ciclo e em diferentes dimensões da vida, da infância à velhice, do emprego à saúde, a trajetória que se esboça faz prender a respiração e perscrutar o vazio: brasileiros humildes e amplos segmentos de classe média (mesmo que ainda não saibam disso) foram enganchados em um frágil bote à deriva.

Sacco e Vanzetti: Uma tragédia estadunidense

Por Augusto C. Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

Há noventa anos, em 23 de agosto de 1927, Nicolau Sacco e Bartolomeu Vanzetti foram executados na cadeira elétrica numa prisão estadunidense. Este foi considerado um caso flagrante de erro judicial e causou enorme indignação. Manifestações de protesto ocorreram em todo o mundo. Mesmo sem provas, eles foram condenados à morte. A principal razão dessa sentença injusta foi o preconceito de classe. Os dois eram imigrantes italianos e anarquistas. Na época, os Estados Unidos viviam em meio a uma violenta onda anticomunista. Milhares de militantes de esquerda estavam sendo presos e dezenas deportados.

Quem ganhou com o golpe?

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Aquele que quiser estudar a história política do Brasil nos últimos anos, precisará comparar as capas dos jornalões com a evolução da fortuna dos homens mais ricos do país.

Neste post, eu dou o caminho, com links para gráficos e capas de jornais. Clique nos gráficos.

A fortuna dos irmãos Marinho é mais sensível aos acontecimentos políticos. Os Marinho também estão entre os que mais lucraram com o golpe. O gráfico para os três é exatamente o mesmo. Então usamos o gráfico da fortuna de Roberto Irineu Marinho, presidente do grupo Globo.



O plano das elites ao proteger Temer

Por Glenn Greenwald, no site The Intercept-Brasil:

Há pouco menos de um ano, um dos espetáculos políticos mais humilhantes que eu já vi aconteceu durante nove horas em Brasília. Na Câmara dos Deputados – casa cuja maioria dos membros estão envolvidos em investigações – um corrupto atrás do outro se postou diante das câmeras de televisão e declararam triunfalmente que sua consciência, sua religião, seu Deus, suas crianças, sua devoção a Jerusalém, a memória de suas mães, seus pastores, a pureza de suas almas, exigiam que eles punissem a corrupção retirando a Presidente eleita Dilma Rousseff de seu cargo.

sábado, 5 de agosto de 2017

PSDB se vê à beira da implosão

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Michel Temer triunfou ao obter guarida contra investigação judicial no caso da mala de 500 mil reais em propina, mas houve quem tenha saído derrotado do episódio. Um foi o procurador-geral da República em fim de mandato, Rodrigo Janot, a preparar uma última “flechada” no presidente. O outro, o PSDB, dono de quatro ministérios, abrigo de filiados anti-Temer e à beira da implosão.

Por enquanto sem um nome competitivo para a próxima eleição presidencial, a maioria dos tucanos preferiu continuar abraçada ao enrascado peemedebista na esperança de até o ano que vem o governismo ser capaz de inventar um candidato com chances de ganhar. Um postulante para encarnar o establishment econômico fascinado pela agenda antipopular de Temer.

Como a Lava-Jato protegeu Michel Temer

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – a teoria do fato, o supérfluo e o essencial

As denúncias feitas pelo Ministério Público Federal de Curitiba contra o Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, em função de manipulações nas licitações da Eletronuclear, têm características polêmicas.

Como se sabe, o método de investigação do MPF é chamado de “teoria do fato” (não confundir com teoria do domínio do fato), que nada mais é do que a tática de definir uma narrativa inicial do crime, para poder organizar melhor os elementos levantados na investigação.

A teoria do fato da Eletronuclear foi que o Almirante Othon direcionava licitações para as empreiteiras em troca de pagamentos feitos através do pagamento de serviços não realizados por empresa de sua propriedade e das filhas. Ponto.

12 golpistas que viraram a cara do Brasil

Por Pedro Zambarda de Araujo, no blog Diário do Centro do Mundo:

O golpe de Temer criou monstros que estão mais ativos do que nunca.

Eles brilham no Ministério Público, na Justiça, em movimentos antipetistas, na política, nas redes sociais, na mídia.

Conheça as figuras mais bizarras que, hoje, são a cara do nosso país - e que vieram para ficar.

1. Wladimir Costa

Deputado do Pará que votou usando confetes no impeachment de Dilma, Wladimir Costa conseguiu se superar ao tatuar o nome de Temer em seu ombro moreno.

Rodrigo Maia termina como “Viúva Porcina”

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Durante duas semanas, em maio, após a delação da JBS contra Michel Temer, o nome dele começou a circular nas altas rodas e na grande mídia como o próximo presidente da República.

Em caso de impedimento do titular, o que já era dado como certo, o jovem presidente da Câmara assumiria primeiro como interino e, em trinta dias, seria efetivado no cargo na eleição indireta do colégio eleitoral.

Parecia um caminho inexorável diante das circunstâncias.

Temer, Aécio e o filme da Lava-Jato

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

“Polícia Federal – A lei é para todos”, o filme que conta bastidores da Lava Jato, estreia nos cinemas em 7 de setembro. O longa destaca cenas de ação, histórias da força-tarefa e personagens que ganharam relevância a partir das investigações.

O filme é inspirado no livro homônimo de autoria de Carlos Graieb e Ana Maria Santos.

A obra mostrava apenas o passo a passo da investigação. Agora, vai mostrar os esforços da elite brasileira para vender ao grande público que havia um esquema de lavagem de dinheiro e desvios para pagamento de propina para executivos da Petrobrás armado por Lula e Dilma Rousseff.