sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Tecnologia nos bancos: lucros e demissões

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

A tecnologia avança vorazmente no setor financeiro.

Dados da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban):

* Em 2016, 57% das transações financeiras no Brasil foram realizadas por meios digitais (celular e internet) e apenas 8% nas agências físicas.

* As transações com celular saltaram de 4,7 bilhões, em 2014, para 21,9 bilhões, em 2016. Ou seja, quintuplicaram.

* O mobile banking já representa um terço das transações bancárias. O número de contas correntes com essa ferramenta passou de 2 milhões, em 2011, para 42 milhões, em 2016.

As formas sinistras de endividamento público

Por Gilson Reis e Thiago Moraes

É lugar-comum dizer que as montanhas de Minas escondem grandes segredos. Agora, em Belo Horizonte, uma CPI começa a trazer à luz os meandros de uma empresa que vem sendo apresentada país afora como um grande sucesso de inovação em gestão pública, mas que vai se revelando como um grande escoadouro de recursos públicos: a PBH Ativos. A empresa, criada em 2011, opera os contratos de gestão de parcerias público privadas do Município, incluindo as contas de garantia de tais contratos, e realiza captação de recursos através da colocação no mercado de debêntures – títulos de dívida, com total garantia aos investidores, operação convencionalmente chamada securitização da dívida.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Dado Dolabella é preso. Aécio vai visitá-lo?

Por Altamiro Borges

No início da tarde desta quinta-feira (17), o ator Dado Dolabella foi preso por falta de pagamento de pensão alimentícia. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil do Rio de Janeiro, ele já acumula uma dívida de R$ 196.397,54 com o filho Eduardo Neves Dolabella, fruto de seu relacionamento com Fabiana Vasconcelos Neves. “A polícia informou ainda que, caso o ator não quite sua dívida, ele será encaminhado para o presídio”, relata o site UOL. A notícia deve ter chateado o cambaleante Aécio Neves, que também está envolvido em vários rolos. Nas eleições presidenciais de 2014, o ator projetado na nova "Malhação" da TV Globo foi um militante aguerrido – e agressivo – da sua campanha. Será que o tucano irá visitá-lo na cadeia?

O “prefake” turista e a fúria de Alckmin

Foto: Luisa Medeiros/Jornalistas Livres
Por Altamiro Borges

A ambição eleitoral do “não-político” João Doria, que nem bem chegou à prefeitura de São Paulo e já almeja ser presidente do Brasil, pode lhe custar caro. A própria mídia privada, que na sua obsessão doentia contra o PT apoiou o ricaço nas eleições de outubro passado, começa a explicitar a mal-estar contra o “prefake”, que abandonou a capital paulista e gasta boa parte do seu expediente em viagens de campanha para outros Estados. O mais irritado com as andanças eleitoreiras de João Doria, porém, é o seu padrinho político, o governador tucano Geraldo Alckmin. O “picolé de chuchu” está sendo traído à luz do dia por sua criatura, mas parece que já prepara o contra-ataque. E a vingança pode ser maligna, como dizia um personagem da tevê.

Cadê os servidores públicos indignados?

Por Altamiro Borges

Nas marchas golpistas pelo impeachment de Dilma Rousseff, a mídia sempre deu destaque para a participação dos segmentos mais abastados do funcionalismo público. Em Brasília ou no Rio de Janeiro, que concentram muitos assalariados do setor, eles se mostraram os mais agressivos no “ódio ao PT” – segundo o noticiário. Concretizado o golpe dos corruptos, que alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer, os servidores públicos agora estão na linha de tiro do Judas. O usurpador já anunciou que congelará salários e demitirá trabalhadores, entre outras maldades do seu ajuste fiscal. Será que a categoria, composta de distintas camadas, demonstrará agora o mesmo nível de indignação do passado recente? A conferir.

Doria abandona SP em pleno expediente

Doria em Palmas/TO. Foto: reprodução
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Já que o historiador reaça Marco Antonio Villa não fiscaliza mais a agenda do prefeito como fazia com o petista Fernando Haddad, o site foi verificar se o “João Trabalhador”, como o atual “gestor” da capital paulista se autodenomina, está de fato pegando no batente.

Surpresa: entre segunda-feira e hoje, quarta-feira, o tucano João Doria deixou São Paulo nas mãos sabe-se lá de quem (do vice Bruno Covas? Da primeira-dama Bia Doria? Da sorte?) e passou o dia inteiro em duas outras capitais do país. Na segunda, esteve em Palmas, no Tocantins. Lá, teve intensa programação e inclusive atividade político-partidária em pleno expediente, o que é no mínimo imoral. E olha que Doria diz que “não é político”. Imagina se fosse…

Cortes do Orçamento ameaçam a soberania

Por Jô Morais e Pedro Oliveira, no Blog do Renato:

A sociedade brasileira vem escutando, perplexa, sucessivos alertas dos comandantes das Forças Armadas informando a dramática situação em que se encontra o seu funcionamento, diante do contingenciamento dos seus recursos orçamentários, na ordem de 43,5%, só neste ano de 2017.

O atual contingenciamento só agravou uma situação que já vinha ocorrendo com a redução dos recursos “discricionários” do orçamento destinado às Forças Armadas nos últimos anos. Do montante de R$ 17,5 bilhões em 2012, chegamos a R$ 9,7 bilhões no ano de 2017, recursos disponíveis para além da manutenção cotidiana.

O professor Gilmar Mendes faz escola

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Notório apreciador dos holofotes, Gilmar Mendes não se cansa de tentar influir no jogo político. Na segunda-feira, 7, em entrevista à Rádio Gaúcha, o ministro do Supremo Tribunal Federal voltou a defender a revisão do acordo de colaboração premiada firmado pela Procuradoria-Geral da República com os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS.

Com o seu peculiar destempero, o magistrado foi além: descreveu o procurador-geral Rodrigo Janot como o “mais desqualificado” da história a assumir a chefia do Ministério Público Federal.

No pós-Temer, a verdadeira herança maldita

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Depois do golpe que derrubou a presidente eleita Dilma Rousseff, o entorno de Temer começou a falar em “herança maldita”, numa referência ao déficit fiscal que hoje nem faria cócegas do mega-rombo que Temer e Meirelles programaram para este ano e para os próximos, de modo que até 2020 as contas públicas ainda estarão comprometidas. Depois que Temer se for, pois não há mal que sempre dure, o novo governo e o Brasil continuarão pagando caro pela verdadeira “herança maldita” que eles vão deixar.

Tirem Lula, senhores, e terão Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A pesquisa publicada hoje pelo Poder360 mostra um cenário que deixa bem claro o que está diante do país.

Lula, depois da condenação de Sérgio Moro, cresceu de maneira significativa – e a metodologia de pesquisa por telefone adotada na pesquisa autoriza a dizer que, pelo seu perfil eleitoral, o número é maior – e atinge um terço do eleitorado brasileiro.

Retira-lo, portanto, da disputa eleitoral por uma manobra judicial significa colocar a eleição num quadro de ilegitimidade que, quando se considera o número de nulos e brancos, atinge mais da metade da população.

Onze teses sobre a Venezuela

Ilustração: Iván Lira
Por Juan Carlos Monedero

“E ele se empenhava em repetir a mesma coisa: ‘Isso não é como numa guerra... Em uma batalha você está com o inimigo na tua frente... Aqui, o perigo não tem rosto nem horário’. Ele se negava a tomar soníferos ou calmantes: ‘Não quero que me peguem dormindo ou sonolento. Se vierem, eu vou me defender, gritar, jogar os móveis pela janela... Farei um escândalo...”. (Alejo Carpentier, La consagración de la primavera)

1. Com toda a certeza, Nicolás Maduro não é Salvador Allende. E também não éHugo Chávez. Mas aqueles que deram o golpe contra Allende e contra Chávez são, e sobre isso também não há dúvida alguma, os mesmos que agora estão buscando um golpe na Venezuela.

Rombo de Temer e o arrocho contra o povo

Editorial do site Vermelho:

O governo ilegítimo e impopular de Michel Temer caiu no buraco que ele próprio cavou. O arrocho fiscal, aprofundado desde que assumiu o governo através de um golpe, em 2016, provocou uma assombrosa queda na arrecadação, que avassalou suas contas e o obrigou, pouco mais de um ano depois, a propor um rombo fiscal de R$ 159 bilhões, R$ 20 bilhões maior que o já gigantesco aprovado no ano passado. O rombo previsto por Temer para 2018 será também de outros R$ 159 bilhões.

O futuro e o desemprego

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

O ritmo de fechamento de postos de trabalho diminuiu no primeiro semestre de 2017, com a economia no fundo do poço, após uma queda de mais de 9% do PIB per capita e mais de 14 milhões de desempregados, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa de desocupação ficou em 13,7% no primeiro trimestre deste ano (em 2014, chegou a 6,5%) e em 13% no segundo, primeira queda estatisticamente significativa desde 2014. O mercado de trabalho brasileiro tem quase 104 milhões de pessoas, 90,2 milhões de ocupados ou empregados e outros 13,5 milhões de desempregados.

PSDB se esconde no próprio vídeo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O esforço do PSDB para apresentar-se ao país como um partido bonzinho ao longo de um vídeo melodramático de dez minutos é um recorde universal de mistificação política.

Numa demonstração definitiva de que os personagens reais do partido de Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves, José Serra e João Dória, Geraldo Alckmin, Beto Richa e tantos mais não só enfrentam uma guerra interna profunda, mas não têm a menor credibilidade para falar olho no olho para a grande maioria de brasileiros, o partido preferiu empregar rostos anônimos que lembram pessoas comuns para encenar sua mensagem política.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Jovens abandonam a TV Globo

Por Altamiro Borges

Nesta semana, duas reportagens confirmaram a crise do modelo de negócios das emissoras de televisão. As audiências despencam e, como efeito, os milionários anúncios em publicidade também desabam. As causas são variadas – como a perda de credibilidade dos veículos e os erros de gestão dos patrões incompetentes. Mas a principal razão parece ser a explosão da internet, esta brecha tecnológica que abriu novas opções de informação e entretenimento para a sociedade. Já os efeitos nas empresas são dramáticos, com a demissão de jornalistas, o arrocho salarial e a precarização do trabalho. Os latifundiários da mídia não ficam mais pobres. Eles jogam a crise nas costas dos trabalhadores e mantêm os seus elevados lucros. Não é para menos que os três filhos de Roberto Marinho seguem na lista dos maiores ricaços do país, segundo o ranking anual da revista Forbes.

Nem os jornalistas acreditam na mídia

Por Altamiro Borges

Pesquisa feita pelo “Projeto Credibilidade”, que é o capítulo nacional do “Trust Project” – um consórcio que reúne 70 veículos de mídia de vários países, entre eles a Al Jazeera, The New York Times, La Stampa e até o Google –, concluiu que nem os jornalistas brasileiros acreditam nos veículos de comunicação em que trabalham. Segundo o levantamento, apenas 17,9% dos profissionais entrevistados concordam completamente que “o jornalismo fornece uma narrativa verdadeira dos eventos e questões diárias num contexto que explica seus significados”; 31,1% disseram concordar parcialmente; 37,2% não concordam nem discordam e 10,3% discordam parcialmente. A opção “discordo completamente” foi assinalada por 3,5%.

Brasil, a ditadura perfeita

Por Gilberto Maringoni, em seu blog:

Mario Vargas Llosa uma vez classificou a hegemonia de mais de sete décadas do Partido Revolucionário Institucional no México como “a ditadura perfeita”. O escritor peruano, que nada tem de esquerdista, admirava-se com a completa hegemonia do PRI sobre todas as instituições públicas, meios de comunicação e empresas do país, que não passou – formalmente – por períodos abertamente autoritários, como Brasil, Argentina, Chile e quase toda a América Latina.

A violência no México sempre foi legal e funcionou como máquina de moer carne dentro das mais estritas normas republicanas.

Michel Temer e seu nó fiscal

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

As últimas semanas têm sido marcadas por um verdadeiro movimento de vai-e-vem nas declarações oficiais relativas ao imbróglio fiscal que avassala nosso País. Porém, é forçoso reconhecer que essa onda de hesitação em assumir o inevitável é bastante compreensível. Afinal, a narrativa dos defensores do financismo sempre assegurou amplamente que a solução era simples. Bastaria tirar a Dilma para que todas as dificuldades se transformassem em oportunidades para o retorno de nossa economia a uma suposta normalidade.

Um golpe sustentado pelo medo

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Muitos analistas, profissionais e de botequim, tem se perguntado porque a população não reage aos desmandos do governo. A pesquisa Ibope divulgada há pouco, cuja íntegra se encontra no site do instituto, explica as razões da paralisia política do povo. É pavor. O gráfico mostra um povo completamente aterrorizado pelo desemprego. 46% tem “muito medo” do desemprego, outros 23% tem “um pouco de medo” e 13% já está desempregado. Ou seja, temos 46%+23%+13% = 82% da população sob os efeitos paralisantes do medo das consequências sociais trazidas pela falta de um trabalho.

O que já era mentira, virou escândalo!

Por Dilma Rousseff, em seu site:

Antes do golpe, meu governo previa déficit de R$ 124 bi para 2016 e de R$ 58 bilhões para 2017, que seriam cobertos com redução de desonerações, a recriação da CPMF e corte de gastos não prioritários.

Após o golpe, a dupla Temer-Meirelles, apoiada pelo “pato amarelo”, que não queria saber da CPMF por onerar os mais ricos, inflou a previsão de déficit para R$ 170 bi, em 2016 e R$ 139 bi, em 2017.

Os golpistas calculavam ganhar uma grande folga para facilmente cumprir a meta e, com isso, fazer a população acreditar numa competência que eles não tinham.