quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Juros alimentam a concentração de renda

Por José Dirceu, no blog Nocaute:

O senado da República autorizou o TCU a auditar a dívida pública brasileira. Os resultados mostram que, de 2010 a 2015, pagamos R$ 1,287 trilhão de juros da dívida interna. Começamos a pagar R$ 125 bilhões de juros em 2010 e continuamos pagando cada vez mais – R$ 181 bilhões em 2011, R$ 147 bilhões em 2012, R$ 186 bilhões em 2013, R$ 251 bilhões em 2014 e R$ 397 bilhões em 2015.

Para se ter uma ideia da gravidade desse custo da dívida pública brasileira, em 2015 gastamos R$ 100 bilhões em educação, R$110 bilhões com a área da saúde e R$ 27 bilhões com o Bolsa Família. Outro dado significativo é o de que, entre 1995 e 2004, gastávamos R$ 725 bilhões, pelo orçamento realizado, de R$ 884 bilhões em educação, saúde, segurança e infraestrutura!

Ecoa o grito: a Amazônia é nossa!

Por Carolina da Silveira Bueno e Thais Bannwart, no site Brasil Debate:

Os ajustes econômicos e o anúncio do novo pacote fiscal promovidos pelo governo Temer aprofundam a crise brasileira. Temos uma deterioração dos serviços públicos, especialmente em saúde e educação, um aumento do desemprego e da população de rua. Ou seja, os ajustes promovidos pelo governo consolidam privilégios e retiram direitos. Trata-se de uma equipe que tem um projeto de país elitista e de desmonte de bens e serviços públicos garantidos pela Constituição de 88.

Um projeto para enfrentar a mídia golpista

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

A voracidade da mídia conservadora e hegemônica, que para pautar a agenda nacional se apropria do discurso e todos os meios e ferramentas de comunicação, intensificando ataques a projetos progressistas, esteve no centro do debate de abertura do seminário Os desafios da comunicação na administração pública, na noite de ontem (25), em São Luís, Maranhão.

Comandado pelos jornalistas Paulo Henrique Amorim e Renata Mielli, coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), o painel reuniu o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), o prefeito de Macapá, Clécio Luis (Rede), e o deputado federal e ex-prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol).

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Lava-Jato e golpe detonam imagem do Brasil

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Os gráficos, retirados do blog do Brasilianismo, do jornalista Daniel Buarque, mostram a degradação brutal da imagem do Brasil a partir do momento em que a direita começou a mostrar os dentes, em meados de 2013.

A situação se deteriorou de maneira mais grave com o início da Lava Jato, quando setores do judiciário e da mídia entenderam que poderiam manipular os corruptos do congresso, Eduardo Cunha à frente, para produzir uma recessão econômica terrível e uma crise política insolúvel, de maneira a derrubar o governo.

"Fufuquinha" vira presidente da Câmara

Do blog Socialista Morena:

Filho do prefeito de Alto Alegre do Pindaré, no Maranhão, o deputado federal André Fufuca (conhecido como “Fufuquinha”, já que Fufuca é o apelido do seu papai) torna-se a partir de hoje presidente da Câmara dos Deputados, em substituição a outro meritocrata hereditário, o presidente titular da Câmara, Rodrigo Maia, que também entrou na política pelas mãos do progenitor famoso, o ex-prefeito do Rio de Janeiro, César Maia. Como Rodrigo assumirá interinamente a presidência da República, Fufuquinha ocupará a presidência da Casa durante sete dias, até o retorno do primeiro vice-presidente Fábio Ramalho, que viajou com Temer à China.

Jogo de cena da Lava-Jato com José Serra

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Muitos se surpreenderam com o fato do algoritmo do STF (Supremo Tribunal Federal) ter sorteado o processo do senador José Serra (no caso da delação da JBS) para a Ministra Rosa Weber, e não para os indefectíveis Gilmar Mendes ou Alexandre de Moraes.

Teria o algoritmo falhado miseravelmente em hora tão delicada?

Não. O algoritmo continua bem azeitado. E a maior prova é o fato de Serra ter emergido das sombras onde se oculta sempre que o medo bate, e voltado a falar, querendo pegar carona na bandeira do parlamentarismo.

Sem Lula, eleição terá pouca legitimidade

Foto:Tarcísio Feijó/Mídia Ninja
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Neste domingo, 49,7% dos amazonenses preferiram não votar ou anular o voto na eleição de um novo governador do estado, por conta da anulação do pleito de 2014. Pesquisa do instituto Ipsos sobre a rejeição aos políticos também avisou: os líderes de todos os grandes partidos têm rejeição elevadíssima, muito superior à do ex-presidente Lula. Este quadro aponta um quadro temerário caso Lula seja impedido de disputar a eleição de 2018: o eleitorado nacional pode fazer como o do Amazonas e o novo presidente, se eleito por uma fração reduzida do eleitorado, terá um deficit de legitimidade perigoso, que afetará suas condições de governar, sujeitando o Brasil a uma continuada instabilidade política, com todas as suas consequências.

Venezuela será um novo Iraque?

Por Igor Fuser, no jornal Brasil de Fato:

Em nenhum momento da história das relações dos Estados Unidos com a América do Sul, um presidente estadunidense proferiu uma ameaça tão agressiva quanto a que Donald Trump fez à Venezuela. Trump colocou na mesa a possibilidade de uma ação militar para depor o presidente Nicolás Maduro poucos dias depois que o governo venezuelano alcançou uma vitória política importante ao realizar com relativo sucesso a polêmica eleição de uma Assembleia Constituinte contestada pela oposição direitista. “Temos muitas opções para a Venezuela, incluindo, possivelmente, uma opção militar se isso for necessário”, disse Trump.

Queda de Moro e o filme da Lava-Jato

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A pré-estreia do filme que endeusa a operação Lava Jato ocupou oito salas de cinema de um shopping em Curitiba na noite da última segunda-feira (28) de modo a acomodar cerca de dois mil convidados que foram assistir dramatização suspeitas por chegar cercada por segredos, a começar pelos nomes dos financiadores.

Moro e os delegados da PF que fizeram campanha para Aécio Neves em 2014 estavam na plateia e foram aplaudidos por uma claque levada ao cinema para esse fim – convidados foram escolhidos a dedo.

Zucolotto não é apenas amigo de Moro

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

A coluna Mônica Bergamo desta terça-feira informa que o advogado amigo de Sérgio Moro, Carlos Zucolotto Júnior, renunciou à defesa que fazia do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da Lava Jato, em um processo trabalhista, hoje no Superior Tribunal de Justiça.

Segundo a jornalista, a renúncia aconteceu um dia depois do advogado Rodrigo Tacla Duran, que trabalhou na Odebrecht, dizer que negociou com Zucolotto condições favoráveis em delação premiada em troca de pagamento “por fora”. Segundo Duran, Zucolotto disse que tinha contatos com procuradores da Lava Jato.

Temer desmonta o Brasil

Por Alice Portugal, no Blog do Renato:

O maior pacote de privatizações em décadas é o preço que o mercado cobra para a manutenção do ilegítimo Michel Temer no poder. Incapaz de reduzir a dívida pública, o governo golpista quer vender a soberania nacional se desfazendo velozmente de patrimônio público, estratégico para o fomento da economia e do desenvolvimento do país.

O Palácio do Planalto anunciou um pacote com 57 instituições ou serviços para serem colocados à venda ou concedidos ao setor privado.

O mito de Lula ganha mais força no país

Foto: Ricardo Stuckert
Por Renato Rovai, em seu blog:

A Caravana de Lula pelo Nordeste tem se mostrado o maior acerto político do PT e de Lula nos últimos tempos. Aquele golaço quando o time está perdendo de 3 a 0 e que abre o caminho para uma reação histórica.

Um golaço que faz com que os adversários passem a achar que serão derrotados, mesmo estando à frente do placar. Porque o gol foi feito pelo craque do time que parecia acuado, cansado, imobilizado pela forte marcação e pelas pancadas que tinha tomado durante todo o campeonato.

Silvio Santos e o atraso da tevê

Por Djamila Ribeiro, na revista CartaCapital:

Nos últimos tempos, Silvio Santos, apresentador e dono do SBT, tem protagonizado atitudes machistas e, consequentemente, desrespeitosas às mulheres. Em junho, constrangeu a apresentadora Maísa, de 15 anos, ao querer forçá-la a namorar o colega de canal Dudu Camargo, de 19. Após o episódio, Maísa postou em suas redes sociais que as mulheres não deveriam mais aturar esse tipo de situação.

Depois de fazer declarações do tipo “mulher não tem o direito de ser feia”, recentemente Silvio Santos apontou suas baterias para a apresentadora Fernanda Lima. Em seu programa de 2 de julho, afirmou considerar a global “magrela, muito magra”. E continuou: “Essa que é a Fernanda Lima? Que faz o programa Amor & Sexo? Com ela não tem nem amor nem sexo. Com essas pernas aí? Nada disso. Quem gosta de osso é cachorro”. 

TVT amplia a voz da sociedade

Por Paulo Donizetti de Souza e Tiago Pereira, no site Carta Maior:

A TV dos Trabalhadores, TVT, acaba de completar sete anos no ar. Um projeto em que alguns talvez não acreditassem, nascido ainda na fase final da ditadura – com uma câmera e muitas ideias, e sonhos –, mas que vem se consolidando como alternativa democrática e plural. Uma disputa que o diretor da Fundação Sociedade Comunicação Cultura e Trabalho, Paulo Vannuchi, considera crucial. "Ou consolidamos e ampliamos a voz das lideranças e dos movimentos populares junto a milhões de pessoas que clamam por trabalho, justiça e dignidade, ou o país seguirá à mercê das ondas neoliberais capazes de anular décadas de lutas e avanços civilizatórios", diz o ex-ministro Vannuchi.

Lula: O sertão virou um mar de gente

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A um velho brizolista é, talvez, mais fácil entender o que se passa em relação a Lula que a muitos petistas.

Estamos acostumados ao que eu chamava de “cenas de brizolismo explicito”, como temos agora as de “lulismo explícito”

Damos de ombros à crítica de que isso é populismo, porque sabemos contra o que este nome é usado.

Como não somos regidos pelo “o que sai no jornal”.

Porque o jornal é “deles”.

Privatização da Eletrobras ameaça o Brasil

Editorial do site Vermelho:

O anúncio, nesta segunda-feira (21), da intenção de privatizar a Eletrobras revela mais uma vez como o governo do ilegítimo Michel Temer se parece cada vez mais com outros governantes que infelicitaram o Brasil – os neoliberais Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso.

E a marca que os aproxima é o fundamentalismo neoliberal – ainda mais radical sob Temer do que antes.


O golpe e a derrota na disputa midiática

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O processo de regressão social e restrição democrática imposta pelo governo que assumiu o país após o impeachment de Dilma Rousseff deixa uma lição clara: fazer comunicação e disputa de ideias nas administrações públicas é imprescindível para sustentar projetos políticos. Essa foi a reflexão que deu o tom em debate realizado neste sábado (26), durante seminário realizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Luís-MA.

A última fonte vai se esgotar?

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Ainda como Secretário Executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no início do Governo Lula, promovi uma série de debates públicos e outros mais reservados, sobre as influências da globalização na agenda de desenvolvimento do Brasil, que saia de um Governo com inflação alta, juros estratosféricos e taxas de crescimento irrisórias. Terminava o Governo FHC e iniciava o maior ciclo de prosperidade e distribuição de renda do país, nos últimos cinquenta anos. Ciclo que começou a esgotar-se já na segunda metade do primeiro Governo Dilma, cujos motivos não cabem, aqui, nesta curta crônica política.

Os novos donos do Brasil

Por Jandira Feghali

Para se sustentar na cadeira presidencial, mesmo que ilegítimo, Michel Temer pilha o patrimônio de nossa nação a qualquer custo. São 57 empresas e projetos, além da Casa da Moeda, aeroportos, lotes de terra com linhas de transmissão e parte da Amazônia. A preço de banana, numa grande feira, uma lista de estatais se esvaem às escuras. Pôr a Eletrobras no escuso balcão de negócios montado no terceiro andar do Palácio do Planalto é entregar o Brasil a um futuro sem perspectiva estratégica de desenvolvimento. Um ano e três meses depois do golpe, tudo está à venda.