quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Janot, JBS e a seletividade na Lava-Jato

Por Sergio Lirio, na revista CartaCapital:

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, corre o risco de se tornar o São Sebastião do Ministério Público, aquele soldado romano que preferiu a morte a flechadas a renegar sua fé cristã.

Janot prometia lançar inúmeras flechas contra Michel Temer, mas, às vésperas de ser substituído no cargo pela colega Raquel Dodge, as setas parecem ter mudado de rumo e virado em sua direção. O fato de ter aderido à cruzada que transformou agentes públicos em inquisidores, em meros executores dos autos-da-fé, o colocaram nesta situação.

Desemprego e a precarização do trabalho

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - Trimestral (PNADC), a taxa de desocupação foi de 12,8% de maio a julho de 2017, com queda de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2017 (13,6%). Na comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior (11,6%) houve alta de 1,2 ponto percentual.

Mas o destaque dos dados é para o fato de que o número de empregados com carteira de trabalho assinada (inclusive trabalhadores domésticos), que foi de 33,3 milhões de pessoas no trimestre analisado: o número mostrou estabilidade frente ao trimestre anterior, mas caiu 2,9% frente ao mesmo trimestre do ano anterior (- 1,0 milhão de pessoas). 

Quem são os neonazistas brasileiros?

Por Lu Sudré, na revista Caros Amigos:

"Devemos assegurar a existência de nosso povo e um futuro para as crianças brancas". As 14 palavras de David Lane, influente líder do neonazismo, ecoaram no mundo todo após serem ditas por supremacistas brancos em Charlottesville, cidade do Estado norte-americano de Virgínia, no dia 12 de agosto. As tochas de fogo que marcaram a história da Ku Klux Klan estavam nas ruas como há muito tempo não se via. Tais palavras podem estar mais próximas do que se imagina.

Segundo a antropóloga Adriana Dias, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que mapeia a atuação dos principais grupos neonazistas do País na internet desde 2002, existem mais de quatro mil sites neonazistas em domínio brasileiro.

Independência? Que Independência?

Por Jandira Feghali

Com quase meio milhão em déficit de moradias, mais de 1 milhão de desempregados, trabalhadores com dívidas crescentes, cenas cotidianas de guerra urbana e uma universidade estadual ameaçada, o Rio de Janeiro corajosamente resiste neste 7 de setembro.

Refém de um governo federal quadrilheiro e sem pudor e um governo estadual fracassado, a população de nosso estado viu a venda da Cedae ser autorizada, e outras contrapartidas inaceitáveis serem aprovadas por uma maioria na Assembleia Legislativa. Sem debate ou consulta popular, um dos maiores entes federativos do Brasil foi engessado sob real intervenção do atual Palácio do Planalto entreguista.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Lula rechaça mentiras de Antônio Palocci

Por Cristiano Zanin Martins, no site Lula:

A história que Antonio Palocci conta é contraditória com outros depoimentos de testemunhas, réus, delatores da Odebrecht e provas e que só se compreende dentro da situação de um homem preso e condenado em outros processos pelo juiz Sérgio Moro que busca negociar com o Ministério Público e o próprio juiz Moro um acordo de delação premiada que exige que se justifique acusações falsas e sem provas contra o ex-presidente Lula. Palocci repete o papel de réu que não só desiste de se defender como, sem o compromisso de dizer a verdade, valida as acusações do Ministério Público para obter redução de pena e que no processo do tríplex foi de Léo Pinheiro.

O desvio de foco para encobrir a verdade

Por Dilma Rousseff, em seu site:

A denúncia proposta pela Procuradoria-Geral da República acusando a mim de pertencer e ao PT de constituir uma organização criminosa é um documento que deve ter sido reunido às pressas e baseado, exclusivamente, em depoimentos de delatores premiados.

Não há comprovação resultante de qualquer investigação feita. Apenas ilações, deduções e insinuações tratadas como verdade. Apenas as convicções dos acusadores, baseadas em modelos fantasiosos .

A capa canalha do Globo contra Lula e Dilma

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O responsável pela capa canalha do Globo associando as malas de dinheiro no “bunker” de Geddel à denúncia de Janot contra Lula e Dilma é Ascânio Seleme, diretor de redação (com todo respeito, nome de xarope contra a tosse dos anos 40).

Evidentemente que Ascânio é apenas a longa manus de João Roberto Marinho, presidente do Conselho Editorial e dono do negócio.

O ato político-cultural pela paz na Venezuela

Janot, covarde, quer se "limpar" na mídia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A desmoralização da Procuradoria Geral da República o faz buscar, rápido, a recuperação de sua imagem diante da mídia.

Claro, usando os alvos dos quais a mídia gosta: Lula e Dilma.

Apresentou ao STF o pedido de abertura de inquérito contra ambos, Edinho Silva, João Vaccari, Antonio Palocci , Guido Mantega, Paulo Bernardo silva e a senadora Gleisi Hoffman por supostos desvios na Petrobras, segundo as primeiras informações.

É claro que Lula pode ser absolvido!

Foto: Ricardo Stuckert
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Não é de hoje que o Partido Justiceiro – composto por setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal decididos a usar politicamente esse Poder – tenta criar um clima de inexorabilidade contra Lula. Sua eventual condenação é tratada como se fosse impossível impedir que sobrevenha.

Como o PJ (Partido Justiceiro) está coligado ao PM (Partido da Mídia) na FLJ (Frente Lava Jato), esses dois atores políticos tratam de produzir essa sensação de fatalidade em relação às chances de Lula de ser absolvido em 2ª instância da condenação que sofreu em 1ª instância.

Furacão Harvey não veio do nada!

Por Naomi Klein, no site The Intercept-Brasil:

Este é o momento exato para falarmos de mudanças climáticas e de todas as outras injustiças sistêmicas – do perfilamento racial à austeridade econômica – que transformam desastres como o Harvey em catástrofes humanas.

Quem assiste à cobertura do furacão Harvey e das enchentes de Houston ouve muita gente dizendo que essa é uma tempestade sem precedentes; que ninguém conseguiu prevê-la e, portanto, se preparar adequadamente para ela.

Mas fala-se muito pouco dos motivos pelos quais esses eventos climáticos sem precedentes, que quebram recordes, estão acontecendo com tanta frequência – a ponto de a expressão “recorde” já ter se tornado um clichê meteorológico. Em outras palavras, não vamos ouvir muito, se é que vamos ouvir alguma coisa, sobre mudanças climáticas.

As suspeitas que as fitas lançam sobre Janot

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Uma análise cuidadosa das fitas entregues pela JBS traz apenas um indício de crime: as ligações entre o Procurador Geral da República Rodrigo Janot e o ex-procurador Marcelo Miller.

Fica nítido, nas gravações, de que Miller operava antes de pedir demissão, que Janot tinha ciência desse meio campo com a JBS e que a delação premiada da JBS superou qualquer concessão feita anteriormente a outros delatores.

Os movimentos de Janot, na divulgação de fita, levantam suspeitas fundadas:

CNBB convoca para Grito dos Excluídos

Do site Vermelho:

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou na última sexta-feira (1) nota convocando o povo brasileiro a participar das atividades do 23º Grito dos Excluídos, que acontecerá nesta quinta-feira (7). Com sua 1ª edição em 1995, o Grito busca mobilizar as pessoas nas lutas pela garantia dos direitos. É organizado pelas Pastorais Sociais e conta com a parceria de outras igrejas e movimentos.
"Encorajamos, mais uma vez, as pessoas de boa vontade, particularmente em nossas comunidades, a se mobilizarem pacificamente na defesa da dignidade e dos direitos do povo brasileiro, propondo “a vida em primeiro lugar”, diz trecho da nota.

Janot e a república do dedo-duro

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A delação premiada, que vinha sendo a estrela da Lava Jato, parece ter chegado ao limite. De um lado, Joesley Batista denuncia Temer como ladrão geral da República. Em resposta, o presidente golpista desanca o delator e, para não perder o mandato, compra o Congresso a peso de emendas e cargos. Para completar, coloca o procurador geral da República sob suspeição. Ninguém confia em ninguém.

Enquanto o andar de cima troca gentilezas, o país assiste paralisado à desmontagem do Estado social, com corte de investimentos, entrega de setores estratégicos aos interesses internacionais e empregos se dissolvendo. No parlamento, deputados e senadores se dedicam de corpo e alma a uma reforma política que preserve seus interesses. O Judiciário, mais uma vez, lava as mãos. Privatização, distritão e frouxidão.

Temer e a maçã podre de Rodrigo Janot

Oito hipóteses sobre a nova crise política

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

1. Ocorrida ao que tudo indica devido a um acidente bizarro, a revelação da conversa mantida em 17 de março por Joesley Baptista, dono da JBS, e Ricardo Saud – diretor da empresa, seu braço direito e confidente – tem potencial para provocar um novo tsunami político. Ela atinge em primeiro lugar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot; e beneficia dois de seus grandes desafetos, Michel Temer e Gilmar Mendes. Mas esta é apenas a ponta de um gigantesco iceberg. Joesley e a JBS são paradigmas da corrupção da política, do sequestro da democracia pelos grandes grupos empresariais. 

A Rússia e a nova estratégia global dos EUA

Por José Luís Fiori, no site Carta Maior:

A polarização da sociedade americana, e a luta fratricida de suas elites, neste início do século XXI devem prosseguir e aumentar sua intensidade nos próximos anos, mas não devem alterar a direção, nem a velocidade do crescimento do poder militar global, dos Estados Unidos. Este tipo de divisão e luta interna, não é um fenômeno novo ou excepcional - se repetiu em vários momentos do Século XX - toda vez em que foi necessário responder a grandes desafios e tomar decisões cruciais no plano internacional.

A traição do 'prefake' João Doria

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Eclesiastes, capítulo 1: "Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito".

João Doria chutou o balde. A disputa com Geraldo Alckmin pela indicação do PSDB à presidência em 2018 passou de guerra fria a guerra aberta.

Depois de Alckmin afirmar, na semana passada, que quer ser “o candidato do povo brasileiro”, Doria subiu o tom, abandonando as dissimuladas loas ao padrinho que sempre fazia publicamente:


Ricaços e multinacionais não pagam impostos

Por Denise Motta Dau e Gabriel Casnati, na Rede Brasil Atual:

A população brasileira não tem o hábito de analisar detalhadamente os impostos que paga. Por isso, é normal a reprodução da afirmação – divulgada incansavelmente na grande mídia – de que no país as empresas e os empresários são sobretaxados.

Porém, quando nos detemos para analisar o desenho da carga tributária no Brasil e no mundo constatamos que aqui existe uma distribuição da tributação totalmente desigual. As políticas tributárias não são neutras, assim como a construção do orçamento e dos respectivos investimentos em políticas públicas, pois a depender da dinâmica podem potencializar ou não maior inclusão social e equidade.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Sergio Moro e os marajás do Judiciário

Por Altamiro Borges

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou nesta segunda-feira (4) informações sobre a despesa dos juízes no Brasil. De acordo com o levantamento, eles recebem, em média, R$ 47,7 mil por mês. No caso do “justiceiro” Sergio Moro, chefão da midiática Lava-Jato, o rendimento mensal, incluindo salários diretos e benefícios indiretos, como gratificações, passagens aéreas, diárias e outras regalias, é mais do que o dobro. O CNJ é o órgão de controle do Judiciário e os dados constam do “Relatório Justiça em Números 2017”, com os dados até 31 de dezembro de 2016.