Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:
Há uma importantíssima aula de política contemporânea na reportagem O Grupo da Mão Invisível, produzida pelo jornalista Bruno Abbud e publicada há dias, no site da revista Piauí. Bruno infiltrou-se num grupo de Whatspp que reúne líderes do MBL e mais de 150 executivos do mercado financeiro. Acompanhou as discussões por dois meses (entre 25 de julho e 27 de setembro). Ao fim, produziu um relato essencial, que ajuda a compreender – e, portanto, desmistificar – as razões para a força surpreendente dos novos grupos de direita. Não, ela não provém de um suposto endireitamento geral da sociedade brasileira, em que muitos parecem agora acreditar. Está muito mais relacionada a um cenário político caótico, em que as antigas formas de construção de consenso tornaram-se ineficazes; e em que pequenos grupos, articulados e com vasta rede de relações, podem tornar-se muito influentes e poderosos.
Das 685 páginas de diálogos que Bruno Abbud examinou sobressaem quatro grandes conclusões:
Das 685 páginas de diálogos que Bruno Abbud examinou sobressaem quatro grandes conclusões: