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Dorival Caymmi registrou para a posteridade no Samba da Minha Terra : “Quem não gosta de samba bom sujeito não é, ou é ruim da cabeça ou doente do pé.” E a cabeça ruim, retrógrada e fundamentalista do bispo neopetencostal, e dublê de prefeito do Rio, Marcello Crivella, é hoje a maior ameaça ao desfile das escolas de samba do Rio e ao carnaval como um todo.
Faltando cerca de 100 dias para o carnaval, o desespero começa a tomar conta dos responsáveis pelo desenvolvimento do enredo das escolas. Agindo como líder religioso, e não como prefeito de uma cidade que tem no carnaval sua maior festa popular e traço cultural marcante, Crivella reduziu à metade a subvenção às escolas do Grupo Especial, de R$ 2 milhões para R$ 1 milhão, dividido em duas parcelas. Se depender do bispo, está condenado à morte por inanição o valioso produto de exportação do Rio, fator de atração de recursos e geração de emprego e renda.