sábado, 9 de dezembro de 2017

A última cartada de Temer na Previdência

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Era seis de dezembro, passou para 13 e agora prevê-se para entre os dias 18 e 20 a anunciada tentativa de votar na Câmara a reforma da Previdência.

Mais dez dias para prosseguir na compra de votos, para dar ao “mercado” seu presente de Natal.

Os “campeões da moralidade” da mídia fingem que não vêem a derrama de recursos públicos que soma bilhões de reais.

Temer e Lava-Jato destroem a economia

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Em seminário do qual participou em dezembro de 2014, nove meses depois de deflagrada a operação Lava Jato, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo alertou: "Estou observando uma tendência na sociedade brasileira de achar que não tem importância destruir a Petrobras e as empreiteiras". Na ocasião, disse que era preciso combater a corrupção, mas ao mesmo tempo preservar a estatal e as grandes construtoras, "responsáveis por uma parcela muito importante do investimento no país". O economista recomendava "substituir a direção das empresas e preservá-las".

UFMG: fascismo e sociedade do espetáculo

Detalhe de vídeo da TV UFMG
Editorial do site Vermelho:

A autonomia das universidades surgiu ainda na Idade Média – no longínquo ano de 1088, na universidade de Bologna, Itália, e fará 930 anos no ano que vem. Foi um avanço civilizatório que, numa época de fragilidade da lei e império do arbítrio dos poderosos, destina-se a proteger o conhecimento, a liberdade de pesquisa e de pensamento. E é nesse sentido acolhida na tradição constitucional brasileira, como preconiza o artigo 207 da Carta Magna de 1988, que garante a autonomia didática, de pensamento e pesquisa e também administrativa e financeira das universidades.


O neomacarthismo da Gazeta do Povo

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

O jornal Gazeta do Povo, do mesmo grupo GRPCOM que é afiliado à Globo no Paraná, lançou uma plataforma para que professores sejam dedurados anonimamente por supostamente “usar seu tempo em sala de aula para extrapolar os conteúdos pré-definidos com claro posicionamento ideológico”. É exatamente o mesmo tipo de ação que acontecia nos Estados Unidos durante os anos do Macarthismo, quando professores eram denunciados e em seguida levados a depor diante de uma comissão, perseguidos, presos e demitidos.

Quais os planos de Doria para 2018?

Por Sâmia Bomfim, no site Mídia Ninja:

O primeiro ano da “gestão eficiente” do prefeito-empresário João Doria termina com uma reprovação de 39%, contra os 13% no início do mandato, de acordo com o Datafolha, em pesquisa publicada pelo jornal “Folha de São Paulo”.

É cada vez mais perceptível, para a população de São Paulo, a incapacidade dessa administração para resolver os problemas da cidade.
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​​Os entrevistados afirmam que o prefeito fez muito menos do que o esperado. Tal questionamento surge entre os mais pobres, mulheres, pessoas de 35 a 44 anos e com ensino médio completo. Não é por acaso a incidência desses perfis dentre aqueles descontentes com Doria.
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Como explodir o Oriente Médio

Ilustração: Josetxo Ezcurra/Rebelión
Por Phyllis Bennis, no site Outras Palavras:

O plano de Trump para reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e no futuro transferir embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém não vai prejudicar os esforços de paz – porque na verdade não há esforços de paz em andamento. Os protestos já começaram, e a raiva está aumentando não apenas entre os palestinos, mas em todo o mundo árabe e muçulmano, entre vários governos, incluindo aliados chave dos EUA, e entre pessoas em todo o mundo.

Para compreender o que representa este movimento é preciso enxergá-lo a partir de duas perspectivas diferentes.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Venezuela, Honduras e o jornalismo de guerra

Por Felipe Bianchi, de Caracas, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

As ruas de Honduras foram tomadas pelo povo, que exige o respeito às urnas e à democracia após mais um episódio de golpe no país. Enquanto isso, na Venezuela, a população se prepara para votar pela terceira vez em 133 dias. O silêncio dos grandes meios de comunicação latino-americanos em relação ao que ocorre no país centro-americano contrasta com a demonização permanente da Venezuela e de Nicolás Maduro, escancarando o jornalismo de guerra e o papel de partido das classes dominantes jogado pela mídia.

UFMG: escalada fascista precisa ser barrada

Por Haroldo Lima, no Blog do Renato:

É da maior gravidade a ação truculenta que a Polícia Federal efetuou, a 6 de dezembro de 2017, na Universidade Federal de Minas Gerais, levando, por condução coercitiva, para prestar depoimentos, o reitor Jaime Arturo Ramirez, a vice-reitora, Sandra Regina Goulart Almeida, mais duas ex-vice-reitoras e outros servidores.

Em nossa Constituição, a autonomia universitária é expressamente estabelecida, não só “didático-científica”, mas também “administrativa” e de “gestão financeira e patrimonial”, como está no artigo 207 da Carta Magna. A ação da Polícia Federal na UFMG é uma aberta afronta à Constituição

A resposta ao pior Congresso da História

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

No dia em que uma pesquisa Datafolha apontou a reprovação sem precedentes da população ao atual Congresso (60%), e o patamar mais baixo de aprovação (5%), partiu de um estranho ao ninho parlamentar, que ao se eleger não foi levado a sério, o deputado e ex-palhaço Tiritica, uma pungente despedida do mandato, dizendo-se envergonhado da classe política que não quer mais integrar. Por isso não concorrerá em 2018. Ao longo do dia, entretanto, foram poucos os deputados e senadores que deram o braço a torcer. Como avestruzes, preferiram enfiar a cabeça na areia a comentar a desaprovação revelada pela pesquisa ou a chicotada até branda de Tiririca, que prometeu não contar tudo o que viu em sete anos. Mas nós e eles sabemos o que fez o atual Congresso nos últimos três anos. Por isso nas eleições de 2018 esperamos que o eleitorado traduza sua decepção em uma grande renovação quantitativa e qualitativa das duas Casas.

"Deus-mercado" entrou em desespero

O assassinato do reitor e o estado de exceção

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Finalmente, a grande imprensa toma conhecimento da tragédia que encerra a perseguição, tortura e morte do professor Luiz Carlos Cancellier de Oliveira, reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), passados já dois meses, quando já se temia que o silêncio imposto fosse o tapete pelo qual caminharia a impunidade, a seiva que alimenta a arbitrariedade.

O Estadão, em reportagem de Luiz Maklouf Carvalho publicada no domingo, 3, descreve a sucessão de arbitrariedades, violência institucional, policial e judiciária que se abateram sobre o reitor, pondo a descoberto, até onde pode chegar, na guerra aos direitos individuais, a aliança fática que reúne num só império, justamente aqueles que foram selecionados e são pagos e muito bem pagos para assegurar a incolumidade física e moral dos cidadãos: agentes do Poder Judiciário (dos juízos de piso aos ministros do STF) e setores da alta burocracia federal autonomizados, como os policiais federais e os procuradores do Ministério Público, auto imitidos no papel de salvadores da pátria, sagração que lhes teria outorgado todos os poderes necessários à missão de sanear a vida nacional.

Até quando a velha imprensa terá o controle?

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Estamos no fim de 2017 e a velha imprensa continua determinando o que provoca a indignação da população brasileira, especialmente da classe média.

Com a honrosa exceção da greve geral do último abril, contra a reforma da previdência, Temer comete barbaridades em cima de barbaridades e a população parece observar de forma complacente, quase que anestesiada.

A cobertura da reforma da Previdência na mídia hegemônica é um escândalo.

Lava-Jato dá prejuízo de R$ 140 bilhões

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Nesta quinta-feira (7), o Ministério Público Federal (MPF) fez um grande estardalhaço, com direito a fotos posadas do procurador Deltan Dallagnol para a mídia, sob o pretexto de “devolver à Petrobras” R$ 653,9 milhões desviados da estatal pelo esquema investigado na Operação Lava Jato.

Os valores devolvidos teriam sido obtidos através de 36 acordos de colaboração premiada e cinco de leniência firmados com empresas. Entre os acordos, Dallagnol citou as delações relativas à Odebrecht, Braskem, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.

Golpe de Honduras e o exemplo da Venezuela

Artista: Pavel Égüez
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Perguntada pelo 247, que colocou uma questão sobre o impasse instalado pelas fraudes eleitorais em Honduras, a vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Sandra Oblitas, fez um comentário a altura sobre o sistema em vigor seu país. Reconheceu que, como autoridade venezuelana, não lhe cabia fazer declarações sobre os métodos de apuração que envolvem outro país mas admitiu: “mais uma vez, podemos comprovar a fortaleza de nosso sistema. Tudo reside em nossa confiabilidade”.

Aldir Blanc: "Não podemos nos calar"

Por Aldir Blanc

Em busca de Justiça

Não sou historiador nem sociólogo. Não consultei nenhum livro para escrever o texto abaixo. Minha memória está se movendo como estilhaços do amado caleidoscópio que perdi, menino, em Vila Isabel.

Viva a Comissão da Verdade para que nunca mais coloquem uma grávida nua sobre um tijolo, atingida por jatos d’água, com ameaça: “Se cair vai ser pior”;

Para que senhoras que fazem seu honrado trabalho não sejam despedaçadas por cartas bombas;

Temer negligencia com saúde da família

Por Norma Odara, no jornal Brasil de Fato:

A nova Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) aprovada pelo governo golpista de Michel Temer (PMDB) começou a valer no final de novembro e é alvo de críticas por parte de profissionais da área da saúde.

O enfermeiro residente em saúde da família e comunidade Wagner Menezes conversou com o Brasil de Fato sobre as mudanças trazidas pela medida e explica o descontentamento da categoria.

Os ratos, a UFMG e a esperança equilibrista

Foto: Foca Lisboa/UFMG
Por Renato Rovai, em seu blog:

Quando os ratos começam a deixar o porão do navio o sinal é de que as coisas vão mal. Os ratos são o prenúncio da tragédia.

A ação de hoje na UFMG tem dentes de rato, patas de rato, fez o barulho que os ratos fazem quando agem em bando. Se não for ação de ratos, coisa boa também não parece ser.

O suicídio de Cancellier não parece ter sido suficiente pra acalmar a turba que quer criminalizar as universidades públicas.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

O falso moralismo do juiz pança-cheia

Por Eugênio Aragão, no blog Diário do Centro do Mundo:

O país se vê assaltado, neste fim de ano, de recomendações políticas inapropriadas daquele que deveria evitar a política partidária e se concentrar na interpretação equidistante, imparcial e equilibrada das leis. Sérgio Moro, o juiz de sempre.

Viaja a nossas custas para cima e para baixo, mexe e se remexe, para proselitar contra os legítimos interesses da maioria da população. Ganha, para isso, fartas diárias, prêmios, sem contar que deixa de jurisdicionar e ganha subsídios muito acima do razoável para uma massa de brasileiras e brasileiros cada vez mais desprovida de meios e de direitos.

UFMG teme a perseguição política

Por Marianna Dias

É um ultraje. A Polícia Federal extrapolou da provocação para a indignidade ao nomear a operação que conduziu coercitivamente os reitores da UFMG nesta quarta-feira (06/12) de “Esperança Equilibrista” nome da música de João Bosco & Aldir Blanc, hino do Brasil na época da ditadura e da anistia. Pior do que utilizar uma letra simbólica em uma operação que ameaça uma obra que homenageia os perseguidos políticos é fazer referência aos cartazes que defenderam o ex-reitor da UFSC, professor Luiz Carlos Cancelier que depois de ser levado ao escárnio público, não conseguiu lidar com a situação de injustiça e acabou se suicidando em Outubro.

A mídia e o voo de galinha da economia

Por Marcelo Zero, no blog Viomundo:

A mídia e o governo tentam disfarçar, mas o resultado pífio do terceiro trimestre de 2017 desapontou todo o mundo.

O crescimento foi de apenas 0,1% sobre o trimestre anterior, quando a prévia do Banco Central era de 0,58%.

Na prática, isso significa economia estagnada. Mais que “pibinho”, é PIB microscópico, um “nanopib”.

O “nanopib” do Golpe foi aferido após o IBGE revisar a sua série e dessazonalizá-la.