terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Trump retoma ataque à internet livre

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A ideia do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de usar seu poder político para colocar fim à neutralidade da rede não é tão fácil de ser seguida no Brasil e nem mesmo na terra do próprio Trump, já que a decisão da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC, na sigla em inglês) precisa passar pelo Congresso norte-americano.

O problema é que a mudança na posição da comissão estadunidense é uma sinalização evidente de que as poderosas corporações mundiais do setor de telecomunicações estão voltando à carga para transformar a rede mundial num serviço pelo qual possam cobrar como quiserem pelo acesso à internet. “Eles fizeram isso nos Estados Unidos exatamente para reativar a batalha no mundo inteiro”, diz o professor Sérgio Amadeu, da Universidade Federal do ABC (UFABC).

Temer põe em risco até a merenda escolar

Por Paula Quental, no site Brasil Debate:

A política de cortes do governo de Michel Temer, expressa na Emenda Constitucional 95, a “emenda do teto”, que congela o orçamento público por 20 anos, tem entre os seus alvos os programas voltados para a agricultura familiar, setor responsável por colocar comida na mesa do brasileiro. Segundo o agrônomo Luciano Mansor de Mattos, pesquisador da Embrapa e autor de um estudo sobre as consequências da austeridade no campo, o enfraquecimento e a extinção dessas políticas levarão ao aumento da violência, à volta do êxodo rural, ao empobrecimento no meio rural, além de reduzirem a produção de alimentos, comprometendo a segurança alimentar e nutricional brasileira.

Xadrez dos limites aos abusos da Lava Jato

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

No dia 14 de novembro passado publicamos a verdadeira história da delação premiada de Glaucos Costamarques, a pessoa que, a pedido de José Bumlai, amigo de Lula, adquiriu o apartamento vizinho a Lula e o alugou ao ex-presidente.

Havia movimentação suspeita em sua conta. Os ideia-fixa da Lava Jato imediatamente formularam sua Teoria do Fato Único: só podia ser dinheiro do Lula para simular a compra do apartamento.

Descobriu-se que era movimentação do filho de Costamarques, diretor de relações institucionais da Camargo Correia - ou seja, o homem das propinas. Em vez de investigar o dinheiro do filho, para identificar autoridades subornadas, a Lava Jato preferiu chantagear Costamarques para que mudasse seu depoimento inicial - no qual garantia que havia comprado, de fato, o apartamento.

Um 'abacaxi' no STF chamado Gilmar Mendes

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O Supremo Tribunal Federal (STF) deixa para trás um “abacaxi” ao sair de férias coletivas de 45 dias nesta quarta-feira 20. Chama-se Gilmar Mendes. O juiz de indisfarçáveis paixões tucanas e temeristas é detestado pela população. Coleciona brigas com colegas. É alvo de pedidos de impeachment - o último deles acaba de produzir um mandado de segurança no STF.

Além disso, vê sendo investigada a estatização de sua faculdade na sua Diamantino (MT), um negócio suspeito descrito por CartaCapital na reportagem “O juiz empresário”, em novembro de 2016.

Lula: hora exige mais que palavras de ordem

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Em janeiro passado, o ex-presidente Lula reclamou do excesso de palavras de ordem e da falta de reações concretas diante do avanço do golpe. “Nós ficamos gritando 'Fora Temer' e o Temer está lá dentro. Gritamos 'não vai ter golpe' e teve golpe. Estamos gritando contra as reformas e elas estão sendo aprovadas”. Logo depois dona Marisa Letícia morreu, ele fez o luto e pegou a estrada, colocando sua candidatura na rua. O programa do golpe fracassou em todas as frentes, inclusive no projeto de unificação de suas forças partidárias em torno de um candidato que daria prosseguimento à sua agenda de entreguismo e retrocessos. Lula consolidou-se na dianteira e o golpismo recrudesceu.

Mais um golpe contra os servidores públicos

Do site Vermelho:

O presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), João Domingos, definiu o governo de Michel Temer como “nefasto” para os trabalhadores do Brasil. De acordo com o dirigente, o veto integral de Temer ao Projeto de Lei 3831/2015, que trata da negociação coletiva do trabalhador do setor público, “veta integralmente um sonho vivido há 40 anos por milhões de trabalhadores”. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (18).

Moro, TRF4 e os salários muito acima do teto

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

O autor do levantamento que mostrou mês a mês os vencimentos do juiz Sergio Moro (sempre acima do teto constitucional) voltou a pesquisar no site do Tribunal Regional Federal da 4a. Região e constatou que os desembargadores que julgarão o recurso de Lula, bem como o presidente da corte, também recebem muito acima dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Fabiano Kenji Nohama, que é doutor em computação quântica e professor da Universidade Federal do Tocantins, pesquisou os contracheques dos desembargadores de janeiro de 2015 a agosto de 2017 - informações que, por força de lei, são públicas.

Folha e a propina 'sem dono' do tucanato

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O que todo mundo sabe há muito tempo virou manchete de hoje na Folha.

Dois cartéis, no Rodoanel, no Metrô e em avenidas e estradas de São Paulo dividiram contratos milionários nas obras públicas paulistas, conforme documentos entregues pela Odebrecht.

O esquema, de acordo com o material da empreiteira, operou de 2004 até 2015 em obras que custaram cerca de R$ 10 bilhões aos cofres públicos. Neste período, o Estado de São Paulo foi governado pelos tucanos Geraldo Alckmin (2004-06), José Serra (2007-2010) e Alberto Goldman (2010), além de Claudio Lembo, do PFL (2006).

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

DEM desidrata o PSB e esnoba o PSDB

Por Altamiro Borges

Durante os governos Lula e Dilma, o fisiológico DEM quase desapareceu do mapa político brasileiro. Acostumado com as mamatas do poder, o partido definhou e vários coronéis da sigla passaram a admitir a sua extinção. Brincava-se que os demos só não iriam para o inferno porque o diabo rejeitava a concorrência desleal. A partir da cruzada golpista que resultou na deposição da presidenta eleita e na ascensão da quadrilha de Michel Temer, porém, a legenda oriunda da antiga Arena parece que ressuscitou. Um dos caciques da sigla, Rodrigo Maia – notório capacho dos patrões –, hoje comanda a Câmara Federal e até nutre o sonho de disputar a sucessão presidencial em 2018. Nesta toada, o DEM volta a crescer, atraindo vários oportunistas e carreiristas da política nativa.

Ministra sai do PSDB para manter a boquinha

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira passada (14), a excêntrica ministra dos Direitos Humanos do covil golpista, Luislinda Valois, entregou o seu pedido de desfiliação do PSDB. A iniciativa alegrou a cúpula tucana, que anunciou recentemente o seu desembarque “amigável” do barco à deriva temendo o desgaste nas urnas. A decisão, porém, não garante a manutenção da sua “boquinha” no governo, já que a exótica figura, que vive chorando dos seus “baixos” salários, tem causado mal-estar entre os próprios membros da quadrilha no poder. Uma nota postada na coluna “Expresso” da revista Época evidencia a insanidade que tomou conta do Palácio do Planalto:

De qual Bolsonaro o povo está falando?

Por Alexandre Padilha, na revista Fórum:

Nos corredores do anexo II da Câmara fica o gabinete de um político, que ganha espaço na mídia por suas opiniões agressivas e incitações ao ódio. Um homem que está no Congresso Nacional há 27 anos, conta com diversos assessores, mais de R$ 360 mil/ano de verba de gabinete e teve apenas duas leis aprovadas nesses 324 meses de mandato parlamentar. Este é Jair Messias Bolsonaro, carioca que carrega no nome a promessa de salvador, de mito como chamam seus seguidores, mas que tem uma folha corrida de pedidos de cassação, processos no Conselho de Ética e ações judiciais, como a que é réu no Supremo Tribunal Federal por incitação ao estupro e injúria.

Mobilização nacional em defesa de Lula

A luta pela democracia tem nome e data

Lula na Apeoesp, 15/12/17. Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A luta pela democracia tem nome e data : Lula, 24 de janeiro Poucas vezes o futuro de um país esteve tão claro do ponto de vista das classes sociais.

Os de baixo já tem um candidato para recuperar direitos: Luiz Inácio Lula da Silva. Por isso, lhe dão entre 37% e 45% de intenções de voto na sucessão presidencial. A vontade é garantir uma vitória já no primeiro turno e enterrar de vez a herança maligna de Michel Temer.

Os de cima não sabem o que fazer e tudo farão para impedir o retorno de Lula. Não têm um candidato capaz de respirar nas pesquisas. Precisam de uma eleição sem adversário real, pois têm uma herança nefasta a defender perante o eleitorado. 

Documentos inéditos incriminam a Globo

Conta do golpe trabalhista chega no Natal

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                         

Resultado do poder do monopólio da mídia de produzir imbecilizados em série, o comportamento da grande maioria das pessoas durante o debate sobre a nova lei trabalhista oscilava entre a indiferença e a convicção de que aquelas mudanças não atingiriam suas vidas.

Embora todas as pesquisas registrassem uma forte desaprovação ao projeto de reforma do governo golpista, essa rejeição esteve longe de se traduzir no apoio necessário às mobilizações e protestos convocados pelas centrais sindicais e movimentos sociais.

"A legalidade nos mata", dizem os golpistas

Por Jeferson Miola

A antecipação forçada do julgamento do ex-presidente Lula pelo Tribunal Regional Federal [TRF4] é um movimento tático que poderá definir a dinâmica política do próximo período.

O objetivo estratégico da oligarquia golpista é evitar a vitória do Lula no pleito de 2018 a qualquer custo, porque a eleição dele poria fim ao golpe e ao regime de exceção.

O golpe, com sua selvagem agenda anti-povo e anti-nação, não foi empreendido para durar pouco tempo; ainda resta muito para colonizar e pilhar por completo o país.

Bancários denunciam o desmonte do BB

Enviado por Cecília Negrão

O desmonte dos bancos públicos continua. Após tentativa de mudança estatutária na Caixa Econômica, pelo Conselho de Administração (CA) do banco, agora é a vez do Banco do Brasil. Nesta segunda-feira o Conselho do BB se reúne em Brasília e os bancários fazem ato em frente a uma unidade do banco, em frente ao Shopping Cidade São Paulo (Avenida Paulista, 1230), a partir das 11 horas.

“O banco vem anunciando, de forma velada, nova reestruturação, com mais desligamentos e fechamentos de agências em todo o país. A população precisa estar atenta e a categoria estar mobilizada”, critica o diretor executivo do Sindicato e bancário do Banco do Brasil, Ernesto Izumi.

O jogo pesado pela 'reforma' da Previdência

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Desesperado para aprovar a reforma da Previdência, o governo lançou uma nova campanha publicitária caríssima e recheada de distorções. A principal mensagem das novas propagandas é a de que a reforma será feita para “combater privilégios”, o que é uma grande falácia. Como mostrou The Intercept Brasil, grandes privilegiados, como os militares, passarão incólumes.

Lições da amarga experiência chilena

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

O magnata direitista Sebastián Piñera foi eleito neste domingo para mais um mandato presidencial no Chile. Obteve 54,5% dos votos, contra 45,5% do seu adversário, o jornalista e senador Alejandro Guillier, da coalizão governamental de centro-esquerda. A abstenção, de 52%, claramente foi um fator que pesou no resultado final. Piñera se impôs em centros estratégicos, como a capital Santiago, onde a abstenção fez a diferença.

O declínio do império militar americano

Por Alfred W. McCoy, no site Outras Palavras:

Nos últimos 50 anos, os governantes norte-americanos estiveram absolutamente confiantes de que poderiam sofrer contratempos militares em lugares como Cuba ou Vietnã sem ter seu sistema de hegemonia global, sustentado pela economia mais rica e o mais sofisticado aparato militar do mundo, afetado. O país era, afinal, a “nação indispensável” do planeta, como a secretária de Estado Madeleine Albright proclamou em 1998 (e outros presidentes e políticos reiteraram desde então). Os EUA gozaram da maior “disparidade de poder” com seus pretensos rivais do que qualquer império que já tenha existido, como anunciou o historiador de Yale, Paul Kennedy, em 2002.