domingo, 8 de abril de 2018

Amplitude e luta pela liberdade de Lula

Do site Vermelho:

Em nota divulgada na noite deste sábado (7), o PCdoB avaliou que Lula está sendo preso porque “governou para os pobres”, “lançou as bases de um ciclo de desenvolvimento soberano, democrático e de progresso social” e está à frente nas pesquisas. Para o partido, o ex-presidente é um preso político e estão em jogo a democracia, a soberania e os direitos sociais. Nesse sentido, os comunistas defendem amplitude, mobilização e luta pela liberdade de Lula.

Confira a íntegra da nota:

Globo e Lava-Jato não destruíram Lula

Por Paulo Pimenta, no blog Cafezinho:

A Rede Globo, Sérgio Moro e a Lava Jato destruíram o país na tentativa de acabar com o Presidente Lula. Não conseguiram.

O conluio midiático-jurídico assassinou D. Marisa Letícia. Acreditavam, finalmente, que conseguiriam parar Lula. Mas ele seguiu em frente.

Agora, prendem Lula, e fracassam mais uma vez em seus objetivos.

Como vimos hoje – nos braços do povo – Lula está em plena forma e mais firme do que nunca.

A interdição da via democrática no Brasil

Por Atilio Boron, no site Carta Maior:

A decisão do Superior Tribunal Federal (STF) rechaçando o pedido de habeas corpus apresentado pelos advogados de Lula o impede definitivamente de concorrer à presidência e permite a sua detenção, que foi decretada com impressionante celeridade pelo juiz Sérgio Moro.

O que antes requeria a intervenção das Forças Armadas hoje se pode fazer com novos protagonistas, convenientemente doutrinados e treinados pelas diversas agências do governo dos Estados Unidos com seus programas de “boas práticas”. Eles selecionam juízes, promotores, legisladores e jornalistas e oferecem cursos especializados sobre os temas de sua incumbência.

Moro ama os EUA, mas desconhece suas leis

Em discurso, Lula desafia seus carrascos

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Ele foi aconselhado a se calar. Seus carrascos ameaçaram lhe tirar até banheiro privado que lhe tinha sido oferecido para que baixasse a cabeça.

Mas Lula é um revolucionário. Revolucionou o Brasil. Reduziu a pobreza e a miséria, fez pobres chegarem à universidade e organizou a economia. Por isso não se rendeu. Por isso disse o que estava entalado nas nossas gargantas.

Porque ele é feito de milhões de nós e nós somos milhões dele…

Moro envergonha o Brasil aos olhos do mundo

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Hoje o juiz de primeira instância Sérgio Moro conseguiu realizar o que seus patrocinadores na mídia comercial perseguiam há tempos: prender o maior líder político do Brasil. Lula se entregou e agora é mais um petista nas masmorras de Curitiba, a cereja do bolo, o grande prêmio da caça à esquerda travestida de luta contra a corrupção.

O mundo inteiro olha no que a Lava-Jato e o golpe contra uma presidenta eleita transformaram nosso país em poucos anos. De nação emergente, viramos uma república de bananas governada por um presidente ilegítimo, onde líderes opositores são encarcerados para que não disputem eleição. Um país mergulhado na ignorância do conservadorismo que censura até exposições de arte, que assassina líderes de movimentos sociais e entrega suas empresas públicas a preço de banana a estatais estrangeiras. Com Lula no poder, viramos protagonistas; com Lula preso, viramos o cocô do cavalo do bandido.

Rebelião é um direito

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Diante da opressão, até a ONU reconhece como legítimo o direito à rebelião. Não há como tratar situações excepcionais dentro da normalidade democrática. Escrevo no momento em que a imprensa anuncia que Lula decidiu não se entregar em Curitiba ao juiz fascista Sérgio Moro e resistir à prisão protegido por uma multidão. Enquanto isso, seus advogados tentam encontrar um instrumento jurídico que impeça seu encarceramento.

Independentemente do desfecho da resistência popular na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, percebe- se o movimento das placas tectônicas sob os pés dos lutadores políticos e sociais.

Lula e a desmoralização do Judiciário

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Apenas num país onde a credibilidade do Judiciário atingiu um nível impensável em qualquer nação civilizada exibe a cena que os brasileiros assistiram nesta tarde de sábado, quando algumas centenas de manifestantes tentaram impedir que Lula se apresentasse a Polícia Federal.

Enquanto Lula fazia o possível para cumprir uma pena de 12 anos e um mês, algumas centenas de manifestantes decidiram barrar seu caminho e impedir que ele fosse conduzido à prisão.

Se a experiência humana ensina que a maioria dos condenados passa a existência fazendo planos para escapar da prisão, a situação de Lula era inversa: tentava cumprir a sentença que o TRF-4 lhe deu mas não conseguia.

A prisão de Lula é política

Foto: Ricardo Stuckert
Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Na véspera do julgamento do habeas corpus de Lula, o chefe das Forças Armadas usou o Twitter para colocar a faca no pescoço dos ministros do STF. O recado foi claro: ou os juízes pavimentavam o caminho para a prisão de Lula ou o homem que está sentado sobre o arsenal bélico da nação tomaria alguma atitude. A intimidação à democracia foi aplaudida publicamente por políticos, generais e até pelo juiz Marcelo Bretas. O perfil do TRF-4 no Twitter, o tribunal de segunda instância que condenou Lula sem provas, também curtiu o tweet que continha a ameaça golpista do comandante do Exército.

sábado, 7 de abril de 2018

A palavra de ordem agora é Lula Livre

Por Altamiro Borges

Mais um capítulo do golpe do capital, externo e nativo, está consumado: Lula vai para as masmorras de Curitiba, uma “cela sem frigobar e TV” – segundo a asquerosa Folha –, que mais se parece com uma solitária. Depois da deposição de Dilma Rousseff, que alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer, e das imposições de várias maldades – como a “reforma” trabalhista, a terceirização selvagem e o congelamento por 20 anos dos investimentos em saúde e educação –, agora as forças da direita aprisionam o maior líder popular da história do Brasil. O golpe estaria incompleto sem a sua prisão. Para acelerar seu plano de desmonte do Estado, da nação e do trabalho, era indispensável isolá-lo em uma solitária. Só os ingênuos ainda acreditavam no “republicanismo” das elites burguesas, que têm o fascismo no seu DNA.

Está rindo do quê, “coxinha” otário?

Por Altamiro Borges

A julgar por todas as pesquisas recentes de intenção de voto, milhões e milhões de pessoas dos vários cantos do Brasil estão tristes e revoltadas com a iminente prisão de Lula. É uma comoção silenciosa, mas que ainda pode vir à tona. Já milhares de pessoas mais organizadas foram às ruas nos últimos três dias em marchas, atos públicos e bloqueios de rodovias em mais de 100 cidades do país. Em São Bernardo do Campo (SP), berço operário do líder petista, cerca de 20 mil pessoas se revezaram em vigília contra as ordens do carrasco Sergio Moro. Na outra ponta, setores da sociedade estão com um sorriso no rosto. Como expressão do ódio nutrido pela mídia, eles torcem pela prisão e até pela “morte” de Lula. Nas redes sociais, eles já foram classificados como “abastados ou abestados”.

A íntegra do discurso histórico de Lula

Do jornal Brasil de Fato:

Na tarde deste sábado (7), em São Bernardo do Campo (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou seu último discurso antes de apresentar-se à Policia Federal para cumprir o mandado de prisão emitido pelo juiz de primeira instância Sérgio Moro nesta semana. A milhares de pessoas que o acompanhavam desde sexta-feira em vigília, Lula, emocionado, relembrou o início de sua vida política no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e enviou uma mensagem de motivação para os que acreditam em seu projeto político.

Confira abaixo a transcrição do discurso histórico:

A união contra a prisão de Lula

1980/2018
Por Luiz Eduardo Soares, no site Mídia Ninja:

(1) O anti-petismo é um veneno que contagiou parte da sociedade, serviu de combustível à extrema direita, intoxicou as relações, infundiu ódio na política e a conflagrou. Por isso, mesmo não sendo petista, sou anti-anti-petismo. O anti-petismo generaliza acusações e identifica o PT como fonte de todos os males. Lembra, guardadas as devidas proporções, o antissemitismo que alimentou o nazismo. Os movimentos autoritários precisam apresentar-se como cruzadas morais para definir o Outro não como adversário no conflito natural e democrático de posições, mas como inimigo a ser eliminado.

Lula refaz seu mito

Foto: Francisco Proner
Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

As longas e dramáticas horas que se seguiram à ordem de prisão do ex-presidente Lula, na quinta-feira, podem terminar hoje, sem sangue e sem morte mas, com um pouco mais da insensatez que pontuou todo o processo, poderiam ter sido trágicas. Caso se entregue mesmo hoje, depois da missa pelo aniversário de sua falecida mulher, dona Marisa, Lula terá feito sua própria hora, será preso “sem baixar a cabeça”, depois da demonstração de apoio popular que fará dele um preso político, embora condenado por corrupção. Lula refaz seu mito. As imagens correrão o mundo e estarão na campanha eleitoral. Foi a precipitação do juiz Sérgio Moro, ao ordenar sua prisão atropelando prazos e ritos, que lhe permitiu protagonizar o auto de resistência. E ainda existe a hipótese de o STF acolher uma reclamação contra os atropelos. Se não tivesse errado, Moro não teria engolido o desaforo. Por outro lado, ordenando o uso da força, poderia ter provocado uma tragédia.

Lula: "Jamais aprisionarão nossos sonhos"

Prisão de Lula: O fim do primeiro ato

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Daqui a pouco, após a missa que lembrará os 68 anos de nascimento de Marisa Letícia, provavelmente Lula irá ao encontro de seus captores da Polícia Federal.

Será o fim do longo primeiro ato da tragédia brasileira, inciada em 2013 e que ganhou personagem central no ano seguinte, quando Sérgio Moro começou a sua caminhada desde as sombras em que montou, com a ajuda de seu velho delator Alberto Yousseff, a Operação Lava Jato e galgou o estrelato nacional, sob as luzes e os salões da mídia.

Por que as elites apelam ao golpe

Por Róber Iturriet Avila e Pedro Vellinho Corso Duval, no site Outras Palavras:

As destituições presidenciais ocorridas em 1964 e 2016 possuem distinções em termos de método, instrumento e velocidade. Um olhar mais cuidadoso, entretanto, é capaz de identificar nestes epifenômenos causalidades nos interesses políticos dos respectivos grupos sociais representados e contrários aos então presidentes. Este breve texto, de forma simplificadora, busca quantificar e qualificar algumas dessas causas através da variação real do salário mínimo, da incidência tributária e das políticas sociais distributivistas interrompidas ou restringidas.

A batalha por Lula em São Bernardo

Foto: Ricardo Stuckert
Por Haroldo Lima, na revista CartaCapital:

O Brasil vê-se na seguinte situação:

Ausência de um chefe de Estado reconhecido, respeitado e suficientemente forte para imprimir rumo à crise imediata. A eventual opinião que Michel Temer teria sobre os fatos em curso não tem importância, nenhuma força expressiva a seguiria.

Os presidentes das duas casas do Congresso sequer são conhecidos da população e também se enxovalharam bastante nas artimanhas golpistas de 2016.

O Supremo Tribunal Federal sofre desgaste persistente e, apesar de ter alguns integrantes que inspiram respeito, tem uma presidenta simplesmente comandando uma obstrução, para que não se discuta e não se reveja uma jurisprudência equívoca.

Lula preso, "deus-mercado" feliz

Por Mauro Donato, no blog Diário do Centro do Mundo:

Quando o juiz Sergio Moro assinou o ‘cumpra-se a pena’ tão logo o STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou a mais que prevista rejeição ao pedido de habeas corpus de Lula, o ‘pregão’ já estava fechado. Passava das 18:00.

Mercado aberto, a notícia de que a prisão de Lula fora decretada fez bolsa subir (2%) e dólar cair (-1,3%). O mercado ‘reagiu bem’, economistas estão comemorando.

Por que? O que alijar Lula da corrida presidencial tem a ver com o alvoroço?

O STF e o populismo judicante

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Depois da farsa do impeachment, o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula no Supremo Tribunal Federal. A ministra Cármen Lúcia no lugar do correntista suíço Eduardo Cunha.

Nada faltou à sessão do último 4 de abril, nem as manobras regimentais da presidente, antiga professora de direito em Minas Gerais, nem mesmo o populismo enfadonho do ministro Luís Roberto Barroso, o novo “Rui Barbosa de compota”, para recuperarmos a saudosa e precisa verve de Leonel Brizola, referindo-se a outro empolado e falso liberal.