quarta-feira, 20 de junho de 2018

STF inocenta Gleisi Hoffmann


Em sessão da Segunda Turma que atravessou toda a tarde desta terça-feira (19) e entrou noite adentro, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, por maioria, absolveu a senadora Gleisi Hoffmann (PT-SP) da acusação de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e caixa 2. Por 3 votos a 2, o colegiado absolveu Gleisi de todas as acusações. De corrupção, Gleisi foi inocentada por unanimidade.

O relator Edson Fachin e o decano Celso de Mello votaram pela desclassificação do crime de corrupção passiva para falsidade ideológica eleitoral (caixa 2). Ou seja, Mello e Fachin absolveram Gleisi de corrupção e lavagem de dinheiro, mas condenaram por caixa 2.

Intelectuais convocam Festival Lula Livre

Do blog Nocaute:

Pedir a imediata libertação de Luiz Inácio Lula da Silva não significa apenas um gesto de solidariedade ao mais popular presidente deste nosso país.

Significa também um gesto de solidariedade a todos nós, brasileiros e brasileiras. Um gesto de exigência para que se respeite a Justiça, pilar básico de qualquer sistema minimamente democrático.

O caso de Luís Inácio Lula da Sila tem um simbolismo único na história recente do nosso país.

A sinuca de bico de 2018

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

A imagem da sinuca de bico expressa os momentos que aparentam não ter saída. Como analogia usamos a situação em que a bola branca toca ou se aproxima do canto da mesa, impedindo que o jogador atinja outra bola.

É esta situação que define o nosso desafio diante das eleições de 2018. A oportunidade para impor uma derrota ao golpe. Porém, não estamos diante de um simples golpe, nem mesmo da reprodução do mesmo modelo implantado em 1964.

Querem instalar um modelo político de longo curso, imune à novas tentativas de enfrentamento institucional, como as que se deram com o ciclo de governos progressistas em nosso continente.

Censura do Facebook é denunciada na Câmara

Por Julinho Bittencourt, na revista Fórum:

O editor da Fórum, Renato Rovai, foi convidado a participar, na manhã desta terça-feira (19), de debate na Comissão Geral, no plenário da Câmara dos Deputados, sobre notícias falsas ou fake news. Na ocasião, Rovai lembrou o caso do terço do Papa trazido por Juan Grabois ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde a Fórum, o Brasil 247 e o DCM foram acusados de fake news pela Agência Lupa.

Os fios do complô contra a Nicarágua

Por Francisco Arias Fernández, no blog Resistência:

Em 2016 ou talvez antes, voltaram a ser escutadas, desde Miami, ameaças de guerra contra a Nicarágua, quando as ruas das cidades dessa nação eram exemplo regional de segurança, paz e prosperidade, onde um povo muito laborioso e pacífico mostrava orgulhoso os avanços socioeconômicos dos últimos anos de governo sandinista, que tinha conseguido a concórdia nacional depois dos piores experimentos bélicos dos Estados Unidos na América Central.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Temer torra reservas para conter dólar

Do site Vermelho:

O economista Márcio Pochmann tem usado o twitter para apontar os retrocessos provocados pelo projeto neoliberal em curso. Nesta segunda (18), ele denunciou que o governo de Michel Temer está torrando as reservas brasileiras para segurar a cotação do dólar.

“Não fosse a herança benigna dos governos do PT, o Brasil estaria como a Argentina. Até agora a equipe econômica do "sonho do mercado financeiro" já usou 7% das reservas externas. Somente na semana passada, o dólar valorizou-se em 5%, apesar do BC ter gasto R$75 bilhões”, escreveu, em mais uma manhã em que o dólar abriu em alta.

Moro se recusa a investigar governo tucano

Por Matheus Tancredo Toledo, no site da Fundação Perseu Abramo:

O juiz de primeira instância Sergio Moro, responsável por julgar os casos da “força-tarefa” da Operação Lava Jato em Curitiba, abriu mão de julgar denúncias envolvendo tucanos do estado do Paraná. Alegando “dificuldades para processamento em tempo razoável” devido aos casos envolvendo a Petrobras e a empreiteira Odebrecht, Moro não julgará o ex-assessor da Casa-Civil do governo Beto Richa (PSDB).

Trump separa crianças dos pais nos EUA

Ilustração: Daniel Murphy/Cartoon Movement
Por Bruno Falci e Maíra Santafé, no site Jornalistas Livres:

Desde que a administração Trump anunciou o combate total à imigração, quase duas mil crianças latino-americanas foram separadas dos seus pais e enjauladas em uma espécie de campo de concentração. Durante dias foram proibidas as visitas de jornalistas. Mantiveram essas crianças em completo isolamento, sujeitas a abusos de autoridades fronteiriças.

A luta contra a privatização das refinarias

Do site da FUP:

A Federação Única dos Petroleiros ajuizou ação no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (18), questionando a privatização das refinarias Landulpho Alves (RLAM), Abreu e Lima (RNEST), Alberto Pasqualini (REFAP) e Presidente Getúlio Vargas (REPAR), já anunciada pela Petrobrás, em abril deste ano, como “oportunidades de desinvestimento referentes à alienação de sua participação em refino e logística”, nomeando os pacotes de entrega como cluster Nordeste e cluster Sul, que juntos representam quase 40% de toda a capacidade de refino do Brasil. Destes, a empresa pretende vender 60% de sua participação acionária em cada uma.

O escárnio processual atinge Gleisi Hoffmann

Por Gisele Cittadino e Carol Proner, no site Carta Maior:

O Brasil do futuro vai lamentar profundamente a forma com que travou o “combate à corrupção sistêmica”, uma perda de oportunidade histórica de fazer as coisas dentro dos marcos legais e aprofundar o processo democrático. Para além dos espetáculos midiáticos, da tutela judicial da democracia e da clara perseguição a uns e proteção a outros, o futuro econômico e empresarial do país foi transformado em terra arrasada pela Lava Jato, segundo pesquisas que demonstram o impacto direto da operação na retração do PIB em 2,5% e nos três milhões de desempregados no setor industrial e da construção civil.

O jogo político das 'fake news'

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A história da fake news que dobrou o Facebook para que instituísse a censura política em suas páginas. E as ligações desse episódio com as eleições brasileiras de 2018, capítulo importante e até agora não revelado das disputas políticas globais.

O fenômeno das agências de checagem é um capítulo a mais na disputa que se trava hoje, em torno da globalização versus projetos nacionais.

Peça 1 – a desorganização do mercado de opinião

Havia um modelo de mídia instalado, com os grupos tradicionais disciplinando o mercado de opinião, sistematizando uma opinião pública já incluída e invisibilizando vozes dissonantes.

Novo “dia de cão” no mercado financeiro?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O dólar começa o pregão com alta de 1%, mesmo com a promessa do BC de colocar, só esta manhã, perto de US$ 3 bilhões em operações compromissadas em moeda americana e em swaps cambiais.

A Bolsa, com sinal inverso, perde quase 1%, pressionada pelas perdas superiores a 3% da Petrobras e de quase 4% da Vale, onde a queda do preço do minério de ferro, provocada pela ameaça de Trump de taxar as exportações de aço chineses caíram como uma bomba.

A tentativa de golpe em Minas Gerais

Do site de Dilma Rousseff:

Os tucanos de Minas estão tentando fazer com o governo de Fernando Pimentel o mesmo que fizeram contra o meu governo, com o auxílio de Eduardo Cunha, depois que perderam a eleição presidencial de 2014. Aqui e agora, sabotam e bloqueiam as iniciativas do Governo Pimentel no enfrentamento da crise financeira herdada dos governos Aécio e Anastasia. É um cerco sistemático, composto por atos de sabotagem, boicote político e artimanhas judiciais, com o claro intuito de inviabilizar a administração e a tomada legítima de decisões governamentais. Tudo isto com o objetivo de ganhar as eleições de 2018 e continuar implantando o projeto tucano que leva ao retrocesso econômico e social do País e de Minas Gerais

O ufanismo tosco de Galvão Bueno

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Tive o desprazer de assistir na Globo à estreia da seleção brasileira na Copa, ontem.

Há que se estar muito tranquilo para não se irritar com o ufanismo tosco do Galvão Bueno e sua trupe – o Casagrande ainda se salva naquele oceano de mediocridade.

Tudo bem o narrador e os comentaristas torcerem abertamente para o Brasil. O problema é quando a torcida deturpa completamente a já naturalmente combalida capacidade de análise dos cabras.

A questão agrária nas eleições de 2018

Por Gustavo Noronha, no site Brasil Debate:

Aproximam-se as eleições de 2018 e as pré-candidaturas vão apresentando suas discussões programáticas e um tema que, normalmente, é sempre colocado como secundário é a questão agrária. A força política da bancada ruralista mostra que este não deve ser considerado um debate acessório, particularmente para o campo progressista. O golpe de 2016 só foi possível porque o Brasil nunca ousou de fato romper com a República Velha: os coronéis descritos por Victor Nunes Leal na sua obra seminal, Coronelismo, Enxada e Voto, seguem junto com as elites paulistas sabotando qualquer tentativa de desenvolvimento brasileiro desde 1932.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Justiça enterra “trensalão”. Tucano é Santo!

Por Altamiro Borges

Na semana passada, a “Justiça” confirmou novamente que dá um tratamento especial aos caciques do PSDB de São Paulo – talvez para não atrapalhar a candidatura presidencial de Geraldo Alckmin, que segue empacado nas pesquisas. Segundo nota anódina da Folha, “a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) atendeu ao pedido das empresas acusadas de fraudar uma licitação do Metrô de São Paulo e declarou prescrito o crime de que os executivos eram acusados. O relator do processo no STJ, ministro Nefi Cordeiro, afirmou que os supostos crimes foram em 2005, e a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo só foi recebida em 2014”. A desculpa, mais do que esfarrapada, não mereceu qualquer comentário corrosivo do jornal tucano!

O que amedronta Bolsonaro, o “valentão”?

Por Altamiro Borges

Jair Bolsonaro, o ex-capitão do Exército que almeja ser presidente da República, gosta de fazer pose de valentão, de “machão” destemido. Com seus discursos inflamados e seus gestos agressivos, ele rosna contra tudo e contra todos. Tenta se apresentar como paladino da ética e distribui porradas para todos os cantos. Essa imagem viril, porém, parece ser fabricada por marqueteiros. Na prática, o protótipo de fascista esconde seus medos. Um deles, que ficará ainda mais evidente na campanha eleitoral deste ano, é do debate. Ele sabe da mediocridade das suas ideias e propostas e, por isso, foge dos adversários. Segundo um levantamento parcial publicado na Folha, Jair Bolsonaro é um típico covarde, um falastrão.

As mulheres na eleição

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Apesar de suas esquisitices, a eleição deste ano é particularmente importante para as mulheres brasileiras.

Como eleitoras, serão 52% do universo de votantes, maioria que valorizará o voto feminino.

Como candidatas, disporão pela primeira vez de instrumentos que podem atenuar a nossa vergonhosa sub-representação política: nas eleições legislativas, além da cota de 30% das candidaturas para mulheres, os partidos terão que destinar a elas o mesmo percentual de tempo de televisão e de recursos do fundo eleitoral que financiará as campanhas.

Vão privatizar o Brasil?

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

A sanha privatizante no Brasil, a de ontem, a de hoje ou a de amanhã, tem sido tão somente, muitas vezes, serviço patrocinado vindo d’além-mar. Lá de fora sempre se ganha mais do que se perde. Assim vão comendo o País em fatias.

Comeram a Companhia Siderúrgica Nacional. A Companhia Vale do Rio Doce, uma das maiores mineradoras do mundo, criada pelos ingleses, foi estatizada por Getúlio Vargas, em 1942, e tornou-se uma das maiores mineradoras do mundo. Foi privatizada em 1997, vendida a preço de banana.

Temer desmonta a indústria nacional

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

A construção de um dos parques industriais mais avançados e integrados do mundo permitiu ao Brasil abandonar, a partir de 1930, a condição de atraso imposta pela antiga e longeva sociedade agrária. Ainda que tardio, o avanço do capitalismo industrial transcorreu concomitante com o estabelecimento de uma nova e complexa sociedade urbana rica, porém permeada por significativa desigualdade econômica, social e de poder.