Concluídas as convenções partidárias que definiram as candidaturas à sucessão presidencial de 2018, a fotografia mostra nitidamente dois campos em disputa. À direita, estão nada menos do que dez candidaturas, com variações de tons, mas frutos da mesma árvore: o projeto neoliberal e neocolonizador que retomou as rédeas do país desde o golpe de 2016. Conforma-se, assim, o teatro da batalha, com as peças devidamente dispostas no tabuleiro do xadrez político.
quarta-feira, 8 de agosto de 2018
Uma disputa entre dois campos antagônicos
Concluídas as convenções partidárias que definiram as candidaturas à sucessão presidencial de 2018, a fotografia mostra nitidamente dois campos em disputa. À direita, estão nada menos do que dez candidaturas, com variações de tons, mas frutos da mesma árvore: o projeto neoliberal e neocolonizador que retomou as rédeas do país desde o golpe de 2016. Conforma-se, assim, o teatro da batalha, com as peças devidamente dispostas no tabuleiro do xadrez político.
terça-feira, 7 de agosto de 2018
Bolsonaro e os apoiadores 'bolsonazistas'
Por Célio Turino, na revista Fórum:
Não costumo comentar sobre esse sujeitinho de abjeta figura, mas, devido às recentes entrevistas dele aos programas Roda Viva e GloboNews, sinto que devo responder por qual motivo considero que a candidatura do sujeito e as atitudes e comportamentos dos Bolsonazistas não podem ser toleradas. Vamos à entrevista na GloboNews.
Bolsonaro balbuciou ignorâncias e respostas prontas, ensaiadas, nada além disso, revelando total despreparo para qualquer cargo público; a resposta dele com o editorial do Marinho, foi uma boa resposta ensaiada, e só; a resposta da Globo foi deprimente, ainda mais colocada na boca da Miriam Leitão.
Bolsonaro balbuciou ignorâncias e respostas prontas, ensaiadas, nada além disso, revelando total despreparo para qualquer cargo público; a resposta dele com o editorial do Marinho, foi uma boa resposta ensaiada, e só; a resposta da Globo foi deprimente, ainda mais colocada na boca da Miriam Leitão.
Eleições-2018: Que comecem os jogos!
Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:
Foram dias difíceis, que deixaram sequelas na militância do campo popular.
Os partidos de esquerda acotovelaram-se com alguma violência em busca de um lugar ao sol.
Blefes, chantagens, ameaças, frustrações, promessas não cumpridas. A realpolitik veio pesada. Foi duro para todo mundo ver tão de perto as salsichas serem produzidas.
Por fim, superada a etapa mais sangrenta da guerra doméstica, sempre muito mais dolorosa que a batalha contra inimigos externos, é hora de recolher os mortos e feridos, contabilizar as armas que restaram e analisar a conjuntura com serenidade.
Foram dias difíceis, que deixaram sequelas na militância do campo popular.
Os partidos de esquerda acotovelaram-se com alguma violência em busca de um lugar ao sol.
Blefes, chantagens, ameaças, frustrações, promessas não cumpridas. A realpolitik veio pesada. Foi duro para todo mundo ver tão de perto as salsichas serem produzidas.
Por fim, superada a etapa mais sangrenta da guerra doméstica, sempre muito mais dolorosa que a batalha contra inimigos externos, é hora de recolher os mortos e feridos, contabilizar as armas que restaram e analisar a conjuntura com serenidade.
O risco de simplificar o fenômeno Bolsonaro
Por Fred Melo Paiva, na revista CartaCapital:
Depois da passagem de Jair Messias Bolsonaro pelo Roda Viva, hoje também conhecido por Roda Morta, a internet tratou de fabricar a imagem que aparentemente resultava da sabatina ao presidenciável, cuja audiência bateu recorde na TV Cultura e alcançou o primeiro lugar na repercussão das redes sociais. Em tal imagem o candidato não constava no centro da roda de jornalistas – fora substituído por um burro.
A agonia em praça pública da Editora Abril
Por Miguel Enriquez, no blog Diário do Centro do Mundo:
Menos de três semanas depois de ter assumido a gestão do grupo Abril, a consultoria americana Alvarez & Marsal mostra a que veio: na manhã desta segunda, dia 6, os funcionários da família Civita estão sendo comunicados de um corte gigantesco no quadro de pessoal.
Ele é estimado entre 500 e 840 cabeças, abrangendo, além da editora, outros negócios, como a área de logística e distribuição de revistas. As demissões começarão oficialmente, na próxima quarta-feira, 8.
Unidade PT-PCdoB, uma notícia alvissareira
Foto: Ricardo Stuckert |
Sob qualquer ângulo de observação e análise, é incontornável a constatação de que as forças consequentes da esquerda brasileira alcançaram neste domingo (5) uma importante vitória.
Recompuseram a unidade, num quadro em que se prenunciava perigosa fragmentação, fatal para a batalha eleitoral. A divisão das forças consequentes da esquerda era a pavimentação do caminho para uma fragorosa derrota diante das forças reacionárias e golpistas que governam o país. Ainda faltam forças a aglutinar, é indispensável persistir no empenho por uma frente ampla das forças progressistas.
Alckmin e a "suposta delação" da Folha
A Folha publica, sem dizer o nome do alvo que a “Bolsa cai quase 1% com rumores de delação premiada contra presidenciável” acrescentando que o dólar, que abriu a R$ 3,717 e chegou a cair para R$ 3,704, fechou em alta de 0,93%, cotado a R$ 3,767″.
Manchete onde se conta o milagre sem dizer o santo, no meu tempo, não era jornalismo mas, vá lá, mudaram os tempos e não mudei eu.
Para saber do que se trata o distinto leitor e a aguda leitora têm de ir à página do Valor – que já pertenceu à Folha – para saber que o santo, provavelmente é aquele que recebeu este codinome na suposta lista de propinas da Odebrecht, embora não se diga, expressamente.
O jogo eleitoral (quase) fechado
Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:
Agora o jogo está realmente feito, sabemos quantos e quais serão os candidatos, com respectivos vices. Exceto no PT.
Ao escolher Fernando Haddad como vice de Lula, o PT optou por participar da disputa, com um ou outro na cabeça da chapa, sepultando a palavra de ordem “Lula ou nada”, que seria o boicote ao pleito.
Isso confere legitimidade e normalidade à disputa, mas não é certo concluir que o PT já se rendeu, que concorrerá com um poste, cujo nome é Haddad, tendo Manuela D’Ávila (PC do B) como vice.
Agora o jogo está realmente feito, sabemos quantos e quais serão os candidatos, com respectivos vices. Exceto no PT.
Ao escolher Fernando Haddad como vice de Lula, o PT optou por participar da disputa, com um ou outro na cabeça da chapa, sepultando a palavra de ordem “Lula ou nada”, que seria o boicote ao pleito.
Isso confere legitimidade e normalidade à disputa, mas não é certo concluir que o PT já se rendeu, que concorrerá com um poste, cujo nome é Haddad, tendo Manuela D’Ávila (PC do B) como vice.
O presente de Temer aos bancos
Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:
Na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) do dia 31 de julho, as autoridades econômicas do governo Temer avançaram mais alguns passos nos descaminhos do golpe. Sob o lustroso argumento de que é preciso simplificar o sistema de crédito imobiliário e conferir maior liberdade às instituições financeiras, o CMN adotou uma série de alterações nas regras do financiamento imobiliário que deverão favorecer o crédito a imóveis de alta renda e as atividades das incorporadoras que atuam nesse filão de mercado.
Na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) do dia 31 de julho, as autoridades econômicas do governo Temer avançaram mais alguns passos nos descaminhos do golpe. Sob o lustroso argumento de que é preciso simplificar o sistema de crédito imobiliário e conferir maior liberdade às instituições financeiras, o CMN adotou uma série de alterações nas regras do financiamento imobiliário que deverão favorecer o crédito a imóveis de alta renda e as atividades das incorporadoras que atuam nesse filão de mercado.
Os 12 anos da Lei Maria da Penha
Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:
Isadora Mariá Pereira Lima, Nelly Venite, Daniela Marques, Gabrielly Marcossi, Evellyn Silvestre e tantas outras mulheres anônimas, mortas dentro ou fora de casa pelo próprio companheiro ou por estranhos, não passam de mais um dígito nas estatísticas sobre violência ou feminicídio. Para lembrá-las e cobrar providências das autoridades, familiares, parentes e amigos se reuniram hoje (7), em todo o país, dia em que a Lei Maria da Penha completa 12 anos.
A estratégia Lula para as eleições
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Fator 1 – mídia e Judiciário
Basta se mencionar um candidato do PT, para o Ministério Público e a Polícia Federal sacarem do supermercado das delações premiadas uma delação qualquer, induzida ou espontânea, mas em geral apenas declaratória, para fuzilar o atrevimento.
A estratégia da direita consiste em jogar vários candidatos no ventilador e apostar no que tiver a melhor largada. Confiam que a Justiça e o Ministério Público impeçam a corrida dos adversários.
Já a estratégia do PT é complicada pois tem que levar em conta diversos fatores.
Já a estratégia do PT é complicada pois tem que levar em conta diversos fatores.
Fator 1 – mídia e Judiciário
Basta se mencionar um candidato do PT, para o Ministério Público e a Polícia Federal sacarem do supermercado das delações premiadas uma delação qualquer, induzida ou espontânea, mas em geral apenas declaratória, para fuzilar o atrevimento.
Manuela quer tirar Temer do Jaburu
Foto: Ricardo Stuckert |
Em sua primeira aparição pública desde que foi escolhida para ser vice na chapa do PT que disputará a Presidência, a deputada estadual Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) explicou, nesta terça-feira (7), sua decisão de desistir de sua candidatura ao Planalto afirmando que "essa é a saída que mais reúne condições de vencer a eleição".
Segundo ela, seria "um luxo" manter sua candidatura a presidente sendo que a esquerda precisaria vencer a eleição de outubro.
Segundo ela, seria "um luxo" manter sua candidatura a presidente sendo que a esquerda precisaria vencer a eleição de outubro.
segunda-feira, 6 de agosto de 2018
O imponderável no pleito de outubro
Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:
Termina hoje, com as últimas convenções, a chamada pré-campanha.
A escolha dos candidatos clareia o quadro mas continuamos a navegar no nevoeiro.
Observamos e analisamos a campanha com olhos do passado, segundo padrões, tendências e costumes que não terão agora o mesmo valor, em função das singularidades da disputa, da psicologia de um eleitor desiludido com a política e de mudanças culturais/comportamentais ditadas pelas tecnologias.
O tão valorizado tempo de televisão acirrou as disputas por aliados na reta final desta etapa.
Termina hoje, com as últimas convenções, a chamada pré-campanha.
A escolha dos candidatos clareia o quadro mas continuamos a navegar no nevoeiro.
Observamos e analisamos a campanha com olhos do passado, segundo padrões, tendências e costumes que não terão agora o mesmo valor, em função das singularidades da disputa, da psicologia de um eleitor desiludido com a política e de mudanças culturais/comportamentais ditadas pelas tecnologias.
O tão valorizado tempo de televisão acirrou as disputas por aliados na reta final desta etapa.
Seis perguntas para Jair Bolsonaro
Por Jean Wyllys, no site Mídia Ninja:
Em diversas entrevistas, o deputado Jair Bolsonaro foi questionado pela imprensa sobre tudo o que o país inteiro já sabe sobre ele. Sim, todos nós sabemos que Bolsonaro é homofóbico, machista, racista, que defende a tortura e a pena de morte, que reivindica a ditadura militar, que despreza a democracia. Tudo isso é muito grave, mas não é novidade.
De fato, o candidato fascista usa esse discurso caricato para gerar polêmicas, conseguir que as pessoas falem sobre ele e evitar qualquer chance de ter que expor sua absoluta incompetência e falta de ideias e propostas concretas para a economia, o emprego, a educação, a saúde, o meio ambiente, as relações internacionais, etc.
De fato, o candidato fascista usa esse discurso caricato para gerar polêmicas, conseguir que as pessoas falem sobre ele e evitar qualquer chance de ter que expor sua absoluta incompetência e falta de ideias e propostas concretas para a economia, o emprego, a educação, a saúde, o meio ambiente, as relações internacionais, etc.
A maior herança política de Lula
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
A oficialização, neste sábado, da sexta candidatura presidencial de Lula à presidência, terá a utilidade de construir uma oportunidade - talvez a mais dramática - para o país encontrar a porta de saída de uma crise de amargura infinita para a construção de um futuro favorável a maioria dos brasileiros e brasileiras.
Ao contrário da visão convencional, construída pelos adversários ao longo de 40 anos e reforçada nos últimos meses numa tentativa de minar sua formidável demonstração de resistência, aos 72 anos Lula é uma liderança que concentra o melhor e o mais moderno das esperanças políticas - aquelas que se apoiam em dados objetivos, fatos e números que os adversários já desistiram de contestar.
A oficialização, neste sábado, da sexta candidatura presidencial de Lula à presidência, terá a utilidade de construir uma oportunidade - talvez a mais dramática - para o país encontrar a porta de saída de uma crise de amargura infinita para a construção de um futuro favorável a maioria dos brasileiros e brasileiras.
Ao contrário da visão convencional, construída pelos adversários ao longo de 40 anos e reforçada nos últimos meses numa tentativa de minar sua formidável demonstração de resistência, aos 72 anos Lula é uma liderança que concentra o melhor e o mais moderno das esperanças políticas - aquelas que se apoiam em dados objetivos, fatos e números que os adversários já desistiram de contestar.
Coligação PT-PCdoB, uma aliança pela vitória
Foto: Ricardo Stuckert |
Reunida neste sábado (4) e domingo (5), na sede do Comitê Central na capital paulista, a Comissão Executiva Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) lança nota nesta segunda-feira (6) em que esclarece o processo de decisão da direção nacional que optou pela coligação com o Partido dos Trabalhadores (PT) na chapa que tem o ex-presidente Lula como candidato à presidência da República e o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, candidato a vice.
De acordo com o documento do PCdoB, em qualquer circunstância, Manuela será candidata a vice-presidente, seja com Lula ou Haddad.
Alckmin, Bolsonaro e os sintomas da doença
Por Glenn Greenwald e Victor Pougy, no site The Intercept-Brasil:
No Brasil, os setores midiático, legal, judiciário e corporativo passaram os últimos três anos insistindo enfaticamente que a corrupção política sistêmica é o problema mais grave do país. Esses setores estavam tão revoltados com a corrupção que se uniram – quase sem espaço para dissidência – em favor da ação mais drástica que pode ser tomada em uma democracia: a remoção de um presidente eleito antes do término de seu mandato.
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